Diego Lima 31/10/2021
O autor apesar de não ter uma ideologia política solidificada e firmada, em um prefácio escrito para a versão ucraniana se considera pró-socialismo, por achar ser o melhor sistema voltado para o menos favorecidos financeiramente. Com isso, resolve escrever essa obra por meio de uma fabula satírica criticando e desmitificando o mito do socialismo da União Soviética por não condizer com o movimento socialista mais próximo do correto para ele. Por fatores políticos da época, o livro foi recusado por diversas editoras de alguns países.
O enredo se baseia em uma revolução organizada pelos animais de uma granja após terem sido instigados pelo discurso de um porco ancião (Major), sobre os humanos abusarem e lucrarem sobre as criaturas sem esforço algum. Os animais expulsam o dono da fazenda e sua família e tomam o controle. A partir desse episódio o local começa a funcionar com novas regras, reuniões semanais e trabalho estruturado pelos próprios animais. Os porcos vão tomando destaque na liderança e os demais animais os vão seguindo e acreditando estarem vivendo melhor, felizes e livres.
O grande destaque para a história foi a forma a qual o escritor criou a narrativa para criticar o regime stalinista - mesmo com a ordem de alguns fatos precisado ser alterada - e sem deixar uma obra datada, servindo também como critica de qualquer modelo autoritário de governo. Durante muitas passagens do livro é possível perceber grande semelhança com muitos acontecimentos do nosso Brasil ao longo desse muitos anos. Recomendo a leitura, por ser divertida, de fácil entendimento, fluída e reflexiva.