Humilhados e Ofendidos

Humilhados e Ofendidos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Humilhados e Ofendidos


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Nadine 24/03/2020

Eu gosto de Dostoiévski, realmente gosto, mas é meio difícil ignorar a minha mentalidade como mulher nascida neste século para me deixar imergir no que personagens daquela época pensavam. Faz a gente questionar bastante o quanto orgulho, costumes e "moral" podem acabar custando para uma pessoa e a quantidade de sofrimento que pode surgir por conta disso. Meio escroto também que, no livro, quem mais tenha sofrido por conta de orgulho e "moral" tenha sido a única personagem que era inocente pelas circunstâncias.
Talvez essa fosse a intenção dele, do autor, fazer a gente observar que, não importando o século, orgulho pode custar MUITO para alguém, e pode acabar machucando gente que realmente era inocente.
Krishnamurti 24/03/2020minha estante
Interessante o teu comentário. Muito mesmo.


Nadine 24/03/2020minha estante
Obrigadaan


Krishnamurti 24/03/2020minha estante
Valeu! Estou seguindo você.




EdwardF 16/04/2020

Ahhhhh Dostoiévski!!! Eu nem sei explicar o porquê mas não consigo deixar de ler um livro seu de tempos em tempos... como temas pesados e até tristes podem proporcionar um prazer tão grande através de suas palavras???!!! Como é fácil se sentir em São Petersburgo!!!
Daniel 16/04/2020minha estante
Ah agora fiquei curioso, pra quem nunca leu nada do autor vc recomendaria qual?


EdwardF 16/04/2020minha estante
Olá, sugiro começar com o Jogador, não é tão pesado e é mais divertido, mas depois sugiro um mega clássico, na minha opinião, Recordações da Casa dos Mortos.... fica tranquilo, que, se você gostar, você encontrará os outros "caminhos de Dostoiévski... Grande abraço


Daniel 16/04/2020minha estante
Ah entao vou começar pelo jogador, vou ver se é bão mesmo hehehe




Alessandra600 22/08/2023

"Essa qualidade dos seres ingénuos, que talvez lhe viesse do pai, de apreciar uma pessoa, considerando-a por melhor do que verdadeiramente é e exagerar exaltadamente tudo quanto tem
de bom, tinha-se desenvolvido nela num grau violento. A essas criaturas custa-lhes depois muito refazerem-se da sua desilusão e ainda mais quando sentem que são elas mesmas as culpadas. Para quê esperar de uma pessoa mais do que aquilo que ela pode dar? Dizem que, a tais pessoas, uma desilusão as espera a cada momento.

Fiódor Dostoiévski
Math 22/08/2023minha estante
Lindo, meu amor!


Alessandra600 23/08/2023minha estante
???




Léia Viana 12/08/2017

“Reparei que, num recinto apertado, até os pensamentos sentem-se apertados.”
“A minha tendência é supor o pior antes do melhor... um traço infeliz, próprio do coração endurecido. Mas não tenho o hábito de esconder meus defeitos.”

Em algumas partes comovente, em outras trágicas, intercalando um ritmo dinâmico, lento e alucinante Dostoiévski conta a história de Ivan , um escritor sonhador, idealista mas que não consegue se sustentar com o seu trabalho, com problemas de saúde e com um coração apaixonado por Natacha que acaba fugindo com outra pessoa, o causador da desgraça de sua família.

Esta obra retrata a profundidade de um ideal humanitário, no trato preciso com o sofrimento moral e social, com o abuso do poder econômico sobre a vida dos desfavorecidos. Ele ilustra, também, os limites do amor e da compaixão, quase demente da maioria das suas personagens, prontos a odiar e a amar da forma mais radical, exagerando ou engolindo o seu orgulho, mudando de atitudes constantemente, contrastando com a personalidade de um príncipe hipócrita capaz de tudo para atingir os seus fins de enriquecimento por qualquer meio.

É uma obra espetacular, que nos leva a pensar o quão cruéis podemos ser com o próximo em benefício próprio. Foi meu primeiro Dostoiévski e estou muito empolgada para ler outras obras desse escritor.

“É surpreendente o que um raio de sol pode fazer com a alma humana.”

Leitura recomendada!
Marcos.Azeredo 23/08/2017minha estante
Um dos melhores livros que já li.


Junior 13/12/2017minha estante
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Teteu 16/11/2020

Um livro sobre a importância de amar e de perdoar.
Quão grande é o nosso anseio em sermos insultados, humilhados e ofendidos. Esperamos por isso, simplesmente para ter o prazer de odiar.

Certamente é um dos melhores livros que já li em minha vida. A habilidade de Dostoiévski em replicar a humanidade me espanta.
Sempre adorei filosofia e psicologia e o nível dos debates que o livro pode causar é altíssimo, incrível, como nunca experimentei antes.
Recomendo pra todos!

Li esse livro para um trabalho de português e fiz uma resenha em forma de vídeo. Caso vocês queiram, podem dar uma olhadinha através do link que vou deixar logo abaixo. Espero que gostem!
https://youtu.be/VAxtaMrYBTA
Ananias 17/11/2020minha estante
Ah, agora fiquei com vontade de ler... sou muito fã de Dostoiévski


Teteu 18/11/2020minha estante
Obrigado, é realmente incrível! Vc vai amar. Caso queira ver mais um pouco sobre o livro, eu fiz uma resenha. Li esse livro como trabalho de português e fiz um vídeo. Vc pode dar uma olhada pelo link q deixei na resenha.




Vitor.Canestraro 18/08/2019

Vale cada letra
Humilhados e ofendidos não está no mesmo nível de Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazov, mas já demostra toda a veia intensa e psicológica de Dostoiévski, por si, vale cada letra escrita.
Marcos.Azeredo 08/10/2019minha estante
Um grande livro.




Jumpin J. Flash 19/04/2010

Um Dostoiévski menor
Esse o mestre deve ter escrito só para pagar algumas contas. Uma obra menor, com certeza. Não sei se o autor quis fazer surpresa com a revelação da paternidade de Nelli, mas qualquer pessoa deduz isso desde a metade do livro. Romancezinho burocrático...
Dom Ramirez 14/05/2013minha estante
precisava contar pra quem não leu?




jefftavaresjuni 27/03/2012

Humilhados e Ofendidos, de Dostoiévski
Nas quatro partes desta magnífica obra, Dostoiévski faz com que duas histórias, que por si mesmas seriam objeto de dois romances distintos não menos esplêndidos, cruzem-se e se interliguem de tal forma que o resultado torna o livro inesquecível e deixa uma impressão profunda.

Em uma das ramificações da história, o narrador-personagem Ivan Petróvitch nos conta sobre a sua relação com a família Ikhméniev, composta pelo patriarca Nikolai e sua mulher Anna Andreyevna, bem como o fruto da relação do casal, a querida e doce Natasha.

A família vivia em um ambiente harmônico permeado por amor, cumplicidade e afeto no pacato interior da Rússia até que uma tragédia se abate sobre eles. O inescrupuloso príncipe Valkovski, dono das terras de que Nikolai tomava conta, acusa-o de desonestidade no trato com seus negócios. Junta-se a esta acusação o surgimento de boatos na vizinhança de que Natasha teria seduzido o ingênuo filho de Valkovski, o inocente e por vezes leviano Aliocha.

Nikolai embarca para Petersburgo com sua família a fim de juntar condições para defender-se das calúnias impostas pelo príncipe. Embora a relação com Valkovski esteja deteriorada, os Iknhméniev continuam a receber Aliocha com honras e convivas. Porém, para piorar a situação do orgulhoso homem, sua filha acaba se apaixonando pelo filho do príncipe, saindo de casa e deixando o pai aterrado, humilhado e ofendido em sua dignidade. Ele não poderia suportar tamanha afronta ainda mais por se tratar do filho de seu algoz.

Durante este tempo, Ivan já residia em Petersburgo onde tinha levado a cabo seus estudos e já havia adquirido certa fama como escritor. Inesperadamente, ao procurar um novo apartamento para alugar, Ivan acaba se envolvendo com um senhor taciturno e misterioso que falece pouco tempo depois. Ivan se interessa pela história, aluga o apartamento onde ele residia e aguarda a aparição de parentes do velho. Uma menina completamente compenetrada e absolutamente temerosa surge procurando notícias sobre seu avô.

A partir daí desenrola-se uma trama densa e quanto mais Ivan escava coisas mais escabrosas vêm à tona. Ele se comove pela história de sofrimento de Nelli(apelido de Elena, a pequena garotinha) e resgata a criança das mãos da malvada Búbnova, com quem ela morava desde a morte de sua mãe.

Ivan se divide entre cuidar de Nelli e socorrer Natasha, sua paixão platônica desde os tempos de criança. Aliocha se mostra cada vez mais volúvel e indeciso. Ele passa o tempo todo percorrendo o trajeto entre a mansão da condessa, com cuja filha seu pai exige que ele se case, e a casa da sua devotada Natasha.

Aos poucos, Natasha percebe que Aliocha está mais ligado à amável, inteligente e bondosa filha da condessa. Natasha entende que a separação é inevitável e está disposta a abrir mão de sua felicidade pela de Aliocha, tamanho o seu amor. No entanto, antes disso, o malvado príncipe Valkovski consegue atingi-la em sua honra ao fazer uma indecente proposta: para afogar suas mágoas ela poderia cair nos braços de um lascivo conde, amigo de Valkovski.

Dois fatos concorrem para a reaproximação entre o pai ofendido e a filha ultrajada: a partida de Aliocha com a condessa para Moscou e o emocionado relato de Nelli, a pequena órfã, filha de uma mulher com uma história similar à de Natasha e que morreu miserável, sem o perdão do pai. Quando Nikolai decide ir pedir perdão à filha, esta adentra sua casa e os dois caem nos braços um do outro, num momento sublime de reconciliação.

Além do fascinante enredo, a construção psicológica dos personagens é impressionante. Alguns deles carregam em si a mais convicta altivez, uma incondicional honestidade e corações incrivelmente bondosos, enquanto outros são vis, levianos e repulsivos. Os diálogos entre os personagens são um espetáculo à parte, fazendo com que o leitor possa sentir junto com eles naquele momento e tão precisos que nos levam ao local dos acontecimentos. Cada nova situação é surpreendente e imprevisível e o desfecho traz uma abnegação quase sagrada.

Dostoiévski conseguiu se tornar um dos maiores escritores da história sem pedantismo, mas também sem subestimar a inteligência dos seus leitores. A sua forma de escrever é fluida e logo de cara estabelece uma relação íntima com o leitor. O cenário para suas histórias está no século XIX, mas elas são universais e com isso podem ser lidas, compreendidas e sentidas em qualquer época ou cultura.
Tom 06/05/2013minha estante
A sua resenha é boa, porém muito extensa.
Abraço.




Luan 01/04/2022

?? Humilhados e Ofendidos | Fiódor Dostoiévski
Ficção | Romance | 416 pág.

Enfrentamos tanto coisa em vida, por parte com os outros e até de nós mesmo. Sejam coisas boas; sejam coisas ruins. No entanto, se olharmos para aquilo que desprezamos, a cobiça, a ganância, a avareza, a ignorância e o orgulho, se mantiveram de gerações em gerações até hoje na humanidade. Isso não é nenhuma surpresa, embora seja até a própria realidade que se mostrou após pandemia, após (ainda está havendo) uma guerra... isso nos casos recentemente, imagina relatar todos em ordem, coitado de Jesus e Sócrates, teriam de esperar sentado.

A obra Humilhados e Ofendidos, do grande autor russo - lembrando que, apesar do péssimo e vergonhoso comportamento da Rússia em relação aos conflitos atuais, a Rússia também detém uma arte admirável e encantadora - Dostoiévski, expõem nos diversos personagens o orgulho disfarçado ou discarado em suas atitudes e escolhas. O orgulho que muita das vezes ofende e humilha.

A obra é um romance em primeira pessoa, do protagonista Ivan que logo inicia com um evento inusitado diante da morte de um icônico velho chamado Smith que, mais tarde, intrelaçará na história de todos os personagens. Alguns humilhados, outros ofendidos.

Ao todo, se percebe aqui uma profundidade absurda (me refiro no lado bom da coisa) nos personagens e no enredo ao todo. Isso me faz dar muito crédito a obra pelo simples fato de todos alí serem humanos a ?flôr da pele?. Tendo cada um, uma psicologia diferente, notável e problemática para o enredo que se constrói.

Percebo também, a visão precária e assustadora - tenebrosa ao menos - da grande São Petersburg referida na época do século XIX por parte do nosso protagonista. Sua visão, mostra a pobreza, a miséria, o sofrimento... vivência com esses elementos em toda a história.
celle 06/04/2022minha estante
????




Steph.Mostav 19/06/2020

Gente humilhada, ofendida e oprimida
São muitos os paralelos entre Humilhados e ofendidos e Gente pobre, não só pela posição dos dois na carreira do Dosta (um deles foi seu romance de estreia, o outro o romance do retorno após os anos aprisionado). Ambos tratam de questões sociais em Petersburgo, ou ainda, da análise psicológica que os efeitos dessas questões sociais tem sobre os personagens. Nos dois casos, são personagens que representam a "gente oprimida" pela miséria, pela fome, pelo trabalho exploratório, pelas calúnias contra as quais não podem responder com dignidade porque não estão em posição de privilégio. Em um dos trechos do livro, o protagonista Vânia, que tem muitos traços autobiográficos, é questionado a respeito dos temas dos livros que escreve: por que ele fala de pessoas pobres, funcionários falidos, porões sujos e não a respeito do esplendor e da beleza dos salões da elite russa? A resposta do personagem é simples, mas nos diz muito a respeito do projeto de literatura do autor: entre a "alta esfera" ele só encontra o tédio e não há nada o que ele possa fazer por eles, porque já tem tudo. Já os miseráveis, os endividados, os doentes e famintos eram (e ainda são) excluídos da literatura, ou representados através de caricaturas que não os mostram como pessoas complexas, dotadas de ideias, sentimentos e contradições. Outro elemento autobiográfico é a resposta de Vânia à crítica que ele sofria por se "esgotar literariamente" e perder sua saúde ao escrever em prazos apertados e sem tempo para corrigir os desleixos: ao contrário de escritores abastados (como Turgueniev), ele dependia do dinheiro das publicações para sobreviver. Humilhados e ofendidos tem uma coleção de personagens memoráveis que certamente inspiraram suas obras futuras: tanto o ingênuo e irresponsável Aliocha quanto o teimoso velho Nikolai Serguiêitch, a tenaz Nelli, que sofreu tantas injustiças ainda criança, Maslobóiev, o tipo malandro e o personagem mais interessante do livro, o príncipe Valkóvski. Como antagonista, ele cumpre muito bem o papel: é dissimulado, egoísta, interesseiro, cruel e até sádico e protagoniza todas as melhores cenas do livro, de confronto direto ou indireto com sua figura cínica, sua ausência de moralidade e sua lógica individualista e contrária à toda tentativa de mudança na sociedade. Meu capítulo preferido, o décimo da terceira parte, é inteiro dedicado ao diálogo entre o príncipe e o protagonista. Ainda que não tenha a maturidade de estilo e profundidade temática dos seus cinco grandes romances, Humilhados e ofendidos não deixa de merecer todos os elogios. É meu décimo livro lido do Dosta e é impressionante: o cara não erra uma.
Aurélio prof Literatura 09/01/2021minha estante
Boa resenha. Não há como não se apaixonar por Dosta.




Natali 07/12/2012

Dostoiévski "Mal dizido"
Estou acostumada com as traduções do Boris Schnaiderman da Editora 34, que busca direto do Russo e traz a essência verdadeira do livro. A tradução da Nova Alexandria desanima a leitura.
Steph.Mostav 21/08/2015minha estante
Natali, a edição da Nova Alexadria também é traduzida diretamente do russo por Klara Gourianova.




Arsenio Meira 21/11/2013

Sobre a fatalidade e a nobreza das Paixões

O impulso primordial que anima os personagens dostoievskianos situa-se no prazer doloroso, porém intenso e inevitável, ao ver o espetáculo de um desastre amoroso, para o qual colaboraram tanto quanto possível.

Aliocha comete um cardápio de infidelidades, sempre com prostitutas; antes mesmo de cometer mais uma canalhice contra sua noiva Natacha, pobre Natacha, ele desafia quase diariamente o limite máximo dos canalhas.

"Humilhados e Ofendidos" desenvolve-se, do início ao fim, num clima de idealismo romântico que bem podemos chamar de desmistificador. A retórica sentimental põe sob uma forte figura de esforço moral e espírito de sacrifício uma conduta que provém com evidência cada vez maior de um esforço por salvar-se - ainda que isto seja impossível - de um masoquismo psicopatológico.

Disso resulta uma compaixão que traz à tona o que os corações dos personagens tem de mais nobre e faz com que consintam em sacrificar, em si mesmos, a parte possessiva de todo amor.

Inevitável perceber um elemento meio obscuro, que mistura-se à paixão, mas é justamente sobre esse elemento que alguns personagens conseguem triunfar.

Para mim, ficou muito claro que Dostoievski escreveu um tratado, cujo ponto nuclear é o embate entre o amor-paixão e a compaixão - e também com a caridade -, uma luta terrível em que no final a compaixão termina por derrotar "o asfalto, o tédio, o nojo e ódio", parafraseando e finalizando com a lembrança do grande Carlos Drummond de Andrade.

Marcos.Azeredo 28/07/2020minha estante
Um dos melhores inicios de livro que ja li.




celle 01/04/2022

atmosfera lenta, não obstante, inquitante e atrativa
Esse é o meu segundo Dostoievski. Não estou seguindo cronogramas e ordens para a leitura de suas obras, para esta eu só estava precisando ler algo curto que me tirasse da ressaca. Errei profundamente, o que eu pensava ao acreditar que uma literatura tal qual esta faria??

Por isso, demorei para finalizá-la. A escrita é arrastada e não há reviravoltas estrondosas (o que não é ruim). É uma leitura confortável e, ao mesmo tempo, muito inquietante. Gostei da experiência e me envolvi com as personagens a ponto de passar muita raiva com Aliocha e chorar com Nelly.

Não a recomendo para qualquer pessoa.
Luan 05/04/2022minha estante
olha só que resenha maravilhosa!!! compartilho do mesmo ponto de vista sobre este livro




Franco 22/04/2017

Friendzone à moda russa
Se quiséssemos brincar e resumir, daria para dizer que o livro é uma grande novela sobre uma grande friendzone (meu, uma épica friendzone, que o protagonista foi brutalmente friendzoneado). E que, afinal, é uma historinha de amor e seus percalços...

Mas indo além da brincadeira resumitiva, a profundeza da obra vai em duas direções: o social e o psicológico. Isso significa que vamos assistir aquela 'historinha' do amor ganhar uma sustância dada pelas classes sociais e pelas dinâmicas de uma sociedade interesseira, e também pelo incrível, louvável e invejável desenvolvimento que Dostoiévski dá aos personagens (é um desvendar sugerido, insinuado, às vezes com toque irônico, mas sempre na medida para que a gente compreenda as razões psicológicas das atitudes que praticam aquelas personagens).

E aí que o livro deixa de ser sobre uma friendzone, ou sobre uma historinha de amor, e torna-se um retrato humano e também um tanto sociológico. Sim, tem lá uns toques meio dramáticos demais para o sabor de hoje em dia, mas nada que estrague a experiência.

E tudo isso numa escrita agradável (ótima tradução, nem parece um clássico russo rs) e estruturada em muitas subdivisões (confesso que páginas e páginas de texto corrido e sem fim tendem a me chatear).

E a cereja do bolo, o que faz o livro certamente valer a pena, é o final: uma apunhalada certeira destilando a nostalgia de tudo o que não foi e poderia ter sido.
Amendoa 03/12/2018minha estante
"O protagonista foi brutalmente friendzoneado" kkkkkk adorei




Deghety 09/11/2016

Humilhados e Ofendidos
Com personagens singulares e com personalidades completamente acentuadas, Humilhados e Ofendidos apresenta, além de uma bela história, uma descrição do que são sentimentos a flor da pele.
A humilhação e ofensa causada pelos sentimentos, seja amor, ódio, orgulho, honra, nobreza, perfídia, etc.
Marcos.Azeredo 13/04/2017minha estante
Um dos melhores livros de Dostoievski que já li.




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