Trash

Trash Andy Mulligan




Resenhas - Trash


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Helder 17/04/2014

Leitura gostosa
Trash é uma leitura ágil e gostosa. Li este livro por indicação do amigo Arsênio Meira e também indico para jovens e adultos. É um livro infanto juvenil, mas eu com meus 40 anos me envolvi completamente nas aventuras de Raphael, Gardo e Rato.
Eles são 3 meninos que vivem sem perspectiva num lixão em uma cidade indefinida (Impossível não lembrar de Avenida Brasil). Passei o livro inteiro pensando que o mesmo se passava na India, mas podia ser perfeitamente no Brasil. As descrições do lixão são impressionantes. E me pergunto se isso vem do autor, um inglês, ou se deve a tradução de um brasileiro que também é autor de livros. Difícil imaginar um gringo que tenha tal vivência para descrever este mundo.
O livro começa com Raphael nos explicando que ali naquele lixão nada muda, até que um dia ele encontra uma bolsa com dinheiro , um mapa e uma chave e divide esta informação com Gardo, seu melhor amigo. Logo aparecem policiais no lixão procurando a tal bolsa e oferecendo uma recompensa por ela. É ai que conhecemos Rato, um menino que vive num buraco no lixão completamente sozinho. Acostumados a viverem à margem da sociedade, os 3 meninos não acreditam que receberão alguma coisa dos policiais, então resolvem descobrir o que está por trás da bolsa por conta própria. E logo percebem que o negócio é muito grande.
O livro parece um roteiro de filme, com tudo encaixado perfeitamente. Os meninos são extremamente inteligentes, mas não tem nada de superpoderes, o que nos aproxima bastante dos personagens. Quando o "calo aperta", eles pedem ajuda para os adultos, e graças a Rato principalmente, que antes de morar no lixão fora um garoto de rua, vão conseguindo se safar das situações mais complexas.
Alguns momentos são pesados, como quando Raphael é preso, mas outros são pura aventura, como o plano para pegar a Biblia e a fuga pelos telhados. Impossível não torcer pelos moleques. E confesso que muitas vezes fiquei descrente de que eles conseguiriam se safar. Mas o final é uma delicia.
Além da aventura em si, existe toda uma critica social que se aplica bem ao Brasil também. O que os policiais procuram e os garotos encontram, é fruto de corrupção, e é interessante ver a percepção de um gringo sobre a corrupção nos países de terceiro mundo:

Zapanta tirou uma nação dos trilhos, interrompendo o progresso do país. Pior do que isso, ele deu motivos para outras nações pararem de nos ajudar. Por causa dos milhões que roubou, quantos milhões deixaram de ser oferecidos a nós? Ainda pior ele mostrou aos outros políticos, funcionários, comerciantes, professores e vizinhos que roubo é o caminho para a ascensão social, e que pisar no rosto dos pobres, usando-os como escada, é a lei da natureza. Até mesmo os pobres acreditam nisso, e essa é uma das razões pelas quais continuamos pobres

Não é a nossa cara?
Recomendo!
LidoLendo 16/10/2014minha estante
Helder, bacana resenha! Acabei de ler o livro e adorei! Sobre a vivência do autor, ele se inspirou nas experiências que teve em Manila, nas Filipinas. Lá ele era professor e conheceu um menino de rua (inspiração para o Raphael). Havia um lixão com uma escola e crianças que trabalhavam lá. Então, vivência ele tem de sobra! ;) Livro muito recomendado!




Rodrigo1001 02/08/2023

Singela polifonia (Sem Spoilers)
Título: Trash
Título Original: Trash
Autor: Andy Mulligan
Editora: Cosac Naify
Número de Páginas: 224

Romance policial escrito em muitas vozes por crianças pobres que vivem num lixão, começo falando sobre a edição em si.

Com um projeto gráfico primoroso (como era de se esperar sendo um dos livros da saudosa Cosac Naify), Trash foi impresso em papel pólen soft de excelente gramatura e qualidade, vencendo com folga qualquer gordura que seus dedinhos possam ter ou qualquer mancha de oxidação que o tempo queira teimar em trazer.

Cada capítulo é narrado por um personagem diferente, então cada personagem é representado por uma tipologia/fonte diferente - são impressionantes 18 fontes distintas no total! Como se isso não bastasse, para criar as imagens da capa e das aberturas de capítulo, lixo de verdade foi colocado na máquina de xerox. Assim, à medida que o leitor avança pelo livro, as imagens vão se sobrepondo e as aberturas vão ficando cada vez mais escuras. Os títulos também foram impressos em papel, amassados e depois xerocados.

Como eu disse, um primor!

Partindo para o conteúdo, Trash é um romance polifônico com vozes plenivalentes. Nesse tipo de narrativa, os personagens não são simples objetos do autor, mas, sim, sujeitos - e sujeitos com direito a expressar opiniões e a desenvolver uma concepção filosófica plena. Dando voz a quase todos os personagens, o livro entrega ao leitor a representação de diferentes ideologias e visões de mundo, inseridas em um contexto sócio-histórico recortado no universo ficcional da narrativa.

É muito bacana! A narrativa é entregue de um personagem a outro, como na passagem de um bastão, indo e voltando e nunca se fundindo em um único narrador. São várias vozes que nos levam pela vida de três garotos, três amigos, que comungam na plena pobreza.

Das descrições do lixão onde vivem ao carisma de seus protagonistas, Mulligan define seu romance em um país fictício do terceiro mundo (Índia ou Filipinas, talvez?) em uma sociedade claramente distópica, onde parece não haver classe média, apenas os ricos e os desafortunados. Os pobres vivem nos lixões da cidade, onde reviram montanhas de lixo diariamente em busca de comida, roupas e qualquer item de valor para vender. É em uma dessas pilhas que Raphael, um menino de cerca de 13 anos, descobre um mapa, uma carteira e uma chave, todos itens de grande valor, grande mistério e grande perigo. E é em cima dessa descoberta que o thriller se desenrola.

Intrigante, corajoso e honesto, Trash permanece com você por muito tempo depois que a última página é lida. Para qualquer pessoa com adolescentes em casa, este livro é uma leitura obrigatória. Ele convida à conversa sobre corrupção, confiança e, claro, pobreza. É um alerta para todos nós que o lixão de Behala não é realmente um lugar fictício, mas que existe até mesmo em nossos próprios quintais. Meninos vão adorar pela ação e pelas atitudes rebeldes dos protagonistas. Meninas vão gostar porque evoca compaixão. Pais e professores vão adorar as lições que nos lembram, aquelas de determinação, amizade e perseverança.

E você vai adorar por ter um belo desenvolvimento e um final singelo, quase idílico, e também por reforçar a empatia e a auto-percepção, elementos tão em falta na sociedade de hoje.

Em resumo, literatura destinada essencialmente para público jovem, mas que acaba tendo apelo a todas as idades.

Leia e me diga, ok?

Leva 4 de 5 estrelas.

Passagem interessante:

“Aprendi talvez mais do que qualquer universidade jamais poderia me ensinar. Aprendi que o mundo gira em torno do dinheiro. Existem valores, virtudes e moral; existem relacionamentos, confiança e amor - e tudo isso é importante. O dinheiro, porém, é mais importante e está pingando o tempo todo, como água preciosa. Alguns bebem profundamente; outros têm sede. Sem dinheiro, você murcha e morre. A ausência de dinheiro é a seca em que nada pode crescer. Ninguém sabe o valor da água até viver em um lugar seco.”
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Larissa 21/07/2022

Desfecho ingênuo
A premissa é boa: dois amigos que moram no lixão descobrem uma bolsa com muito dinheiro e informações que parecem importantes. A polícia oferece uma recompensa generosa, mas os garotos não estão dispostos a confessar e são perseguidos em meio aos mistérios envolvendo pessoas influentes.

No entanto, os acontecimentos não são muito "realistas" em termos policiais, porém poderiam garantir uma narrativa densa, emocionante e reflexiva moral e socialmente. Bem, não foi o caso e não conseguiu me cativar.

A impressão que tenho é que o livro foi escrito por um adolescente para que outro pudesse lê-lo. De maneira alguma isso é algum demérito - até porque o livro conta uma história sob a perspectiva de jovens garotos. Mas o que não me agrada é a ingenuidade, afinal três garotos que moram, trabalham e sobrevivem no lixão não deveriam ser mais "cascas grossas"? Pode ser só um estereótipo que, como sociedade, damos às pessoas brutalmente exploradas.

Mas foi por isso que não me pareceu um enredo
escrito por alguém que realmente entenda o que é uma vida no lixo. Talvez a questão seja outra; o autor jamais teve essa pretensão.
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Gramatura Alta 20/10/2014

http://gramaturaalta.com.br/2022/04/11/trash-ficcao-e-realidade-se-misturam-em-uma-perseguicao-implacavel/
Não por acaso, Raphael, Gardo e Rato são adolescentes que vivem e trabalham no lixão de Behala, situado em um país de terceiro mundo não nomeado, mas que poderia ser qualquer um da América Latina. A ocupação deles é revirar o lixo em busca de plástico e papel, de onde tiram o sustento da família. Dia após dia, sabem exatamente o que encontrarão: barro e mais barro. Ainda assim, sempre esperam por algo surpreendente, que altere essa difícil realidade. Até que eles enfim têm um dia de sorte – mas o bilhete premiado se mostra muito mais perigoso do que parecia. O segredo está em uma bolsa encontrada em meio ao lixo, contendo um documento, algum dinheiro e uma chave dourada que pode abrir todas as portas da miséria que os enclausura – ou fechá-las para sempre.

Esta é uma resenha diferente. Escrevi muito tempo atrás e tentei imitar a forma como o livro é escrito. A narrativa é simples, como o testemunho de um amigo. Espero que apreciem.

Oi! Aqui é o Carlos!

Queria contar que conheci três garotos incríveis: o Raphael, o Gardo e o Rato (o nome dele é Jun-Jun, mas todos o conhecem pelo apelido, mesmo). Eles moram em um depósito de lixo chamado Behala, nas Filipinas. Sobrevivem vendendo aquilo que encontram. Sim, sobrevivem, porque não posso dizer que seja vida o que eles levam. Andam descalços para sentir o tipo de lixo que pisam. Assim sabem se é valioso o suficiente para justificar seu recolhimento.

Eles são muito leais, verdadeiros amigos. O Raphael tem 14 anos, é inteligente, sensível, amoroso. Tem um sorriso encantador.

O Gardo também tem 14 anos, é um pouco mais alto e forte, tem o cabelo raspado e é o protetor da turma, sempre disposto a enfrentar os perigos.

E o Rato, de 11 anos, é muito magro, cheio de segredos e planos, mas sempre encontra uma saída para os piores problemas.

Eles são incríveis! É muito fácil gostar deles.

Também conheci o padre Juilliard, o responsável pela Escola Missionária Pascal Aguila, que é feita de containers abandonados por navios e fica ao lado do lixão; e a irmã Olivia, uma inglesa que até quis adotar o Rato, mas o padre Juilliard não deixou.

E como conheci eles? Bem, um dia ouvi falar da história de três garotos que não tinham nada, a não ser seus ideais. E através deles, depuseram um importante político.

Fiquei curioso para saber como e fui atrás deles.

A polícia também. Ela queria fazê-los desaparecer.

Descobri que os três encontraram uma carteira com uma chave. A chave levou a uma carta. A carta a um código secreto. O código a um prisioneiro. O prisioneiro a uma Bíblia. A Bíblia a uma fortuna em dinheiro. O dinheiro… nossa, vocês não têm ideia do que aconteceu.

Mas como isso é possível, você se pergunta. Um certo Andy Mulligan lançou um livro com o depoimento dos três, do padre e da Olivia. Procure esse livro e conheça uma história de determinação, coragem, lealdade, honestidade e amizade.

Quanto a mim, depois de conhecer os três e acompanhar suas aventuras, fiquei triste por deixá-los. Mas a vida deles era outra, bem diferente da minha. Felizmente, não mais no lixão. E eles encontraram uma menina. Quem?

No fim, queria saber mais sobre eles, mas a única notícia que chegou até mim, é que… bem… vou deixar você mesmo descobrir.

Ah, também fiquei sabendo que a história deles rendeu um filme dirigido por um cara conhecido, o Stephen Daldry. Só que passado aqui no Brasil, o que não torna o lixão assim tão diferente. E nem os três garotos. Você pode assistir ao trailer logo abaixo. Mudaram algumas coisas para adaptar, mas poucas. Deram um rosto à polícia, o Selton Mello. Também tem o Wagner Moura como o autor da carta que eles encontraram no lixão. O padre Juilliard é o Martin Sheen, e a irmã Olivia é a Rooney Mara.

O Gardo e o Rato até ficaram parecidos. O Raphael ficou com o cabelo menos liso, mas O.K., valeu assim mesmo. De resto, eram eles. Os mesmos sorrisos, os mesmos olhares. Os três garotos do lixão de Behala, ou do Rio de Janeiro, ou de Belo Horizonte, ou de São Paulo, ou de qualquer outro lixão que transforma a vida em uma luta e onde o amanhã só é visto por um dia, uma vez que não se sabe se estará vivo quando amanhecer.

“Aprendi mais do que seria possível aprender em qualquer faculdade. Aprendi que o mundo gira em torno de dinheiro. Há valores, virtudes e morais; há relacionamentos, confiança e amor – tudo isso importa. No entanto, o dinheiro é mais importante, e pinga o tempo todo, como se fosse água. Alguns bebem muito dessa água; outros passam sede. Sem dinheiro, você encolhe e morre. A falta de dinheiro cria um deserto onde nada cresce. Ninguém sabe o valor da água até morar em um lugar árido e seco – como Behala. Tantas pessoas moram lá, esperando a chuva chegar.”

site: http://gramaturaalta.com.br/2022/04/11/trash-ficcao-e-realidade-se-misturam-em-uma-perseguicao-implacavel/
Carol 26/04/2015minha estante
Adorei a resenha!




KeityBarros - UniversosDePapel 28/04/2015

Trash - Resenha
Em Trash, Andy Mulligan supera as expectativas ao sair do convencional e criar uma história inovadora com heróis pouco prováveis e um cenário totalmente inesperado. O enredo bastante consistente e bem fundamentado faz com que o expectador sinta-se familiarizado e compreenda os detalhes da trama de Raphael, Gardo e Rato, garotos com idades entre 11 e 14 anos que passam seus dias em Behala, a imaginária cidade do lixo. Ali, os três meninos, assim como centenas de outros, moram e trabalham sob condições precárias.

Suas vidas costumam ser monótonas e sua rotina previsível, sem grandes acontecimentos ou surpresas. Cada dia não passa de só mais um dia comum em que reviram e separam pilhas de lixo a fim de vender a sucata encontrada para terem os meios de subsistência mínima com suas famílias (aqueles que as tem).

Tudo muda quando, no meio dos entulhos, Raphael encontra uma bolsa com uma carteira, um documento de identidade, uma chave, um mapa e uma boa soma de dinheiro dentro. Finalmente o dia de sorte do garoto parece ter chegado!

A princípio, a única coisa que parece realmente ter alguma importância é o dinheiro, o restante não lhe desperta tanto a atenção. Mas logo o que parecia um golpe de sorte do destino se revela um pesadelo e Raphael descobre que o conteúdo da bolsa esconde um grande segredo envolvendo pessoas poderosas que definitivamente não estão dispostas a colocar em risco suas posições sociais e prestígio, não hesitando chegar ás últimas consequências a fim de recuperar o material que está nas mãos do garoto.

Com a ajuda de seus fieis companheiros, Raphael tenta juntar as peças do complicado quebra-cabeças e se vê atolado até o pescoço em uma trama que envolve a polícia, corrupção e políticos que tentam apagar seus rastros e os três amigos que são o lado mais fraco precisam lutar contra o tempo e usar toda a astúcia que a vida de garotos do lixo lhes designou a fim de fazer a justiça acontecer e escaparem com vida.

Um dos pontos fortes do livro é a riqueza com que os personagens foram construídos, permitindo rapidamente ao leitor sentir-se ligado e próximo a eles de forma muito natural. Acredito que a maneira como a narrativa foi montada, dividida principalmente entre os três amigos, mas em alguns momentos também entre outros personagens-chave da trama, ajudou muito na simpatia imediata provocada no leitor. Os narradores vão se alternando a cada capitulo e é possível reconhecer a personalidade de cada um em seus relatos, o que nos faz conhecê-los melhor e mais rapidamente. Raphael, Gardo e Rato, bem como os personagens secundários nos soam muito reais e tangíveis, tanto que antes de passada a primeira parte do livro, já nos sentimos amigos dos garotos, nos preocupamos e torcemos por eles, e essa conexão leitor e personagem é simplesmente deliciosa!

Confesso que senti falta das guinadas e mudanças repentinas no enredo, acredito que a trama suportaria e até mesmo pedia mais momentos de tirar o folego. Teria sido bom me desesperar um pouquinho mais em busca do que aconteceria na próxima página. De qualquer maneira, o enredo não caiu no óbvio em nenhum momento, mesmo sem tanta ação quanto eu gostaria, o livro não se tornou previsível, de modo que acompanhei os meninos do início ao fim da narrativa sem me cansar.

site: https://universosdepapellivros.wordpress.com/
KeityBarros - UniversosDePapel 28/04/2015minha estante
Para mais resenhas, entre em nosso blog: https://universosdepapellivros.wordpress.com/

E no canal do youtube: https://www.youtube.com/channel/UCMu_1SlEsKGy-yvXN0ea4Ag

Esperamos por vcs ;)




Mariana 09/11/2022

O lixo de uns é o tesouro de outros
Esse livro já surpreende ao ler a sinopse. Uma aventura com 3 crianças que vivem à margem da sociedade, tratadas como o lixo que elas reviram, encontram uma bolsa com uma carta, uma chave, uma carteira, um mapa e um mistério a se resolver. Não consegui parar de ler e de torcer pelo Raphael, Garbo e Rato decifrarem as mensagens e as pistas para fazer uma ação que ficaria pra história.
É um livro super curtinho, mas que passa muita mensagem pra quem o lê.
Tô torcendo pra que alguma editora compre os direitos desse livro. Merece ter muitos leitores.
Lucas 15/11/2022minha estante
Oi, não tem um filme nacional com uma história assim?
Trash a esperança vem do lixo?
Tem o Vagner Moura como um dos atores


Mariana 15/11/2022minha estante
Siim, é baseado nesse livro. Muito bom o filme por sinal!




Filipe 09/12/2020

Aventura, amizade e ação!
Andy Mulligan, um inglês, diretor de teatro e professor, é o autor de TRASH. Que livro incrível! A idéia para o livro surgiu, depois de conhecer um menino de rua na índia, sua inspiração para Raphael. O livro foi adaptado para o cinema e o filme foi gravado no Brasil, traz no cast, atores renomados.
Em uma realidade muito mais comum do que possamos imaginar, é que vivem os nossos protagonistas, Raphael, Gardo, e Jun Jun (Rato).  Os meninos são habitantes e trabalhadores do lixão da cidade de Behala, que aparentemente pertence a um pais subdesenvolvido e que não muito diferente de muitos, é repleto de corrupção.
Em um dia qualquer de trabalho, munido de seu gancho, revirando o lixo a procura de qualquer coisa que pudesse render uma grana, Raphael encontra algo diferente, uma carteira, dentro, algum dinheiro, a foto de uma garotinha, uma chave e a identidade de um homem. Sem muito pensar, o menino guarda a carteira, para que possa averiguar o tesouro em um local mais seguro e resolve que Gardo, seu melhor amigo, precisaria saber sobre o ocorrido. Decidem que precisam guardar segredo para não levantarem suspeitas, até que possam entender melhor o que fazer com o achado. Gardo é praticamente um irmão para Raphael, seu defensor eu diria, o afeto e a dedicação de um para com o outro é algo extraordinário e comovente. O fato é que, no dia seguinte, policiais chegam ao lixão, muito interessados em encontrar a tal carteira e oferecem recompensa para quem encontrá-la, mas Raphael é um menino esperto, e entende que a carteira pode valer muito mais do que parece. Ele e Gardo, procuram então Rato, um menino que mora no pior lugar do lixão, sozinho e sem família. Contam com sua ajuda, para esconder a carteira e encontrar seu verdadeiro dono. Do outro lado, a polícia começar a suspeitar da atitude dos garotos, já que a tia de Raphael, os informa de que ele havia encontrado algo, e é aí que uma aventura eletrizante toma vida. Em uma corrida contra o tempo, os meninos se arriscam, se machucam, mas não desistem! Mas como saber se esses meninos aparentemente ingênuos, conseguirão driblar a polícia e chegar ao seu objetivo?
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Marcus 12/04/2015

Sobre o que a gente pode encontrar no lixo
Todo leitor tem na sua wishlist um livro que fica meio esquecido. O nome dele está lá, você quer muito ler aquela história, mas sempre vêm outros lançamentos e ele acaba ficando para trás.

Pois então. “Trash” era o renegado da minha lista de desejados. Até que veio o meu aniversário e eu ganhei o livro. Amigos que dão livros de presentes... Melhores pessoas!

“Trash” nos apresenta a Raphael, Gardo e Rato: três amigos que moram e trabalham no lixão de Behala, num país não especificado. É de lá que eles tiram o sustento, procurando por papel, plástico, metal e borracha para serem vendidos. Mas como dizem, você nunca sabe o que pode encontrar mexendo no lixo...

E um dia Raphael acaba encontrando uma bolsa. Dentro dela, uma carteira com documentos, um mapa da cidade, uma chave com um número, uma fotografia e dinheiro. Muito dinheiro. Raphael conta tudo a Gardo, seu melhor amigo e protetor naquele lugar.

No dia seguinte, alguns policiais aparecem no lixão oferecendo uma recompensa para quem encontrar a bolsa. Os dois não acreditam muito naquela história e decidem esconder os objetos na casa de Rato, um menino que vive isolado nos esgotos de Behala. Mas um dos policiais percebe que os garotos sabem de alguma coisa.

Com a chave certa, você pode escancarar a porta. E Rato sabe exatamente qual porta aquela chave abre. Os garotos então partem para investigar e descobrir o significado de tudo aquilo.

A partir daí, se veem envolvidos numa trama intrincada envolvendo políticos poderosos e policiais corruptos. Uma trama perigosa que pode acabar mal para os três amigos.

Narrado em primeira pessoa, o livro tem capítulos alternando o ponto de vista de Raphael, Gardo, Rato e outros personagens. Aliás, os personagens são o grande trunfo de “Trash”. Eles são extremamente bem construídos e desenvolvidos no decorrer da história.

Outro ponto alto é a escrita de Andy Mulligan. É ágil, frenética, quase como um roteiro de cinema. A leitura é um virar de páginas acelerado para descobrir como tudo vai terminar. E quando o desfecho chega, a gente está com saudade de Raphael, Gardo e Rato, ansiosos por uma última peripécia do grupo.

Publicado como um infanto-juvenil, o livro é uma aventura constante e ao mesmo tempo um soco no estômago, repleto de críticas à sociedade moderna, aos governos corruptos e às diferenças sociais.

Apesar dessa enxurrada de temas difíceis, “Trash” é uma leitura leve e agradável, e que, ao chegar no final, deixa uma mensagem de que o bem sempre vence o mal de alguma forma, e uma sensação de fé e esperança naquilo que as pessoas tem te melhor.


site: http://blogentrelinhas1.blogspot.com.br/2015/04/trash_12.html
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gigi 02/06/2023

Juro
Não sou a maior fã de infanto juvenil mais esse aqui me pegou, eu senti um apego TÃO grande com os personagens senti tanta empatia por todos eles, e eh uma história que fala sobre tanta coisa importante que chega a ser surreal, amei como ele eh escrita, vai ta pra sempre no meu coração
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Izabela Ferreira Borges 25/04/2020

Muito bom.
Fiquei surpresa com o livro, não esperava que a história fosse boa.
A leitura foi bem fácil e rápida.
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Estêvão Moraes 02/02/2020

Trash: Histórias e Sonhos
Trash é um livro emocionante! Traz um enredo atrativo e que prende o leitor.
Histórias e sonhos estão no lixo, nesse caso no trash!
Ótimo livro, recomendo a leitura!

site: https://www.instagram.com/estevao_moraes/
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howbruno 25/04/2015

Realidade arrebatadora
Raphael, Gardo e Rato são garotos do lixão [e personagens incrivelmente carismáticos, diga-se de passagem]. Vivem rastejando e fuçando à procura de plástico e papel, materiais que garantem seu sustento. Mas tudo muda quando Raphael encontra uma bolsa, contendo uma carteira, algumas fotos, um mapa e uma chave.

"Com a chave certa, você pode escancarar a porta. Porque ninguém vai abri-la para você."

E, a partir disso, Andy Mulligan tece uma aventura que envolve não apenas a amizade que surge entre Raphael, Gardo e Rato (pois, de início, Rato vivia sozinho), mas também vários temas adultos, que denunciam a dura realidade dos países subdesenvolvidos.

"Eu me pergunto: o que foi que aprendi? O que foi que aprendi no lixão de Behala, e como isso me transformou?
Aprendi mais do que seria possível aprender em qualquer faculdade. Aprendi que o mundo gira em torno de dinheiro. Há valores, virtudes e morais; há relacionamentos, confiança e amor - tudo isso importa. No entanto, o dinheiro é mais importante, e pinga o tempo todo, como se fosse água. Alguns bebem muito dessa água; outros passam sede. [...] A falta de dinheiro cria um deserto onde nada cresce. Ninguém sabe o valor da água até morar em um lugar árido como Behala."

Um dos grandes trunfos de Trash são os personagens. Cada um narra os acontecimentos partindo de sua participação na história, e todos possuem um modo de narrar todo próprio, o que foi muito bem desenvolvido pelo autor. Os assuntos abordados (e de maneira louvável, vale ressaltar) tornam o livro muito mais denso do que a quantidade de páginas dá a entender. E, nesse e em outros aspectos, a edição da Cosac Naify faz jus à obra.

A escolha de Mulligan de não revelar o nome de sua nação "fictícia" foi bem pertinente. Além de levar seus leitores a questionar que lugar seria esse, ele estende a crítica social e a denúncia à corrupção, tanto na política quanto na polícia, a toda a América Latina, além de mesclar características geográficas e elementos culturais de diferentes países da região.

Enfim, o livro é incrível, incrível, incrível, e já posso considerar essa uma das minhas melhores experiências literárias de 2015. (Recomendadíssimo.)

"Deixei parte do meu coração no país de vocês, garotos, e nunca mais poderei retornar."
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Dani Moraes 05/05/2015

Poucas páginas, muitas histórias
Em poucas páginas o livro consegue ter uma história surpreendente de mistério e muita critica social aos países que não valorizam seu povo e não protegem as suas crianças.
Se você quiser saber um pouco mais da minha opinião clique no link abaixo:

site: http://www.asverdadesqueopinoquioconta.blogspot.com.br/2015/05/trash.html
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Dani.Schalcher 08/03/2024

Não sei o que dizer apenas sentir?
A leitura é fluida, a história é envolvente, mas não se engane, os temas não são leves.
É tudo tão real que chega a doer, mas agora dá pra entender porque a Olivia se apaixonou por aquele lugar e confiou nos meninos. Os indivíduos marginalizados sempre trazendo à tona a dor da realidade que as pessoas fingem não ver.
A cada página, cada capitulo parece que somos ainda mais amigos dos meninos e ficamos torcendo pra que, pelo menos uma vez, eles tenham sorte.

Definitivamente um dos meus livros favoritos.
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Lia @liaolivro 16/05/2016

Meninos pobres em busca de ouro
Rafael e Gardo são dois meninos de 14 anos que moram um lixão e encontram uma bolsa com algumas pistas que eles ainda não sabem para quê exatamente. Tem corrupção de políticos, de polícia, roubo de grande quantidade de dinheiro, códigos em bilhetes... Cada um conta sua parte da história! Esses meninos passam o livro correndo, deixa a gente até cansado!

site: https://youtu.be/QjFazFoQ474
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