spoiler visualizarLeiturista 30/03/2024
Mágico
Que surpresa boa, sinto que peguei esse livro no melhor momento possível, que livro perfeito, vou contar sobre a minha experiência, como eu sempre faço nas minhas resenhas, porque umas das coisas que eu mais prezo, na verdade a que eu mais prezo, é a experiência, não irei dar 5 estrelas e favoritar um livro porque a escrita do autor era muito culta, e ele usava palavras difíceis, irei dar 5 estrelas e favoritas aquele que me fez ter uma boa experiência enquanto lia, e aqui vai a minha.
Depois de incríveis 18 livros lidos e nenhum ser Stephen King, eu me peguei questionando comigo mesmo, por que não estou lendo o incrível e grande King? Foi aí que veio Joyland no coração, foi como um despertar e esse livro tivesse me chamando, e que experiência incrível de leitura. Eu pensei bastante em que avaliação eu deveria dar para esse livro, pensei bastante, e cheguei na conclusão de que seria 5 Estrelas, só que veio um questionamento na minha cabeça, você já leu Carrie, Salem, Depois e agora Joyland, e de todos os outros três nenhum foi 5 estrelas, Salem, com sua escrita melancólica e medonha, o terror descrito em cada palavra, a ambientação cinzenta e úmida, descrições devastadoras de boas, e ele não foi um 5 estrelas, porém Carrie, Carrie White totalmente arrebatador, um 4,5 favoritado, e Depois, ahh Depois, minha primeira experiência com o mestre, com toda certeza tem meu coração. Porém eu concordo e estou felizíssimo com essas avaliações, todas fazem muito sentido para mim, agora falando de Joyland, vou retratar a minha experiência.
Diferente de muitas pessoas que escreveram resenha criticando o livro e falando mal, pela falta do horror e do terror, eu já entrei sabendo que seria um drama com um leve toque de suspense, e logo de começo já comprei a obra, a narração impecável e maravilhosa do Devin, cara foi hipnotizante, eu estava totalmente apaixonado pelo livro logo no começo, e toda a drama do Devin com a Wendy, EU ME IDENTIFIQUEI ( INFELIZMENTE ), toda a melancolia da perda do primeiro relacionamento, e a desilusão amorosa de um jovem rapaz sendo narrada e retratada, tudo isso me fisgou muito bem, o que acabou me deixando ainda mais intrigado pela leitura, e quando ele chega até Joyland, e somos apresentados a esse outro universo dos parques de diversões, e todos os personagens envolvidos, sendo apresentados logo no começo, o Lane, a Madame Fortura, o Fred, o Sr. Easterbrook, a Erin junto do Tom, o Edd, o Pop Allen e tantos outros... Um mundo chamado Joyland, eu fiquei completamente submerso, enquanto lia eu enxergava Joyland, eu sentia o cheiro do lugar, o barulho das vozes de muitas famílias junto de seus filhos, os brinquedos, as músicas, foi tudo MUUUITOOO VISUAL, e quando eu consigo ler um livro muito visual esse livro me ganhou, eu imaginava tudo muito perfeitamente, foi muito muito incrível. Estou escrevendo essa resenha no dia 30/04/24 e na madrugada do dia 28 me peguei sonhando com o parque, EU LITERALMENTE SONHEI COM JOYLAND!, para vocês terem noção de quanto esse livro me marcou.
Indo adiante com a resenha, já eram tipo 40% do livro, e eu não estava nem aí que não tinha acontecido nada, e de que só estava sendo narrado o dia a dia e as experiências dos personagens, eu não estava nem aí com o fantasma de Linda Gray e nem nada, só estava completamente apaixonado e submerso pelo drama criado pelo King, e quando o Devin conhece o Mike e a Annie, e o que já era incrível acabou ficando ainda mais.
Eu amei o desenvolvimento de cada um dos personagens, cada um mesmo, sem exceção, e confesso que o King brilhou na criação de cada um dos personagens, nenhum foi desnecessário, todos muito bem caracterizados e bem tridimensionais, coisa linda demais, ( PORÉM OS MELHORES OBVIAMENTE FORAM O DEVIN, MIKE, ANNIE E ERIN ), esses brilharam, tudo nesse livro brilhou.
A caracterização, o ambiente, as descrições, o King não poupou talento, totalmente lindo e bem feito, você vai se sentir na Carolina Do Norte, na década de 70, você vai sentir a brisa de verão vindo da praia, você vai amar tudo nesse livro. Agora falando da trama / mistério, foi muito bem desenvolvido, a questão do mistério da Linda e de como o Devin junto com a Erin descobriu que era o Lane, o King fez uma jogada extremamente inteligente, e foi tudo muito bem encaixado redondamente, uma coisa que eu gostei também foi do Coloquio ( A linguagem do parque ) É MUUUITOOO LEGAL, e também não achei nada nenhum um pouco estereotipado, na questão de parque de diversões, foi muito bem escrito, sem nenhum estereótipo. E por último eu queria falar da questão Médium, o King mais uma vez muito inteligente, ficou tudo muito bem esclarecido e nada exagerado, muito suscinto, e também quero falar do nosso perfeito protagonista Devin, que eu achei muito bom, amo os protagonistas do King!
O final foi extremamente bom, o que me deixou muito triste foi a morte do Mike, porém eu já esperava, e estava me preparando desde o começo ( Quando a gente foi apresentado a ele ), a descoberta de que foi o Lane foi um tanto chocante, porém fez total sentido. Em geral, eu queria ir para Joyland, queria estar lá no verão das décadas de 70, queria poder andar nos brinquedos, queria poder ver a praia, queria ver Devin vestido de Howie dançando para as crianças, queria poder viver tudo isso, sou muito feliz por ter pego esse livro para ler, e por ele ter me transportado para esse mundo. Confesso que não iria favoritar o livro, porém enquanto escrevia essa resenha, eu decidi favoritar, é muito especial para mim, e com toda certeza eu jamais vou esquecer esse mundo, e todos esses personagens e essa história, estarás guardada em meu coração para todo sempre Joyland.