Hell

Hell's Angels Hunter S. Thompson




Resenhas - Hell's Angels


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Ricardo 01/12/2022

Gonza em desenvolvimento
Acredito fielmente que, se tu não tiver uma vontade própria de querer saber como são Gangues de motocicletas e como o estilo jornalístico gonzo emerge da máquina de escrever do doutor hunter, tu não vai gostar. Mas se resposta for sim, fique preparado pra pagar 200 reais na estante virtual.
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Hannumann 10/08/2022

Considerações rápidas sobre essa intensa leitura
Um bom livro, o que explica a dificuldade para encontra-lo no mercado.
São 343 páginas de relatos jornalísticos e midiáticos misturados a textos e eventos passados de fontes diversas e acrescidos de vivências, trechos de poemas e mídias outras. A escrita do Hunter é bem rapida, bem intensa e essa edição tem as notas de rodapé certas pra contextualizar muita coisa. Não foi minha leitura favorita do autor, mas entrou no meu top 10 de leituras certamente e vale uma releitura daqui uns meses.
Saio dessa leitura tentando pensar sobre as questões/métodos que separam o trabalho do jornalismo gonzo ao de uma imersão de etnografia participante do campo da antropologia, porque os detalhes e informações que o autor demonstra sobre boa parte de sua vivência junto aos Angels aproximam em muito os dois campos.
Recomendo a leitura.
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Fabi 26/05/2022

“eu com certeza vou para o céu, porque já cumpri minha pena no inferno”

“Não se lamente. Organize-se”

“Os Angels não gostam de ser chamados de fracassados, mas aprenderam a conviver com isso”. “É, acho que eu sou” disse um deles. “Mas você está olhando para um fracassado que vai aprontar um escarcéu antes de ir embora.”

“Toda a minha vida meu coração buscou
Algo que não sei nomear”
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Aline 08/10/2018

Bora lá andar de moto, beber e fazer m...
Primeiro livro de Hunter Thompson, resultado da imersão do Jornalista entre os Hell’s Angels, clube de motociclistas, entre 1965 e 1966.

Achei o livro um pouco repetitivo. Numa confusão de violência, transgressão e de muito álcool e LSD, eu achei que faltou um fio condutor para a narrativa. Visto que não havia uma organização cronológica ou por assunto, todo o caos foi se repetindo página após página. Lá pelas tantas, a conclusão mais aparente é que a experiência toda se limitou a andar de moto, ficar louco e gerar publicidade negativa. Nos capítulos finais, porém, H. Thompson deixa de ser um narrador meramente observador e passa a expressar mais claramente sua opinião, nem sempre favorável. Enquanto observador, ele me pareceu um tanto ingênuo e inexperiente, mas, ao final, seu tom crítico é bem coerente e me fez gostar mais do livro. Gostei, por exemplo, de quando ele fala sobre a diferença entre “Fracassado” e “Fora da Lei”, definições bem pertinentes no universo dos Angels: enquanto Fracassado é uma consequência passiva, Fora da Lei é um posicionamento ativo, uma opção, e que por si só justifica a fascinação de quem assistia o bruto espetáculo de fora.

Pra fechar, coincidentemente li esse livro no período das eleições presidenciais de 2018, quando uma multidão de ignorantes políticos e sociais resolveu provar sua estupidez através das medíocres redes sociais populares. Nesse ínterim, veio muito a calhar algo que Hunter Thompson escreveu em Hell’s Angels (não exatamente com essas palavras, mas o cerne está aí): “Os Hell’s Angels são declaradamente anticomunistas, nazistas e apoiam a violência como instrumento de poder. Mal sabem eles que se um governo com essas características for de fato eleito, eles serão os primeiros a sofrer as consequências”.
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r.morel 05/02/2018

Breve Análise Literária
“… saco de dormir e isopor para a cerveja atrás, gravador na frente e, debaixo do banco do motorista, uma Luger descarregada. Fiquei com o pente de balas no bolso, pensando que poderia vir a ser útil se as coisas saíssem do controle. Credenciais de imprensa são legais de ter, mas em situações de tumulto uma pistola é o melhor tipo de garantia de privilégios.” (Hunter S. Thompson explica seus preparativos para uma Jornada com os Hell’s Angels)

1.Um dos termos da moda em 2017, incluído em dicionários, ganhou notoriedade ao ser dito e redito pelo presidente dos EUA, o famigerado Donald Trump, que não perdia a chance de atacar os dados e informações divulgados contra suas convicções e o republicano empresário bilionário bradava “Fake news! Fake news!” pondo tudo em um mesmo balaio. Factoide, porém, não é uma novidade; atualmente seu uso recorrente nos engana. No livro “Hell’s Angels” (1967), o repórter/escritor Hunter S. Thompson, doutor tresloucado em Gonzo Jornalismo, misturou-se aos motoqueiros que amedrontavam a Great American Society para apurar o que realmente acontecia e não acontecia e o que inventavam do que acontecia. Virou um deles, montou na sua moto barulhenta, entornou litros e litros de cerveja e gramas e gramas de entorpecentes (maconha, LSD… era uma prévia da sua obra-prima “Medo e Delírio em Las Vegas”) para enxergar nos (poucos…) momentos de sobriedade a face do monstro pintado pela imprensa.

Uma das manchetes sensacionalistas: “Eles se intitulam Hell’s Angels. Andam de moto pela cidade, estupram e atacam como saqueadores a cavalo - e se vangloriam de que nenhuma polícia é capaz de pôr fim à sua sociedade criminosa de motoqueiros.” (True, The Man’s Magazine, agosto de 1965)

2.O texto de Thompson em “Hell’s Angels” é mais jornalístico do que os parágrafos lidos em “Medo e Delírio…”, repletos de arroubos ficcionais cômicos, um passo além das técnicas libertadoras do Novo Jornalismo de Gay Talese, Truman Capote e demais escritores norte-americanos (e doutros países também: no Brasil cita-se Joel “A Víbora” Silveira como um dos expoentes do gênero). O livro é recheado de manchetes e notícias pinçadas por Thompson empregadas no intuito de ilustrar o seu ponto de vista de como jornais e revistas criaram um inimigo público ao repercutirem várias mentiras ou, no mínimo, relatos exagerados sobre a usual balbúrdia causada pela turma de motoqueiros marginalizados. Cometeram crimes?! Cometeram inúmeros e a ficha corrida sempre é um motivo de orgulho para se vangloriar nos bares e ruelas de São Francisco e adjacências. A questão de Thompson, e do seu livro, é o pânico disseminado pelos veículos de comunicação e a condescendência dos leitores com os artigos impressos. “Se está no jornal é verdade” é a máxima na mente das pessoas (e como não seria?!; a tendência geralmente é acreditar no próximo) e o princípio que alimenta a formulação das fake news e também a sua força: provar o contrário do que alardeiam caluniosamente pelos quatro cantos é tarefa complicada; publicado o equívoco os danos são concretos. A legitimidade da imprensa é o próprio convencimento; duro é rebater e depois vencer - os Hell’s Angels santos não eram e da situação que os transformou em pária (ok, eles já estavam nesse grupo), desenvoltos no genuíno American Way of Life, tentaram extrair o lucro rápido e fácil da (má) fama instantânea proporcionada por fotos de corpo inteiro e closes cinematográficos nas capas de periódicos e primeiras páginas coloridas; o público adora bandidos e bad boys… eles são bandidos e bad boys… a conexão estava feita para o bem e para o mal; quem tinha algo a perder com um punhado a mais de punições, sentenças jurídicas fraudulentas e rigor na vigilância policial certeza não envergava um casaco de couro preto.

3.Enturmado com os motoqueiros  - Hunter venceu a desconfiança dos Hell’s Angels (eles não gostavam de jornalistas e escritores)  - , sobressai-se do relato irônico e cru um sentimento de familiaridade tanto do autor quanto do público em geral que se assustava ao ler as reportagens sobre os feitos caóticos dos pilotos lépidos de Harley-Davidson, embriagados e prontos para uma briga de rua sem aviso prévio e delitos piores. O Fracasso, em uma sociedade que estima acima de todos o Sucesso, é o denominador comum suficiente para criar a empatia sugerida pelo narrador/personagem que se jogou de cabeça na pesquisa de campo e (quase) virou um deles. No capítulo 21, no final do livro, o ciclo de conhecimento se fecha, as divagações de H. Thompson inevitavelmente passam pelo tema esboçado acima e a conclusão de um dos Angels é realista: “Os Angels não gostam de ser chamados de fracassados, mas aprenderam a conviver com isso. ‘É, acho que eu sou’, disse um deles. ‘Mas você está olhando para um fracassado que vai aprontar um escarcéu antes de ir embora”.

site: popcultpulp.com
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Kaaah 11/02/2017

O livro é um retrato brutal e violento do convívio de 18 meses do escritor com a famosa gangue de motoqueiros Hell's Angels que desafiaram os valores da sociedade americana.

Sem medo de sujar as mãos e utilizando sua habitual técnica de imersão, Thompson participou de todas as atividades ilegais do grupo, envolvendo-se a tal ponto em determinado momento não sabia se estava escrevendo uma reportagem sobre os Angels ou tinha se tornado um deles.

"Um homem que já eliminou todas as suas opções não pode se dar ao luxo de mudar seus costumes. Ele tem que tirar proveito de tudo que lhe resta e não pode admitir - não importa quantas vezes seja lembrado disso - que cada dia da sua vida o leva mais adiante em um beco sem saída."

"O Limite...
Não existe nenhuma forma genuína de explicá-lo porque as únicas pessoas que realmente sabem onde ele está são aquelas que o ultrapassaram. As outras - as vivas - são as que forçaram seu controle até onde sentiram que podiam aguentar, e depois recuaram, ou reduziram a velocidade, ou fizeram o que quer que tinham que fazer quando chegou o momento de escolher entre o "Agora" e o "Depois."
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N.Barbosa 23/11/2016

Duro, real e impactante!
Todos somos seres sociáveis, com opiniões e posicionamentos sobre a maioria das circunstâncias que nos cercam. E como tirar essas características acumuladas ao longo da vida? Não é possível para ninguém e muito menos ainda para os jornalistas. Eu sempre achei picaretagem o discurso de objetividade e imparcialidade que é vomitado mundo afora. Talvez, teria uma opinião diferente se quem apurasse e redigisse as reportagens fossem máquinas.

E é nesse sentido que entra a importância histórica das bases do texto jornalístico proposto por Hunter Thompson. Ele é o jornalista que assume e expõe aquilo que os operários da notícia, reféns do lide, sucumbem diante das linhas editoriais. Thompson é aquele que se envolve, que definitivamente vivencia o fato e faz o recorte da realidade pelo seu crivo de experiências, da sua bagagem cultural, da sua humanidade.

Em ‘Hell’s Angels’, Thompson observa e capta informações e detalhes de forma participativa. Por 18 meses, na produção de uma matéria, ele se envolve com uma gangue de motoqueiros norte-americanos fora lei. O propósito era entender a lógica naquela forma marginal de enfrentar as amarras sociais da década de 60. Por vezes, fica até complicado distinguir o repórter de um membro do clube de motocicletas.

Nessa ideia, temos aqui um ponto de partida sobre o debate acerca da função social do jornalista. Se por um lado, a testemunha ocular da história, mas, de maneira a deixar abertamente claro a forma de ver a realidade; ou, de uma forma cínica, sob a égide da imparcialidade, construir uma trajetória em que os atores sociais sejam reificados.

Que sejamos jornalistas, que sejamos humanos, que alcancemos a cura do complexo de Clark Kent presente em cada um que trabalha com a notícia.
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Jéssica Veneno 05/05/2016

Hell's Angels - The Strange and Terrible Saga of the Outlaw Motorcycle Gangs
Lançado em 1967,no mesmo ano do Verão do Amor,Hell's Angels foi o primeiro livro publicado por Hunter S. Thompson ,então já bastante conhecido como jornalista .

site: http://jessicavenenoofficial.blogspot.com.br/2015/06/hells-angels.html
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Fabio Martins 06/08/2015

Hell's Angels
Hunter S. Thompson não foi uma pessoa comum. Tampouco um jornalista comum. Ao lado de ícones do século 20, como Gay Talese e Trumam Capote, Thompson foi um dos expoentes do new journalism, ou jornalismo literário. Além disso, foi também o principal precursor de uma forma um tanto controvertida no ramo: o gonzo jornalismo.

Para ele, não bastava apenas noticiar o fato. É algo muito cru, sem exatidão. É necessário viver o fato, presenciar, fazer as mesmas coisas e ver com os próprios olhos o que os protagonistas fazem. Foi isso que ele decidiu fazer em 1965. Naquela época, a contracultura americana estava em alta. Osroqueiros começaram a surgir, substituindo os tocadores de Jazz e Blues. Os beatniks, precedendo a geração hippie, ganhavam mais fama com as histórias de Jack Kerouac. Essas e diversas outras “tribos” surgiam na América.

O editor da revista The Nation pediu para Thompson fazer uma matéria sobre gangues de motocicleta, fenômeno que começava a ganhar destaque na época. Ao entrar em contato com os motoqueiros, o jornalista foi se envolvendo cada vez mais com eles e percebeu que uma matéria sobre os Hell’s Angels, a maior e mais conhecida gangue de motos do mundo, não seria suficiente.

Hunter S. Thompson começa a acompanhar os Angels em seus eventos, viagens e no dia a dia deles. Passa a recebê-los em casa para festas ou simplesmente para beber e esperar passar o tempo. Mesmo sabendo que ele era um jornalista e pretendia escrever um livro sobre eles, os fora-da-lei o consideravam como um amigo e não se inibiam em sua presença.

O livro não segue uma ordem cronológica ou todo o histórico desse estranho relacionamento de jornalista e protagonistas. O autor vai contando fatos isolados, lembrando de situações, viagens e confusões ocorridas quando estava por perto dos motoqueiros. Para resumir, é um emaranhado de histórias soltas e um tanto desorganizado, fator característico da obra de Thompson.

Por outro lado, é uma leitura extremamente agradável e surpreendente, que mostra um lado da sociedade americana que muitas pessoas têm curiosidade de conhecer. Servindo de todo seu faro jornalístico e de sua inovação no modo de “fazer notícia”, Hunter S. Thompson apresenta em Hell’s Angels todo o seu talento, eternizado na galeria de grandes contribuintes da comunicação.

site: lisobreisso.wordpress.com
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Felipe 01/03/2013

Obra obrigatória para quem quer ler o Gonzo e uma ótima opção para iniciar Hunter Thompson. A princípio o livro apresenta um caráter investigativo e jornalístico para posteriormente permitir a entrada do autor na história. Aventura, brigas, drogas, polícia e muita motocicleta.
JimmyBoy 28/10/2014minha estante
Kra pode me dizer onde consigo esse livro?




Carlos Fernandes 07/12/2012

Hell's Angels
Confesso que comprei esse livro por ele ter sido escrito pelo Hanter S. Thompson. Quando vi que era sua primeira obra fiquei curioso, por já havia lido Medo E Delírio em Las Vegas (que por sinal é muito bom!).
O Livro é bom, porém não é muito interessante para quem não tem uma profunda curiosidade sobre gangues de motocicletas.
JimmyBoy 28/10/2014minha estante
Kra pode me dizer onde consigo esse livro?




Patricia 10/03/2011

Não é necessário gostar ou entender de motocicletas para ler este livro. Não é uma história dos Hell´s Angels, tanto que o livro foi publicado em 1967, e muita coisa ainda estaria para acontecer.
É um punhado de elocubrações de Thompson sobre o período em que conviveu com o grupo "fora da lei", avaliando não só as atitudes deles, mas a repercussão que elas causavam, a imagem negativa que a mídia de massa criou do grupo e todas as conseqüências disso.
Comparado às outras possibilidades de literatura sobre os Angels na época, pode parecer a principio que Thompson ergue a bandeira e veste a camiseta em defesa do grupo marginalizado, mas na verdade o que ele frequentemente faz, ou pelo menos tenta, é mostrar um outro lado, uma outra visão.
É inegável, até - e principalmente - pelo autor, que os Angels estão longe de bons cidadões mal compreendidos. Eles estão sim sempre atrás de confusão, e um mínimo sinal de um cidadão comum, ou um policial rodoviário pode servir para eles como estopim para tal, mas pela íntima e longa convivência que Thompson teve com eles - até amizade com alguns poucos - possibilitou um estudo mais profundo dos integrantes, e do grupo num todo.
Tudo isso sob o pano de fundo conturbado de um Estados Unidos beirando uma crise. Um momento pós Segunda Guerra, início Vietnã, e com a trilha sonora de Bob Dylan.
JimmyBoy 28/10/2014minha estante
Kra pode me dizer onde consigo esse livro?


Patricia 28/10/2014minha estante
Única edicao que sei eh da l&pm, aqueles pockets, vê no site, as vezes esgotou.




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