Resenhas - Shadowheart

Dri 08/09/2018

Lindo. Sombrio. Fascinante. Inesquecível.

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Europa medieval, final do século XIV.
Uma história extraordinário de amor e paixão ardente entre um homem fatalmente perigoso e a mulher que está no caminho de tudo que ele sempre desejou. Elegante, mas violento, bonito e brutal, o assassino Allegreto retornou nesta tão esperada continuação de "For My Lady's Heart". ( nota da autora)

Só sei que eu AMEI!!!
Os romances de Laura Kinsale não são fáceis de ler. Eu diria que não são para todos os gostos, pois tem que amar muito o estilo. Esse, em especial, foi um pouco difícil em alguns momentos (a escrita...). No entanto, seu enredo sombrio e, por vezes, chocante, fascinou-me, especialmente por causa do principal protagonista...Allegreto.

Allegreto me fascinou irremediavelmente!
Ele é um personagem forte, complexo, frio, perigoso, muito sombrio; tão intenso que eu senti o quão atormentado ele era. Seu medo pela escuridão eterna, seu anseio desesperado por redenção com Deus, suas aflições que entregavam sua essência e que, no mais profundo da sua alma, ele podia ser resgatado. Eu amei o desenvolvimento de sua história e sua relação com Elayna, que foram momentos emocionantes. Com certeza, Allegretto é um dos personagens mais interessantes que eu já li. Entrou para a lista dos meus amores literários forever.

E como eu não fazia ideia que Allegreto aparece primeiramente em "My Lady's Heart" - o primeiro livro da série - irei lê-lo imediatamente.

A protagonista principal é Elayna, uma princesa da realeza italiana. Eu gostei muito de Elayna. Inicialmente, achei a construção da personalidade dela controversa, mas no decorrer da história, olhando por um outro ângulo, compreendi totalmente suas motivações. Elayna é o par perfeito para Allegretto. A química e a conexão entre eles foi tão intensa, que eu amei esse casal! Eles tornaram-se um dos meus casais literários favoritos de todos os tempos.

Em relação às cenas de sexo, que é muito citada por causar polêmica para alguns... O que posso pensar é que a ousadia da autora foi excepcional para tornar essas cenas originais. Sem falar que eu nunca tinha visto um protagonista masculino se submeter a tais peculiaridades sexuais e permanecer tão Macho Alpha, viril e predador. Sério! "Alegretto, até sendo submisso você me assusta!"

E, apesar da minha frustração em alguns acontecimentos, tiveram tantos outros que eu amei, que me envolveram na história desde o início e que, até o final do livro, foi impossível não me apaixonar completamente e suplantar qualquer ressalva.

Não achei a narrativa longa ou tediosa, pois foi um livro muito especial para mim, visto que os protagonistas exerceram um poder na história, que foi impossível largar. Eu acho fantástico quando uma autora tem a habilidade de nos conectar tão profundamente à história, à essência dos personagens, fazendo você sentir a intensidade de seus conflitos, suas lutas emocionais, seu crescimento e a emoção das cenas dramáticas.

Não me admira que esse livro tenha ganhado o prêmio Rita em 2004, pois é uma obra magnífica para quem ama livros históricos bem diferentes. Um epílogo teria sido mais que perfeito, mas me conformarei com o lindo final.

Shadowheart é o terceiro livro que leio da autora. "A sombra e a estrela" não gostei como esperava; Shadowheart e Flores na Tempestade tornaram-se, certamente, mais um favorito da autora e vão ficar em meus pensamentos por um longo tempo.

Sem dúvida, um dos livros mais fascinantes que eu já li. Inesquecível! Sombrio e lindo!

Quotes do livro:

"Doeu", disse ela entre os dentes cerrados, como se isso fosse o pior.
"Isso não lhe agradou?"
Ela olhou para ele. "Não!"
Ele colocou a mão em seu ombro. Seus dedos saíram ensanguentados. "Ah, eu entendo. Só me machucar te agrada."


"Aqui está o meu coração. Guarde -o bem."

"Gardi li mo" - Disse ele contra sua pele, como se ela pudesse ouvi-lo. - "Você sabe que sou seu."

"E também não quero entrar no céu sabendo que você não pode, então vou esperar. " (...) "Eu sentiria sua falta por toda a eternidade." - Disse ela. - "Eu ia sofrer. "

P.S.: seria tão maravilhoso se fosse publicado em português, para tê-lo em minha estante e relê-lo quantas vezes quiser.

Livros sa série :
▫ For My Lady's Heart - Medieval Heart, #1
▫ Shadowheart - Medieval Hearts, #2

Evy 20/01/2017

Laura Kinsale mostrando a grande escritora que é.


Ah que obra prima dos romances medievais!
Sabe quando você ama um livro? Ama mesmo, cada pedacinho dele? Eis o meu caso com Shadowheart.

Na primeira vez que o li confesso que muitas situações do livro me deixaram confusa, era como se eu estivesse vendo a parte final de uma história do qual o começo me era um mistério. Mesmo assim eu amei Shadowheart e disse a mim mesma que iria ler o livro anterior, For My Lady’s Heart, para embarcar em uma releitura desse livro.
Pois bem, lido For My Lady’s Heart e tendo terminado minha releitura, não posso deixar de dar o meu testemunho sobre essa maravilha.
Shadowheart começa uns onze anos depois dos acontecimentos finais de For My Lady’s Heart, começamos a conhecer verdadeiramente a Elena (irmã da Cara que havia sido sequestrada pelos Riata) e a primeira vista ela não me impressionou muito, ela fazia jus a sua idade demais, mas tudo isso era devido à falta de lidar com o mundo. Ela vivia com sua irmã e cunhado em Savernake na Inglaterra e nunca saiu desse bosque, primeiro porque sua irmã Cara (devido aos acontecimentos em For My Lady’s Heart) tinha muito medo por ela e o segundo motivo... Elena era a última descendente da linha real do principado de Monteverde. Ou seja, Elena era uma princesa, e não sabia.

Após descobrir esse fato ela é rapidamente induzida a aceitar contrair matrimônio com Franco Pietro Riata (com a desistência de cargo da anterior princesa a Melanthe e o caos que se abateu sobre os Navona, os Riata se aproveitaram para se apoderarem de Monteverde com Franco Pietro como governante) e nisso ela embarca em uma viagem de navio até Monteverde, para se casar.

A Elena, totalmente despreparada para o posto de princesa, não quer de forma nenhuma se casar ou ser princesa, mas todo o rumo de sua vida muda quando ela é sequestrada pelo Corvo, Allegreto Navona. Allegreto que tem como objetivo casar-se com Elena, vingar-se dos Riatas (principalmente de Franco Pietro), restaurar a integridade da casa Navona e governar Monteverde.

A partir daí acompanhamos todo o desenrolar de acontecimentos que se seguiram no decorrer dos anos que se passam depois da conclusão do livro anterior, e a Elena por fim começa a mostrar sinais da grande governante que estava destinada a ser.
O Allegreto é um assassino, criado pelo pai para ser o que podemos classificar como “vilão”, um ser impiedoso pronto para cumprir ordens sem pestanejar, e temer aquele responsável pelo que ele é: seu pai. Mesmo depois de anos vemos momentos em que o Allegreto ainda é atormentado por isso, a Elena que deveria ser apenas um instrumento para concluir seus objetivos, acaba se tornando muito mais. Aos poucos, ela floresce em uma grande mulher que de forma inevitável ganha de forma completa o coração que o Allegreto diz não ter.
Eu amei o Allegreto, ele é de longe um dos melhores personagens/vilões bem construídos que já li, mas é inegável que nesse livro quem brilha é a Elena. Com o decorrer do livro ela se torna tudo aquilo que não era no começo por se reprimir: poderosa, cheia de inteligência, uma pessoa capaz de ganhar a adoração do povo que deve governar; e claro, nos ganhar, fazer com que nós leitores vibremos por todas suas conquistas adquiridas, com toda a luz que ela traz para o obscuro Allegreto.

Eu adoraria falar mais e mais de tudo desse livro, mas prefiro terminar dizendo: Leiam, esse é um grande livro. Um dos mais lindos romances que já li.

PS: As cenas íntimas desse livro fazem qualquer erótico atual passar vergonha. A Laura dá um show em cada parte desse livro, é assim que se escreve um livro, com tramas engenhosas, personagens apaixonantes e é claro, finais arrebatadores.

Lizzy 23/10/2014

Medieval Hearts, # 2 - Único!
Shadowheart é a continuação do maravilhoso For My Ladys Heart. Mais uma vez somos convidados a nos imergir no submundo das disputas pelo poder em Monteverde, um principado da Itália Medieval.

Elena Monteverde é a princesa herdeira. Uma jovem refugiada na Inglaterra que sem ao menos imaginar, se torna a peça chave de um intrincado plano político de dominação de Monteverde. A caminho do seu destino, um casamento de conveniência com Franco Pietro Reata, Elena é retida na ilha de el Cuervo. Seu carcereiro é nada mais nada menos do que Alegretto Navona, o maior inimigo da Casa dos Reata de Monteverde. Um homem proscrito, um assassino, estudioso dos venenos e da astrologia, um excomungado pela Igreja Católica de Roma.

Alegretto é um personagem complexo e único. Não há com quem compará-lo, pelo menos dentro das minhas leituras. Belo e letal. Sua frieza é quase inumana. Seu falecido pai o criou para cumprir suas ordens ao pé da letra; para matar em silêncio, pelas costas. Mentir e matar não eram obstáculos à execução do seu plano de vingança contra Franco Pietro.

Quando Elena conhece Alegretto e ele a coloca no centro de sua vingança, eu imaginei diversas razões pelas quais a heroína deveria odiá-lo. Mas não há como. Alegretto é naturalmente envolvente e sedutor. Sua personalidade sombria atrai Elena. A jovem é arrebatada por um amor capaz de sacrifícios e extremos.

O casal aos poucos vai conhecendo os desejos e fragilidades de cada um. Um momento surpreendente foi quando Elena e Alegretto protagonizam uma erótica cena de submissão. A inocente Elena acaba descobrindo a debilidade do seu amante. Não tenho dúvidas de que esse livro contém as cenas mais sensuais escritas pela autora. Alegretto e Elena irão vivenciar muitas aventuras e perigos até à reta final da trama.

Elena amadurece e cresce durante a narrativa, mas é Alegretto que nos arrebata em todas as suas aparições. O final é surpreendente, a trama original e não há como predizer o que vai acontecer a cada capítulo.

Recomendado para os leitores que apreciam uma trama mais detalhada, profunda e singular.