O jardim das cerejeiras seguido de Tio Vânia

O jardim das cerejeiras seguido de Tio Vânia Anton Tchekhov




Resenhas - O Jardim das cerejeiras e o Tio Vânia


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yourjazzsinger 08/04/2024

Dos livros que eu não sei pq demorei tanto pra ler... eu já conhecia o autor mas o título em si eu coloquei na lista devido à citações feitas pelo salinger.

Adorei
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Priscila683 21/02/2024

Uau
Segunda obra que leio do Tchékhov e caramba, eu amei demais.
O jeito que ele narra e retrata o cotidiano das famílias russas, a pobreza e a desigualdade social da época, e tudo com um humor e uma sutileza tocantes, a última cena de O Jardim das Cerejeiras me pegou demais.
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jackpveras 02/12/2023

O Teatro de Tchekhov
As duas peças são primorosas, mas confesso: as frustrações em relação à passagem do tempo e às empolgações amorosas/passionais do Tio Vânia (apelido carinhoso de Ivan, na língua russa) conversaram intimamente comigo, e eu achei a história fascinante... até mesmo porque eu me vi exageradamente encarnado no protagonista. É o efeito mimético-aristotélico na arte literária.

Em relação ao Jardim das Cerejeiras, trata-se de uma história melancólica, trágica e repleta de elementos que podem acionar gatilhos catárticos desagradáveis em algumas pessoas: abandonos, isolamentos, fuga da realidade, platonismo, frustrações em relação ao desperdício do tempo e a efemeridade da vida.
Viva os russos!
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dani 01/11/2022

Tragédias e comédias da vida comum
Meu primeiro contato com Tchékhov foi através do conto "O beijo", que achei divertido mas não deixou uma impressão muito forte no primeiro momento. Talvez Tchékhov seja isso mesmo, atrai com uma isca de simplicidade que desorienta o leitor, um enredo que parece até banal, sem grandes acontecimentos. Quando somos fisgados, percebemos quão profundas são as reflexões escondidas na obra.

O livro contém as peças "O jardim das cerejeiras" e "Tio Vânia". A segunda foi representada no filme "Drive my car", o que me fez procurar a obra. Ambas acontecem em um cenário rural com um enredo simples em um contexto de desentendimentos familiares. Tchékhov trabalhou como médico no interior da Rússia, convivendo com a população de várias classes que inspiraram a criação de seus personagens.

Disfarçando-se debaixo da camada de simplicidade, o autor provoca reflexões sobre resignação diante da injustiça e aparente insignificância da vida. Ao mesmo tempo que ler Tchékhov combate o estigma que ler os russos é uma tarefa muito complexa, o que ainda me intimida são os nomes "difíceis" dos personagens e seus múltiplos apelidos.

Para encerrar, deixo um trecho bastante apropriado para nossa situação atual:

"O ser humano foi dotado de razão e força criativa pra multiplicar o legado da terra em que vive, mas até agora não criou coisa alguma ? só destruiu. Cada dia é menor o número de florestas, há enchentes e secas em toda parte, espécies animais são exterminadas, o clima se torna hostil ao homem, e a terra mais triste, pobre, feia."
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caiohlp 13/08/2022

O jardim mais distante do paraíso
Além da qualidade técnica, a produção conta, acima de tudo, com um caráter humano, rejeitando a idealização e os heróis, descartando o perfeito e extraindo o melhor da frutífera biografia da espécie. É nesse roteiro de símbolos frondosos, de segredos e do drama do dia a dia que o autor marca a vileza, a pequenez de espírito e a alma de todos, sejam eles donos de cerejais, servos ou meros aproveitadores. Os oito atos mostram que a despeito do sustentáculo de gerações encontrar-se podre e gasto, a fortuna de outrora esgotada, o mérito encardido e a honra chafurdada, nós seres egoístas por natureza relutamos em abandonar os vícios e negamos veementemente a cura. É, portanto, uma lição dura e necessária que Tchekhov, nessas duas peças, impõe ao leitor e aos personagens: o corte do mal pela raiz, sem branduras e finais eufóricos, mas com derrocadas reais que despertam nosso interesse particular pela vida reduzida de frivolidades.
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Andre.Santana 27/02/2022

O Jardim das Cerejeiras
Tchekhov é um escritor universal. A maioria de seus textos é escrita de maneira bem concisa, mas apesar disso esses textos abrem um leque gigante de interpretações. O que mais me chamou a atenção em O Jardim das Cerejeiras foi o embate recorrente do final do século XIX entre o belo (o jardim das Cerejeiras um local lindo apenas para contemplação sem valor econômico algum) e o utilitarismo do personagem e Lopakhine que quer destruir o jardim para criar casas de veraneio e ganhar dinheiro.
Em um texto simples Tchekhov descreve o embate em a aristocracia decadente do final do século e a burguesia que à estava substituindo.
Talvez na próxima releitura eu descubra mais sobre essa pequena obra-prima inesgotável.
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adri 30/01/2022

Sem dúvida alguma, "O Jardim das Cerejeiras" apresentou-se como uma obra pouco emocionante e, infelizmente, de leitura monótona. Por outro lado, "Tio Vânia" encantou pela sua intensidade dramática, com personagens envoltos por corações partidos e uma disposição pessimista.
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Sílvia 31/12/2021

Como limão e tequila
Muito interessante o modo como essas duas peças combinam: uma mostra a vitória do trabalho árduo e outro mostra a sua derrota. No jardim das cerejeiras temos o trabalho sendo recompensado e a preguiça cobrando seu preço. Em tio Vânia, o trabalho de um falso intelectual se choca com o trabalho árduo do capataz da fazenda.
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Carla Verçoza 23/05/2021

Foi meu primeiro contato com o teatro russo, e gostei.
O jardim das cerejeiras achei um pouco sem graça, mas Tio Vânia me ganhou, muito boa a peça, com bons personagens e ótimos diálogos.
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"Quer dizer, 25 anos arrombando portas abertas. Vinte e cinco anos exauridos entre o nada e a coisa nenhuma. E ao mesmo tempo, que autoestima!, que magnífica opinião de si próprio! Que pretensão! Agora está aposentado e não há um ser vivente que lhe dê a mínima importância: é um absoluto desconhecido. E, no entanto, repare só! Anda por aí com a soberba ôla de um deus de lata."
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"Qualquer pessoa bastante insensível pra queimar tanta beleza num fogão doméstico, capaz de consumir uma coisa que não pode ser substituída, deve ser considerada bárbara, indigna de nosso respeito. O ser humano foi dotado de razão e força criativa pra multiplicar o legado da terra em que vive, mas até agora não criou coisa alguma– só destruiu. Cada dia é menor o número de florestas, há enchentes e secas em toda parte, espécies animais são exterminadas, o clima se torna hostil ao homem, e a terra mais triste, pobre, feia."
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CAsar.Pettine 12/05/2021

Sobre memórias
O jardim das cerejeiras apesar de ser escrito como uma comédia, nos apresenta uma drama sobre memórias. O livro nos traz uma reflexão sobre o peso das coisas na sua vida e de como são construídas as memórias. Um ótimo texto para iniciar a leitura de autores russos. Mesmo sendo um texto teatral a leitura é fluída e tem um bom ritmo.
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Cleber 18/02/2021

Teatro russo
Duas obras clássicas do teatro russo, com tradução de Millôr Fernandes. Deixo aqui as palavras de Mario Quintana sobre Tchekhov.
"Há enredo e enredo. O enredo puramente anedótico e um outro mais sutil, feito de não sabemos o que, mas que nos prende como uma rede invisível. Nos contos de Tchekhov, às vezes parece que não acontece nada... Aconteceu apenas a vida!"
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aafantis 17/01/2021

Achei pesado
Preferi Tio Vânia do que o Jardim das Cerejeiras. Ambos descrevem a vida de campo na Rússia, na época em que a peça foi escrita por Tchékhov. Tio Vânia me fez refletir sobre uma porção se coisas na minha vida, a peça traduz muito bem vários aspectos do cotidiano mesmo nos dias de hoje.
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Hofschneider 26/08/2020

perfeito
nunca tinha lido uma peça russa, achei incrível, tão simples e delicado ao mesmo tempo, duas peças pequenas sobre a vida cotidiana do russo.
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Giuliana 16/04/2020

Você tem que conhecer
Parece chato ler histórias russas, do começo do século passado, é ainda com todos esses nomes russos! Mas nós surpreendemos com a temporalidade dessas histórias! Histórias que falam da vida humana, as vezes de forma até um pouco exagerada ou bizarra, mas se me imagino observando o meu dia a dia, os pensamentos, será que algumas coisa (ou mais até) não parecem loucura! Não parecem desproporcionais, fora de contexto! Nessas histórias se pode observar vários comportamentos e se pode ir além, e se aprofundar na dicotomia da vida e de nossas mentes.
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Henrique 17/01/2019

Um fantasma de todos os momentos, estendendo-se até a hora da partida.
Corpos que se movem sem certezas concretas. Ou corpos parados em seus passados, ansiando novos rumos. Saber-se velho, saber-se impotente. Um si narcisístico que não consegue ficar sem os outros. Colocar seu problema na multidão alheia.

Essa é a violência do tempo. Ainda assim, é sob sua agressividade que a vida transcorre. Ainda assim, nós vivemos num mundo cujas ações presentes tornam-se horripilantes no futuro. Não sabíamos. Não poderíamos imaginar.

Proximidades que diminuem esse efeito. Os fluxos fluídos da intimidade, que cria uma casta protetora contra o que é pura exterioridade. Alguém encontra refúgio no jardim, outros nos livros, outros no trabalho árduo.

Uma limpeza. Lendo "O jardim das cerejeiras & Tio Vânia" nós pensamos em como todas as coisas diárias são mutáveis e complexas. Como o clichê, "tudo passa", é insistentemente cruel.

Silêncio depois de que todos se foram. O som da solidão e do eco de quem partiu. Um momento de silêncio. O suspiro do jardim, lá fora. Brevidade de pequenos instantes. Nas peças frágeis, sementes de familiaridade e de rompimento.

Um fantasma de todos os momentos, estendendo-se até a hora da partida.
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