Ladra de Flores

Ladra de Flores Luciene Carvalho




Resenhas - Ladra de Flores


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ana cássia 10/03/2022

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Chuvas de verão

No verão
as gotas das chuvas
invadem telhados
derrubam barrancos
alagam casas.
As chuvas não são água,
São sonhos que não ousamos viver
e que, no verão,
retornam dos céus
inundando nossos dias
As chuvas são os sonhos
devolvidos em gotas.
Não os reconhecemos
em forma líquida
e nos assustamos,
quando em sua força,
nossos sonhos arrasam
a realidade tacanha
na qual nos escondemos.

Luciene Carvalho. Ladra de Flores, 2012, p. 79.
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Victor.Azambuja 09/08/2022

flores sortidas
uma mulher se distingue. uma mulher observa o mundo. o mundo a observa de volta. Luciene Carvalho rouba flores e faz buquês na busca por encher os dias de cores e adrenalina. na colheita dessas flores observa suas raízes e se pergunta se é dali que as questões surgem, vem brotando; ou se nelas estão as respostas à ansiedade ou o encontro de uma certa paz. do ato, resta o buraco vazio no chão, onde moram as vontades da poesia. leva as flores consigo para absorver delas o poder de florir e expressar a mudança, o ímpeto. de confrontar as certezas no surto e na permissão. de conhecer o amor e seus reflexos, a fé em si mesma, a maturidade em transmutar-se, a fatuidade da própria flor. "Ladra de Flores" (Carlini e Caniato Editorial. 2012) nos leva pelos caminhos que a autora vive em sua cidade: tão cuiabana quanto única, e às paredes de seus quartos onde lida com seus afetos. durante a leitura, a ladra também nos leva para outro canto.
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