Os demônios de Loudun

Os demônios de Loudun Aldous Huxley




Resenhas - Os Demonios de Loudun


21 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Fabio Shiva 15/12/2015

Graças a meu arraigado hábito de evitar ler qualquer coisa a respeito de um livro antes de lê-lo (e principalmente os textos da orelha e contracapa, que adoram fazer spoilers), comecei a ler essa impressionante obra pensando que ser um texto de ficção. E a prosa do mestre Huxley flui tão facilmente que demorei a perceber se tratar de um ensaio sobre fatos verídicos: a possessão e subsequente exorcismo das freiras de um convento na França do século XVII, que terminou com churrasquinho de gente e outros horrores semelhantes. Essa leitura mexeu muito comigo e, como sempre, me deixou muitíssimo impactado com o prodígio intelectual chamado Aldous Huxley. Muito muito bom!!!

site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Mel 26/02/2018minha estante
Aldous Huxley era mesmo um gênio!


Fabio Shiva 27/02/2018minha estante
Sim!!!!


Sarmentox 09/02/2023minha estante
Aconteceu a mesma coisa comigo, só fui descobrir ser uma história real da metade pro fim do livro quando achei que ele estava citando muitas referências para ser ficção




Sandro 14/05/2018

Um livro necessário
Mais do que um livro sobre a história do pároco Urban Grandier e a suposta possessão da freira Jeanne de Anges na França do século XVII, essa obra é um tratado sobre a situação e psicologia humana: as causas e consequências da histeria, do sadismo, das fraudes, autossugestões, catarse, pulsão de morte, alienação e (ir)responsabilidade social dos indivíduos quando parte de grupos numerosos.
Vitor.Luis 24/05/2018minha estante
Histeria coletiva




Leo Carrer 06/08/2012

Uma aventura pela Vida dos padres
O tema em questão é a igreja católica do século XVII, mais especificamente um caso que teria ocorrido em uma pequena cidade francesa chamada Loudun. Huxley nos conta a história de Grandier, um pároco libertino, amante das mulheres e dotado de uma invejável capacidade para a oratória. Como nos informa a frase do início deste texto, esta era prática comum entre os religiosos, que muitas vezes não tinham sequer a decência de esconder suas concubinas e filhos bastardos. Este era o caso de Grandier. Para se justificar, o pároco havia escrito um tratado sobre o celibato, onde buscava argumentos para justificar a desobediência do mesmo:

Leia o texto na íntegra: http://antitelejornal2.blogspot.com.br/2012/03/os-demonios-de-loudun.html
comentários(0)comente



Egídio Pizarro 29/11/2015

É bem interessante, mas fica um pouco maçante em determinadas partes, principalmente depois da metade. O apêndice deveria ser leitura obrigatória para muita gente hoje em dia.

O único problema é que essa edição da Globo é uma lástima. Além dos diversos erros de digitação e revisão, optaram por traduzir algumas passagens em inglês e latim, mas as passagens em francês não foram traduzidas. Fiquei à mercê do Google Tradutor, que não é nem um pouco confiável.
comentários(0)comente



@dropsdeleitura 01/03/2019

Levantamento histórico, romance, ensaio.. ?Os demônios de Loudun?, escrito em 1952, é um livro desafiador. Huxley faz uma costura de informações recolhidas em cartas, livros e registros históricos, preenchendo as lacunas com os frutos de uma erudição categórica e com potentes reflexões sobre os costumes da França do século XVII. Não faltam pontes (dolorosas) com a realidade do século XX (e com o século XXI, convenhamos..).

Um estudo sobre a loucura e a maldade, partindo da história da ?possessão? de um convento de ursulinas, que resultou na morte brutal de um padre.

De tão absurda e cruel, a história parece inventada. Acho que isso, mais do que a morosidade de muitos trechos do autor, fez com que a leitura se tornasse difícil pra mim. A realidade pode ser mesmo muito mais bizarra que a ficção. Muito mesmo.
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 12/04/2019

Conhecido pelo futuro distópico que criou em Admirável mundo novo, o inglês Aldous Huxley se debruça nesse ensaio potente, publicado em 1952, sobre um caso real do passado: a suposta possessão de todo um convento em meados do século XVII, no interior da França, por diferentes demônios. A prioresa Jeanne des Anges foi quem primeiro sofreu com a ação das criaturas infernais; não demorou para que as outras freiras ursulinas entrassem em convulsões, torcessem os corpos e proferissem blasfêmias. Os demônios de Loudun, que teve sua última edição no Brasil em 1987, faz parte do projeto da Biblioteca Azul de reeditar a obra de Huxley no país

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788525056962
comentários(0)comente



Otavio Contente 19/06/2019

Leitura pesada mas necessária
Uma obra intertextual para refletir sobre os aspectos mais profundos, sombrios e nocivos do ser humano. Inveja, repressão sexual, manipulação, fanatismo, mentiras, vingancas e histeria coletiva são alguns dos aspectos discutidos neste livro. O contexto histórico, político, religioso e social da idade média é muito bem descrito e inserido na narração. Este é um livro bem diferente do título mais conhecido do autor, as digressões, apesar de extensas, são muito bem inseridas na narrativa dos eventos de possessão demoníaca das freiras, nos propiciando ferramentas atemporais para reflexão sobre aspectos éticos e morais. O anexo pincela uma discussão sobre teoria de manipulação das massas e aborda de forma muito sucinta as estratégias e consequências destas manobras. Após a leitura fica uma pergunta: quem eram realmente os demônios de Loundum?
comentários(0)comente



Alessandro117 29/03/2020

Um advogado para os abomináveis.
Olá Gente, vamos ao livro.
Pareceu a mim que o autor, Aldous Huxley, torna se como uma espécie de advogado ao jovem pároco libertino Urbain Gradier, que apesar dos seus pecados é inteiramente inocente do que é acusado pelos seus inimigos e pela pseudo-possessa a irmã Jeanne que consegue iludir Boa parte das pessoas.
A princípio o livro pode set cansativo e entediante mas com todo a certeza é um livro que religioso ou não se tem inúmeros aprendizados para a tirar.
comentários(0)comente



Vinícius 02/11/2020

Ensaio ou romance? A escrita de Huxley nos deixa diante dessa dúvida. A história de Grandier, um pároco cheio de inimigos e vítima de um processo inquisitorial, é dissecada pelo numa narrativa marcada pela veia intelectual do autor.
comentários(0)comente



Ved 30/10/2021

De longe, um dos melhores livros do Huxley!
Percorrer um período histórico (neste caso a reforma protestante e a caça às bruxas) com bases sólidas de pesquisa e leitura não é uma tarefa fácil para um autor, principalmente quando o mesmo se atém a um caso específico, a suposta possesão de dezesseis freiras ursulinas em Loudun. Ao concluir a leitura, fica bem claro em minha mente a proposta do autor em ressignificar o termo "possessão" e, cá entre nós, isso não está diretamente ligado à seres obscuros e que habitam as chamas do inferno, meros caçadores de almas. Os demônios (ou o nosso lado sombrio) podem causar danos ainda maiores e suas chamas podem reacender o ódio, a inveja, a loucura ou a lucidez e só as nossas mentes poderão dar o poder de nos condenar às chamas da existência finita do homem.

Apesar de acompanhar as falcatruas do clero Loudunense, acabei percebendo a capacidade do homem em acreditar no poder do diabo, justificando a existência de Deus a partir disso. O diabo é o inquisidor e ele realmente mostra quem somos! Eles, os demônios, reacenderam nos personagens da obra o mau do ego, do poder e isso ainda acontece nos dias de hoje. Os demônios de Loudun vivem em cada um de nós e nos revelam verdades e tendências cruéis de autosabotagem ou de condenação ao outro que ousar ofuscar a nossa vaidade, coisa que passa!

A forma como esses demônios que ousamos dar nomes como Leviatã, Satanás ou outra coisa que nos livre do sentimento possuir o que essas criaturas representam vão de encontro com a nossa noção do que constitui o bem e o mal. O que nos leva a crer na fé positiva que nos liberta das trevas, nos cura e nos promove a paz interior? Eis a minha resposta: o medo de nos deixar levar pelo mal que existe em nós e que a todo momento reprimimos.
Perguntas como essas brotam ao ler o livro!
comentários(0)comente



Tiago 10/12/2021

Um livro impressionante
De início  você se recusa a crer que se trata de uma história real, tal é a habilidade com que Huxley conta os detalhes dos eventos e as resoluções interiores das personagens. Depois você se dá conta de que tudo é retirado dos depoimentos, cartas e relatos históricos, e você fica ainda mais assombrado com a genialidade do autor de reviver esta horripilante história.

Horripilante não pelo terror, pois este é leve. Mas sim pela percepção de que se trata do horror gerado pela natureza humana decaída. Ao tratar do caso das possessões demoníacas do convento de Loudun, da biografia nada exemplar do padre Grandier ou da credulidade dos habitantes e da maldade dos exorcistas, muito habilmente Huxley faz a ligação com o nosso tempo, ressaltando que hoje não somos, nem de longe, melhores do que aquelas pessoas. Pelo contrário, nossas razões são bem piores e produzem mais tragédia - lembrando que o livro foi escrito pouco depois da Segunda Guerra.

É igualmente surpreendente a insistência do autor na sua crença profundamente materialista. Ainda que, ao longo do livro, demonstre uma indiferença cada vez mais respeitosa pela religião, nega em absoluto qualquer existência transcendente, reduzindo todo o universo a relações humanas e materiais. Não, novamente, apenas no caso do tema do livro - no qual ele prova que a ação do demônio não esteve presente (ou não diretamente, para os mais céticos). Mas é bastante interessante perceber a incoerência de uma inteligência fértil com uma negação tão pueril quanto à óbvia - e isto partindo de suas próprias relações lógicas - existência do sobrenatural, do divino.

Ainda assim, é um livro não menos que genial.
comentários(0)comente



21 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR