Simuum

Simuum André S. Silva




Resenhas - Simuum


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Rox 08/04/2015

Uma aventura fantástica original e eletrizante!
Toda a terra de Zhaya era há anos e anos atormentada por uma terrível ameaça: o feiticeiro Nokembe, que desde os tempos remotos se alimenta do medo dos habitantes de seus domínios. Para que os povos possam viver em paz ele faz uma barganha nem um pouco altruísta: que uma das jovens das aldeias seja entregue a ele numa espécie de sacrifício, a cada vez que ele aparecesse e entoasse seu nome. Obviamente, os povos ficavam desolados com a perda de garotas tão amadas, o que apenas contribuía para que o poder do Feiticeiro aumentasse mais e mais, ao ser nutrido com o terror.
Desde o começo, fiquei pensando como nós mesmos também agimos como o povo de Zhaya, nos acostumando a uma relativa paz enquanto alimentamos toda a sorte de mal e corrupção que assola a nossa sociedade, desde que ele não nos atinja diretamente. Claro que, por aqui, não há um terrível rosto que aparece entre as nuvens de uma tempestade, mas o ato de se conformar com tudo de ruim que parece ser apenas uma "ameaça distante" é exatamente o mesmo que podemos conferir em "Simuum".
Só que, no caso da história em questão, um dia o Feiticeiro resolve escolher como tributo a amada de Okan, um jovem caçador do vilarejo de Badangwa. Seu grande amor pela jovem não permite que ele simplesmente deixe que o Asimane (o Feiticeiro) a leve. Como vingança pelo ato corajoso e imprudente do caçador, Nokembe usa toda a sua magia do mal para roubar dos habitantes de Zhaya um recurso fundamental: a luz do próprio Sol, que simplesmente fica congelada num dos hemisférios.
É durante um terrível caos com a ausência do Sol que Okan parte do conforto de seu "mundinho", crendo que só ele poderá ser capaz de restaurar a ordem da natureza ao destruir o Feiticeiro. A príncípio, cheguei a pensar que esta seria apenas uma aventura de mais um clichê de herói, porém, no decorrer da leitura, descobri que o foco principal é o poder de uma amizade verdadeira frente aos maiores desafios, e também a força que o amor verdadeiro pode possuir quando uma pessoa é capaz de um gesto realmente abnegado.
Uma das coisas que fez com que eu simpatizasse com o Okan é o fato de que, ao longo da jornada, ele foi aprendendo diversas lições, de acordo com suas escolhas certas ou erradas. Não é o tipo de "herói pronto", nem um protagonista desprovido de falhas, coisa que admiro muito nos personagens de uma obra bem escrita. Também me encantei com o Tsembo e o Kref, o leão e o chacal que acompanham o Okan ao longo de sua aventura. Obviamente, admirei muito a força, a coragem e a esperteza da Maferi (e mais ainda quando terminei a leitura!) Gostei da construção dos personagens em geral, todos tem personalidade única e encantadora, o autor está de parabéns!
O ponto forte da trama, na minha opinião, é a autenticidade da fantasia explorada pelo escritor ao longo da narrativa. Ambientada num clima africano, traz um tipo de lendas que não é muito explorado pela literatura. Eu me encantei de verdade, não foi muito difícil imaginar toda a beleza de Zhaya em suas terras ricas em natureza. Fiquei com vontade de conhecer tal lugar, de verdade!
E quanto ao final... nem sei o que falar! Fui completamente surpreendida. Fiquei mais ou menos assim:


Queria poder descrever nos mínimos detalhes tudo o que senti com essa leitura, mas temo que o post ficaria quilométrico e eu acabaria deixando escapar um milhão de spoilers. Para evitar desconfortos, apenas garanto que é um livro de ótima qualidade, asseguro que você vai se deliciar do início ao fim. Portanto, caro leitor, alado meu, não perca a oportunidade de passar lá na Amazon e baixar o seu exemplar, ele estará de graça apenas por tempo limitado!

site: http://www.docesonhoalado.com/2015/04/livro-simuum-o-rapto-do-sol.html
Chellot 08/04/2015minha estante
Deu mais interesse em ler.




casalibra 25/06/2022

Empolgante
Esta história acompanhei pelo Wattpad há alguns anos. Nem dizer de quantas formas eu gosto dela: a fantasia, a sonoridade das palavras, o embalo da narração, a solenidade da relação com os animais, os tons africanos da cultura...
Fico lembrando das sensações arrepiantes, vastos ambientes e os personagens. A conclusão é que amei, queria reler ele em algum momento.
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Rodolfo Pereira 27/03/2013

Surpreendente.
Excelente conto. O autor conduz a estória com fluidez e trabalha extraordinariamente bem o decurso de tempo, o que faz com que, a cada página lida, a expectativa sobre o que está por vir aumente mais e mais. Também é muito interessante a riqueza de detalhes dos personagens, dos ambientes e de todos os elementos envolvidos, isto estimula de forma surpreendente a imaginação do leitor, chegando a fazer por vezes este se sentir dentro do conto, como se estivesse observando tudo o que está acontecendo, o que, ao meu ver, é um dos grandes objetivos de todo conto. Enfim, considerando que este é o primeiro conto do autor, eu digo que este está de parabéns pelo belo trabalho e que estou ansioso para poder ler novas obras de André S. Silva.
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Kamilla 21/05/2016

Um livro surpreendente e maravilhoso!

Zhaya é uma terra diferente de tudo que já vi, o autor não deixa explícito o tempo em que a história acontece. Mas nos insere muito bem no local e dá pra perceber nitidamente que é uma época antiga. É um livro de fantasia, então é realmente um outro mundo. Okan e Maferi protagonistas do livro vivem na tribo, a Badangwa. E quando eles eram pequenos acontecem algo completamente fora do comum na tribo, Nokembe um feiticeiro horrível faz sua aparição. Como eles eram jovens demais não sabiam da existência desse feiticeiro, mas ao descobrirem ficam chocados pela crueldade. Nokembe toda vez que faz sua aparição a Badangwa é pra levar uma moça da tribo. Nesse dia ele leva a irmã de um amigo do Okan, Ogalun.

Anos se passam, Okan e Maferi se dão conta que são bem mais que amigos. Estão apaixonados e resolvem se casar. No dia do casamento, quem aparece? Nokembe? sim, o próprio. E escolhe quem? Exatamente, a Maferi. Okan enlouquece e não deixa o feiticeiro levar Maferi, mas o que ele não sabia era o que a ira de Nokembe podia fazer para Zhaya inteiro. Ele rapta o sol e deixa todos na penumbra.

Okan resolve então tentar salvar toda Zhaya, sua amada e acabar de vez com o feiticeiro. E entra nessa aventura pra ir atrás de Nokembe! E gente... esse livro é maravilhoso.

Pode até parece um pouco confuso tudo que eu falei, mas o autor abordou tudo de uma forma que não deixa nenhuma ponta solta e tudo bem moldado e fácil de entender. Um mundo que ele criou eu jamais vi, ou melhor, li. E adorei tudo. Os personagens são maravilhosos, bem construídos, fortes e destemidos. Uma coisa que achei bem bacana foi os personagens secundários que mais apareceram, o Leão e o Chacal (como dá pra ver na capa) que acompanharam o Okan durante a jornada pra chegar em Nokembe. E sim, os animais falam. Eu amei isso, o Leão que se chama Tsembo é o rei da savana e foi um dos personagens que mais adorei em todo o livro, acho inclusive que o autor poderia fazer um livro só sobre ele. O chacal é incrível também, ele foi um personagem que a gente percebeu a evolução e amadurecimento no livro. É ou não é uma amizade improvável? mas que é linda, disso não tenham dúvidas.

Falando do Okan, ele é forte, destemido e humano. Ele faz de um tudo por amor, mas depois percebe que não é só por isso. É por muito mais, adorei mesmo acompanhá-lo nessa jornada. A Maferi é uma personagem maravilhosa, apareceu pouco, mas é de suma importância. E ela é incrível.

O final do livro foi de tirar o fôlego, aliás a maior parte do livro segue essa linha. Cheio de ação e aventuras, vamos vendo o Okan lidar com várias coisas que me deixavam "ai meu Deus :o", mas que ao mesmo tempo ansiava por aquilo. Foi cheio de ação e maravilhosamente bem feito.

E vou contar pra vocês que o livro de início não tinha chamado a atenção, mas quando comecei a lê-lo não conseguia mais parar de tão bom e gostoso que é. É viciante, instigante e em certas partes bem emocionante também. O livro foi uma surpresa maravilhosa mesmo. Se tiverem oportunidade de lê-lo, faça, vale a pena. Além claro de valorizar a literatura nacional ;)

site: http://www.lendoeapreciando.com/2014/12/resenha-simuum-o-rapto-do-sol-andre.html
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