Humilhados e Ofendidos

Humilhados e Ofendidos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Humilhados e Ofendidos


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Vamos levar uma Prosa [e Poesia] 21/05/2012

Entre as cores e as facetas do ser humano
Pensar em Dostoiévski é pensar em ritmo absoluto e contínuo. Não diferente, em Humilhados e Ofendidos observa-se o "tudo pelo" dos personagens em relação aos sentimentos a que mais nos apessoamos. A comoção e a tragédia se propagam nas demências dos personagens prontos e radicais, às vezes exagerando no contraste entre as atitudes e a personalidade. A marca da hipocrisia no conflito é oferecida pela vontade de sobrepor-se através de uma estratégia cuja humilhação e a ofensa ficam ao encargo dos interesses daqueles que mais possuem riqueza e poder (inclui-se o poder da tortura).
Em Humilhados e Ofendidos as emoções fortes e um desenrolar alucinante da trama revelam a dissecação dos diversos tipos de amar. Tão logo, nos jogos dos interesses, a realidade social da época é explorada nos aspectos mais sombrios, acredita-se, visando ao "humanismo dos humilhados" acima das desgraças. Obra reveladora das cores nobres e comuns em contraste com as facetas do ser humano.
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HelielmaK' 18/10/2012

o começo achei que eu ia devolver porq tava chato, mais quando comecei a ler chonei
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Isotilia 08/05/2013

Humilhados e Ofendidos
O tema central desse livro é perdão.
Mas o que mais me tocou foi o tema secundário do orgulho. A mãe de Nelli se apaixona, foge com o dinheiro da família, dá todo dinheiro ao amante e este a abandona. Nas palavras do autor: "Em geral, para esses canalhas, é ótimo lidar com criaturas chamadas elevadas. Elas são tão nobres que é muito fácil enganá-las e, depois, elas sempre se limitam ao nobre e elevado desprezo, em vez de fazer uso prático da lei, quando é possível usá-la.".
A mãe tinha todas as provas para levar o príncipe a julgamento e ter sua fortuna de volta(que aliás, nem era dela e sim do pai), mas ela preferiu cair na miséria com sua filha, a se expor publicamente. Isso é orgulho egoísta.Se ela o tivesse denunciado, Dostoievski teria que escrever outro romance.
Essa ideia também é mostrada quando o autor descreve Nelli:"Parecia se deliciar com sua dor, com esse sofrimento egoísta, se é que se pode expressar assim. Esse cultivo e prazer da dor era-me compreensível. Era o prazer de muitos ofendidos, ultrajados, oprimidos pelo destino e conscientes da injustiça dele."
É tão difícil alguém ser humilhado e ofendido e ter a lei ao seu favor, mesmo assim a mãe de Nelli escolhe não ir à Justiça por vergonha de se mostrar enganada e roubada publicamente. Por outro lado o pai de Natacha entrou num processo judicial e perdeu tudo que tinha, mesmo estando com a razão. Ele não tinha como provar que não roubara o príncipe, ele não tinha nenhuma evidência. Mesmo assim, ele lutou com todas as forças, após perdido o processo, não aceitou o dinheiro de 'presente' do príncipe, o chamou para um duelo, após a recusa dele, ainda assim o procurou mais uma vez. Ao contrário da mãe de Nelli, ele reconstruiu sua vida.
Os dois personagens são humilhados e insultados pela vida. Ele não tinha como conseguir justiça, ela tinha. Ele luta até o fim com esperança, ela desiste sem lutar! Dostoievski é o mestre na descrição da alma humana. Um excelente romance. Tudo que o Dostoievski escreveu tem um toque inconfundível de genialidade.
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Erica 02/03/2024

Humilhados e ofendidos
Gostei muito da escrita do autor, é um livro muito bem trabalhado e que dá vontade de continuar a leitura
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Afonso 11/08/2013

Gostei sim. ...é... gostei pois...
é... essa coisa de rico e de pobre....e essa coisa de amor e desamor ..e essa coisa de dar o braço ou nao pra torcer....e essa coisa de morrer na paz ou na guerra...

oras.. acabei agora mesmo o livro..isto deu lagrimas ein...

22:00 da noite. vou tomar cafe.. la fora. pra comemorar.


5 estrelas. e porque nao?
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Givaldo Júnior 13/12/2013

Uma Obra Prima
Simplesmente perfeito. Este foi o primeiro livro que me fez chorar. É simplesmente uma obra prima da literatura.
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Carina 19/02/2014

A Complexidade das Classes
Humilhados e Ofendidos, talvez eu não consiga descrever o tanto que me identifico com esse livro e com os livros do Fiódor Dostoiévski. E mesmo depois de ler ele algumas vezes, sempre encontro mais alguma coisa, uma parte que passou despercebida e que quando leio novamente me surpreendo. Os livros dele são assim, tem sempre uma coisa nova nessa incrível literatura velha.
Fiódor é envolvente, faz com que a gente enxergue as duas faces da mesma moeda de um jeito que nenhum outro escritor faz. E é por causa disso que, para mim, ele foi e sempre será o melhor escritor que já existiu.

Numa narrativa atraente, o livro foi elaborado para os dois seguintes temas: "Orgulho x Perdão".

Um amor até que correspondido, mas de maneiras diferentes. Vânia (Ivan) queria Natacha como sua. Para ela, ele era um irmão. E é assim que ele se comporta durante todo o livro. Ela teve uma paixão pelo filho de um príncipe, um cabeça de vento, leviano. Uma fuga. Um pai humilhado pelo bestial príncipe e ofendido pela filha, que o abandonou. Uma mãe que chora. No meio dessa trama toda surge uma criança: Elena, mais conhecida como Nelli. Nelli, pobrezinha. Uma criança terrivelmente maltratada. Maltratada pelo infeliz destino que teve e que no decorrer do livro você descobre que ela está ligada a tudo e a todos. Nelli consegue fazer com que o pai de Natacha, Nikolai, perdoe sua filha quando ela foi deixada pelo filho do príncipe. E para conseguir fazer Nikolai perdoar sua filhinha, ela teve que vencer o seu próprio orgulho e contar a sua história de vida.
É uma história extremamente complexa, com diálogos inteligentes e envolventes, que te faz querer ler o livro de uma só vez.
Um livro para ser lido e relido.
Recomendo!

CGM
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Ana 13/08/2018

Amor..
Toda a história se resume em amar alguém e as consequências que este sentimento traz consigo.... O amor paternal/maternal e sua força se mostra mais forte que as tradições daquela época e o amor entre os amantes é tão forte que os personagens se sacrificam o tempo todo em prole daqueles que amam. Todas as ofensas e humilhações sofridas decorrem desde estado de espírito que é amar... O final e profundo e emocionante..
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Cristiano.Vituri 05/09/2014

O perdão ou condenação?
A genialidade de Dostoievski, a flor da pele!

Num romance normal, o narrador geralmente é o próprio personagem principal e passa por todos os tipos de provações, não é?
Sim, mas isso é Dostoievski e em sua obra nada é trivial. Ivan, o narrador, que tinha tudo pra ser feliz ao lado da amada(Natacha), é trocado por um filho de príncipe(Aliocha) e começa a contar a história que deveria ser sua. Surpreendente.Assim, o título começa a se justificar: sofrimento, dor e agonia (maestria do autor).

O livro faz o leitor ora dar razão a um personagem, ora a outro.As opiniões vão sendo formadas com o desenrolar da história, a degradação da familia Ikhmieniev através da figura da filha Natacha(desonrada por Aliocha) é desoladora, o pai indignado, não perdoa a filha e essa sofre.
Paralelo a isso a história da menina Nelli(orfã e abandonada pelo pai e avó, mendiga, abusada e psicologicamente destruída), seu sofrimento é de partir o coração. Realidade russa nua e crua.



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Ana 29/03/2015

Sabe quando você termna de ler um livro e sente imediatamente a vontade de lê-lo de novo, só para saborear melhor as palavras e as situações? Foi o que aconteceu comigo ao ler "Humilhados e ofendidos". Eu me conectei com os personagens, de verdade. Sofria junto com Nelli, com Anna Andreiêvna, com Nikolai Serguiêtch, com Vânia e Natacha. Eu me senti imersa numa versão do programa "Casos de família" passada na Rússia do século XIX, e não quero diminuir o livro ao dizer isto. Amei o drama, os conflitos, as intrigas, os problemas, os diálogos, os personagens, tão maravilhosos e dignos de pena. Um escritor que só pode narrar a história que queria vivenciar, uma jovem que ama um tolo, uma menina louca de amores por um homem que só tem olhos para outra, uma velhinha que vive à espera da filha, e que atura o marido como ninguém, um velho dividido entre o orgulho ferido e o amor sem fim que clama por perdão, um homem-menino cabeça de vento que mal entende o mundo ao seu redor e o sofrimento que causa, uma história trágica que se repete. Os personagens parecem reais; durante a leitura, eu conseguia ver o rostinho enrugado e preocupado de Anna Andreiêvna e o olhar penetrante de Nelli. Quase pude sentir o desespero que sentem, a humilhação e a ofensa que lhes é imposta. Poucos escritores conseguem criar uma história, personagens, situações e diálogos tão fortes assim, que me prendem ao sofá, na ânsia de descobrir o que acontecerá a seguir, tal como num filme. Dostoiévski é maravilhoso!!!
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Carol.Amaral 04/05/2015

Belíssimo!
Nas últimas páginas fiquei triste porque estava acabando. Daqueles que emociona.
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MarceloL 24/05/2015

Impecável, envolvente e doloroso
É impossível permanecer indiferente ante Humilhados e Ofendidos. É um livro sobre dor, sofrimento e humilhações - mas sobretudo sobre gentileza. Sobre como podemos resistir às ofensas a que estamos diariamente expostos.
Dostoievsky faz uma análise brilhante de todos os principais personagens deste livro, e eu me envolvi de tal forma com todos eles - concordando ou discordande de suas visões - que terminar essa história foi muito doloroso.
O final do livro é doloroso por si só, na verdade - o futuro permanece indefinido, mas o passado está sempre vivo, pronto para atormentar por cada escolha errada e palavra dita. E (o que dói mais ainda) quem mais sofre são os mais puros, os mais necessitados, os mais ofendidos.
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natasha 03/10/2015

Dilacerante
Obra magnífica, que explora os laços sociais na sua forma mais pura. Investiga por meio da vida desses personagens, que sofrem ate a alma em suas condições de humilhados e ofendidos, o que o ser humano tem de pior e de melhor.
O autor (Vânia- com alguns traços autobiográficos) discorre os fatos de forma clara (viciante) e com um acalorado discurso indireto dos acontecimentos. Fala-se, então, de perdão e orgulho. Sordidez e fé. De amor e amizade. De dores reprimidas, culpa, compaixão e sacrifício pelo outro, de forma intensa e ideológica.
Quantas boas lágrimas não me caíram com a historia da pequena Nelli, quebra qualquer coração.
E quanta raiva não tive dos discursos mesquinhos do príncipe. E da falta de ação do filho.
É um retrato da vida social, da dura realidade, por isso mesmo, dilacera por dentro, machuca e nos ofende. Nós seres humanos, na condição de humilhados, entramos em desespero para recuperar o orgulho perdido e nem sempre agimos conforme a nossa razão, nos tornamos vulneráveis.
Dostoievski mostra mais uma vez, que é de uma genialidade ímpar.
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Joyce 18/11/2009

Gostei desse livro por algumas partes lembrarem certo período da minha vida. Livro interessante, que mostra as relações interpessoais de uma maneira nua e crua. Aliocha nos deixa inquetos com sua falta de compromisso e opinião, Natacha tb, que coloca Aliocha como a condição de sua felicidade.
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Monique 20/04/2018

Primeiro livro de Dostoievski
Dostoievski tem supremacia em sua escrita, desenvolvimento de história, personagens e conclusões. Tenho certeza de que ele não deveria ter outra função, senão esta.
Ele tem aptidão para contar a história de cada personagem, envolvê-los numa trama, desenvolver suas historias e seus finais. Chega ser difícil pensar em uma unica palavra que o defina e o qualifique tão bem.
Já não é o primeiro livro que leio dele e sempre fico estarrecida e sem palavras com a sua desenvoltura, sua inteligência e racionalismo.
Humilhados e Ofendidos foi o primeiro livro a ser lançado por ele e já prova como o autor tem o domínio da história e de seu desenrolar sem rodeios, sem apresentar dificuldades no relato ou furos de história. Tudo é muito bem fechado.
Me emocionei no final da história, foi difícil de me conter e de não ter empatia com tal situação. As pessoas narradas nesta história são ofendidas pelo destino e humilhadas por suas condições.
Uma leitura suprema, agregando um conhecimento intelectual que nenhum autor contemporâneo é capaz de fornecer. Sem dúvida, Dostoievski é um clássico de mesma magnitude que Tolstoi, Chalamov, Tchekhov, Gogol, Bulgakov, entre outros altamente conceituados na Rússia.
Ele é o pai do Realismo.
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