O Menino Que Via Demônios

O Menino Que Via Demônios Carolyn Jess-Cooke




Resenhas - O Menino Que Via Demônios


80 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Eveline 19/04/2013

O menino que via demônios
Antes de começar a resenha, gostaria de compartilhar como este livro inusitado chegou às minhas mãos.
Este livro chegou de repente em minha casa, minha primeira cortesia do Skoob, espero que seja a primeira de muitas! Mas quando li o título me senti um pouco decepcionada. Entre tantas cortesias, ganhei a que menos me atraía. Logo em seguida, comecei a leitura e para minha surpresa me vi várias vezes pensando na história de Alex.
Alex é um menino que vê demônios. Ele não vê anjos, apenas demônios. Ele mora com sua mãe Cindy que, após a morte do pai de Alex, entrou em um processo de depressão e autoflagelação, com três tentativas de suicídio no "currículo", todas elas na frente de Alex. Os dois moram em Belfast, capital da Irlanda do Norte. Também esta é a cidade de Annya, uma psiquiatra infantil que foi designada para acompanhar Alex, devido a mais uma tentiva de suicídio de Cindy.
Annya tem os seus próprios conflitos e traumas devido há uma infância marcada pela esquizofrência e um problema de saúde com sua filha, Poppy.
O livro alterna os capítulos de acordo com os pontos de vista de Annya e Alex, cada um narrando os fatos segundo o seu olhar. Será que Alex vê mesmo demônios? Ele têm alguma ligação com o mundo espiritual? Porque Annya se sente tão interessada no caso dele? Qual é o problema de saúde de Poppy? Como isso afeta a vida de Annya? Essas e outras perguntas são respondidas no livro.
Me senti fascinada por ler sobre um assunto que não tenho muito conhecimento: doenças mentais. Também fiquei curiosa por conhecer um pouco mais sobre a história da Irlanda do Norte e seus conflitos.
O livro é muito bom e foi um belo presente do Skoob para mim. Aprendi que não posso julgar um livro por seu titulo e que preciso rever alguns paradigmas, assim como Annya.
comentários(0)comente



bru 07/06/2021

Instigante
Minha terceira leitura em dupla ?

Como de praxe, segui com a leitura sem ler a sinopse, ou qualquer coisa relacionada ao desenrolar da história, gosto de seguir assim para não ter nenhuma ideia preconcebida.

Se pudesse descrever esse livro com uma palavra seria: instigante

A história gira em torno de um menino de 10 anos chamado Alex. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi a sensibilidade da autora em fazer com que pudéssemos sentir um misto de emoções por todos (ou quase) todos os personagens. Foi muito duro ver o desenvolver de vida de uma criança de forma tão sofrida, porém, mesmo com todos os pesares, ele possuía a habilidade de ver a vida de uma forma doce e frágil.

Alex cresceu em um lar disfuncional, sua mãe teve uma vida trajetória de vida bem difícil, fazendo com que ela desenvolvesse alguns transtornos, vendo esse montante de sofrimento e após a ?perda? traumática de seu pai, ele assumiu o papel de protetor na relação.
É absurdo pensar que ele começou a agir assim aos 7 anos, idade a qual esperamos que uma criança só faça traquinagem e estude.

Por um segundo você consegue imaginar uma criança em formação de identidade, sem bagagem de vida tendo que socorrer várias e várias vezes quem, na teoria, deveria apenas exercer a função de cuidar e te amar? É estarrecedor.

Mesmo em meio ao caos, Alex sempre foi uma criança adorável, muito inteligente, com um humor e uma criatividade absurda para sua idade, seu diário sempre fora tão bem escrito e tão detalhado que não parecia ser obra de uma criança. Uma de suas maiores tristeza era o fato de não ter amigos, até que encontra (ou melhor, começa enxergar) Ruen ? o demônio, que acaba representando o que ele tanto queria, um amigo, uma companhia ? não necessariamente boa, afinal, após esse ?encontro? as coisas começam a desenrolar. A relação dos dois é muito duvidosa, Ruen não usava sua influência para boas coisas, era muito inteligente e persuasivo, chegando a colocar o Alex no limite, do que era certo ou não.

Outros dois personagens super importantes foram Anya e Michael.
Anya era uma psiquiatra infantil, que mais parecia uma psicóloga, a mesma teve um evento marcante em sua vida que a levou a escolher essa profissão. Seu papel de avaliação foi bem pontual, afinal, estamos falando de uma criança que via demônios. Preciso colocar um adendo, pois, me preocupei muito em como a influência de seu caso mal resolvido poderia afetar o de Alex. Mas também cabe a ressalva que, a crença descrente foi um fator muito importante no decorrer da história.

(Preciso de mais um adendo para incluir Ruen, pois, houveram momentos super marcantes entre ele x Anya x Alex, o que me fez questionar várias vezes: Ruen era real, ou não? Afinal, como ele conseguia ter tantas informações tão pessoais?)

Já Michael era um profissional de assistência que acompanhou o histórico do Alex por anos, foi um dos meus personagens favoritos.

O final foi muito empolgante e emocionante, então deixo um trecho que nos marcou:
?Com relação ao Alex, eu não estava tão certa de que suas chances haviam acabado. Eu tinha certeza que, apesar de tudo, Alex tinha todas as chances do mundo.?

Em todo decorrer da história o que ficou pontual para nós foi: Ruen era real ou apenas fruto de uma psicose desencadeada por um evento traumático? Vai saber... O fato da autora ter deixado essa questão em aberto foi o que mais gostamos, afinal, deu margem para uma ótima discussão.

OBS: Cooke, sua sensibilidade foi incrível, amei o fato de ter chamado a responsabilidade para si caso alguma informação sobre as questões mentais fosse descrita de forma errada. Te respeito.

Super recomendo.

Leitura e resenha em parceria com ?
Tiago Doreia 07/06/2021minha estante
Foi bom pra você?


bru 08/06/2021minha estante
tanto quanto pra você




Andreia Santana 22/06/2013

O pai de todos os males
Em 1942, no auge da II Guerra, C. S. Lewis (As crônicas de Nárnia) escreveu um livro soturno e irônico sobre a condição humana, em homenagem ao velho amigo J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis).

Cartas de um diabo a seu aprendiz conta a história do diabo Fitafuso, que escreve missivas ao sobrinho Vermebile para orientá-lo sobre os melhores truques para desencaminhar as almas humanas.

Inspirada no clássico de C. S. Lewis, a irlandesa Carolyn Jess-Cooke pensou em criar um roteiro de cinema, mas concebeu O menino que via demônios, unindo a ideia de um diabo que faz de tudo para tentar um garoto de boa índole, com o drama da esquizofrenia precoce.

O cenário da história é a cidade de Belfast, capital da Irlanda do Norte. E o contexto, os dramas familiares nascidos na esteira dos conflitos políticos e religiosos e os consequentes ataques terroristas -, no país, nas últimas décadas do século XX. Dramas que permanecem pintados nos muros da cidade, como lembrete do passado sangrento.

Alex, o protagonista, tem dez anos, é precocemente amadurecido e vive em um lar instável. Responsável por tomar conta da mãe, em depressão desde que o pai, integrante de um grupo terrorista, desapareceu; usa a imaginação como válvula de escape da violência.

Alex é bom desenhista, gosta de atuar, e tem muito afeto pela mãe depressiva e por um cão de estimação. Mas carrega segredos e dores acumuladas em uma vida de privação material e solidão. A psiquiatra infantil Anya Molokova, que possui um histórico familiar de loucura, é designada para avaliar o menino e está convencida de que ele sofre de esquizofrenia. Alex diz que seu melhor amigo é o demônio Ruen, de mais de nove mil anos, e que tem a missão de estudar e tentar os humanos.

O menino participa de um grupo de teatro que fará uma montagem moderna de Hamlet, de William Shakespeare. Outras crianças com famílias desajustadas e que vivem da assistência do governo integram o elenco. Ao longo dos ensaios, quanto mais se envolve com a história do príncipe dinamarquês em busca de vingança para apaziguar a alma do pai assassinado, mais coisas estranhas ocorrem ao redor de Alex.

O grande trunfo do livro é a dualidade entre realidade e fantasia, lucidez e loucura, mas sem maniqueísmos, fórmulas definidas ou soluções óbvias. A narrativa é rica em metáforas inteligentes, envolta em atmosfera aterrorizante e ao mesmo tempo dramática. Anya e Alex se revezam para contar a história a partir de seus diários pessoais.

O pragmatismo da psiquiatra não é destituído de humanidade. Por mais que tente, Anya não consegue o distanciamento profissional do caso. Já Alex, embora tenha momentos de grande credulidade, não deixa de ter autocrítica e questionar o mundo e as atitudes tanto dos adultos quanto de Ruen, que faz às vezes de alter-ego ou do lado obscuro da alma do menino.

O leitor nunca tem certeza se Alex possui mesmo um demônio de estimação ou se precisa de ajuda médica. O personagem equilibra-se em linha tênue prestes a se romper e vive em meio a adultos que ao invés de dar-lhe suporte, projetam nele as próprias fragilidades.

Descobrir se Ruen é ou não fruto da imaginação de Alex é o de menos e cada leitor tirará suas conclusões. Uma coisa no entanto, é consenso, o roteiro que virou romance daria um bom filme de suspense.

*Resenha escrita para o Caderno 2+, suplemento cultural do jornal A TARDE, em Salvador-BA, onde sou colaboradora na sessão de literatura, e publicada em 21-06-2013
Romildo15 08/10/2013minha estante
Sua resenha me convenceu a ler o livro. Muito obrigado e parabéns pelos textos - sim, olhei outras críticas suas).


Renata CCS 14/01/2014minha estante
Que resenha instigante! Gostei da proposta deste livro.




Tiago Doreia 07/06/2021

Ótima leitura
Li esse livro em dupla com uma amiga, e como a escolha foi minha, a resenha ficou por conta dela. Espero que gostem.

?Minha terceira leitura em dupla ?

Como de praxe, segui com a leitura sem ler a sinopse, ou qualquer coisa relacionada ao desenrolar da história, gosto de seguir assim para não ter nenhuma ideia preconcebida.

Se pudesse descrever esse livro com uma palavra seria: instigante

A história gira em torno de um menino de 10 anos chamado Alex. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi a sensibilidade da autora em fazer com que pudéssemos sentir um misto de emoções por todos (ou quase) todos os personagens. Foi muito duro ver o desenvolver de vida de uma criança de forma tão sofrida, porém, mesmo com todos os pesares, ele possuía a habilidade de ver a vida de uma forma doce e frágil.

Alex cresceu em um lar disfuncional, sua mãe teve uma vida trajetória de vida bem difícil, fazendo com que ela desenvolvesse alguns transtornos, vendo esse montante de sofrimento e após a ?perda? traumática de seu pai, ele assumiu o papel de protetor na relação.
É absurdo pensar que ele começou a agir assim aos 7 anos, idade a qual esperamos que uma criança só faça traquinagem e estude.

Por um segundo você consegue imaginar uma criança em formação de identidade, sem bagagem de vida tendo que socorrer várias e várias vezes quem, na teoria, deveria apenas exercer a função de cuidar e te amar? É estarrecedor.

Mesmo em meio ao caos, Alex sempre foi uma criança adorável, muito inteligente, com um humor e uma criatividade absurda para sua idade, seu diário sempre fora tão bem escrito e tão detalhado que não parecia ser obra de uma criança. Uma de suas maiores tristeza era o fato de não ter amigos, até que encontra (ou melhor, começa enxergar) Ruen ? o demônio, que acaba representando o que ele tanto queria, um amigo, uma companhia ? não necessariamente boa, afinal, após esse ?encontro? as coisas começam a desenrolar. A relação dos dois é muito duvidosa, Ruen não usava sua influência para boas coisas, era muito inteligente e persuasivo, chegando a colocar o Alex no limite, do que era certo ou não.

Outros dois personagens super importantes foram Anya e Michael.
Anya era uma psiquiatra infantil, que mais parecia uma psicóloga, a mesma teve um evento marcante em sua vida que a levou a escolher essa profissão. Seu papel de avaliação foi bem pontual, afinal, estamos falando de uma criança que via demônios. Preciso colocar um adendo, pois, me preocupei muito em como a influência de seu caso mal resolvido poderia afetar o de Alex. Mas também cabe a ressalva que, a crença descrente foi um fator muito importante no decorrer da história.

(Preciso de mais um adendo para incluir Ruen, pois, houveram momentos super marcantes entre ele x Anya x Alex, o que me fez questionar várias vezes: Ruen era real, ou não? Afinal, como ele conseguia ter tantas informações tão pessoais?)

Já Michael era um profissional de assistência que acompanhou o histórico do Alex por anos, foi um dos meus personagens favoritos.

O final foi muito empolgante e emocionante, então deixo um trecho que nos marcou:
?Com relação ao Alex, eu não estava tão certa de que suas chances haviam acabado. Eu tinha certeza que, apesar de tudo, Alex tinha todas as chances do mundo.?

Em todo decorrer da história o que ficou pontual para nós foi: Ruen era real ou apenas fruto de uma psicose desencadeada por um evento traumático? Vai saber... O fato da autora ter deixado essa questão em aberto foi o que mais gostamos, afinal, deu margem para uma ótima discussão.

OBS: Cooke, sua sensibilidade foi incrível, amei o fato de ter chamado a responsabilidade para si caso alguma informação sobre as questões mentais fosse descrita de forma errada. Te respeito.

Leitura e resenha em parceria com ??
bru 07/06/2021minha estante
Obrigada ?


Tiago Doreia 07/06/2021minha estante
Eu quem agradeço, volte sempre! Hahaha




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Daocalia 23/01/2022

Insano demais cara !!
Eu tô sem palavras para esse livro !! Sério muito muito bom mesmo !! Mas vamos lá por partes !! A história é maravilhoosa, cê fica o livro todo sem entender 100% o que tá rolando, e criando várias teorias, no final a explicação passou de leves pela minha cabeça mas eu logo descartei !! A escrita desse livro é maravilhosa e super fluida, faz o livro ser lido super rápido !! Recomendo demais a leitura dessa preciosidade !
comentários(0)comente



Yasmin 06/06/2013

Tocante, uma bela narrativa e um personagem marcante. Triste e belo.

Não esperava receber esse livro como o título de março da editora Rocco. Foi uma completa surpresa porque a editora que escolheu os livros daquele mês e estava bastante reticente sobre a história. O título por si já impressiona o leitor desavisado que parte para suposições. Carolyn Jess-Cooke surpreende a todos com um cenário incomum e uma narrativa subjetiva que entremeia a triste realidade de crianças com famílias despedaçadas, e doenças mentais infantis, como a esquizofrenia.

Alex é um garoto de dez anos muito diferente dos outros. Ele é solitário e vive com a mãe em uma casa caindo aos pedaços do subúrbio de Belfast. A mãe não é mais a mesma desde que o pai de Alex morreu. O garoto não lembra quase nada do pai e a mãe não contou para ninguém quem ele era. A mãe o proibiu de tocar no assunto. Alex é independente para sua idade. Ele mesmo se vira na cozinha preparando cebola com pão. Já que se pode comprar muita cebola com pouco dinheiro. Já faz um tempo que Alex enxerga demônios. Seu melhor amigo é Ruen, um demônio que aparece para ele em quatro figuras. Quando Alex presencia a quarta tentativa de suicídio de sua mãe a situação muda. Com a mãe no hospital e casa no estado em que estava Alex é encaminhado para a doutora Anya, médica e psicóloga especializada em doenças psiquiátricas infantis. O assistente social que já acompanhava Alex não quer que o garoto seja internado, mas a vivacidade das descrições de Ruen, das conversas entre eles e dos outros demônios impressiona Anya. Para ela a postura de Alex e esse amigo indicam o começo de esquizofrenia e Anya não vai descansar enquanto não descobrir a história e a verdade sobre Alex. Anya perdeu sua filha de doze anos para o suicídio por não enxergar o quão grave era o caso e não quer cometer o mesmo erro com Alex. Mas tem outra coisa preocupando Anya, como Alex poderia saber tanta coisa sobre ela? Seria apenas a percepção infantil exacerbada que se mostra em casos de doenças psiquiátricas na infância ou algo mais? Estaria Anya, uma médica conceituada considerando a possibilidade de Alex realmente ver demônios?

A premissa básica é essa, e é mergulhando no cenário melancólico da Belfast uma geração após os conflitos sangrentos que marcaram a capital da Irlanda do Norte que a autora desenvolve engenhosamente a história de Alex. A primeira vista o título pode enganar sugerindo algo sobrenatural, mas os meandros da história criada por Carolyn Jess-Cooke são muito mais profundos e complexos. A autora executa seu enredo com maestria, uma dança habilidosa onde desenvolve o tema saúde mental, as ramificações e os impactos na vida de todos que cercam Alex assim como Anya. A autora usa a sugestão como ferramenta e joga ao não confirmar nada mostrando nas entrelinhas a complexidade e os efeitos devastadores da doença.

Apesar da natureza pesada e triste do tema a história soa de forma esperançosa através do olhar inocente de Alex. O ritmo é acertado, num tempo perfeito e a autora delicadamente revela partes do passado de Alex construindo uma trama simples, mas surpreendente e perspicaz. Alex é inteligente e perceptivo para a idade dele, que absorveu a dura realidade em que vive como uma esponja. E se a dureza da realidade pode destruir uma pessoa, imagina o peso para uma criança. Sem pirraças e choros, sem uma forma de pôr as emoções para fora Alex é um retrato injusto de mini adulto. Em seus dez anos já presenciou mais violência do poderia se supor e escondido na infinidade da mente isso se transformou. Custando a Alex um preço alto, que reflete em tudo na sua vida. A autora merece todo mérito por trazer de forma tão delicada a doença mental infantil à baila. E ao final o que fica é a sentença máxima que todos nós temos nossos próprios demônios.

Leitura que absorve o leitor, que concentra nossas energias e que vai te atingir de maneiras diferentes e únicas. Seja pelo seu lado peculiar ou por seu protagonista que desperta tantos sentimentos no leitor. A ambientação é outro ponto alto do livro. Carolyn Jess-Cooke me surpreendeu e me cativou com sua história. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/05/resenha-o-menino-que-via-demonios.html

comentários(0)comente



Sabrina - @linhaposlinha 15/11/2020

"A mente é seu próprio lugar e em si mesma. Pode fazer um Céu do Inferno, um Inferno do Céu."
Adorei a forma como a dualidade entre a psique e o sobrenatural é abordada na trama. É uma história pesada, delicada e melancólica. O livro aborda assuntos traumáticos (como suicídio e automutilação) e sensibiliza ainda mais por se tratar da vida de uma criança. Além disso, a narrativa é ótima e instiga a curiosidade quem a lê. Achei interessante a escolha do final por parte da autora, mas entendo que pode não agradar quem prefere finais fechados e explicados.

site: https://www.instagram.com/linhaposlinha
comentários(0)comente



Karina.Fernandes 28/06/2020

Leitura um pouco tensa por se tratar de uma criança, me emocionei diversas vezes me pondo no ligar do pequeno Alex. Gostei bastante, reflexivo sobre tudo o que acontece ser verdade ou mentira.
comentários(0)comente



Minyard 08/07/2022

E apesar de tudo, Alex sempre teve todas as chances do mundo
Eu gostei desse livro, mas ele realmente não foi nada demais.

O tema do livro é super interessante e eu amei o jeito que muitas partes me deram um soco no estômago e me fizeram refletir sobre diversos assuntos.
Mas eu não gostei do final e Simplesmente não consegui me apegar aos personagens.
Nada realmente chamou a minha atenção, mas a escrita é boa.
comentários(0)comente



Rafaela.Oliveira 18/10/2021

...
Alex é um menino de 10 anos que vê um demônio chamado Ruen,e esse demônio tem várias formas mas as formas que ele é mais usa para aparecer para Alex é um velho,um menino que se parece com Alex mas é mau,e um monstro grande e chifrudo.Alex vê Ruen como um amigo,mas quando o demônio Ruen pede para ele fazer coisas ruins Alex quer ficar longe dele.A Mãe de Alex está sofrendo desde a morte do pai de Alex,e ele já presenciou várias tentativas de suicídio da mãe,numa dessas tentativas ele vai conhecer Anya uma psicóloga infantil que perdeu a filha e acha que o que Alex tem é bem parecido com o que a filha tinha,os comportamentos estranhos então ela entra no caso querendo salvar Alex de qualquer forma.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Pavani 30/05/2022

O livro te prende no início ao fim, as explicações para conclusão no meu ponto de vista deixaram em aberto a interpretação se era um caso clínico mesmo ou se era algo além disso.
comentários(0)comente



Juliana 06/12/2021

Essa história falou muito comigo. Talvez seja diferente do que o leitor esteja esperando mas é tão bem escrito, tão envolvente, com questões tão sensíveis e humanas que espero que seja lida por muitas e muitas pessoas. O protagonista me lembrou um outro Alex, personagem do livro "Vejo você no espaço" de Cheng Jack. Ambos garotinhos que além da ternura e sentido de responsabilidade, trazem consigo um pedido de ajuda ao mesmo tempo que não compreendem a sim mesmos nem a difícil realidade que os cercam. " O menino que via demônios" aborda assuntos delicados mas também acolhimento e esperança em uma narrativa que mantém o leitor em suspense sobre o que verdadeiramente está acontecendo. Leitura mais do que recomendada!
Carol 07/12/2021minha estante
Opa


Carol 07/12/2021minha estante
Adicionado à fila


Juliana 07/12/2021minha estante
Não vai se arrepender ?




isaazm_ 06/02/2022

[...] A verdade a respeito da psique humana nem sempre reside nos tomos acadêmicos e factuais. [...]
Estou simplesmente apaixonada nesse livro, eu amei tudo sobre ele. Amei que se passa em lugar onde eu nunca tinha ouvido falar, na Irlanda do Norte.
Também não fazia ideia dos conflitos que aconteciam por lá, quando fui pesquisar mais sobre eles confesso que fiquei um pouco chocada, essas coisas de terrorismo e brigas por religião não estão nada no passado como eu imaginava, são super atuais.
Alex é muito inteligente e confesso que algumas de suas piadas foram engraçadas. Já Anya é complexa, tem um passado duro e para mim, teria sido perfeito se a autora tivesse explorado mais a infância e a mãe dela. Além disso, o cuidado e observação de Anya nas abordagens clínicas são hipnóticos.
Todo ser humano já vivenciou coisas inexplicáveis, eu acredito no sobrenatural, sempre acreditei e por isso amei a forma como ele foi abordado nesse livro. Enfim um dos meus favoritos.
comentários(0)comente



80 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR