As Brumas de Avalon

As Brumas de Avalon Marion Zimmer Bradley




Resenhas - A Senhora Da Magia


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Clio0 31/03/2024

O conto do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, só que com uma perspectiva feminina.

Recuso-me a dizer que esse livro seja feminista porque as propostas e desenvolvimentos não cabem nessa via. A maioria dos acontecimentos e conflitos são engendrados por homens ou por causa deles - como levar a sério uma Morgana que se diz uma sacerdotisa da velha religião, mas que perde todo o foco ao se envolver com Lancelot?

Vários relacionamentos são modificados, alguns são expandidos, como a presença da mãe de Arthur como rainha e sua relação com o druidismo, porém Merlim - o mago mais famoso do mundo - se torna um joguete político ao ser definido como um título e não mais como um personagem.

A maior parte da fama dessa obra deveu-se ao momento em que foi lançado, quando Wicca e variações se tornaram moda na década de 90. Como obra literária, é somente razoável.
AliJu 31/03/2024minha estante
Eu vejo muitos elogiando essa série, mas tenho tanta coisa contra a autora que mesmo ela não viva eu não peguei para ler. Gostei da sua resenha sendo diferente da maioria


Cecília 01/04/2024minha estante
Desde sempre, tive um desejo enorme de ler esse livro, na verdade o box, que é os 4 volumes ,mas depois dessa resenha, vou rever os conceitos ?


Francys.Emellin 02/04/2024minha estante
Você disse tudo nessa resenha, li os 4 livros e só o último me agradou e nem foi tanto assim




William LGZ 20/08/2022

Bom, mas não me empolgou
Eu estava esperando uma abordagem completamente diferente deste livro mas, graças principalmente à leitura de sua sinopse que não conferi antes quando o peguei emprestado, não quebrei a cara tanto assim com o que veio e até achei a perspectiva trazida muito interessante e inovadora.

Entretanto, ainda que tenha me encantado satisfatoriamente por seu instigante universo baseado nas lendas arturianas, repleto de icônicas figuras muito bem construídas e adaptadas dos mitos originais, não me deixou realmente tão ansioso assim pelos próximos livros da série que, se não tivessem em minha meta de 2022, talvez eu os postergasse.

Acredito que isto possa ser devido à falta de vilões claros ou alguma grande problemática que me prendesse e me deixasse mais preocupado com os destinos dos personagens, aos quais não me afeiçoei tanto também.

Mas, por ser um clássico de leitura não muito difícil e realmente trazer uma narrativa bastante curiosa com fascinantes pontos de vista, acredito que valha a pena dar uma chance à esta primeira parte das Brumas de Avalon que não deixa de ser apenas uma introdução.
Geovana 20/08/2022minha estante
As Brumas de Avalon realmente tem uma trama muito morna, apesar do início ser interessante. Achei As Crônicas de Artur de Bernard Cornwell algo mais bem elaborado.


William LGZ 20/08/2022minha estante
Eu li a primeira dessas quando eu era bem mais novo e me deu muitas saudades vendo As Brumas de Avalon, adquirir o resto da série vai ser minha prioridade pros próximos anos ??


Francys.Emellin 25/01/2023minha estante
Se gostam de histórias que abordem as Lendas Arthurianas, talvez gostem de "Metamorfose - O Surgimento da Aurora" além de ter o plano de fundo da lenda, também tem personagens diferentes e uma trama prá lá de divertida e o melhor, a história é narrada em primeira pessoa onde o leitor acaba conhecendo vários personagens, suas formas de pensar e o motivo que os leva a agir daquela forma. Vale a pena dar uma olhada ?




Batalha 10/07/2010

Bernard Cornwell estragou minha leitura de Brumas...
Como todo mundo da minha idade, eu conheci a lenda do Rei Artur vendo o filme Excalibur na sessão da tarde... nunca fui um fã ardoroso, mas sempre gostei da história. Comecei a me interessar mesmo pelo tema quando li as Cronicas de Artur do Bernard Cornwell. Hoje em dia posso dizer que são meus livros preferidos (os do BC) e a partir daí fiquei fissurado no tema.

Então vi uma promoção no Submarino oferecendo toda a Coleção das Brumas de Avalon por R$39,90. Não pude deixar de comprar e conferir outro ponto de vista desta história fantástica, menos realista, com muito mais fantasia e sob uma ótica mais feminina.

Tive receio de escrever uma resenha sobre este livro e soar meio machista ou até mesmo ofender uma legião de fãs. Eu tenho que reconhecer o valor da obra, mas pra quem conheceu o Artur de Bernard Cornwell, fica difícil ler este livro.

Não que ele seja ruim, mas a narrativa do ponto de vista das mulheres trancadas dentro de casa suspirando por aqueles que se arriscam na guerra é sonolenta demais pra quem acostumou com a descrição dos campos de batalha feita pelo BC. Eu terminei o segundo volume, mas estou relutante em entrar no terceiro... Os dramas que deveriam ser focados intrigas políticas, dentro de um universo tão complexo como o de Artur, são focados em corações partidos e angústias femininas.

E o Merlim??? Onda está nesta história? Totalmente em segundo plano, me pareceu um mero Sacerdote sem muita força política e sem graça.

Talvez se eu tivesse lido este antes das Crônicas eu tivesse me interessado mais... uma pena, mas o livro não conseguiu me prender.
Ana 17/07/2010minha estante
Você parou no terceiro livro? Eu li o primeiro e estou tentando me empolgar para ler o segundo! hehe! Dizem que a partir do terceiro a narrativa melhora e a leitura flui mais facilmente! :D
Não vamos desistir! hehe
Abraço


Albuquerque 19/10/2010minha estante
Olha, realmente fica difícil ler outra coisa sobre Arthur depois de ler as "Crônicas" do Cornwell... é covardia! A autora é assim mesmo, ela sempre foca nas intrigas femininas e nunca no combate e na política... ela tem um bom público para esse tipo de história! Estou terminando de ler outro livro dela, o "Incêndio de Tróia" e segue a mesma linha... sendo assim, dificilmente lerei outro livro dela, pois já tenho noção de que não ficarei empolgado. Questão de gosto! Um abraço, irmão!


BeL 09/08/2011minha estante
Realmente Bernard Cornwell é fantástico, eu li só a trilogia "a busca do graal" que é ótimo. Não tem como comparar, o foco é muito diferente! Concordo que essa é uma série de livros meio mulherzinha demais, mas muito bem feita.


maria_angelica 09/03/2012minha estante
Até que enfim encontrei alguns companheiros. Li, com sacrifício, os 4 livros. Realmente a partir do 3o. dá uma melhorada, mas nada que tenha feito gostar destes livros. Infelizmente.


isabelha 19/03/2012minha estante
Nunca aconselharia meninos a ler As Brumas de Avalon. É uma história muito feminina, de um ponto de vista completamente diferente do que sempre é feito quando se trata das crônicas de Arthur. MZBradley focou muito mais em AVALON e em sua força política do que na corte de Camelot.
O melhor livro, na minha opinião, é o terceiro, "O prisioneiro da árvore", porque é o mais sofrido. Mesmo assim, acho que não é uma leitura que homens vão gostar de ler como mulheres normalmente gostam.

Um conselho: se você não gostou de Brumas, não perca seu tempo lendo os livros mais famosos sobre a saga arthuriana, os do TH White. São completamente desconexos um do outro, mas ainda assim, maravilhosos.
Ao menos, no primeiro livro, "A espada na pedra", você terá uma visão enorme de Merlin e da infância de Arthur. É o mais difícil de todos eles, na minha opinião, mas foi onde Walt Disney se inspirou para fazer "A espada era a lei". Aliás, essa série do White inspirou livros como "O senhor dos anéis".


Sah 11/04/2012minha estante
Concordo com isabelha. Não é um livro para homens, meninos, garotos e afins. Não é mesmo interessante a eles saberem como realmente se sentiam as mulheres durante a guerra. Além disso, não faz sentido ler uma história de séculos (quiçá milênio) atrás e esperar que as mulheres tenham outro posicionamento além de estarem em casa chorando pelos homens que foram a guerra. Por isso que não é um livro para homens, não tem ação porque, oi, é um ponto de vista feminino e, oi, elas não podiam ir a guerra. Simples.

Eu fiz o caminho contrario, li As Brumas e agora estou lendo As Cronicas de Artur. Fiquei decepcionada com a participação da Morgana, porém estou menos incomodada com a existência da Guinevere. Porém, li os quatro livros da Marion em um mês. To há três meses tentando terminar O Rei do Inverno. Mas isso é outra história.


Mathésley ou Wesleus 01/05/2012minha estante
Percebi que houve falta de profundidade para os que leram e não gostaram... enfim, cada um tem seu gosto e nenhum é errado. Alguns estão preparados para umas coisas, e outros, para outras, né?


Denha 08/05/2012minha estante
Acho que é impossível comparar as duas coleções. Eu não li os livros de Cornwell (mas pretendo...), li apenas o Arqueiro da série em busca do Graal, e se os livros das Crônicas de Artur forem escritos da mesma forma, então só posso concluir que o foco da Marion Zimmer Bradley é totalmente diferente da série de B. Cornwell.
Um privilegia a guerra, as conquistas territoriais e, se bem conheço Cornwell, descreve uma batalha como poucos. A outra descreve as histórias de dentro dos salões de Camelot, as intrigas, a manipulação e o misticismo.
Ler diversas versões sobre uma mesma história (real ou fictícia) exige mente aberta para saber o que aproveitar e o que deixar passar. As Brumas de Avalon é muito mais do que um livro para descrever as histórias artunianas que todo mundo já conhece de cor, é um livro sobre as lendas de Arthur que pela primeira vez mostrou a influência das mulheres na história da Antiga Bretanha.


André 08/10/2012minha estante
Legal sua resenha, uma crítica leve e respeitosa.

Confesso que também fiquei muito tentado a comprar essa mesma promoção do submarino, só não comprei porque minha lista de livros "vou ler" está grande e estão todos aqui na prateleira me aguardando.

Obrigado pela resenha e boas leituras.
André


Tati 24/02/2013minha estante
Entendo o seu ponto de vista. A mesma coisa aconteceu comigo... só que ao contrário. Acho que o problema é que são duas histórias baseadas na mesma coisa, mas totalmente diferentes.
Eu li As Brumas de Avalon primeiro, e quando eu comecei a ler os livros do Cornwell, fiquei indignada com algumas divergências e com a falta de personagens femininos. Demorei séculos pra ler o primeiro volume, pelo mesmo motivo que você alega - o livro não conseguia me prender. Eram só batalhas seguidas de batalhas, e a vida pessoal dos personagens ficava muito em segundo plano. Perseverei, e acabei me acostumando e gostando da versão dele, embora eu ainda prefira As Brumas de Avalon.
A lição que eu tirei disso é que não adianta querer encaixar uma série na outra. Elas são totalmente incompatíveis, histórias totalmente diferentes. É dificil não comparar, principalmente quando a gente gostou da primeira que leu e vê que a outra é tão oposta, mas não deveríamos. Elas focam em pontos distintos, e me atrevo a dizer que agradam a públicos diferentes (embora eu mesma, que gostei das duas, seja uma exceção).


Tati 24/02/2013minha estante
Ah, e não concordo com alguns comentários que disseram que não recomendariam as Brumas pra homens ler. Meu pai leu os livros na mesma época que eu e adorou. Não é uma questão de gênero (livro pra meninos x livro pra meninas). É uma questão de gosto pessoal.


Batalha 01/03/2013minha estante
Tati e Denha,
Concordo plenamente com vocês... A Denha disse: "Ler diversas versões sobre uma mesma história exige mente aberta para saber o que aproveitar e o que deixar passar".
Também acho! E por isso eu comprei de uma vez só toda a coleção e me aventurei na leitura. Antes de ler eu tinha recebido alguns alertas de uma amiga que estava lendo e ela disse que a história era meio "feminina".
Eu até concordo que existam obras escritas especificamente para um público, seja ele feminino, masculino, adolescente ou maduro... mas este não é o caso das Brumas.
Infelizmente, o que aconteceu foi que não consegui me interessar. Minha esposa (que é menina, rsrsrs) leu antes de mim, estava adorando, mas antes de chegar no último volume se desinteressou... Então a questão não é de gênero, mas de gosto, como disse a Tati.
E pra deixar claro, ela odeia o BC. Nem sei como fui capaz de casar com uma mulher com este defeito horrível. ;)
Então é isso. A coleção está aqui em minha estante e quem sabe um dia eu não retomo a leitura!

Grande abraço a todos e muito obrigado pelos comentários! Continuem escrevendo...



Ren@to 07/03/2013minha estante
Peguei esta promoção nas Americanas por R$35,00. Os livros chegaram hoje e pretendo iniciar pela noite quando estiver em casa. Posso dizer que perderei o interesse em ler As Crônicas de Artur se iniciar a leitura de Brumas? Logo agora que eu vim de uma filosofia paz e amor com o Monge e o Executivo e queria uma leitura mais mística e mágica. Cheguei a fazer um levantamento e vi que são muitos livros além de Brumas no contexto geral, pretendendo esticar a leitura a todos. Eu tenho mais livros para começar e pensei muito em A Crônica do Matador do Rei de Patrick Rothfuss, mas a promoção foi tentadora. Não comprei a Crônica, mas fiquei na dúvida em iniciar um sequência tão numerosa do universo de Brumas após os comentários. Se é que isso pode ajudar alguém a me ajudar. Estou lendo a trilogia Matched, Destino aqui no Brasil, e anda me agradando bastante apesar de ser um pouco "meloso". A contradição Sociedade x Insurreição prendeu minha atenção. Alguém que leu Destino e gostou poderia opinar se Brumas tem chance de cativar?


Vanessa.Pitsch 05/04/2013minha estante
Agora fiquei curiosa para ler esta "ótica mais feminina". Não tenho dúvidas que são pontos de vista muito diferentes (homens x mulheres). Não tem como ser diferente... É assim até hoje, em todas as histórias, reais ou fictícias! ;)


Diego 20/04/2013minha estante
Cara, concordo em gênero, número e grau. Pra falar a verdade, se foi pelo motivo de gosto pessoal ou de de ser um livro direcionado mais para as mulheres eu não sei, mas senti falta do verdadeiro espírito da lenda em si. Muito mimimi das mulheres e ação 0. Corroboro a opinião de alguns de que é um livro EXTREMAMENTE FEMININO. Comprei a coleção inteira e me arrastei a ler o primeiro e no momento não tenho a intenção de ler a sequência não. Lembrando que não indefiro nenhuma provocação em meu comentário. É apenas a minha opinião pessoal. Hasta!


Ana Laura 30/04/2013minha estante
Li As Brumas de Avalon - A Senhora da Magia em 3 dias de tão bom que o livro é. Narrando de uma maneira totalmente diferente e inovadora a lendária história do Rei Artur. Diferente porque essa história nos é contada através da visão das mulheres que fizeram parte dela, como Igraine (mãe de Artur), Viviane (irmã de Igraine e Senhora de Avalon), Morgause (também irmã de Igraine, mas que tem um caráter dúbio) e Morgana (filha de Igraine, irmã de Artur, que foi criada por Viviane e tornou-se Sarcedotisa de Avalon).
Leiam As Brumas de Avalon e se deparem com uma verdadeira luta de religiões, cada uma tentando ter o seu lugar ao sol. Nos é mostrado um Cristianismo totalmente machista, onde seu Deus é punitivo e não misericordioso. Em contrapartida, a religião pagã dos Druidas tem como divindade máxima a Deusa (o sagrado feminino) e vê a castidade como uma fraqueza do Cristianismo. Leiam esse livro de mente aberta, pois há descrições de rituais que são de assustar (com sexo e uso de drogas), e sabendo que a religião pagã em nada tem a ver com o Satanismo. Além do fato de Morgana ter relações sexuais com seu próprio irmão, Artur, e ter um filho com o mesmo.

Para quem gosta e se interessa pelas as histórias do Rei Artur, não deixem de ler As Brumas de Avalon e se depararem com uma recriação totalmente nova dessa história fantástica e instigante.


Thiago 30/11/2013minha estante
Agradeço pelos comentários Batalha, também sou um grande fã de Bernard Cornwell, autor que descobri justamente em O Rei do Inverno, primeiro livro das Crônicas de Artur. Pensei em ler as Brumas de Avalon, mas com grande receio de me decepcionar após uma leitura que considero incomparável e imperdível, justamente pelas batalhas tão bem narradas por Cornwell.


Flavia 15/12/2013minha estante
Eu li ,e reli várias vezes, essa temática paganismo e cristianismo me encanta.Achei muito criativo,envolvente, mas é interessante outros livros sobre o rei Arthur, estou lendo A Morte De Artur de Sir T. Malory, que tem uma ótica totalmente diferente.


J. 25/05/2014minha estante
Já tentei ler 4 vezes essa série... nunca passo da página 100 do primeiro volume! xD vou tentar futuramente os do Cornwell.


Ju 25/06/2014minha estante
Eu li As Brumas antes de ler O Rei do Inverno e tenho que dizer que As Crônicas são sim beeeeem melhores, ainda assim não pude concluir a leitura por motivos de "quero ler o livro físico mas ainda não comprei". Mesmo assim, eu gosto bastante das Brumas, a Morgana das Brumas me cativou muito mais do que a Morgana das Crônicas, mas de resto tenho que dizer que as Crônicas apresentam uma visão mais viva e interessante.


Wander Blaesing 23/07/2014minha estante
Eu gosto de comparar as "Crônicas..." com as "Brumas...",e vejo uma relação muito interessante em ambas histórias.

Claramente, enquanto as crônicas possuem uma personalidade masculina, as brumas possuem uma personalidade feminina, criando uma isão totalmente diferente da mesma história.

Em Bernard Cornwell (ao qual agradeço muito por me convencer a me formar em História, quase aos trinta anos e me tornar um professor bastante motivado), há a inserção direta, a dinâmica crua e realista de um contexto hstórico em transformação.

Nas Brumas, há,antes de uma experiência,uma constante sentimento de perda e tristeza, inexorável, um lamento de morte de uma época que não mais será. Relata uma das mais tristes passagens de nossa história, a destruição de uma forma de pensar mais natural em nome de uma religião de medo e culpa. Neste sentido, as Brumas poderiam-se ambientar tanto na antiga Bretanha, como também em qualquer outro lugar onde a sanha cristã trucidou formas de pensar muito mais libertas. Poderia se ambientar aqui, substituindo os devidos personagens, e os devidos contextos.


Fernanda 21/01/2015minha estante
Desde a adolescência quero ler essa coleção. Porém só ano passado que comprei.
Finalmente consegui ler o primeiro. Vou dar um tempo, ler outros livros e então leio o segundo.
Mas pelo comentários daqui percebi que a minha análise quanto a história é igual a da maioria aqui.


Hiléia 09/05/2015minha estante
"Os dramas que deveriam ser focados intrigas políticas...", desculpa, mas que mané "DEVERIAM"... Não deveriam nada, a autora escreveu o livro com foco na visão feminina e nos sentimentos, tormentos e na própria vivência das personagens de propósito, oras, era essa visão que ela quis abordar, e não a visão da parte política e de guerras, e inclusive é isso que faz os livros serem únicos e terem sido um sucesso. Se você já tem outra saga de livros baseada nesse universo abordando dessa maneira mais política e destacando personagens como Arthur e Merlin, que é mais do seu agrado, que ótimo, mas não tem que achar que toda a obra sobre o mesmo universo "deveria" focar na mesma coisa. Aliás a genialidade dessa serie é exatamente essa, abordar tudo pela ótica das personagens mulheres que na grande maioria das outras versões são meras coadjuvantes. abordar o lado do sentimento, da humanidade das personagens, ao invés das politicagens e guerras. Vc coloca ali: "E o Merlim??? Onde está nesta história? Totalmente em segundo plano", e ora essa, é assim mesmo que deveria ser, se tratando de uma obra contada da perspectiva das personagens femininas, que aqui são mais importantes! Ninguém é obrigado a gostar desse enfoque, cada um prefere o que lhe apetecer mais, mas daí dizer que o libro peca por ser o que é e que tinha o dever de ser de outra forma e que por isso não é bom é uma crítica sem cabimento.


José 02/06/2015minha estante
Alessandro, você falou tudo. Assim que comecei a ler "As Brumas de Avalon" tive a mesma perspectiva que você. Bernard Cornwell é incomparável quando se trata da lenda do Rei Arthur. As Brumas de Avalon é muito estacado no mesmo ponto e cansa demais, na minha opinião, embora tenha encontrado muitas pessoas que acharam os 4 livros muito bons.


Fabio 09/06/2015minha estante
Estou passando pela mesma situação que você descreveu na sua resenha;

Li As Crônicas de Arthur e me apaixonei, foi então que vários amigos me recomendaram as Brumas de Avalon, também maravilhados com os livros da Marion Zimmer. Fui com expectativa alta e dei uma brochada no final do primeiro livro. Estou forçando para tentar finalizar toda a coleção, a expectativa é que melhore.


Jossi 02/03/2016minha estante
Wander Blaesing, "A religião cristã, uma religião de medo e culpa"? "sanha cristã"? Nada disso! Acho que a Marion, sendo meio feminista (mas não tanto que não respeitasse determinados símbolos e a grandiosidade da mensagem de Cristo), queria passar o lado místico das antigas religiões, da magia celta, dos mitos que regiam aqueles povos. Mas ela também reconhece na sua tetralogia Avalon, o final de uma era (a era da magia e das "deusas") e o surgimento de uma nova realidade. Sob a minha ótica, há o reconhecimento do poder do Deus cristão, não explícita, mas com pinceladas muitos sutis, em determinados trechos.


Arley Ramos 09/01/2018minha estante
Cara, eu estava procurando para me dizer isto. Depois que Conheci o Arthur do BC, com o nosso querido Derfel, eu não quero de verdade conhecer outras histórias. Eu conheço as Brumas a muitos anos mas sempre fiquei deixando para depois... tive uma namorada que era fissurada e ela queria muito que eu lesse. Tinha certeza que eu ia amar. e acho que deveria ter lido naquela época.. uns 15 anos atrás. Ano passado devorei as cronicas do BC e fiquei com o pé atrás. Acho que esta será uma obra que não lerei por culpa de outro autor...pode parecer bobo, mas eu me envolvi com aqueles 3 livros do BC. Valeu mesmo amigo.


torinsangria 23/07/2018minha estante
Terminei agora o primeiro livro e gostei bastante até agora. A minha leitura foi diferente da sua, e preciso defender a obra: o que realmente me seduziu foi a magia por trás da história do Arthur, a força das personagens Morgana e Viviane e os interessantes embates entre as duas religiões. Quando você fala das mulheres que ficam trancadas em casa chorando pelos homens na guerra, eu só consigo encaixar nesse papel a Igrainne. Ao longo de todo o primeiro livro, Morgana e, principalmente, Viviane, agem dentro e fora de casa, não enquanto guerreiras ou diplomatas políticas, mas como sacerdotisas. Não considero o seu comentário machista, mas masculino. As obras do Cornwell sobre a lenda do Artur são bem diferentes das histórias de Avalon, são propostas diferentes, olhares diferentes, então eu acredito que quem for ler As Brumas de Avalon com as mesmas expectativas dedicadas às obras do Cornwell, realmente vai se decepcionar. O foco não são as batalhas, a trama política, mas sim entrar no universo místico por trás da lenda e pra isso você precisa estar disposto a abrir mão da verossimilhança. O Merlim está de lado, justamente, porque não é ele e os outros personagens masculinos que são a força principal, mas as mulheres por trás. Enfim, são personagens humanos, mesmo atrás de suas capas de guerreiros, reis, esposas e sacerdotisas; no caso das mulheres, os seus dramas não me pareceram tão fúteis como ficar em casa chorando pelos guerreiros, na medida em que se preocupam com questões religiosas e políticas, na medida em que tramam e agem de acordo com os seus próprios interesses (ou os da Deusa, como quiser). Acho injusto reduzir tudo isso à meros corações partidos e angústias femininas. Por isso que eu disse e reafirmo: se a sua leitura da obra não foi machista, ela foi pelo menos muito masculina.


Cake 23/03/2020minha estante
Eu acho q vc simplesmente n se identificou com o livro, e entendo isso.
Para mim o interesaante foi ver como msm as mulheres q nunca tiveram voz na história do rei Arthur,mesmo sem estarem no campo de batalha,são importantes.Mesmo estando em segundo plano elas controlam td q esta a sua volta,e isso foi oq mais me impressionou.


Kikibel 28/08/2020minha estante
Li o primeiro e achei interessantinho (e bota inho nisso) até a metade, depois foi um saco terminar. Em algumas partes fica monótono, chato mesmo. Eu estava esperando um pouco mais de movimento, de ação, de qualquer coisa menos paradona, mas imagino que seja pelo fato de mulheres não terem lá algum espaço para posicionamentos mais fortes. Vou ver se me identifico com outros livros sobre o rei Artur.


Juliana Y. 12/11/2020minha estante
Eu só li o primeiro livro, por enquanto, e achei muito interessante. Além de contar a história pela perspectiva das mulheres e como elas, da posição social que a época lhes permitia, influenciavam de forma sutil, porém potente. Além disso, traz muito conhecimento sobre a antiga religião, o conhecimento das energias da natureza, das energias masculinas e femininas, abordado os arquétipos das deusas e deuses. Também não acho que seja para mais indicado para mulheres ou homens. Inclusive, talvez fosse bom a leitura por homens para a exploração de percepções de energias mais sutis e femininas - para quem se interesse. (quando falo de energias femininas e masculinas, não quero dizer sexo ou gênero)


Luiz Felipe 13/11/2020minha estante
Concordo com a Juliana. Aliás, o nível de sexismo de alguns comentários aqui é assustador. Dizer que não é um livro pra homens? Sério, gente? E usando a justificativa de não ter ação? Mais um pouco e vão dizer que menino usa azul e menina usa rosa.


Bell 07/01/2021minha estante
Eu comecei e já li boa parte, só que confesso estar um pouco difícil de continuar... Vou até o fim, pois gosto de dar chance para tudo, mas devo dizer que mesmo como mulher eu não estou gostando do livro e quis ler os comentários aqui justamente para ver se mais alguma concordava comigo. Ao contrário do Alessandro, nunca li nada do tema (Rei Arthur e etc) e quis começar por este livro justamente pelo "ponto de vista feminino"; talvez meu comentário não seja muito bem interpretado, mas achei algumas passagens extremamente forçadas para encaixar no tal "tema feminino", só que isso de certa forma faz com que aquelas mulheres retratadas não pareçam pessoas de verdade, que de fato poderiam existir (no máximo, alguns pensamentos representados poderiam vir a ocorrer em adolescentes que passem tempo demais na internet). Além disso, diferente do que algumas pessoas disseram por aqui, não senti que nada fez mais sentido por eu ser mulher, muito pelo contrário... E olha que eu nem estou lendo buscando muita ação, já que este não é meu gênero literário favorito. Enfim, é possível que eu mude quando terminar, mas isso me incomodou um pouco na leitura.


Lucas 01/06/2021minha estante
Concordo em partes com a sua crítica. Mas gostaria de lembrar, a você e demais dos comentários, que o fato do enfoque da autora ser as relações afetivas e a subjetividade de cada personagem, isso não faz a história feminina ou "mulherzinha" demais. Existem pessoas que gostam desse tipo de leitura, independente do gênero ou sexo.

Eu me incomodo com autora por perder muito tempo com as reflexões e sentimentos de cada personagem em cada cena e integração, acaba ficando muito maçante, o história não anda. Mas isso não quer dizer que eu não goste da abordagem, e sou homem. Portanto quem diz que "não indicaria para meninos", para mim não faz o menor sentido. Afinal, também existem meninas que gostam de outras abordagens e vice-versa!


Lucasdmt23 03/06/2021minha estante
Depois que li as crônicas de Arthur de bc fico com receio de ler outras histórias de arthur


Marcia 29/06/2021minha estante
Acho que não devemos ler a série como mais uma história de Arthur, mas sim, pensarmos em Camelot como adjuvante da história de Avalon. Outro ponto de vista sobre a busca do graal.


Marcos 29/07/2021minha estante
Sincero... Estou lendo e gostando... Mas vamos ver no que vai dar.


Jeff Valerio 12/02/2024minha estante
Rapaz, tenho As Brumas parado na minha estante há anos, e estava receoso de começar e tal (mas sempre fico pra começar séries "longas"). Porém agora que termino o primeiro livro fiquei como você, achando tudo muito morno e denso.
Ao terminar com as Brumas pegarei os do BC com um amigo pra ler rs.




-Koraline 04/11/2023

Para ser sincera, eu esperava que As Brumas de Avalon seriam uma fantasia bem farofa, mas é bastante épica, o que me surpreendeu. Eu gostei da escrita, gostei do universo, achei os personagens ok, mas o problema com esse primeiro volume é que ele é uma grande introdução, e em partes foi bem arrastado, mas os próximos parecem bem interessantes.
Aline Michele 04/11/2023minha estante
Eu sou suspeita, amo esses livros, mas concordo com você, a história vai aquecendo




Moodreader 23/05/2021

Magia e Destino
O primeiro livro de Brumas de Avalon nos introduz ao mundo de guerras, paixões, e magia do Universo do Rei Arthur. Uma perfeita introdução, para uma estória perfeita.

Narrada por mulheres fortes, Senhora da Magia, nos mostra um pouco da vida das Sacerdotisas de Avalon e também da vida nos castelos medievais na região da Bretanha.

Um livro que tem como ponto forte a complexidade das personagens e muitos dilemas que até hoje são discutidos.

Sexualidade, religião, sexismo. e a pergunta "até onde é possível justificar as suas ações como sendo obras do destino?"

Morgana, Igraine e Vivienne conquistaram meu coração desde das primeiras páginas e me fizeram entender que nem tudo é o que parece.

Leitura extremamente necessária. Brumas de Avalon é, sem dúvidas, minha saga preferida e Senhora da Magia meu livro preferido da saga.
comentários(0)comente



JoAo 23/10/2023

A SENHORA DA MAGIA
Sendo bem sincero eu gostei sim do livro a questão é que tem alguns pontos que vale ressaltar como o jeito da autora guiar a história como se o leitor já soubesse muito sobre o universo deixando por algumas vezes eu perdido no que estava acontecendo exatamente e o fato que eu gosto de tubo bem detalhado para não ficar perdido, existia momentos em que a autora poderia detalhar e aprofundar que seria essencial para não dar a sensação de que eu não sei o que está acontecendo. Porém o livro tem uma ótima premissa e trama por trás que me deixou muito animado e vários momentos e irei ler o próximo Jajá. Recomendo, só tem que ter um pouco de paciência.
Francys.Emellin 25/10/2023minha estante
Concordo com sua resenha


JoAo 26/10/2023minha estante
Obrigado gosto de fazer as resenhas principalmente para no futuro eu reler o livro ou não




Andre.28 28/03/2020

Uma Ladainha Enfadonha Que Normaliza Abusos
Depois que terminei esse livro tentei respirar e refletir para não ser tomado pelo impulso de xingar essa história de todas as formas possíveis imagináveis. Se pudesse descrever a experiência da leitura de “As Brumas de Avalon” com maior ponderação e respeito, diria que foi uma experiência desagradável, cansativa e enfadonha. Eu prometi para mim mesmo que tentaria entender essa narrativa sobre o ponto de vista de um leitor do mundo da fantasia, à medida que não levaria tão a sério, voltando-me mais para a ideia de divertimento. Porém foi muito, muito difícil ignorar todas as coisas nocivas que esse livro reproduz. Coisas que vão de abusos até ao incesto. Tudo normalizado sobre a justificativa da “magia”. PUTZ!!!!

O enredo desse primeiro livro conta a história de Avalon e dos reinos médios na Inglaterra ante as dificuldades de se unirem para se libertarem das invasões saxônicas em meados da Idade Média. Todas as lendas são reproduzidas e descritas pela perspectiva feminina, desde a vida das sacerdotisas de Avalon até a subida ao trono do rei Arthur, um enredo com uma narrativa que se assenta na novela de cavalaria medieval, só que de forma indireta, mais na base “ouvi dizer”.

A primeira parte é voltada a vida de Igraine, uma das sacerdotisas da Senhora do Lago e da Magia de Avalon, desde a sua vida doméstica no casamento anterior com o duque da Cornualha até o seu casamento com o rei Uther de Pedragon. Essa é uma das partes mais enfadonhas do enredo, com personagens sem graça, casal forçado, normalização de abuso sexual, soberba de Viviane, a Senhora do Lago e uma Deusa que permite que suas filhas sejam usadas da pior forma possível. Como sempre, tudo em nome da “magia”.
A segunda parte o enredo se desenvolve um pouco mais, com a mudança de personagem principal. Aqui temos o relato enfadonho da vida de Morgana, a sacerdotisa que supostamente irá substituir Viviane em Avalon. Nesse momento eu até estava desenvolvendo um mínimo de afeição por alguns personagens. Mas, como numa reviravolta sem sentido, a história muda para um lado bem mais sombrio e pesado. Essa história da “armação” da Viviane para que Morgana cometesse incesto com o irmão Arthur, tudo porque a Deusa quer “traçar um destino” para o equilíbrio dos dois mundos (cristão e mágico) foi o meu “último prego na tampa do caixão” de qualquer empatia por qualquer personagem dessa história. Terrível! Enredo que NORMALIZA INCESTO! P****, que Deusa é essa que permite isso a suas filhas!?

Por mais que compreenda a importância da narrativa sobre a perspectiva feminina, esse enredo é tenebroso! Narrativa enfadonha, repetitiva, uma ladainha sem fim que insiste em usar a magia como normalizador de discursos abusivos e sem sentido. A própria premissa da magia, em muitos momentos, fica em segundo plano com essa reprodução sem graça e sem vida de abusos repetidos. Um verdadeiro “lenga lenga” que só faz estorvar a paciência do leitor. E depois que soube da história da autora, aí é que eu perdi total a paciência e a cerimônia para com esse livro.

No final do livro a sensação que ficou em mim foi a de uma narrativa cansativa, uma pesquisa histórica jogada fora em meio à repetição sem graça de linguagem e a normalização de abusos. Esse livro é um verdadeiro manual de como estragar um enredo, normalizar abusos e jogar tudo fora, numa explicação que mais parece uma justificativa sem qualquer sentido, na força da “magia”e nos desejos da Deusa. Eu fico me perguntando o que é que as pessoas veem nesse livro para que ele seja tão bem avaliado. TERRÍVEL!!! Eu me senti mal, MUITO MAL MESMO lendo a reprodução desses ABSURDOS! Odeio quando sou obrigado a criticar ferrenhamente um livro, mas esse aqui estourou todos os limites possíveis da minha paciência. Uma experiência muito negativa e desagradável!
Marta.Souza 30/07/2020minha estante
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Andre.28 31/07/2020minha estante
Vou fazer isso


Ana 01/08/2021minha estante
olha, depois de saber a história da autora desse livro, nem me assombra saber que durante sua obra ela normalizou abusos. minha vontade de ler morreu completamente, viu :(




Michela.Cantarini 19/07/2023

Muito bom
Esse livro me fez refletir muito sobre religião e o que determina que uma seja melhor ou mais correta que a outra. Quem disse que a fé de outra pessoa está errada só por ser diferente?
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Felix 13/01/2010

Resenha para os 4 Volumes.
Marion Zimmer Bradley nos transporta para a Época Arturiana onde o ponto de vista feminino relata a história e nos revela que as mulheres também decidiram os rumos da Inglaterra.
Uma Incrível leitura, personagens com personalidade forte, lealdade contra infidelidade, confronto entre o cristianismo e o paganismo e o certo contra o errado.
Uma leitura mágica, que torna a Saga em um dos meus livros FAVORITOS.
Aline Duarte 14/03/2011minha estante
Nossa! Vc conseguiu resumir em poucas palavras td o que eu sinto por essa Saga! Já li os livros a uns 4 anos... mas a historia ainda continua mtu presente na minha memoria!
Nunca canso de reler! *__*


Mathésley ou Wesleus 01/05/2012minha estante
Perfeito!




-Shadowcat- 28/05/2011

Está aí uma série de livros que, tenho certeza, se eu tivesse lido na adolescência seria para mim então cinco estrelas em cinco. "As Brumas de Avalon" é uma releitura da lenda do Rei Arthur contada sob o ponto de vista das mulheres que faziam parte desta. Os livros também focam nos conflitos entre paganismo e cristianismo, religião esta que está lentamente substituindo a antiga religião existente na Inglaterra. Devo confessar que Marion Zimmer Bradley faz algo criativo aqui, e merece aplausos por isso e que a leitura realmente me prendeu. Porém a série não está livre de defeitos.

Bradley não é nada sutil em esconder sua preferência pela religião (neo)pagã na série. Sim, neo-pagã, porque a velha religião "druida" mostrada nos livros não é a religião praticada nas ilhas britânicas na Idade Antiga. Na realidade, pouco se sabe sobre aquela religião. Mas tudo bem, se Bradley quer defender o seu neo-paganismo no livro e ser anacrônica, nada contra. Ela própria fez parte de uma sociedade de escritores que defendiam o anacronismo na ficção. E este é um livro de fantasia afinal.

O problema é que a defesa de Bradley é constantemente martelada nas nossas cabeças de maneira explícita. Quando alguém quer defender seu ponto de vista em um livro de ficção, tem que fazer de maneira velada, sugerida, do contrário se parece uma pregação. Bradley não faz isso. Perdi a conta de quantas vezes é falado no livro de como a religião de Avalon é melhor que o cristianismo por isso e por aquilo. Que a religião de Avalon valoriza a mulher, que as sacerdotisas e druidas são pessoas cultas, estudadas, que sabem das coisas, ao contrário dos "ignorantes" cristãos, etc. Não sou cristã (na realidade não tenho religião alguma), mas tudo isso cansa e toma boa parte do livro. Quase (quase não, todos) os cristões são retratados ignorantes, machistas, intolerantes, etc. Tudo bem criticar religiões. Elas não podem ser imunes a críticas. O problema é que a crítica parece ser feita para a religião de Avalon pareça melhor ao olhar do leitor. É parecido quando uma menina chama a outra de gorda para parecer mais magra. E Bradley chega a distorcer severamente figuras históricas para isso. São Patrício da Irlanda (que nunca apareceu nas lendas de Arthur) foi transformado por ela em um ignorante machista, sendo que na realidade ele era um quase um feminista (talvez muito mais que a supostamente feminista religião druida) e chegou a ordenar sacerdotisas mulheres. E sobre a religião de Avalon, ao final dos livros, Bradley muito falou mas quase nada disse sobre ela, seus valores e em o que acreditam. Sabemos que no livro eles amam a natureza, valorizam as mulheres e a sexualidade, acreditam na Deusa e na reencarnação e... não sei. E olha que Bradley enche a boca para falar dessa religião. Mas ao final pouco sabemos de sua ética, moral, filosofia, visão do mundo, etc, além da do que eu falei (que é explorado superficialmente, parecendo um panfleto de propaganda new-age).

Uma coisa que ouço falar muito é que Bradley deu uma visão feminista para a história de Arthur, sendo Morgana, uma mulher forte, a principal representante desta visão. Onde, meu filho? É uma visão feminina, mas não feminista. Gostaria de saber quais livros de feminismo Bradley leu. Morgana está longe de ser forte. Não enfrenta seus problemas, vive fugindo com ou sem maiores explicações, está sempre suspirando por um homem que não está nem aí para ela e ainda acusa outras mulheres pelas costas de coisas que ela própria é culpada. Se alguém prestar atenção, em algumas partes dos livros a pessimamente escrita Gwenwynfar demonstra ter mais força que Morgana (embora seja óbvio que não é essa a impressão que a autora quer passar), pois pelo menos ela reconhece suas falhas de caráter e questiona sua própria fé.

Quanto aos personagens masculinos, Bradley falha feio. Quem lê esses livro sem saber nada sobre a lenda Arthur vai ao final se perguntar quem é esse Arthur e porque ele é um personagem tão importante na mitologia britânica. Porque ele é homem pateticamente fraco nessa história, e fora um pouquinho aqui e ali em que ela sugere sua importância, o leitor fica sem resposta. Idem para qualquer personagem masculino. Ela tentou dar força e verossemelhança a Mordred, mas ele acaba se saindo como um idiota arrogante. Reconheço que o ângulo homossexual dado ao relacionamento de Lancelot e Arthur dá uma nova e interessante perspectiva ao famoso triângulo amoroso, mas faltou a Bradley coragem de se aprofundar mais no assunto. Outra coisa que não gostei foi de que personagens importantes para outros no livro vivem sumindo sem dar maiores explicações e não são sequer mencionados novamente.

Porém, apesar dos problemas, a história não é ruim. O melhor livro, na minha opinião, é o quarto, em que Bradley deixa de lado a panfletagem e se foca mais aprofundar o personagens e deixar as coisas menos preto e branco no relacionamento paganismo x cristianismo, mostrando que até os pagães podem ter instâncias de fanatismo e hipocrisia (algo que foi levemente sugerido no primeiro livro). Se bem que uma parte dessa demonstração de hipocrisia pode ser um escorregão em relação à falta de atenção da Bradley, principalmente no que diz respeito da Morgana ter desprezo para com os cristãos e seus objetos sacros, dizendo que o sagrado se encontra em qualquer lugar, e quase ir à loucura quando os objetos sacros da de Avalon são roubados.

Apesar de tudo isso, são leituras divertidas e definitivamente as recomendo.
Bruna 25/07/2011minha estante
Parabéns pela resenha! Gostei muito das suas observações e, apesar delas, fiquei com muita vontade de ler!


-Shadowcat- 01/08/2011minha estante
Oi Bruna,

Leia sim! É uma boa historia e realmente te cativa. Quando lia nem via o tempo passar. O que felei na crítica foi apenas o que mais me irritou, mas, fora isso, é uma boa história.


MARY 05/01/2012minha estante
Ótima resenha!


Mathésley ou Wesleus 01/05/2012minha estante
Eu entendi seu ponto de vista, mas acho que você se equivocou ao confundir o que Marion queria passar, com desleixos ou inabilidade da mesma. Arthur, no livro, tinha de ser um personagem fraco, pois em todo o momento ela abordou a questão de que uma lenda nunca ser contada como realmente aconteceu... coisas do boca à boca. Quanto a propaganda de religião neo-pagã realmente existe, porque de certa forma, o livro é escrito para esse grupo. E quanto a Gwenwynfhar ser mais forte que Morgana...(!?) pffffffffff¬¬'

faltou atenção ou noção na hora da leitura.

Toda obra possui suas falhas, é verdade, mas em sua resenha, foi abordado apenas o que não deu certo (ou, o que você não foi capaz de entender)... parcialidade não é legal.:(


-Shadowcat- 06/05/2012minha estante
Oi Matheus,

Eu entendi o que ela quis fazer com Arthur, mas para uma lenda ser uma lenda, tem que ter uma razão para isso. Concordo que ela não podia fazer Arthur maior que a vida, e não sou contra que ele tenha fraquezas mas daí para coloca-ló como um fraco é que me incomodou.

Concordo que Gwenwynfar não é um personagem forte, mas eu gostei de ela reconhecer suas próprias falhas e fraquezas, e para isso a pessoa tem que ter certa força. Morgana nem isso faz (talvez Marion quisesse que isso fosse a falha da personagem, seu orgulho).

Concordo também que você falou que eu só abordei os negativos. Eu gostei muito dos livros e é possível que eu os leia novamente. Quando escrevi a resenha também queria falar do que gostei, mas não consegui encontrar do que eu gostei. Foi da história em si. Os livros são bons, mas os problema é como os personagens são desenvolvidos. Acho que Marion é uma boa contadora de histórias mas não é muito boa com personagens


Malu 10/07/2013minha estante
Concordo plenamente quando você diz que a Bradley dá uma preferência escrachada à religião de Avalon. Me indignei em vários pontos da narrativa ao ler certas coisas sobre o cristianismo e como ela opõe essas duas religiões (principalmente por meio de Viviane, que é quem mais critica os cristãos). Mas também concordo que de forma alguma o livro é ruim, isso é apenas uma "falha" digamos assim. Este é o primeiro livro que leio sobre a lenda do Rei Arthur, mas pretendo ler outros como As Crônicas de Arthur do Bernard Cornwell pra entender a história de outros pontos de vista. Gostei muito da sua resenha.


-Shadowcat- 14/07/2013minha estante
Dizem que as Crônicas de Arthur, de Cornwell põe esse livros nos chinelo. Pretendo lê-los também. O retrato pouco lisonjeiro dos cristãos comparados aos seguidores da religião de Avalon é apenas um dos problemas. Mas o engraçado é que realmente gostei dos livros e pretendo relê-los. Apesar dos defeitos, é uma leitura agradável e uma história envolvente. Lembro que os devorei da primeira vez que os li.


Tiago 21/01/2014minha estante
"As Crônicas de Artur" do Bernard Cornwell são um absurdo de qualidade literária. Eu li os 3 livros na sequência e num curto espaço de tempo. Mas o retrato do cristianismo do Cornwell dentro do contexto tratado é um dos piores possíveis. Eu diria até que não há cristianismo, mas uma religião de interesses e muito inferior aos antigos deuses que eles buscavam restituir à terra (que eram assustadoramente carniceiros, dementes, ególatras e acrescente por sua conta outros elogios desonrosos que descobrir). Mas a leitura foi sensacional. Tanto que estou para seguir nos demais livros assim que desafogar um pouco o buffer.


Ptolomeu 02/01/2015minha estante
Se nao gostou do ataque ao cristianismo em Brumas, nem comece Cronicas de Artur, kkk




Diego Piu 21/06/2020

Agora é procurar os próximos volumes e ler o quanto antes.
Quando um livro supre suas expectativas é sempre bom, né?! Sempre tive curiosidades, achei esse primeiro volume bem fluido. Tem bons questionamentos sobre os paradigmas religiosos e sociais das personagens, literalmente fantástico!
@bibliotecagrimoria 21/06/2020minha estante
Um dos meus prediletos.


Diego Piu 21/06/2020minha estante
É muito bom mesmo!




Francys.Emellin 30/08/2023

Clássico
A obra pode ser boa, porém não é o meu estilo de leitura, talvez seja porque vejo os personagens da Lenda do Rei Arthur de uma forma diferente e esses, por outro lado, desfazem a imagem que criei dos meus personagens na série Metamorfose. As lendas arturianas tem várias e várias versões, entretanto nenhuma me agrada mais, não depois que escrevi o meu próprio mundo. Ou um personagem é velho demais, novo demais, arrogante demais… enfim, essa é a vida de uma autora que procura ler sobre todos os temas que compõem suas histórias para evitar recontar os mesmos acontecimentos.

Bom, odiei boa parte dos personagens, a Viviane é uma sacerdotisa nojenta, a Igraine uma péssima mãe, a Morgana foi usada como se fosse papel higiênico, o Lancelote é um desgraçado, o Merlin parece mais um padre que um mago, o Uther é galinha… e por assim vai. Não me adaptei a leitura, porém, vou ler todos os livros, já que eles são importantes para os meus estudos.
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Larissa 19/09/2022

Novela de cavalaria com pegadas místicas
Mistura de catolicismo com magia druida. Guerreiros, deusas e deuses, disputas por trono, filhos bastardos, tudo isso faz parte do Livro 1 de Brumas de Avalon. Boa história. Começando o livro 2 já já.
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Madu 26/10/2021

Um clássico de alta fantasia
Fantástico, realmente muito superior do que eu pensei que seria. Outro clássico que me encanta totalmente entretanto, não envelheceu tão bem. Há muitas coisas tradatas nos dois pontos de vista,a do cristianismo e a da religião da Deusa, coisas polêmicas da sociedade da época não tão longe da de hoje em dia.
Mostra como hoje em dia também estamos presos a raizes cristãs.
Te faz refletir sobre assuntos banais, polêmicos.
A escrita fluiu bem apesar de coloquial, me apeguei muitos aos personagens me colocando diversas vezes em situações que eles passavam.
Não é um livro para todo mundo, não acho que todos vão gostar porém é bom da uma arriscada não é mesmo?? Kkkkkk
Fica a dica de leitura de um clássico de alta fantasia.
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William.Camara 24/01/2021

Há uns 15 anos eu li A Senhora da Magia, primeiro volume de As Brumas de Avalon, e por algum motivo não sei continuidade a leitura da saga. Hoje, reli e percebo que ainda era imaturo para uma leitura que tanto questiona. Se tem magia eu já sou instantaneamente atraído para o conteudo. A narrativa levanta questionamentos sobre o papel que nos é imposto pela sociedade e acima de tudo - e uma das minhas partes favoritas - aborda a intolerânacia criada pelo cristianismo, que é a origem de muitos preconceitos e paradigmas que nos são impostos/forçados até hoje.

"Um país governado por sacerdotes é um país cheio de tiranos, na Terra e no Céu." Essa frase, extremamente atual e fidedigna ao nosso contexto histórico, traduz o sentimento e o poder em que se pauta a religião para tentar nos manipular.
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