Tim John 19/08/2022
Críticas fervorosas para a época
São dois contos, então, duas reviews.
Cândido ou o Otimismo:
A experiência de leitura é boa, é rápido e feliz, te entretém com poucas sacadas e muitos acontecimentos. Puxando para um lado filosófico, se tem o otimismo estampado na cara de Cândido que, sem se importar muito com os acontecimentos trágicos em seu caminho, só se importa em rever sua amada. O Otimismo é tratado muito na filosofia de Pangloss também, a qual Cândido segue fielmente, que diz que tudo tem uma razão para acontecer.
Crítica também a vida em geral, mostra descontentamento sobre como as pessoas são e so re o que pensam, crítica a Igreja, o exército, os reis, a guerra e até mesmo o capitalismo, tendo como Único logar bom no mundo uma cidade comunista.
Acho bom lembrar que nenhuma das filosofias dos personagens são 100% exaltadas, tendo em todas elas, no mínimo alguns momentos de contradição. Mostrando que não se pode viver a vida por uma regra só a todo o momento.
O Ingênuo:
Em contraste com o primeiro conto, esta leitura é um pouco mais demorada, entretanto, se lê muito mais profundamente. Neste conto, Voltaire não se contém nas críticas, mesmo seus alvos sendo de grande influência na sociedade dele. Aponta todas as incoerências da Igreja e dos rituais cristãos, como também dá muita ênfase ao "costumes" que são quebrados por todos os altos nomes da igreja. Nessa aventura, também repudia grandemente toda a "burocracia" a qual um homem deve se submeter para ganhar o que lhe é direito.
Lindo conto para refletir o conhecimento e costumes de nossa sociedade, desde cada indivíduo até a cidade toda.