Alma?

Alma? Gail Carriger




Resenhas - Alma?


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Isabele Catarine 09/04/2022

Surpreendente
Não costumo ler livros com temática sobrenatural, então comecei a ler com certo receio porém eu fui completamente surpreendida, o livro é super fluído e rápido de ler com um bom desenvolvimento apesar de ter ficado confuso em algumas partes. Amei o romance no estilo gato e rato, a Alexia é maravilhosa e não abaixa a cabeça pra ninguém, o mocinho alfineta mas é cadelinha dela desde o início kkk
Fiquei um pouco incomodada com o modo que a mocinha é rebaixada em vários momentos, ela mesma se vê como alguém feio que não conseguiria se casar, mas levando em consideração a família dela não é de se admirar que a autoestima dela seja tão baixa.
De modo geral, é um livro muito bom pra quem gosta de histórias com seres sobrenaturais e indico também pra quem gosta de romance com protagonista forte.
LuaTeresa 15/06/2022minha estante
Desculpa a pergunta mas pode me dizer se tem hot? Não gosto




Gabi 14/03/2013

www.livrosecitacoes.com
Esse é um livro que se me dessem a opção de mudar algo, eu só pediria que trocassem o título, porque a diagramação é uma delícia, a aventura está na medida certa, o humor negro e a pitada de ironia só me conquistaram mais, e, como não podia deixar de ser, o romance é sexy e viciante.

Alma? passa-se na sociedade vitoriana e é protagonizado por Alexia Tarabotti, uma solteirona de vinte e seis anos bastante inteligente, que tenta ficar a margem da sociedade e não envergonhar muito sua família com seu nariz grande e sua pele escura, herança de seu pai italiano. Ela também é uma preternatural, ou seja, uma pessoa sem alma, capaz de anular os poderes sobrenaturais ao simples toque.

"Pobre coitado. Deve ser difícil ser tão fraco o tempo todo."

Mesmo os britânicos serem de uma fineza extrema e aceitarem o diferente, sua condição diferente é conhecida somente pelos sobrenaturais da região, e a Srta. Tarabotti espera que continue assim. Ao ser atacada por um vampiro pouco educado, que desconhece o fato de ela ser uma sem alma, e ainda ceceia (ohDeusquehorror!), Alexia sabe que há algo errado.


E quando alguns vampiros e lobos solitários começam a desaparecer, ela sabe que deve começar a se preocupar. Talvez tenha chegado o momento de abrir espaço em sua agenda de chás e bailes e começar a ser membro mais ativo nas investigações envolvendo os sumiços, especialmente se ela tornar-se um alvo.

Gail Carriger criou um mundo louco e interessante, e isso a tornou a autora de steampunk mais lida da atualidade. Para quem ainda não conhece, esse gênero abusa de uma realidade alternativa, onde mescla tecnologia avançada ao passado. Nesse romance, Gail conseguiu detalhar termos desconhecidos -- e acreditem, há muitos desse no livro -- sem perder a pose e até deixou de lado parágrafos e capítulos explicativos, comum em muitos livros, que deixam aquele ar de introdução e costumam ser bem cansativos. Claro que isso me deixou confusa no início, mas entre uma página e outra os termos diferentes foram explicados enquanto a trama pegava força.

Além da dádiva de não ser cansativo, todo o mistério e aventura envolvendo o sumiço dos sobrenaturais foi instigante para continuar a leitura até o fim, entretanto foi a tensão sexual, a atitude desbocada de Alexia e os personagens alienados os grandes trunfos desse livro.

Talvez o uso de palavras um tanto arcaicas desacelere um pouco sua leitura, mas Alma? é um dos poucos livros que li que se adéqua a vários públicos. Com esse romance curto com uma história tão frenética e apaixonante dando sopa, você merece uma sombrinha na testa por não pensar em ir atrás do seu.
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Aline dos Santos 21/12/2021

É realmente uma leitura muito gostosa de fazer. A princípio quando vi avaliações e depois iniciei a leitura, achei que iria abandonar o livro. Levei um tempinho pra conseguir engatar, acho que foi depois do segundo capítulo, e então realmente fiquei ansiosa por ler mais e mais.
Gostei muito do Jeito irreverente da protagonista e me diverti com o romance entre os personagens.
Adorei!
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Cris Paiva 22/05/2014

Fiquei super curiosa quando todo mundo começou a dizer que esse livro era bom, mas como sou pão dura, tive de esperar um tempão até que ele ficasse num precinho que eu concordasse em pagar.

E realmente é bom mesmo, e melhor, muito bem humorado!!! A mocinha, Alexia, é da pá virada e tem um caso de implicância a primeira vista com o lobisomem insuportável, Lorde Maccon. Quem ele pensa que é pra sair por ai querendo mandar nela? Mesmo que ele tenha razão, afinal está envolvida até o pescoço no caso de um assassinato de um vampiro errante.

Lorde Maccon não sabe o que fazer com Alexia, a mulher não conhece o seu lugar e tem péssimo costume de ficar mandando nele e colocando ouriços nos lugares onde ele senta. Ela e aquela sombrinha são um perigo para a humanidade!! Então porque ele tem vontade de agarra-la e levar para lugares escuros e ficar dando uns amassos nela???

Alexia e Maccon fazem um casal adorável e propenso a se meter em confusões. O romance apesar de ser recheado de seres sobrenaturais e engenhocas malucas é ambientado na era vitoriana, então também muitas regras sobre o bom comportamento das moças, o que causa ainda mais confusão para Alexia.

Me diverti horrores, e ja arrumei outra promo e comprei o segundo o livro, agora é só esperar o resto da série.
Rose 22/05/2014minha estante
Adorei a tua resenha Cris, louca para ler!




Carous 10/07/2020

É difícil avaliar este livro.

Eu adorei este livro. Ele é divertido, agradável e engraçado. Eu o li rapidinho sem nem me dar conta porque estava muito envolvida na história e queria saber qual era o desfecho. Os personagens, a trama central e o humor debochado são, definitivamente, os pontos positivos deste livro e me recrimino por ter adiado a leitura por tanto tempo.
Mas umas coisas aqui e ali diminuíram a nota final do livro.

Os personagens secundários são muito interessantes. Torço para que eles apareceram no resto da série e um pouco mais da vida deles seja mostrada. É nítido que a existência deles tem um propósito maior do que transitar em torno de Alexia e Lorde Maccon.

Alexia é simplesmente maravilhosa! Há muito tempo não simpatizo com uma protagonista. Apesar do imenso esforço dos autores, elas acabam sempre sendo meio sem graça e forçadas, mais do mesmo. Definitivamente não as mulheres decididas que quem as escreve juram que são. Não Alexia. Sua condição é vista com humor na história, e pela própria personagem; que parece fazer pouco caso de ser uma solteirona sem alma intrometida. Isso não é bem verdade. Há vestígios de vulnerabilidade por trás da carcaça de solteirona sem alma intrometida e isso é tratado no livro num tom correto - assim como os comentários pouco gentis de sua família para ela.

Lorde Maccon faz um contraponto maravilhoso. Normalmente eu reviro os olhos pros galãs literários porque a descrição do físico deles é tão previsível, tão repetitiva... e no fim das contas, eles não entregam muito mais que isso. Mas Conall Maccon é diferente. Principalmente porque sua beleza, seu charme e sua estrutura física têm um objetivo na história.

O romance entre eles flui naturalmente e Gail Carriger dispensa aquela dança deles negarem a atração, recursos como triângulo amoroso e tal. Alexia é uma mulher de 26 anos, Lorde Maccon tem mais de 400 anos. Simplesmente não combina com eles tamanha imaturidade para lidar com a atração que um claramente sente pelo outro.

Mas o romance foi um dos motivos para eu ter abaixado a nota. Queria muito ter dado 5 ou até 4 seria justo. Mas cena erótica entre Alexia e Maccon quando eles estão presos num laboratório correndo risco de vida, embora bem escrita, muito picante e divertidíssima destoou completamente da situação delicada que eles estavam. Então, só soou... apelativa.

Outro motivo para tirar uma estrela foram as cenas de ação. Desculpe, mas não consegui acreditar que apenas eles dois, debilitados, lutaram contra várias outras criaturas e seres humanos. Quer dizer, sequer foi uma luta. Achei bem fraco e pobre da parte da autora.

Li em ebook, então não posso falar muito do trabalho gráfico. Nem da revisão. Honestamente não sei se as falas misturadas dos personagens foi trabalho porco do revisor, estilo da autora ou falha na hora de adaptar o livro para ebook.

Lerei o próximo livro da série e espero que goste tanto quanto gostei deste.

Nota final 3,5.
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Amanda.Moura-@vidadebookstan 13/03/2023

Resenha Vida de Bookstan (não copie! ??)
Você já imaginou uma narrativa que une romance de época, tecnologia e fantasia?? Eu não esperava que a mistura fosse resultar em algo tão incrível!

Isso acontece na série "O Protetorado da Sombrinha", uma fantasia SteamPunk ambientada na Era Vitoriana e escrita por Gail Carriger.

"Alma?" nos introduz a um universo completamente inesperado. Alexia Tarabotti é uma jovem de 26 anos, solteirona por ter uma mente ávida por conhecimento e pela sua descendência italiana.

Além de não cumprir as exigências da sociedade vitoriana para arranjar um bom casamento, Alexia ainda possui uma característica excepcional: não tem alma. Esse seu dom permite que ela anule poderes sobrenaturais, mas também a coloca nas piores encrencas.

Foi uma experiência literária bem diferente de tudo que já vivi. Gosto de romance de época, mas sempre senti que faltava algo ali. Combinado à fantasia, os dois gêneros formam uma dupla fantástica e muito bem-vinda.

Alexia é o tipo de protagonista que amo: determinada, pragmática, movida pela vontade de adquirir conhecimento, além de não permitir que calem sua voz. Também fiquei encantada pelos personagens secundários, igualmente interessantes.

Acho que a parte mais inesperada foi o romance. No começo, senti uma leve estranheza pelo casal singular, mas os dois me conquistaram durante a narrativa. Nada melhor do que um mocinho rendido pela protagonista! Não vou revelar o nome dele para não dar spoiler.

Não entendo como a autora conseguiu desenvolver tantos pontos em poucas páginas. Têm ação, romance, comédia e reflexões sobre preconceitos com o que é diferente. Também temos a oportunidade de conhecer um pouco da sociedade vitoriana na obra e ver a forma de organização de cada grupo (vampiros, lobisomens e humanos).

Senti falta de um detalhamento maior da parte dos fantasmas e de ver mais avanços tecnológicos que o subgênero Steampunk propõe; creio que isso será mais desenvolvido nos próximos livros.

No final da obra, podemos conferir uma entrevista bem interessante com a autora, em que ela explica de onde surgiu a ideia e comenta sobre como se tornou escritora.

Gostei bastante da leitura e estou ansiosa para ler a continuação, intitulada como ?Metamorfose??. E já quero uma sombrinha com detalhes em bronze e ponteira de prata! Ah, o livro está disponível no Kindle Unlimited!!
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Isabela | @readingwithbells 31/07/2020

"Alma?" é o primeiro volume da série "O Protetorado da Sombrinha", publicado pela @edvalentina
Alexia Tarabotti é uma solteirona sem alma que segue os padrões da sociedade londrina. Ela consegue sugar poderes se outros seres sobrenaturais.
Em um baile, ela é atacada por um vampiro e sem querer, acaba matando-o. Lorde Maccon, um poderoso lobisomem, entra na história para ajuda-la a resolver os mistérios que rondam os vampiros.
Se você gosta de vampiros, lobisomens, fantasmas, seres sem alma, steampunk e um toque de mistério, então esse livro é para você!
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odiava_ler 24/02/2020

Perfeito
O que dizer sobre um livro que mistura romance de época e fantasia ? Simplesmente perfeito e muito bem escrito. Gosto de ressaltar que ele é completo, mesmo tendo continuação tem um início, meio e fim muito bem construídos. Nota 5, merecidamente!
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Hellen (@literatucracia) 24/01/2021

Alma?
Demorei tantos anos para engatar nessa leitura pq?? Só pode ser pq não estava mesmo na hora de realizar essa leitura, não é possível.
Eu amei! Sério, tem tudo que curto. Romance, pegada de fantasia urbana, protagonistas ariscos que se detestam mas se amam, investigação e mistérios, verdadeiro prato cheio. Ah, sem contar com as faíscas que explodem entre Alexia e certo lorde alfa. Leiam!!
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Gabrielle.Quinlan 05/11/2023

Fantasia com romance e personagens adultos
Eu sou uma leitora muito carente de fantasia com romance e personagens adultos, fui tão feliz por ter encontrado esse livro.

Numa sociedade londrina de época na qual a existência de vampiros, lobisomens e fantasmas é algo natural e do conhecimento de todos, Alexia é uma preternatural, uma mulher sem alma que anula os poderes dos seres sobrenaturais, e junto com um investigador lobisomem, vai investigar desaparecimentos.

Com um humor muito original, um enemies to lovers bem saudável foi uma leitura fluida, agradável e coerente.
Dunaz 05/11/2023minha estante
Oh, esse livro é maravilhosamente perfeito




Biia Rozante | @atitudeliteraria 15/11/2020

Diferente de tudo que imaginei...
O mundo está diferente, seres humanos coexistem com vampiros e lobisomens em uma sociedade que se adaptou e desenvolveu novas regras. Regras essas, importantes para o bom convívio e evolução de cada “espécie”, mas em meio a eles existe ainda uma criatura mais rara e poderosa, os que nasceram sem “almas”, também conhecidos como seres Preternaturais – aqueles que não são nem naturais, nem sobrenaturais -, que com um único toque podem neutralizar o poder de qualquer criatura. E Alexia é um destes seres raros.

Filha de um italiano de quem herdou sua condição especial e solteirona convicta, Alexia é o tipo de mulher prática, inteligente, sagaz e dona de uma língua sem freio, sabe muito bem o que quer e não está disposta a se curvar perante as regras da sociedade vitoriana, nem mesmo quando convidada a um evento que não servem o tipo de chá que ela considera adequado. Dando seu próprio jeitinho acaba por se afastar da aglomeração ali presente e assim que se vê sozinha, bem... ela não está exatamente sozinha e acaba sendo atacada por um vampiro fora de controle e muito determinado em ser frustrante. A confusão está armada, de um lado um vampiro morto e Alexia, e do outro o imponente Lorde Conall, um lobisomem líder de seu clã, enviado pela rainha Vitória para investigar o ocorrido.


“- Ninguém em sã consciência descreveria a srta. Tarabotti como uma covarde. Quando ameaçada, ela revidava prontamente. Talvez por ser preternatural ou por sua péssima tendência à teimosia.”

O que parecia ser um caso isolado não demora a se revelar um emaranhado ainda mais complexo, colocando Alexia no centro de aparecimentos e desaparecimentos inexplicáveis. O que de fato tem acontecido na alta sociedade?

Alma? Se revelou uma leitura completamente diferente do que eu de fato, esperava. E isso foi muito gratificante. Primeiro porque temos uma “mistura” de vários gêneros literários, temos romance de época, policial e fantasia. Depois porque é o tipo de leitura com alívios cômicos muito presentes, nos diálogos e na maneira como Alexia desafia Conall. É sempre importante frisar que a história se passa na época vitoriana, ou seja, uma época onde as mulheres deveriam ser recatadas, discretas, suaves, para que assim não se colocassem em situações tidas como inadequadas e por consequência manchando a reputação da família, onde o decoro e conservadorismo era o mínimo exigido, e Alexia está inserida neste cenário, só que ela nasceu sem alma, então sua visão é um pouco diferente, o modo como ela encara algumas coisas, como ela enxerga outras e como questiona a sociedade, acabam se mostrando a frente do tempo. Ela quer participar da investigação, ela quer conhecer todas as informações, ela quer ser útil, e não ficar apenas bordando, pintando, sentada em casa.


“A Srta. Tarabotti costumava manter sua condição de não ter alma em segredo, até mesmo para a própria família. Contudo, não era uma morta-viva, e sim um ser humano, que respirava e simplesmente… carecia de algo.”
Outro ponto que também chama atenção na história é o relacionamento familiar de Alexia, a forma como a mãe a enxerga em relação as outras duas filhas, sempre a menosprezando, diminuindo, a julgando por ser parecer mais com o pai – italiano, e por consequência, ter a pele escura, o nariz mais avantajado, características que não era tidas como belas no meio em que estão vivendo. E isso é algo que gera desconforto.

Quanto ao romance, eu gostei muito da forma como ele foi construído. Alexia não é uma jovem dada a sentimentalismo, ela não busca romance, mas acaba tendo alguns sentimentos despertos por Conall, que por sua vez é alguém em posição superior a dele e também muito taciturno, sua forma de se “envolver” está limitada ao que ele vive na matilha, e portanto isso gera mais algumas muitas cenas engraçadas. Foi realmente divertido vê-los derrubarem as barreiras auto impostas e por consequência atingir um ao outro, no melhor estilo te odeio, mas no fundo te amo.

Para quem busca leitura com protagonistas femininas fortes, dona de personalidade forte e altas doses de risadas, como para quem gosta de romance de época, romance sobrenatural e investigação, fica aqui essa dica muito especial. Com certeza darei continuidade na leitura, pois acredito que Alexia ainda tenha muito a nos entregar.

A Série O Protetorado da Sombrinha, é composta por cinco livros, sendo eles: Alma?, Metamorfose?, Inocência?, Coração? e Eternidade?, todos já publicados aqui no Brasil pela Editora Valentina.


site: http://www.atitudeliteraria.com.br/2020/09/alma-gail-carriger-editora-valentina-o.html
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Coruja 26/11/2013

Não faço a menor idéia de como foi que encontrei esse livro. Tenho impressão de que estava pesquisando por alguma coisa sobre a era vitoriana... ou então foi alguma das duzentas newsletter de editoras que recebo por e-mail. A capa foi a primeira coisa que me chamou a atenção, aquele “uma novela de vampiros, lobisomens e sombrinhas”. E, claro, tinha alguma coisa sobre dirigíveis e golens, tudo isso na paisagem londrina que deu vida a personagens como Sherlock e Jack, o estripador.

Enfim, a receita tinha ingredientes tão ridiculamente díspares que acabei me interessando e coloquei o título na minha lista de “livros a ler” – que é algo assim, tipo o trabalho de Sísifo. Como o livro era vendido como ficção científica, não precisei de muito mais encorajamento para colocá-lo na lista do Desafio Literário 2011.

Soulless é um daqueles livros tipo assombração: eles puxam seu pé de noite e não te deixam dormir até que você faça o que eles querem, ou, em outras palavras, até que sejam completamente devorados. O que é realmente um problema, porque ter crises de riso às quatro da manhã não é nada saudável: o esforço que você faz para abafar as risadas a fim de não acordar o resto da casa pode lhe causar asfixia e taquicardia.

Minha conclusão final sobre o livro foi a de que ele era um tipo ‘romance de banca’ - misturado com criaturas sobrenaturais, preternaturais e mecânicas, mas, ainda assim, um romance rasgado, com quilos e quilos de tensão sexual e humor totalmente voluntário. Para ser sincera, a Gail Carriger em seus melhores momentos me lembrou muito Julia Quinn e Lisa Kleypas.

A verdade é que depois de Admirável Mundo Novo, eu precisava exatamente disso.

Ok, sobre a história! Bem, no mundo de Soulless, vampiros, lobisomens, fantasmas e outras criaturas do gênero estão perfeitamente integradas à sociedade inglesa – desde que, claro, se vistam bem. A rainha Vitória até mantém conselheiros do tipo e existe um Bureau de Registro Não-Natural (Bureau of Unnatural Registry - BUR), que é uma divisão do Serviço Civil do Estado.

Não que isso signifique que eles são bonzinhos ou coisa do tipo. Lobisomens continuam agindo por instinto e, quando na lua cheia, perdendo completamente qualquer vestígio de sanidade e vampiros estão mais interessados em controle e poder e não saem por aqui saltitando por bosques floridos.

Miss Alexia Tarabotti, nossa protagonista, é uma Sem Alma, uma criatura preternatural, característica que herdou do pai italiano. Isso significa que toda vez que ela tem contato físico com um sobrenatural, ela “nulifica” seus poderes, tornando-os mortais (não humanos, percebam a diferença, mas mortais). Em outras palavras, ao tocar um vampiro, as presas do mesmo irão sumir; um lobisomem, mesmo na lua cheia, voltará à forma humana e fantasmas serão exorcisados.

Alexia é também uma solteirona de 26 anos na era vitoriana, o que a torna praticamente uma anciã. Motivos pelos quais ela não conseguiu – oh tragédia – se casar: ela é meio italiana, não é pálida de olhos claros e cabelos dourados e, para completar, é muito... “assertativa”.

Em outras palavras, Alexia é uma mulher inteligente, o que é pior, para sua família extremamente fútil, do que se ela tivesse verrugas. Apenas imagine Mrs. Bennett e suas filhas caçulas e você entenderá o problema de Alexia.

Claro que sendo uma mulher de gênio forte – afinal, ela carrega consigo ma sombrinha feita sob encomenda cuja armação é, na verdade, uma estaca de prata cercada de babados – ela tinha que ter alguém à altura com quem bater cabeças. E este alguém vem na forma do Conde de Woolsey, Lorde Conall Maccon, lobisomem alfa, escocês, chefe do BUR que não suporta Alexia desde que ela jogou um porco-espinho nele.

Bem, ela diz que foi um acidente, que colocou o animal na cadeira sem saber que ele se sentaria ali...

Lorde Maccon nunca tem muita certeza se quer agarrar ou esganar Alexia e o fato de que ela virou alvo de quem quer que esteja por trás dos desaparecimentos de vampiros e lobisomens na Inglaterra só o deixa mais furioso... e com mais oportunidades de encontrar-se no dilema já citado, uma vez que acabará se tornando, relutantemente, guardião da mulher.

Claro, não posso esquecer de citar Lorde Akeldama, um vampiro FABULOSO e purpurinado, que aparentemente estacionou no período rococó e serve como amigo e conselheiro de Alexia.

Aí você junta tudo isso mais uma mãe histérica, um golem costurado ao estilo Frankenstein, um cientista maluco obcecado por polvos (Alexia não descobriu porque, mas eu tenho uma teoria de que isso é alguma referência a 007 contra Octopussy), teorias sobre peso e existência de alma, um lobisomem beta fofoqueiro, meio-irmãs fashionistas, uma melhor amiga de gosto duvidoso em chapéus e o resultado só pode ser de matar de rir, não é mesmo?

O que torna Soulless um livro tão legal é que ele é totalmente despretensioso e, exatamente por isso, um ótimo entretenimento. Apesar de fazer parte de uma série – “O Protetorado das Sombrinhas” – ele pode ser lido individualmente, sem problemas: ele tem início, meio e fim, sem cliffhangers.

Se bem que estou pensando seriamente em arranjar os livros seguintes para poder saber se Alexia e Conall irão sobreviver à convivência... e, até lá... alguém sabe onde posso encomendar uma sombrinha igual a da Alexia para mim?

(livro lido originalmente em inglês)

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2011/04/desafio-literario-2011-marco-ficcao_18.html
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NINHA 20/06/2020

Steam punk, sombrinhas, lobos e vampiros.
Alexia é uma sem alma, inteligente, cheia de comentários ácidos e espertos, amiga de vampiros e cortejada por um conde lobisomem, Após uma confusão em um baile, lorde maccon a consulta pra ajuda lo a resolver o mistério de porque alguns sobrenaturais estão desaparecendo.
Uma mistura de comédia romântica, bailes de época, e van helsing.
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Psychobooks 23/04/2013

Faz algum tempo que eu 'descobri' o gênero Steampunk (saiba o que é aqui) e adorei todos os aspectos que envolvem esse tipo de livro. Tem algum tempo, eu comprei o livro Soulless em promoção para o meu kindle e ainda não tinha tido a oportunidade de ler, quando a editora Valentina lançou esse título em português, finalmente consegui encaixar esse livro nas minhas leituras. Alma? faz parte de uma série com cinco livros, todos já lançados em inglês e com a previsão de lançamento do segundo volume em português para setembro desse ano (2013).

- Enredo

Alma? se passa na era vitoriana, uma época em que os seres sobrenaturais não precisavam se esconder e viviam em harmonia com os humanos, por isso, não era permitido alimentar-se dos humanos, a menos que eles consentissem.

Alexia Tarabotti é uma solteirona de 26 anos - sim naquela época, uma mulher de 26 anos que ainda não tinha casado, era considerada uma solteirona, um caso perdido -, que guarda um segredo: ela é uma preternatual, ou seja, não tem Alma. Nem mesmo seus familiares sabem sobre sua condição sobrenatural, apenas o DAS – Departamento de Arquivos Sobrenaturais -, e alguns seres sobrenaturais que necessitam saber de sua condição para que possam se previnir contra seus efeitos, pois ela é capaz de neutralizar os poderes sobrenaturais com um toque.

Durante uma festa, ela resolve dar uma escapada para a biblioteca e pedir um chá, mas acaba sendo atacada por um vampiro e para defender-se, usa sua inseparável sombrinha e acaba matando o vampiro. Eis que entra em cena Lorde Maccon e o Professor Lyall, dois lobisomens que trabalham no DAS e querem saber em quais condições ocorreu esse incidente. Ao fazer uma investigação mais detalhada sobre quem seria o vampiro desavisado, eles descobrem que alguns vampiros e lobisomens que não vivem em suas respectivas comunidades estão desaparecendo.

- Narrativa e Personagens

A narrativa da autora é bastante fluida o que impõe um ritmo rápido de leitura. Escrito em terceira pessoa, a autora soube como introduzir seus leitores no mundo sobrenatural que ela criou, sem ter que fazer muitas descrições ou dar explicações enfadonhas e desnecessárias. O que me incomodou - e MUITO -, foi o uso de alguns termos que ela escolheu para se referir à sociedade dos vampiros, dizendo que eles vivem em colméias, têm abelhas rainha e zangões; sinceramente, eu não conseguia levar a sério quando esses termos apareciam.

A srta. Tarabotti tem a pele morena, cabelos escuros, nariz proeminente e seu pai era italiano, características que não são consideradas atraentes para uma mulher daquela época. Além dessas características físicas, nossa protagonista não tem papas na língua e fala tudo o que lhe vem a mente, sem nenhum tipo de filtro. É engraçada, sarcástica, não liga para os protocolos exigidos pela sociedade, mas no fundo, se ressente por não ter uma relação amorosa. Sua amiga Srta. Hisselpenny - outra solteirona -, é muito divertida e usa chapéus extravagantes e acredita ter um grande senso de moda.

Lorde Maccon é o alfa de sua matilha, comanda o DAS, é escocês e ainda não está familiarizado com os protocolos exigidos pela sociedade londrina. É atrapalhado, tem um físico que chama atenção, sedutor, solteiro, tem muitas posses, por isso, é considerado um ótimo partido. O Professor Lyall, é seu beta e procura compensar a falta de jeito de seu alfa, é fiel, inteligente e tem uma personalidade cativante.

Alguns personagens secundários roubam a cena, como o fiel mordomo Floote e o excêntrico vampiro Lorde Akeldama a quem a srta. Tarabotti sempre recorre quando precisa de conselhos sobre o mundo sobrenatural.

- Gostou da leitura, Mari?

Sim, gostei bastante! O enredo envolve mistério, ação, romance e tem uma pitada sexy e 'hot' que irá agradar muitas pessoas que estão cansadas de serem enroladas por personagens 'castos'. Alma? é uma leitura repleta de bom humor e sedução. Se você está cansado de vampiros e outros seres sobrenaturais, saiba que a autora desenvolveu seu enredo com foco na trama policial e não em vampiros e lobisomens, vale a pena dar uma chance para esse livro.

O que algumas pessoas podem achar um ponto negativo, é que Alma? faz parte de uma série, pelo o que eu encontrei em pesquisas na internet, a série é composta por cinco livros, todos já lançados em inglês e com a previsão de lançamento em português do segundo livro para setembro desse ano. Vale ressaltar que o enredo desse livro é desenvolvido com começo, meio e fim, ou seja, ao final da leitura, todos os mistérios foram resolvidos, o gancho deixado para o próximo livro não deixa o leitor morto de curiosidade ou sem respostas, apenas curioso para companhar as aventuras desses personagens divertidos e agradáveis.

- Edição brasileira

A Editora Valentina é nova e esse é o primeiro livro deles que eu leio, acho válido comentar um pouco sobre essa edição. A diagramação é caprichada, com letras de tamanho médio, bom espaçamento e folhas pólen soft (amareladas). A capa original foi mantida, apenas a fonte usada foi modificada. No final do livro tem uma pequena entrevista com autora para que os leitores possam conhece-la um pouco melhor.


"- Muito desgastante mesmo para ela - opinou a srta. Tarabotti, que não resistiu à tentação de fazer um comentário. - Pessoas que realmente pensam, bem ao lado da casa dela. Pela madrugada!"
Página 31

Link - http://www.psychobooks.com.br/2013/04/resenha-sorteio-alma.html
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Rosália Salvatore 21/10/2021

Muito melhor do que eu imaginei
Esse é exatamente o tipo de livro que eu sempre ignorei por causa da capa horrorosa e eu nunca tinha visto ninguém dizer que havia lido esse livro e gostado dele, isso mudou alguns meses atrás quando vi um youtuber recomendando ele em um video e eu finalmente descobri que ele tem vampiros na história, como minha obsessão por vampiros voltou achei que seria legal dar uma chance pra ele e foi a melhor coisa que eu já fiz.
Desde a primeira cena do livro eu já gostei da protagonista, ela é muito decidida e esperta, o que precisar ser feito ela vai lá e faz, além de ser muito divertida, a dinâmica de todos os personagens funciona muito bem , o par romântico da protagonista é incrível e na primeira cena deles juntos você já consegue sacar que vai rolar algo entre os dois .
Eu amei a forma como a autora desenvolveu o mistério que tem na história e como esse mundo funciona, a forma como os seres sobrenaturais lidam uns com os outros, e toda a questão da Aléxia não ter alma e no que isso implica para ela, eu com certeza quero dar continuidade na série e saber mais sobre coisas que ainda não estão muito bem resolvidas, e é claro poder me divertir mais com esses personagens
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