Coruja 18/03/2014Viva, viva, viva! Hoje é dia de tia Quinn e de romance açucarado na veia! Preparem sua diabetes e vamos ao que interessa...
The Sum of All Kisses é o terceiro volume no quarteto Smythe-Smith, contando as histórias das quatro primas (ou substitutas, no caso do segundo volume) responsáveis pelo musical mais temido de todos os tempos.
Quem acompanha de longa data a Quinn sabe bem do que estou falando...
Pois bem... eu li os dois livros anteriores a esse e devo dizer que parte da graça de acompanhar as desventuras de Sarah e Hugh é entender o papel que o resto da família tem – o que não significa, contudo, que não seja possível compreender o que está acontecendo sem ter lido os outros volumes. Todas as explicações necessárias, incluindo a questão entre Hugh e Daniel, primo de Sarah e mocinho do segundo volume, estão presentes.
Ok, um breve resumo da ópera: anos antes dos acontecimentos da história, Hugh Prentice desafiou Daniel Smythe-Smith para um duelo, acusando-o de ter roubado num jogo de cartas. Hugh, afinal, tem uma mente prodigiosa para a matemática e por isso nunca perdeu um jogo.
Grande problema da história é que tanto Hugh quanto Daniel estavam bêbados. Esse foi o motivo para Hugh ter perdido o jogo, para Hugh ter anunciado o desafio, para Daniel ter aceitado dito desafio, para Hugh ter acertado uma bala de raspão em Daniel quando pretendia errar e para Daniel, que é ruim de mira de dar dó, ter acertado outra em cheio na perna de Hugh, deixando-o manco para o resto da vida o que por sua vez deixou o pai de Hugh maluco de raiva, a ponto de jurar Daniel de morte, fazendo-o fugir da Inglaterra, jogando o resto da família no meio de um escândalo que acaba por impedir tanto Honoria – irmã de Daniel – quanto Sarah de fazer sua entrada na sociedade, casarem-se e se livrarem da responsabilidade de tocar no musical anual dos Smythe-Smith o que termina com Sarah detestando Hugh com todas as forças *respira fundo*.
Acho que já disse antes que gosto de histórias de casais que começam meio às turras e trocam farpas verbais amorosamente – no melhor estilo Benedict e Beatrice do meu favorito Muito Barulho por Nada. Exatamente por isso, dos três volumes até o momento lançados dessa série,
The Sum of All Kisses é o meu favorito. Gosto da dramaticidade da Sarah (aliás, identifico-me com ela nesse quesito), gosto da rabugice do Hugh, gosto da forma como eles inicialmente se chocam e como à medida que se conhecem de verdade e passam a se respeitar seus duelos verbais tornam-se menos ácidos, mais um flerte.
Há algumas coisas que estão meio deslocadas, que acontecem um tanto sem explicação – o encontro noturno de Sarah e Hugh, quando ficam juntos pela primeira vez, soou-me um tanto forçado. Mas é algo que pode ser perdoado em meio ao resto dos acontecimentos. E o saldo total é positivo: o livro como um todo é bem divertido, com personagens interessantes, para os quais vale à pena torcer.