Lizzy 18/05/2013
Ansiosa pelo próximo!
Os personagens de Mary Balogh me inspiram admiração e angústia, na mesma proporção. Isso ocorre porque, tratando-se de um romance histórico realmente fidedigno aos costumes e comportamentos de sua época, é verdadeiramente exasperante verificar que pessoas tão cheias de qualidades vivem reprimidas por uma sociedade movida pelas aparências e pelo status social. Mas isso não é uma crítica negativa ao livro, ao contrário, é o reconhecimento de um texto bem escrito, forte, por vezes desconcertante pela maturidade e objetividade em que os relacionamentos se formam e os diálogos são travados. Essa honestidade da autora me conquistou desde o primeiro contato.
Eu, particularmente, fico o tempo inteiro torcendo para que os protagonistas abandonem suas carapaças de proteção e se entreguem um ao outro, sem qualquer ressentimento, que finalmente percebam que encontraram o amor verdadeiro e a felicidade. Nesse livro, o coronel Aidan Bedwyn e Eve Morris se uniram por um casamento de conveniência. Ele, motivado pelo dever de honra, e ela para garantir sua autonomia financeira e a proteção dos seus entes queridos. Aidan é um homem moldado na disciplina, no dever de honra e lealdade, ela generosa e preocupada com os menos favorecidos, contudo bastante obstinada. Juntos, gradativamente, eles descobrem a grandeza de se doarem a um sentimento puro e sublime.
Aguardando o próximo e adorando acompanhar os momentos do Duque de Bewcastle (Wulf), protagonista do último livro (até agora o meu favorito), lido fora da ordem e que me arrebatou completamente. Amo esse personagem de olhos prateados, inegavelmente licantrópico, difícil e marcante, e olha que o coronel Aidan também não fica para trás. Amei.