Resenhas - A Longa Jornada

Andréa 17/08/2012

Sobrevivência no reino animal
A ideia pode até parecer infantil, um bando de coelhinhos se vêm forçados a fugir de suas tocas pela ação invasora de homens. Mas o que poderia ser apenas uma linda história com criaturinhas dóceis e peludinhas se revela uma trama de sobrevivência onde essas criaturinhas pensam, se comunicão e agem, mas não de forma lúdica. Tudo é narrado do ponto de vista dos coelhos selvagens em relação à sua realidade diante do homem e demais predadores. Ao presentir um grande perigo alguns coelhos decidem empreender longa viagem em busca de um lugar seguro para construírem uma nova coelheira, mas nada será fácil para esses pequeninos que têm na natureza inimigos de todos os tipos, inclusive dentro da própria raça. A primeira parte da jornada é cumprida, porém eles têm uma outra preocupação, não há fêmea na nova coelheira e é necessário consegui-las para que a coelheira tenha sequencia. Começa então uma segunda jornada até uma coelheira distante comandada por um coelho digamos, ditador e o que se segue é uma sequencia de sangrentas batalhas onde a inteligencia e a força são armas poderosas utilizadas pelos dois lados. O livro é tão bem escrito e articulado que eu poderia escrever outro livro apenas falando sobre ele. Enfim, a Longa Jornada é um daqueles livros capazes de nos transformar em personagens e nos fazer sentir, agir e pensar como tal. Sem falar que traz um dos meus temas preferidos a "sobrevivência" e animais com os quais tenho extrema empatia.

Já estou sentindo saudades de Aveleira, Cinco-Folhas, Manda-Chuva, Prata, Amora-Preta, Panelinha de Barro, Espinheiro Cerval, Dente-de-Leão, Bolota, Verônica ... e até mesmo do General Vulnerária.

Krishna 15/01/2013

Espetacular
Não sei se é apenas a minha opinião , mas este é um dos melhores livros que já li .

O escritor realmente se superou ao estudar as comunidades dos coelhos e forma comportamental e aplicar este conhecimento a um palco ao mesmo tempo familiar e totalmente estranho.

O romance nos trás ha um mundo completamente diferente e desperta uma torrente de emoções do começo ao fim do livro.

Aline 06/07/2020

A longa jornada
Assim como o título já anuncia, essa leitura foi uma grande jornada. Não se engane, não se trata de uma leitura infantil ou piegas.
Tem uma ótima trama, um roteiro incrivel e personagens extremamente carismáticos.
Acompanhar Aveleira, Cinco-Folhas, Azevim, Amora-Preta, Panelinha de Barro, Dente-de-Leão, Morango, Manda-Chuva, Campainha foi uma experiência que transitou entre as alegrias de cada vitória na aventura e nas perdas e dores que a aventura proporcionou.
O livro é bastante descritivo, tanto sobre o ambiente, mas sobretudo sobre os personagens, o que facilita a imersão na leitura, digo.... Na aventura.
Quem sabe a obra seja uma alegoria sobre aprender com a vida e estar preparando para o fim e recomeço.
Essa leitura me deixará saudades.
Recomendo.

Addilað» 15/03/2020

Muito bom
Ensina sobre o amor aos animais!

Pâmela 05/09/2021

Uma grande história para CRIANÇAS.
Está indo num ritmo lento, mas eu estou gostando da história. Demorou 13 dias para finalizar o livro, quando usualmente eu levo uns 4 a 6 dias para 400 páginas. Lendo de 20 a trinta páginas por dia, quando num livro comum eu leio 100 páginas por dia. Bem, eu estou lendo dois livros ao mesmo tempo. Mas como eu disse é também uma boa história para crianças.
Um grupo de coelhos precisam encontrar outra COELHEIRA, pois a deles está prejudicada e sendo destruída. Alguns deles são chamados de: Aveleira, Cinco-Folhas, Manda-Chuva, Azevim, Prata, Dente-de-Leão, Candelária, Amora Preta, Água Benta, e outros. Eles precisam de outra coelheira, e então eles tentam migrar para WATERSHIP DOWN, que é o título do livro em inglês. Em português se chama: A Longa Jornada. Um dos principais coelhos é o Aveleira. Eles encontrar percalços pelo caminho. Uma das preocupações e que causaram a MUDANÇA foi a necessidade de se reproduzir, eles estavam sem fêmeas. A ideia era encontrar outra COELHEIRA e trazer, ou roubar, as fêmeas para si. Eles chegam a EFRATA, e conseguem essas fêmeas, mas brigam por elas. EFRATA foi uma coelheira fundada pelo General Vulnerália. Eles precisam cavar buracos embaixo da terra para construir sua coelheira, espaços quentes onde podem se reproduzir sem perigos de predadores como cães e gatos. Ir à superfície tem um nome. Se chama Silflay. Aliás, várias coisas tem nomes estranhos, que ao final do livro , há um dicionário LEPORÍDEO (no que concerne Lebres e Coelhos). Bom, não chega a ser a linguagem DOTHRAKI, de Game of Thrones, mas há uns 20 nomes, ao menos. Por exemplo, para os coelhos CARRO não se chama carro. Ele se chama: Hrududu. Acredito que o Aveleira depois de ser atacado por um gato, ganha asilo com uma garotinha chamada LUCY, e um médico cuida dele, e depois eles o libertam em WATERSHIP DOWN, pois seria errado mantê-lo numa gaiola. E de lá, Aveleira reencontra seus amigos coelhos e a coelheira. Onde Trevo já deu filhotes. E os coelhos estão estabelecidos. É uma bela história, mas eu levei mais tempo que o normal para finalizá-la.
#Richard #Sunday

camislly 20/03/2023

Os coelhinhos lutadores
Fui procurar o livro depois de ter visto a mini série da Netflix "Em busca de Watership Down" e achei maravilhoso, o livro é a série tem algumas diferenças que se percebe logo no início da leitura, mas isso tem em toda adaptação.

No livro a crença dos coelhos me pareceu ser mais explorada, mas a personalidade de cada um não ficou tão na cara como na série, confesso que confundi os personagens as vezes, mas foi só no início. Isso que dá ver a adaptação e ler o livro depois.

Liny Arguilera 22/12/2020

É um bom livro, tem até um filme, de fato eu li pelo nome do autor, é super infantil, uma fábula fofa, doce, contando a jornada de coelhos, como Aveleira e Amora.

Ray 27/09/2022

Edição antiga, mas história absolutamente deslumbrante
Essa edição é uma graça, mas a tradução antiga pode dificultar a leitura, principalmente de pessoas mais novas. No entanto adoro que essa tradução TRADUZIU de fato os nomes dos coelhos, Cinco-folhas, Avelã... pode não ser tão fiel aos originais, mas dá mais proximidade entre o leitor e personagem.

A história em si é simplesmente encantadora, porém o autor não poupa os detalhes violentos bastante gráficos até, mas veja bem, é tudo com o objetivo de educar e criar simpatia pelos animais. O jovem leitor precisa compreender que isso é de fato, uma realidade. Embora seja uma fantasia, o autor escreve de um modo que nos deixa com a sensação de que se coelhos falassem, tivessem suas próprias crenças e tivessem senso de comunidade, seria EXATAMENTE assim que eles se comportariam. Os perigos pelos quais eles passam são reais, na natureza selvagem coelhos sofrem todo tipo de perigo, e são presas de quase todos os tipos de carnívoros.

Mas é claro, tirando as licenças poéticas, obviamente nem tudo pode ser tão realista, o livro é uma experiência fantástica, fazendo juz ao seu título de clássico da fantasia inglesa, recomendado pra todas idades!

Ps.: adoraria entrar no assunto da influência do pós-guerra e a destruição da natureza selvagem dessa época, que inspirou DIVERSAS obras durante o seculo XX, inclusive O Hobbit, sendo possível até traçar um paralelo entre as obras, mas aqui não é lugar pra isso hehehe, boa leitura galera.

Genevieve.Owen 22/10/2023

No mínimo curioso.
A história é boa, bem construída e a ambientação é sensacional. O que mais me admirou foi que o autor conseguiu dar consciência humana aos animais, ou apenas animalizou humanos, fica a seu critério, mas criar um idioma fictício é dureza pra qualquer um e ele fez isso.