Via-Láctea

Via-Láctea Olavo Bilac




Resenhas - Via- láctea


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May 20/04/2020

RESENHA | VIA-LÁCTEA
VIA-LÁCTEA
Escritor: Olavo Bilac
Editora: Biblioteca Digital
Estrelas: ?????
.
Como uma obra nacional, iniciei minha quarta leitura deste ano. Minha escolha foi da escola Parnasiana, bem Carpe Diem para vivenciar esses tempos de quarentena.
Como toda obra parnasiana, a presença da natureza e do romance não se falta nas páginas do livro. .
Os sonetos de Via-Láctea é estonteante, a visão da personagem feminina nos versos, me fez senti uma presença da insegurança diante dela: uma moça jovem, mas com medo de amar. Não sou especialista em sonetos, então não irei me prender a uma estruturação, mas como uma leitora curiosa, descobri que os versos é de decassílabos e as rimas estão distribuídas em quartetos ABAB BABA e nos tercetos CDD EDE.
.
Acredito que minhas partes favoritas é claramente as partes mais românticas. Não posso negar, sou aquela leitora que se apaixona por personagens e adoraria ter um romance literário, sou daquelas que adoro um amor inventado. (Até rimei) .
VII
[...]
"Não penso nada:
Penso apenas que te amo com um louco!"
.
E realmente nesses versos que você percebe ao decorrer do livro que o Olavo mostra como amar a personagem feminina o deixava desatinado ao ponto de conversar com as estrelas e dizer que a lua conversava consigo. .
Um livro ótimo, principalmente quem ama histórias, sonetos, poesias, tudo com uma pegada de romance. .
Leandro.Bonizi 19/12/2022minha estante
? Adoro um amor inventado ? ? Grande oportunidade para parafrasear Cazuza em "Exagerado".




Lice 23/02/2021

"Pode viver tranquilo quem assim ama, sendo assim amado."
Amo poesias, mas não li uma quantidade considerável. Mas essa foi incrível, conseguiu fazer-me chorar e a história é simplesmente maravilhosa. Lindo, lindo demais. Queria que fosse mais do que só 20 páginas, porque é maravilhoso! Amei demais!
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Guilherme 07/08/2020

Bilac e suas estrelas
Uma beleza do parnasianismo em língua portuguesa. É um prazer de ler os versos feitos assim. Mas ainda bem, vieram os modernistas. De qualquer maneira, é um livro que traz um dos versos mais conhecidos de nossa poesia e que Belchior apropriou em "Divina Comédia Humana"

"“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto"

Há grandes altos nesses versos.
Recomendo.
re.aforiori 19/09/2021minha estante
Bilac é um de meus poetas favoritos!

???




Ozzy 01/05/2022

Citação
Não basta saber que sou amado,
Nem só desejo teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura do teu beijo
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Gabriel1610 07/07/2022

Belo e delicado
A maioria dos sonetos falam de amor, e com certeza são os melhores. O mais famoso, o Soneto XIII é muito melhor apreciado quando se lê primeiramente o XII, embora eles não costumam ter conexões diretas, há algumas excessões.

A escrita é belíssima, como esperado do parnasianismo, então vale a pena se maravilhar com os cenários, porém, é uma escrita difícil para quem não está habituado com o gênero.

Por ser parnasiano, é esperado que não haja nenhuma crítica, só uma bela e delicada arte sendo arte por ser arte. Existem diversos cenários graciosos da natureza no livro e uma carga romântica bem generosa, não esperava isso, mas gostei.
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Leandro.Bonizi 19/12/2022

A obra foi escrita em 1888, e foi o marco inicial do Parnasianismo.

Fala da tormenta de sua alma só encontrará refúgio nos braços da mulher amada, exaltada como um ser excelso. Em alguns poemas a amada quer lhe fugir, em alguns casos para preservar sua virgindade, definida como "cândida armadura" de seu pudor, e ele fala do sofrimento que isso traz. Em outros, com a amada entregando-se ao seu amor, a natureza fica mais feliz. Ele usa muito a Figura de linguagem prosopopeia. Não só com a natureza, mas frequentemente as estrelas, que ele as sentia e refletiam sua tristeza.

Este verso traz uma interessante antítese:
"Que é dos loucos somente e dos amantes
Na maior alegria andar chorando."

Não teme as consequências do amor, no soneto VII ouve a voz da serpente que fala que o amor o levará a um "pélago sem fundo", ele conlui: "Penso apenas que te amo como um louco!"

Faz analogias da beleza da amada e do erotismo com a natureza, e a própria amada ilumina a natureza. No soneto XVIII o sono da amada inspira o poeta a escrever versos que descreve como emanações da natureza, e assim não quer que o dia nasça.

O soneto XXII fala que Fábio quer reviver o amor passado por Laura, mas
"Porque o amor, uma vez abandonado,
Não torna a ser o que já tinha sido."

No soneto XXX fala de um amor correspondido mas que não se concretiza devido à distãncia.

Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de Janeiro e é considerado o principal representante do Parnasianismo brasileiro. Foi o responsável pela criação do Hino à Bandeira brasileira.
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Damien Willis 11/01/2017

Comentei recentemente que não fui bem apresentado ao Olavo Bilac por conta de seu Contos para Velhos, obra na qual, tirando algumas prosas e poemas, não surtiu o efeito esperado em quem tinha uma expectativa alta. Por outro lado, Via-Láctea é quase arrebatadora, um grande poema composto por 35 belos sonetos que atraem novamente meus olhos para Bilac e suas obras ainda não conhecidas.
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legarcia 03/03/2023

Ora direis ouvir estrelas
Ultimamente tenho lido alguns excelentes livros de poesia. Porém, ainda há muitas jóias brasileiras a serem estudadas e creio que deparei-me com uma bem aqui. É engraçado, no mínimo, a maneira como alguns autores são encaixados pelos estudiosos da literatura em caixas as quais não pertencem totalmente.

Acredito que Olavo Bilac foi um dos autores injustiçados por mim que, ao pensar que sua poesia era totalmente parnasiana, tive o pensamento de que seria uma poesia menor, apenas focada na forma. Acontece que a vida é de certa maneira cômica e as barreiras que tive, desfizeram-se a nada nos primeiros versos que li. Barreiras essas que rapidamente transformaram-se em um espaço de admiração e encantamento.

Encantada talvez seria uma boa forma de definir meu primeiro contato com os textos de Bilac. Realmente ele é um dos nossos grandes poetas e merece ser estudado por nós. A leitura dessa obra foi uma experiência fantástica e provocou reflexões e sentimentos novos em mim. Em quase todos os textos pude sentir uma identificação. Era como se fosse revelado a mim aspectos da minha própria vida e do mundo que antes eram desconhecidos.

Por meio dos versos de Olavo Bilac, pude sentir, vizualizar e tocar coisas novas. É como se fosse aberta uma porta para uma dimensão diferente, como se o autor me guiasse para lugares elevados. Ele conseguiu expressar em palavras, em versos, verdades e experiência humanas de maneira excepcional.

Em alguns de seus poemas, Bilac nos conta de como acredita que a poesia deveria ser, e com toda maestria consegue produzir poemas belos sem imagens complexas. Acreditava ele que os poemas não deveriam ser incompreensíveis e conseguiu esculpir uma obra magnífica transparecendo simplicidade, de forma que ao ler talvez não percebamos a complexidade da forma.

Olavo Bilac realmente foi um gênio e um escultor das palavras. Ele alcançou um nível de tanta excelência que ao lermos sua obra, somos guiados a lugares elevados de uma maneira singela. É uma beleza tão grande, pura poesia os textos e as paisagens criadas por Bilac!

?Via Láctea? tornou-se um livro de cabeçeira e estou entusiasmada para conhecer mais profundamente a obra desse grande escritor brasileiro. Façam um favor a si mesmos e embarquem nessa viagem junto a Bilac!
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gatoviski 05/07/2020

"Pois só quem ama pode ter ouvido, capaz de ouvir e entender estrelas"
Esse foi o meu primeiro contato com o Parnasianismo. Eu estudei um pouco sobre o movimento durante a leitura, e também li sobre o Olavo Bilac.
Eu gostei do livro. O olavo invoca a todo o instante elementos da natureza e , nos sonetos, eles parecem testemunhas do amor. Conversa e escuta as estrelas, os pássaros, o luar..., que por fim, estar apaixonado parece uma loucura. Esse aqui foi o meu soneto favorito. Soneto XII:

Sonhei que me esperavas. E, sonhando,
Saí ansioso por te ver: corria...
E tudo, ao ver-me tão depressa andando,
Soube logo o lugar para onde eu ia

E tudo me falou, tudo! Escutando
Meus passos, através da romaria,
Dos despertados pássaros o bando:
"Vai mais depressa! Parabéns!" Dizia.

Disse o luar: "Espera! Que eu te sigo:
Quero também beijar as faces dela!"
E disse o aroma: "Vai, que eu vou contigo"

E cheguei. E, ao chegar, disse uma estrela:
"Como és feliz! Como és feliz amigo,
Que de tão perto vais ouvi-la e vê-la "
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ferngeov 06/09/2020

Bom
Minha primeira leitura nacional. Algumas frases realmente me conquistaram mas outras nem tanto
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Eryka 29/12/2020

"Amai para entendê-las"
Peguei o livro para ler por recomendação da escola e confesso que acabei gostando.
É um livro de poemas em sonetos, o que particularmente tenho predileção, que fala sobre amor; sobre uma jovem moça que não se entrega ao amor facilmente; de como o eu lírico faz para reter um pouco do amor que sente pela nove e acaba falando com as estrelas. É um bom livro para quem gosta de poemas.

Trechos:
"Quem ama inventa as penas em que vive."

"Amai para entende-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."

"E o sol do amor, que não entrava outrora,
Entra dourando a areia dos caminhos."
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Simone Pagliari 16/11/2023

Via-Láctea
Via-Láctea - A escrita é belíssima, porém, é uma escrita difícil para quem não está habituado com o gênero. Existem diversos cenários graciosos da natureza no livro e uma carga romântica bem generosa.
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Mr. Jonas 03/02/2018

Via-Láctea
“Via Láctea” (Soneto XIII do livro Via Láctea)
É um soneto decassílabo, cuja linguagem é demarcada por certo coloquialismo e intimidade do eu-lírico com seu interlocutor (por exemplo em “tresloucado amigo”). Por conta dessa postura mais intimista e subjetiva, pode-se dizer que o escritor se afasta um pouco da objetividade típica do Parnasianismo. Faz parte da fase lírica de inspiração espiritualista de Olavo Bilac. No poema, o eu-lírico dialoga com um interlocutor – o que é demarcado pelo uso das aspas – que o interroga sobre sua capacidade de ouvir as estrelas, como já fica claro logo na abertura do soneto
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Gu Henri 20/07/2019

Pouco conhecida e falada é esta obra de Olavo Bilac, sequer a vi sendo sitada nalgum livro didático, e isto é quase que uma pena, pois penso que há poetas que mereciam mais e outros um pouco menos, pois já tem uma fama adquirida.
Mas, sobre a crítica ao "Via-Láctea", houve uma grande inspiração, e o idealismo, todo o lirismo têm um ponto alto, colocam a obra como uma obra a ser louvada. Porém, há momentos onde há uma falta de consistência, e a impressão que tive fora de uma certa repetição de palavras, e, o que mais me incomodou fora o uso excessivo do gerúndio, tudo isto posto para dar rima. O que tornou o poema a mim a ser entendido não como uma obra única, mas como uma composição de outros poemas, que de certa forma não precisam dos demais para se completarem, e podem ser lidos separadamente, e nisto a obra contém seus altos e baixos, pois, por um lado há estes poemas que não apreciei por conter repetições e gerúndio, e por outros, alguns que tem elevada a arte da poesia, mesmo que usem da repetição, são extremamente poéticos e musicais.

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Ana 18/02/2020

Eu não tenho o costume de ler versos, pois admito que não são muito a minha praia, porém me deparei hoje com essa obra de um dos maiores autores brasileiros, Olavo Bilac, e pensei: vou dar uma chance, não custa nada. Achei muito interessante. Sei que o autor faz parte da corrente literária parnasiana, mas nunca dei muita atenção a ele, além das aulas de literatura.
Aqui neste seu Via-Láctea de 1888, o autor nos presenteia com versos que rompem com o lirismo da poesia do Romantismo.
Via Láctea possui a temática amorosa que caracteriza-se pela moderação e contenção típicas do Neoclassicismo. O autor passa através de seus versos, episódios de seu namoro com Amélia de Oliveira.
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