spoiler visualizarjuLuiLes 22/04/2024
"Love leaves scars."
Ambientada nos anos 70, Joyland é uma obra narrada através das memórias de Devin Jones, um escritor, que depois de velho decide escrever sobre o melhor verão de sua vida. Dev era um universitário comum e foi para o parque de diversões Joyland trabalhar durante as suas férias de verão. Porém, depois do término de seu relacionamento, o protagonista resolve trancar a sua graduação e passar uma temporada trabalhando no parque a fim de se conhecer melhor e resolver um mistério que permeia o local.
**RESENHA**
Joyland é um livro muito constante, sem ganhar ou perder muito ritmo ao longo da história. Contudo, antes de ler é necessário saber que a obra fala sobre melancolia, juventude, amizade, perdão e etc. Mesmo King sendo o mestre do terror, ele também sabe escrever obras mais "filosóficas". Isso pode não agradar alguns leitores, mas o texto é CLARAMENTE algo mais intimista, que não está buscando grandes suspenses e sustos.
No geral, é difícil não gostar do livro, visto que é muito fácil de se identificar com o protagonista - talvez o meu favorito do King até agora - por ele passar pelas questões típicas dos jovens, como a desilusão com o "primeiro amor", dúvidas sobre o futuro e etc.
PERSONAGENS:
Para mim, o destaque vai para a humanidade deles. Todos os funcionários do Joyland são muito característicos e reais, vivos. A Madame Fortuna, Tom, o Pop Allen, a Erin Cook, o Sr. Easterbrook... Sinto que os conheço pessoalmente! Cada um tem a sua alma própria, nada genérica.
SOBRENATURAL:
Há um misterioso homicídio que aconteceu em um dos brinquedos de terror do parque Joyland. Vários dos funcionários alegam ver o fantasma da garota assassinada. Devin, Tom e Erin, em um dia de folga, vão para o tal brinquedo amaldiçoado ver se a história era real. Erin não vê nada. Devin não vê nada. Tom sai traumatizado. A partir daí, Erin e Devin tentam solucionar o caso e achar o tal assassino misterioso. Esse tom investigativo da história é interessante, mas pouco explorado na história. Como eu disse anteriormente, esse não é o objetivo. PORÉM, concordo que isso poderia ter sido mais trabalhado, mas não houve espaço já que o texto tem somente 240 páginas.
A FAMÍLIA ROSS:
Durante a temporada extra de Devin em Joyland, ele conhece Mike, um garoto extremamente esperto e portador de uma deficiência muscular, e sua mãe Annie. Ambos são extremamente marcantes tanto para o leitor quanto para o Dev. Eu amei, ri e sofri com eles. Esse trio entrega tudo e é a cereja no topo no bolo da história.
CONCLUSÕES:
Entre lágrimas e risadas, acompanhamos o magnífico verão de 73. Em suma, Joyland é o retrato de uma vida. Temos amores, desamores, tristezas, alegrias... Tudo. Recomendo muito a leitura para quem gosta de uma obra mais pessoal e intimista, talvez até de caráter autobiográfico do próprio King. Mais um ?????????? e ?? do Rei ?.