O Diário de Helga

O Diário de Helga Helga Weiss




Resenhas - O Diário de Helga


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Marcela Pires 13/04/2013

"Muitos - não, certamente todos - estão chorando em silêncio, mas nós não demostramos nossas emoções. Para que dar esse prazer aos alemães? Jamais! Temos força para nos controlar. Ou deveríamos nos envergonhar de nossa aparência? Das estrelas? Dos números? Não, não é culpa nossa, alguém se envergonhará por isto. O mundo é apenas um lugar estranho". p.63

"O Diário de Helga" é uma obra prima de editoração e de conteúdo. O livro é lindo, a capa parece um velho diário, e as abas tem efeitos de "amassadinho" como nos velhos cadernos.
Dentro tem fotos, cartas e pinturas feitas por Helga.

"O Diário de Helga" é um testemunho real e emocionante de todo o período do Holocausto.

Helga era uma menina de 8 anos quando começou a escrever o diário, contando sobre o que acontecia em seu país, com a sua família de 1939 até 1945.
Filha de bancário e de costureira, Helga desde cedo se mostra politizada. O diário não carrega um tom infantilizado, a menina é madura e enfrenta de cabeça erguida todos as dificuldades que aparecem. Ela nos passa uma força, uma garra que falta em muitos adultos.
A família foi enviada primeiramente para Terezín e posteriormente para Auschwitz, ficando seu diário escondido com seu tio que trabalhava no setor de registros.

Logo que chega em Terezín, ela e a mãe são separadas do pai, e com o tempo Helga é separada da mãe.
A garota nos conta toda a sua rotina, suas amizades, as doenças, os medos, as inseguranças...como também no final da guerra, como essas famílias se readaptaram a vida em Praga.

No final dessa edição, existe uma entrevista maravilhosa com a escritora que hoje tem 83 anos, e um glossário com as gírias de guerra que são usadas.

Esse é um exemplar que todos deveríamos ter em casa! É um pedaço de história que não pode ser esquecido.
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Henrique Fendrich 11/06/2021

Outro livro de uma sobrevivente de holocausto, também organizado na forma de um diário, ainda que, neste caso, talvez não tenha sido a melhor escolha editorial.

Em termos de conteúdo, a história de Helga se destaca por retratar a vida cotidiana no campo de concentração de Terezín, na Tchecoslováquia, que não costuma ser muito lembrado. A família dela passou anos ali e Helga, ainda uma adolescente, registrou boa parte da rotina e, evidentemente, das crueldades a que estavam submetidos constantemente naquele lugar.

Mas Helga não ficou por ali, e na verdade foi transportada para uma série de outros campos de concentração e de extermínio, inclusive Auschwitz. Como não podia deixar de ser, são bem tristes os relatos que ela faz, evidenciando a que ponto a humanidade foi capaz de chegar. Trata-se de um livro necessário para que nos sintamos constrangidos enquanto humanidade e assim, quem sabe, possamos evitar que algo assim um dia se repita.

Em relação á estrutura do livro, creio que não deveria ser utilizado o formato de diário. É que Helga não o escreveu exatamente como um diário, como a Anne Frank, mas fez anotações esparsas, a maioria delas sem datas, e mais tarde, depois da guerra, reformulou o conteúdo, modificou informações, acrescentou outras, de modo que o resultado não é exatamente o "original" de suas anotações, mas um modelo híbrido do diário com uma reconstrução.

Tenho para mim que o ideal seria uma narrativa direta que preenchesse muitas das lacunas que o diário deixa. Por vezes, uma anotação de Helga termina e a gente quer saber como continuou aquilo que ela estava dizendo, mas não ficamos sabendo, porque a próxima nota só foi feita bem mais tarde. A própria inclusão de uma entrevista ao final do livro reforça a existência de pontos que não foram explorados no texto do diário.

Então talvez fosse melhor preencher esses espaços em uma narrativa única que tomasse o diário como base, mas que fosse um texto todo novo.

A estratégia de contar a história no presente, ou, no mínimo, no passado imediato, é boa porque mantém o olhar de adolescente sobre a guerra, mas creio que isso seria reforçado e alcançaria resultados melhores se não houvesse a preocupação de se limitar ao texto do diário. Penso, por exemplo, no que Loung Ung fez em "Primeiro mataram meu pai", sobre a ditadura no Camboja, mas, evidentemente, semelhante trabalho exige a habilidade de uma escritora, e não é essa exatamente a atividade de Helga (uma notável pintora).

É claro, entendo que se deve respeitar a vontade da própria Helga que queria preservar o formato de diário mesmo, mas ela tinha memória suficiente para acrescentar mais.

Também acredito que o livro devesse chamar a autora de Helga Weissová. A família de Helga, embora judia de origem germânica, já estava complemente incorporada aos tchecos na Tchecoslováquia e, durante o livro, é sempre como tchecos que eles se identificam, em natural oposição aos alemães, de modo que o sobrenome deveria respeitar a declinação feminina própria dos sobrenomes tchecos, marcando assim a sua identidade.
Maria 11/06/2021minha estante
Adoro esse nome.


Maria 11/06/2021minha estante
Quero ler. Eu até prefiro quando anotações não são concluídas. Assim posso exercitar minha imaginação. Pobre Helga :(


Henrique Fendrich 11/06/2021minha estante
Leia, sempre vale a pena. A mulher tá viva ainda, com 91 anos.


Maria 11/06/2021minha estante
Vou baixar para ler em tcheco.




Leonardo 03/05/2013

Um relato tocante que não é mais do mesmo
Disponível em http://catalisecritica.wordpress.com/

Há algum tempo, quando escrevi sobre as minhas impressões (negativas) a respeito de Bastardos Inglórios, disse que o tema 2ª Guerra Mundial estava mais do que saturado. Repeti isso quando escrevi sobre Beatriz e Virgílio, de Yann Martel, desta vez reconhecendo que é possível trazer à baila algo novo (e chocante). Chega às minhas mãos esse “O Diário de Helga”, e a primeira coisa que me veio à mente foi O Diário de Anne Frank, que não li.
Não comecei muito empolgado, mas esvaziei-me de qualquer preconceito, de qualquer saturação com o tema, para aproveitar o livro pelo que ele traz, não pelo que minha mente traz de maneira pré-concebida.
O livro é o “relato de uma menina sobre a vida em um campo de concentração”, informação que consta na capa. A contracapa acrescenta: “Das 15.000 crianças que foram para o campo de concentração de Terezín, calcula-se que apenas 100 estavam vivas no final da guerra. Helga Weiss foi uma delas. Seu diário inédito, escrito entre 1938 e 1945, revela como uma menina conseguiu sobreviver ao Holocausto”.
Nascida em 1929, Helga era uma menina entrando na adolescência quando a guerra começou. Ela vivia em Praga com seus pais, e é aí que começa a primeira parte do diário, que também contempla o período em que ela viveu no campo de concentração de Terezín, além de suas passagens por Auschwitz, Freiberg, Mauthausen e seu retorno a Praga.
Quando começa seu diário, fica clara a inocência de Helga em relação a boa parte do que se passa no mundo, mas também é evidente a sua inteligência e curiosidade. Nesta primeira parte o destaque é como se dá a transição de uma vida quase normal, afetada tangencialmente pela guerra, até a completa imersão no inferno nazista. Os primeiros sinais são as fugas para os porões por medo de ataques aéreos, os pais sempre atentos às notícias do rádio, o clima de tristeza e apreensão na escola quando se soube que o exército alemão invadiu a Tchecoslováquia. Logo que o Reich alemão assume a situação, o antissemitismo começa a crescer, e ordens antijudaicas não tardam a aparecer. Da proibição do acesso de alguns lugares públicos aos judeus até o envio para campos de concentração não demora muito.
Boa parte da primeira parte é ocupada pela apreensão da pequena Helga com o momento em que chegará a inevitável notícia do transporte da sua família, que nada mais é do que a transferência para um campo de concentração. Helga narra a viagem de trem, que é demorada, e começa a perceber que sua vida não será nada fácil.
A segunda parte do diário narra o período em que eles estiveram em Terezín, que era tido como um “campo de concentração modelo”. Isso não significa, naturalmente, que eles não tiveram seu quinhão de sofrimento. As coisas vão piorando com o tempo. Quando chega o Natal, Helga, que vive com sua mãe na ala feminina, narra sua tristeza pelo fato de seu pai, que vive do outro lado do campo, na ala masculina, não ter conseguido manipular o sistema e vir vê-las. Comecei a ficar fã desse homem quando li isso:
“É véspera de Natal. Que pena, seria mais saboroso se estivéssemos juntos. Esperamos em vão até escurecer. Poderíamos adivinhar que meu pai não viria. Ele não sabe manipular o sistema. É preciso molhar algumas mãos, mas meu pai não combina com mãos molhadas.”
À medida que o tempo passa, as coisas pioram. Aqui cabe uma das passagens mais marcantes do diário:
“Todos os carros fúnebres estão em uso. Pela primeira vez levam uma carga viva. E, no entanto, não poderia ser mais apropriado. Aonde esses destroços de seres humanos irão? Onde serão jogados seus corpos? Ninguém chorará por eles, ninguém lamentará sua morte. Até que, um dia, sejam mencionados em nossos livros escolares. Aí, o único título apropriado será: ‘Enterrados vivos’”.
Um dos momentos mais difíceis para Helga e sua mãe em Terezín foi a partida de seu pai para outro campo de concentração, provavelmente Auschwitz:
“Meu pai está pronto. Ele provavelmente não precisaria ir; poderia ser remanejado. Poderia se safar, mas não seria ele. ‘Pedir por mim? Cinco mil irão, por que eu não deveria ir também? Alguém precisaria ir no meu lugar’”.
Aí, definitivamente, fiquei fã do pai de Helga.
O diário segue e Helga vai narrando com detalhes seu cotidiano, suas pequenas lutas, destacando sempre que ela não se permitia “frescuras”. Não importava quão ruim ou intragável era a comida, se aparecia a chance de comer, ela comia. Precisava ser pragmática, forte, resistente. Rezava sempre para que se acontecesse de morrer, que sua mãe morresse junto. Não suportaria saber que ficaria só ou que a deixaria só. Ela e sua mãe passam fome, adoecem, são maltratadas, passam frio, são transportadas de um lugar para o outro e seu sofrimento aumenta ainda mais – o que sequer parece possível – quando vão para Auschwitz. Há momentos em que ela chega a pensar no suicídio, mas o amor por sua mãe fala mais alto.
Sempre mantendo viva a esperança de reencontrar seu pai, ela divaga assim em certo momento:
“Minha parte preferida no dia é quando voltamos ao pátio de trabalho. Os especialistas ainda não retornaram do jantar e as luzes estão apagadas. Sara nos manda para o trabalho cedo, sem a menor necessidade. Eu sempre subo ao topo do andaime para ficar sozinha por alguns minutos. É o único momento do dia em que não vejo outras pessoas... Papai e eu prometemos que sempre pensaríamos um no outro às sete da noite. Não é possível no meio da confusão, do aperto e do barulho da refeição. Então penso nele meia hora depois. Talvez meu pai também não tenha tempo às sete em ponto. Talvez esteja dormindo após o turno do dia, ou começando a trabalhar, ou talvez tenha um intervalo exatamente na mesma hora e esteja pensando em nós.”
Apesar de o diário não ser em sua totalidade um diário – Helga escreveu boa parte dele nos anos que se seguiram ao fim da guerra – é tudo muito vívido e real. Helga, que é uma artista, uma talentosíssima pintora, deixa transparecer sua imensa sensibilidade também no seu texto.
Encerro com uma pergunta feita a Helga Weiss em 1º de dezembro de 2011 por Neil Bermel, que é uma pergunta que me fiz antes de iniciar a leitura do diário:
Por que deveríamos ler mais um relato sobre o Holocausto?
Resposta de Helga: Principalmente por ser verdadeiro. Coloquei nele meus sentimentos, esses sentimentos são intensos, comoventes e principalmente verdadeiros. E, talvez, por ser narrado naquela forma um pouco infantil, é acessível, expressivo, e creio que ajudará as pessoas a entender aqueles tempos.
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Vanessa Castro 01/03/2020

O diário de Helga
Um livro interessante, mas por ter sido escrito quando Helga ainda era criança, acabou ficando superficial. Sem muito detalhes dos lugares por onde passou. Mas fale apena ler.
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nathaliart 27/12/2021

Necessário!
Há muitos anos tinha vontade de ler O Diário de Helga e adiava. Sempre gostei muito de O Diário de Anne Frank, especialmente por ser o relato de uma adolescente (na época em que li a primeira vez, eu tinha a idade de Anne e, por isso, apesar de sua complicada realidade, eu me identificava com ela), e foi o relato de Anne que me fez chegar ao livro de Helga. No entanto, é chocante a grande diferença do que acontecera às duas garotas. Enquanto Anne pôde desfrutar de uma vida mais "privilegiada" (mantendo-se escondida dentro de casa, mas, ainda assim, privada de total liberdade), Helga desde novinha foi jogada em campos de trabalho e concentração, passando fome, adoecendo, sendo arrancada de perto da família e amigos. Confesso que em alguns momentos eu duvidei que ela sobreviveria.

Mesmo tendo lido inúmeros textos sobre campos, visto fotos, ainda impressiona ler esse tipo de relato e ver a que nível chega a crueldade humana. E pensar que eventos assim ocorreram há pouquíssimo tempo -- e, apesar de hoje existir um amplo material a respeito, creio que pouco se fala de campos como os de Terezín. Mesmo não tendo sido o pior cenário (nada comparado a Auschwitz, por exemplo), é triste ver as condições com que pessoas eram tratadas pelo simples fato de serem quem elas eram (e perceber que isso ainda acontece com outros tipos de grupos minoritários). Mais chocante ainda é pensar em como essas situações muitas vezes são normalizadas, esquecidas, e em como as pessoas possuem dificuldade de pensar que isso poderia acontecer com qualquer um.

Meu único porém com relação a esse livro é a tradução, que às vezes peca bastante (dá pra perceber que faltou uma revisão). Fora isso, é uma leitura bastante necessária, rápida, apesar de um pouco cansativa -- especialmente por conta dos assuntos abordados. Mas extremamente indispensável, para que possamos refletir sobre nossa condição como seres humanos e evitarmos que coisas parecidas aconteçam, seja lá com quem for.
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Denynha 19/01/2015

Não leia Helga comparando a Anne, você perderá a beleza e tristeza, além da personalidade das duas, tão diferentes. Elas têm em comum, a adolescência e as maldades desumanas do nazismo.
Helga, uma judia tcheca de 11 anos, foi enviada para dois campos de concentração, Terezin (o ‘campo modelo’) e o pavoroso Auschwitz e sobreviveu...
Ela retrata o horror e o medo, através de textos e desenhos. Um livro realmente, muito triste, mas com um sentimento enorme de esperança. E assim como ela, eu penso que precisamos falar sobre este tema tão triste, para não ser esquecido e principalmente, não acontecer novamente.
“Meu diário ficou décadas acumulando pó no fundo da gaveta. Se lesse, era como se estivesse lá, no meio do inferno de novo. Resolvi publicá-lo agora porque estou velha e me aflige ainda ver a intolerância chegando a graus extremos na política, na religião, como se pouco, ou nada, se tenha aprendido sobre os riscos e as consequências de alimentar o ódio.
Ter sido alvo de tamanha selvageria me tornou muito mais resistente às adversidades, e dura. Escrever meu diário foi a maneira que encontrei de me sentir humana. Em certo sentido, foi também o que me salvou.”
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Vivi 08/07/2021

O Diário de Helga é um relato de uma menina ainda em sua inocência sendo obrigada a amadurecer em meio a tantas monstruosidades da época. Tudo o que houve quando os nazistas invadiram Praga com descrições bem detalhadas de tudo o que ela e seus familiares e amigos viveram. O que viveram e como foi chegar nos campos de concentração em Terezin, a passagem deles em Auscchewistz . Tudo em palavras e alguns desenho que dá mais ainda o impacto do dia á dia deles. É impossível não nos tocar com tudo que viveram.
? Calcula-se que das 15.000 crianças que passaram pelo campo de internamento de Terezín, na antiga Tchecoslováquia, apenas 100 chegaram com vida ao fim da Segunda Guerra Mundial. Helga Weiss, uma dessas raras sobreviventes, é autora de um dos mais comoventes testemunhos do Holocausto. Em 1938, por ocasião da ocupação nazista de seu país, a menina de 8 anos, filha de um bancário e uma costureira, começou a escrever em um caderno suas impressões. Textos e desenhos registram com o olhar infantil tudo que aconteceu com sua família, desde a segregação dos judeus ainda em Praga até a desumana rotina de privações e doenças de Terezín, onde um carro fúnebre fazia frequentemente o transporte de gêneros alimentícios. Depois de três anos em Terezín, Helga e sua mãe viveram uma tétrica peregrinação por campos de extermínio como Auschwitz, quando a garota escapou por pouco da câmara de gás. Ao final da guerra, Helga, então com 15 anos, acrescentou o relato dessa experiência a seu diário. Em cada palavra e desenho, há uma lembrança de um passado que não pode ser esquecido. Artista plástica respeitada, Helga Weiss, 83 anos, vive em Praga, no mesmo apartamento em que morou com os pais antes da deportação.
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Taty 10/02/2020

Incrível
Ótimo complementar para entender um pouco mais o que aconteceu.
Enquanto Anne Frank se escondeu e passou pela depressão se refugiando, Helga não teve essa oportunidade e participou de tudo cara a cara.
Ótimo relato
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Vitória Nascimento 08/06/2021

Data da Leitura: 25/03/21 - 15/04/21

Calcula-se que das 15.000 crianças que passaram pelo campo de internamento de Terezín, na antiga Tchecoslováquia, apenas 100 chegaram com vida ao fim da Segunda Guerra Mundial. A respeitada artista plástica Helga Weiss é autora de um dos mais comoventes testemunhos do Holocausto. Aos 83 anos, ela vive em Praga, no mesmo apartamento em que morou com os pais antes da deportação.
Em 1938, por ocasião da ocupação nazista em seu país, a menina de 8 anos, filha de um bancário e uma costureira, começou a escrever e a desenhar suas impressões sobre tudo que aconteceu com sua família. Em um caderno, Helga narra a segregação dos judeus ainda em Praga, a desumana rotina de privações e doenças de Terezín e sua peregrinação ao lado da mãe por campos de extermínio como Auschwitz, onde escapou por pouco da câmara de gás.
Natty 08/06/2021minha estante
Não conhecia este livro.Mais já vai pra minha lista de desejos




Anna Paixão 06/05/2023

Acho realmente difícil dar notas em livros que são diários da vida real.
Talvez por já ter lido outros livros com essa temática durante esse ano não achei tão difícil de ler, apesar de sempre ser doloroso a temática.
Nós temos aqui trechos que contam a experiência de uma criança que foi obrigada a passar pela perseguição sofrida durante o holocausto.
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Elder F, 15/04/2013

Os inúmeros relatos que temos sobre os campos de concentração foram, em sua grande parte, perpetuados pelas sutilezas do mundo artístico. Os livros narram momentos de terror, os filmes destacam a fúria primitiva dos nazistas e outras diversas expressões artísticas retratam o que teria sido o Holocausto na Segunda Guerra Mundial. De alguma forma, essas obras acabam refletindo as experiências pessoais dos artistas que as conceberam. O Diário de Helga é uma dessas expressões artísticas e boa parte do seu conteúdo foi gerado durante sua estada nos campos de concentração. O livro, entretanto, não se detém apenas a narrativa escrita e algumas partes da história são relatadas por ilustrações feitas por Helga enquanto prisioneira dos alemães.

O Diário de Helga é uma compilação dos textos escritos por Helga Weiss durante o tempo em que ela passou nos campos de concentração. É comum histórias nessa temática na literatura, mas o grande diferencial do livro está na narrativa acontecendo sob a ótica de uma criança. Não há muita preocupação com estilo e, como a própria autora frisa nas primeiras páginas da obra, a redação é infantil e o estilo, prolixo, ingênuo. Helga, hoje com 84 anos, preocupou-se em mudar alguns trechos do diário antes que esse fosse publicado, mas ela afirma que nenhuma de suas alterações fez com que se perdesse a essência da obra.

Leia mais em: http://oepitafio.blogspot.com.br/2013/04/resenha-o-diario-de-helga-helga-weiss.html
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Deise.Maria 29/01/2021

Emocionante ...
O relato vivido é verdadeiro de quem viveu uma das experiências mais dolorosas de sua vida. Helga Weiss é uma judia tcheca nascida em Praga quando os alemães invadem a Tchecoslováquia é restringe sua liberdade, aos poucos ela percebe que essa invasão vai significar a luta p3la sobrevivência de sua família.
O diario de Helga foi escrito com muitos detalhes, inicialmente escrito em um caderno até passar para folhas soltas ,foi preservado por seu tio Josef Polak que escondeu seu diário logo que ela teve de ser deportada para o gueto de Therezin.apesa r das anotações parecerem ter ocorrido em tempo presente do depois de sua libertação ela terminou algumas anotações, Desde de sua chegada a Therezin, as más condições, até sua chegada ao campo de Auschwtiz e sua deportação para Mathausaen ,viagem que durou 16 dias em vagões abertos sobre o frio e chuva além de enfrentar a fome.
Helga não omite nada do que viveu durante a ocupação nazista ,preservando assim.grande parte de suas memórias visto que com o fim da guerra o mundo quis enterrar a triste história dos judeus é prisioneiros do holocausto. Sua sobrevivência deve- se ao fato de que sempre ela tinha a esperança se retornar para sua terra de origem Praga ,embora quando retornou encontrou a cidade em pessimo estado onde teve a triste notícia de saber que não parte de seus familiares haviam morrido entre eles seu Pai Otto.apesar dessa triste e chocante realidade ela e sua mãe retoma sua vida ,logo mais tarde Helga volta para academia de Artes onde retrata o holocausto e o judaísmo em suas pinturas, já casada e mãe de dois filhos o livro concluí seus relatos com uma entrevista.
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Alcione13 02/01/2018

Cruel
O mais impressionante no livro é o quanto a crueldade era comum na época,tanto quanto os fatos grotescos.Choca ver quão longe chegou a maldade humana.E a que ponto esse extermínio em massa atingiu.Literalmente marcou a ferro e fogo todo um povo.Desde á segregação até o final inaceitável.
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Lindsey 18/03/2017

Imperdível
Sim, a história de Anne Frank é muito triste e comovente, mas convenhamos, ela passou toda a Segunda Guerra Mundial escondida. Já Helga Weiss teve que encará-la de frente desde o início, sendo mandada logo de cara de um ‘campo de internamento’ para outro, sem saber qual seria seu próximo destino, sofrendo de diversas doenças causadas pela falta de higiene, pelo grande racionamento de comida e pelo péssimo tratamento do qual eram submetidos. Ao contrário de Anne, que viveu ‘protegida’ e foi pega no final, Helga esteve no olho do furação e conseguiu sobreviver, tendo a oportunidade de nos contar com detalhes um relato completo do que ela, e mais de 15 mil crianças, tiveram que passar no internamento de Terezín, na antiga Tchecoslováquia (sendo que apenas 100 delas chegaram com vida ao fim da guerra). Após três anos vivendo essa realidade desumana, ela fez uma tétrica peregrinação por campos de extermínio como Auschwitz, escapando por pouco da câmara de gás. Hoje, com 88 anos, Helga vive em Praga, no mesmo apartamento em que morou com os pais antes da deportação. Conto isso pra lembrá-los que nem faz tanto tempo assim.
* Confira minhas outras resenhas no Instagram @livro100spoiler

site: https://www.instagram.com/livro100spoiler
Luice 01/05/2017minha estante
Acredito que comparar o sofrimento de Anne e de Helga é desnecessário. Não?




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