Paulo Medrado 21/10/2015
O Pecado do Historiador
A obra desperta diversas interpretações quanto ao conteúdo, embora bastante divulgado na mídia recebeu adjetivos como o de Fátima "um resumão que não se aprofunda", ou de Wsoffe "omisso e pretensioso", ou de Rafael Soares que diz "faltar conexão cronológica" ou o Anderson que notou que o autor "ignora a América Latina", enquanto inúmeros outros leitores gostaram da narrativa principalmente pela linguagem quase jornalistica.
Minha impressão é que o autor se dispôs a fazer uma reflexão sobre a história se utilizando de alguns trabalhos editados recentemente, como por exemplo os estudos de Yared Diamond editados nos livros "Armas, Germes e Aço" e o notável "Colapso". Entretanto, ante obras anteriores como a colossal obra de Will Durant em "A História da Civilização", o trabalho de Geoffrey não seduz, é incompleto e tendencioso, pois está profundamente influenciado por suas escolhas pessoais políticas e religiosas.
Por um outro lado, é uma leitura despretensiosa, não requer concentração e pode ser lido em qualquer ambiente. Além disso, se não passar despercebido, tem algumas teorias interessantes como a que o autor atribui a criação das escolas e o modelo democrático instituído no mundo ocidental a Reforma Protestante de Lutero e que se aplica aos tempos atuais.
Em minha opinião vale 3 estrelas.