Humilhados e Ofendidos

Humilhados e Ofendidos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Humilhados e Ofendidos


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Edna 14/03/2021

"Nobreza"
É preciso, de algum modo, voltar a conquistar a nossa felicidade futura com muita provação, comprá-la ao preço de novos tormentos. Com o sofrimento se purifica tudo."

Era difícil prever a reação dos leitores, lembrando que, quando Dostô se pos a escrevê-lo, a crítica já não nutria a menor
esperança de que ele pudesse se elevar até o nível de sua obra inicial (Gente Pobre), mas quanto menos fé se colocava nele, maior era sua obstinação e após a publicação as opniões da critica:

"Foi a vitória de um escritor que estava retornando da Sibéria no qual reproduziu a sua evolucão ideológica dos anos 1840 para 1860 com toda gama de emoções que a acompanhou"

"Era praticamente só a Dostoiévski que se lia com prazer, era só a ele que se elogiava."

Ainda não tinha alcançado a maturidade de seus grandes romances, mas como disse Kirpótin, "o talento ainda em reorganização se manifestou com toda força."

Ao iniciar a leitura já me senti dentro de uma grande obra, me lembrou muito os Irmãos Karamazov, toda construção dos personagens de H O são de uma realidade inacreditável,  me surpreendi lendo muito mais rápido do que tinha em mente.

Não vou contar a história apenas menciono o fato dele ter colocado toda a profundidade humanitária  possível, delineando a vida de cada personagem e todo o sofrimento e o dilema moral de cada um deles no seu mais desolador momento:

Um idoso e a companhia inseparável de seu cão; um roubo  e  o abandono de uma mulher grávida na Rússia do Século XVIII;  um amor dividido entre classes;  um funcionario acusado de roubo injustanente pelo simples prazer de aumentar um capital imenso e sujo, um vilão capaz de revirar meu estômago;  mas presenteada aqui com um dos Personagens mais humano e solidario que Ele já criou "Ivan Petróvitch"  e lembram  de Aliocha de Irmãos Karamazov? Assim é Ivan; mas aqui tb tem um Aliocha um pouco diferente, inconstante e incapaz de decisões  e vai ferir o coracão de Natacha, mas o que vai te fazer soluçar é a história da pequena Nelli, o primeiro trecho abaixo é dela.

"Sempre que alguma coisa me deixa confusa, pergunto na mesma hora ao meu coração, e se ele está tranquilo, fico tranquila também."

"Esse avivamento da dor e esse deleite me eram compreensíveis: era o deleite de muitos insultados e ofendidos, oprimidos pelo destino e conscientes de sua injustiça."
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Renata.Carmo 06/03/2021

Dostoiévski estrutura o romance na profundidade de seu ideal humanitário, nas suas indagações psicológicas, no trato preciso com o sofrimento moral e social; com o abuso do poder econômico sobre a vida dos desfavorecidos.
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Carol 17/01/2021

Impressões da Carol
Livro: Humilhados e Ofendidos {1861}
Autor: Fiódor Dostoiévski {Rússia, 1821-1881}
Tradução: Fátima Bianchi
Editora 34
416p.

"Humilhados e Ofendidos" é o primeiro romance publicado por Dostô, após seu regresso da prisão, na Sibéria. É considerado um marco de transição, a ponte que o leva às obras da maturidade: 'Crime e Castigo', 'O idiota', 'Os demônios', 'O adolescente' e 'Os Irmãos Karamazov'.

Ivan Petróvitch, alter-ego de Dostô, é o narrador e o primeiro trouxa que nos é apresentado. Ivan é noivo de Natacha, filha do honesto Nikolai Ikhmiêniev. Natacha é bela, é jovem, é volúvel e foge com seu "instant love" Aliócha, filho do mau caráter Valkóvski, que vê seus planos de riqueza ameaçados pelo casal de jovens inconsequentes e taca o terror.

Em paralelo, Ivan, o corno manso, fica encabulado com o véio Smith e seu cachorro Azorka. A curiosidade faz com que ele conheça a órfã Nelli, a personagem com maior discernimento da história inteira e, surpresa, as tramas irão se interligar.

Porém, preciso falar dele, destacar o embuste mor, Aliócha. Aliócha despertou, em mim, os instintos mais primitivos. Aliócha é pintado como um rapaz encantador e simples. Aliócha, na real, possui sérios problemas de deficiência intelectual, agindo como um bebê o tempo todo e é disso que resulta a atração que exerce sobre Natacha e Kátia, mulheres ditas espertas.

O livro é sobre a importância do perdão, sobre como a mágoa pode destruir laços familiares. No entanto, EU não perdoo Aliócha! Fosse eu Valkóvski, teria interditado meu filho há tempos. Teria interditado os jovens todos, à exceção de Nelli.

"Humilhados e Ofendidos", mesmo com as cenas melodramáticas, possibilita a Dostô umas experimentações literárias interessantes: a construção de personagens mais complexos, a abordagem de temas, que lhe serão caros, como o arrependimento, o perdão, as relações familiares, a diferença entre classes etc.

Ainda não é o melhor Dostô, mas já prende o leitor, que deseja saber como o enrosco vai se desenrolar.? Li "Humilhados e Ofendidos" para o debate no grupo de apoiadores do Canal Chave de Leitura, da @alineaimee.
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Andrea Fernanda 16/01/2021

Foi meu primeiro livro de Fiodor Dostoiévski, demorei um pouco pra engrenar a leitura mas gostei. Não é um livro que eu leria novamente mas estou ansiosa para ler os clássicos dele!
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Teteu 16/11/2020

Um livro sobre a importância de amar e de perdoar.
Quão grande é o nosso anseio em sermos insultados, humilhados e ofendidos. Esperamos por isso, simplesmente para ter o prazer de odiar.

Certamente é um dos melhores livros que já li em minha vida. A habilidade de Dostoiévski em replicar a humanidade me espanta.
Sempre adorei filosofia e psicologia e o nível dos debates que o livro pode causar é altíssimo, incrível, como nunca experimentei antes.
Recomendo pra todos!

Li esse livro para um trabalho de português e fiz uma resenha em forma de vídeo. Caso vocês queiram, podem dar uma olhadinha através do link que vou deixar logo abaixo. Espero que gostem!
https://youtu.be/VAxtaMrYBTA
Ananias 17/11/2020minha estante
Ah, agora fiquei com vontade de ler... sou muito fã de Dostoiévski


Teteu 18/11/2020minha estante
Obrigado, é realmente incrível! Vc vai amar. Caso queira ver mais um pouco sobre o livro, eu fiz uma resenha. Li esse livro como trabalho de português e fiz um vídeo. Vc pode dar uma olhada pelo link q deixei na resenha.




Lilianefonz 09/11/2020

Dostoiévski...
Este é um livro que quando começamos a ler não temos como parar. É uma história bem melodramática, que mostra o desenrolar dos personagens humilhados e ofendidos por um vilão, um ser desprezível.
"Os traços do rosto tinham uma expressão maldosa: lia-se neles o desejo de ferir, se picar, de maltratar, de morder."
"Parecia-me estar em presença de um animal asqueroso, de uma aranha que devia ser esmagada"
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Vinícius 01/11/2020

Mais Uma Obra de Arte
Falar de mais um livro de Dostoievski é como reviver cada cena retratada na obra. Um romance excepcional onde a condição de pobreza se mistura com a solidariedade e o amor ao próximo, mesmo em meio a intrigas e muitas vezes rudeza de alguns personagens. As vinte primeiras páginas já nos deixam extasiados. Depois do desenrolar da história já nos mostra o grande autor, para mim um dos maiores de todos os tempos, que foi o Dostoievski. A descrição de cada personagem e dos acontecimentos nos fazem não querer parar de ler. A história paralela inicial se entrelaça com a principal de forma magistral. Sem spoilers, mas uma obra que vale a pena ler.
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shelteringrain 05/09/2020

Não entendi muito bem
Acho que um pouco mais de maturidade literária me faria bem com relação a esse livro. Mas, mesmo assim, foi incrível conhecer um pouco mais desse autor e me afeiçoar à Nelli.
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Jaqueline 02/08/2020

Prosseguindo na leitura em ordem cronológica da obra de Dostoiévski, encontrei nesse livro uma proposta bem diferente de "A Aldeia de Stiepântchikov e Seus Habitantes". Enquanto este possuía a comicidade como característica marcante, temos em "Humilhados e ofendidos" uma história de amores idealizados que, ao serem escolhidos, levam a ruína àqueles que acreditavam que poderiam ser felizes com as suas escolhas. Embora a história hoje (e aos meus olhos) tenha ganhado um ar novelesco, senti-me comovida com as constantes humilhações desnecessárias que muitos personagens passaram, ora por orgulho, ora por vaidade dos outros. Dentre as personagens, Ivan Petróvitch foi marcante, pois, mesmo adoentado, tentava a todo custo ajudar e proteger aqueles que via como vítimas da tirania de um príncipe egoísta e mesquinho.
Citando Dostoiévski: "É preciso sofrer pela felicidade futura, comprá-la a peso de novos tormentos. O sofrimento purifica tudo".
Cabe a nós, após lermos este livro, refletirmos se para alcançarmos a tão almejada felicidade realmente é necessário passarmos por sofrimentos, humilhações e ofensas como os apresentados no livro.
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Lucas 24/07/2020

Entre nossas humilhações e ofensas...
Quantos de nós nunca nos sujeitamos a situações que nos degradam, humilham e ofendem o nosso ser e, mesmo cientes de tal situação, continuamos a nos iludir e fantasiar com um futuro melhor? Humilhados e ofendidos são todos, mas ainda existem os que humilham e ofendem com um ar de superioridade, intocáveis devido ao prestígio que a sociedade corrobora e perpetua. O livro é, assim, uma síntese das relações humanas, de sua gênese aos dias atuais, revelando a eterna dialética entre opressores e oprimidos. Maravilhosa leitura. Além disso, mais alguém lê o nome dos personagens de livros russos como :Alennfsjirkfneisid e afins?
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Steph.Mostav 19/06/2020

Gente humilhada, ofendida e oprimida
São muitos os paralelos entre Humilhados e ofendidos e Gente pobre, não só pela posição dos dois na carreira do Dosta (um deles foi seu romance de estreia, o outro o romance do retorno após os anos aprisionado). Ambos tratam de questões sociais em Petersburgo, ou ainda, da análise psicológica que os efeitos dessas questões sociais tem sobre os personagens. Nos dois casos, são personagens que representam a "gente oprimida" pela miséria, pela fome, pelo trabalho exploratório, pelas calúnias contra as quais não podem responder com dignidade porque não estão em posição de privilégio. Em um dos trechos do livro, o protagonista Vânia, que tem muitos traços autobiográficos, é questionado a respeito dos temas dos livros que escreve: por que ele fala de pessoas pobres, funcionários falidos, porões sujos e não a respeito do esplendor e da beleza dos salões da elite russa? A resposta do personagem é simples, mas nos diz muito a respeito do projeto de literatura do autor: entre a "alta esfera" ele só encontra o tédio e não há nada o que ele possa fazer por eles, porque já tem tudo. Já os miseráveis, os endividados, os doentes e famintos eram (e ainda são) excluídos da literatura, ou representados através de caricaturas que não os mostram como pessoas complexas, dotadas de ideias, sentimentos e contradições. Outro elemento autobiográfico é a resposta de Vânia à crítica que ele sofria por se "esgotar literariamente" e perder sua saúde ao escrever em prazos apertados e sem tempo para corrigir os desleixos: ao contrário de escritores abastados (como Turgueniev), ele dependia do dinheiro das publicações para sobreviver. Humilhados e ofendidos tem uma coleção de personagens memoráveis que certamente inspiraram suas obras futuras: tanto o ingênuo e irresponsável Aliocha quanto o teimoso velho Nikolai Serguiêitch, a tenaz Nelli, que sofreu tantas injustiças ainda criança, Maslobóiev, o tipo malandro e o personagem mais interessante do livro, o príncipe Valkóvski. Como antagonista, ele cumpre muito bem o papel: é dissimulado, egoísta, interesseiro, cruel e até sádico e protagoniza todas as melhores cenas do livro, de confronto direto ou indireto com sua figura cínica, sua ausência de moralidade e sua lógica individualista e contrária à toda tentativa de mudança na sociedade. Meu capítulo preferido, o décimo da terceira parte, é inteiro dedicado ao diálogo entre o príncipe e o protagonista. Ainda que não tenha a maturidade de estilo e profundidade temática dos seus cinco grandes romances, Humilhados e ofendidos não deixa de merecer todos os elogios. É meu décimo livro lido do Dosta e é impressionante: o cara não erra uma.
Aurélio prof Literatura 09/01/2021minha estante
Boa resenha. Não há como não se apaixonar por Dosta.




Marcelo.Alencar 19/06/2020

Livro que te faz sentir
Não sei o que dizer: é só sentir! O livro é veia, coração! É tão grandioso que me vi em lágrimas!
Inesquecível!
Gratidão por Dostoiévski, é o que sinto agora!
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gabi 14/06/2020

humilhados e ofendidos
o que eu mais gostei sobre esse livro é do quanto que ele abre debate sobre o orgulho. eu, particularmente, sou muito orgulhosa e esse livro me fez abrir os olhos e, parece meio óbvio, perceber que eu não vou viver pra sempre e o quão fútil o orgulho humano realmente é quando o fim chega.
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