Resenhas - A Vida Descalço

Aline.Guimaraes 13/04/2023

Como uma boa conversa
Você por acaso tem um amigo ou ????? ??? ????? ????????? ????? ????? Que começa a falar sobre um assunto e diz como era na ???????????, o que a ????????? fala sobre isso, como tal coisa foi retratada no ?????? e na ?????????? e então emenda com histórias da própria vida e nunca para de falar?

Bem, se você tem um amigo assim e gosta de conversas longas sobre o mesmo tema vai adorar ? ???? ??????ç?, do escritor, roteirista e crítico de cinema argentino ???? ?????, um confesso amante da praia.

Nesta obra o autor discorre sobre o tema ?praia? sob vários prismas, com uma ????????? ???? ? ???-????????. Logo de início nos apresenta a praia como um cenário, como uma tela em branco onde tudo (ou muitas coisas) é possível. E isso me surpreendeu logo de cara, pois pensar na praia desta forma, como algo imenso, infinito e talvez uma obra de arte que acabou de começar é encantador.

Ao longo do texto o autor intercala histórias de sua própria experiência na praia - desde quando era criança ? a subdivisões desse mesmo tema: fala de mitologia, da função da mídia na criação da praia como um evento, da carga erótica existente nas vestimentas praianas, da noção de grupo que existe ali, de cinema, de Proust e Camus e até da praia invernal. Com relação a este último tema eu só pude me perguntar como é possível que alguém curta ir à praia no frio. Mas é claro que tem quem goste.

Particularmente, achei a leitura muito gostosa e ri com algumas situações que ele nos conta, principalmente de quando era criança e sua experiência no Rio de Janeiro nos anos 70. Ler este livro me fez lembrar de situações da minha própria vida, de férias em família e alguns fatos engraçados - e isso foi muito bom.
Se você gosta de livros de não-ficção e com uma temática deste tipo, se jogue nesta leitura, que aliás é bem curtinha.

Carol 31/05/2014

Que livro lindo. A vida descalço usa o tema 'praia' pra falar, sobretudo, de memória. O ensaio é autobiográfico e bastante íntimo (há várias fotografias de Alan Pauls menino entrecortando o livro em capítulos imaginários). Gosto particularmente dos trechos em que ele discorre sobre a força que a praia tem sobre sobre o humano, resgatando impressões de Camus, Proust, cinema... As sentenças são quase sempre muito longas mas caprichosamente detalhadas (uma frase do livro chegou a ocupar mais da metade da página), o que dá maior velocidade à leitura.

Gu Henri 28/10/2019

Uma mistura de ensaio com memórias, mas bem simples, leitura fácil, parece mais com uma publicação de revista do que com um livro propriamente dito, há fatos que ficam marcados que são interessantes, mas por vezes creio que o autor - por ser argentino - tenha exagerado ao relatar certas coisas que ocorreram no Brasil.