@gabrielamangini 16/02/2020
Não sei se tudo mundo sabe, mas o "personagem" Jack, o Estripador, muito conhecido em filmes, jogos e fantasias realmente existiu e foi um serial killer que viveu em Liverpool, Inglaterra, na Era Vitoriana. Jack, o Estripador, como era conhecido, assassinou 5 mulheres na periferia de Whitechapel, distrito de Londres, por volta de 1888, sua motivação era limpar a cidade das "putas".
Sua identidade ainda não foi claramente descoberta, a discussão de quem seria o serial killer que aterrorizou o mundo em 1888 continua até os dias atuais.
Existem muitos especialistas que dedicaram e dedicam suas vidas para estudar o mistério de Jack, consequentemente, há muitos livros publicados sobre esse assunto.
O livro em comento, escrito pela autora Shirley Harrison, existe devido à um diário antigo que chegou em suas mãos e possivelmente era de Jack, um diário supostamente escrito por James Maybrick, um dos suspeitos de ser o serial killer.
É um erro esperar que o livro seja apenas o diário transcrito ou uma história de ficção, já que a autora inicia o primeiro capítulo deixando claro que houve e ainda há muito debate sobre a veracidade do diário, o que torna o livro um pouco extenso, já que, além do teor do diário e da história de James Maybrick e sua família, o livro retrata o processo para verificação da legitimidade do Diário, os debates entre estudiosos que acreditam na idoneidade do documento e estudiosos que afirmam que é uma falsificação, a crítica de mídia, ou seja, toda a pesquisa realizada em torno do diário, desde o estudo da caligrafia, da tinta utilizada, dos hábitos de vida na era vitoriana, da possível personalidade psicopata de James Maybrick, há a presença de diversas áreas do conhecimento aplicadas no estudo do Diário.
O livro engloba a área da Medicina ao analisar o comportamento de James Maybrick pelo teor do diário, além de tratar de diversos vícios que James possuiu durante a vida. Trata também sobre a área do Direito, já que Florence Maybrick, esposa de James, foi levada ao tribunal para ser julgada pelo suposto assassinato de seu marido, considerado um dos maiores erros jurídicos da época. A área da história é muito constante, devido à análise do Diário, um documento histórico, e também do estilo de vida da era vitoriana.
Eu indico muito o livro já que foi uma experiência bem diferente por conta dos detalhes e informações presentes.