Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Carol Kowalski 21/04/2024

Sufocante
Apesar de ter visto o filme há muito tempo, não lembro de nada além dos atores. O livro é epistolar, pela perspectiva da mãe.
Como não quero filhos, minha identificação foi grande com ela no começo, mas ainda assim não quebrou a sensação constante de incômodo que o livro passa: a conivência cega do marido (que agonia, senhor!!!), o modo que ela deixa se tratar por ele, o Kevin, e chega um ponto que até o jeitinho da Celia incomoda. Dá pra sentir toda a angústia e sufocamento dela dentro dessa rede. A sensação que o livro dá é a de uma etiqueta coçando eternamente, que te deixa inquieto mesmo em cenas aparentemente tranquilas.
E o ploooot do finaaaalll!! Como falei, não lembro nada do filme, então não sei como fizeram (por carta funciona muito bem), mas comprei tanto a narrativa dela que meu queixo caiu!! Tenho que rever urgente!
Livro espetacular, um drama/suspense de construção que não perde em nada para quem gosta de vieses mais tensos e "escancarados" desses gêneros.
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Guilherme.Oliveira 20/04/2024

Um tanto perturbador, mas é muito bom...
Livro com tema um pouco incômodo (algumas pessoas nascem ruins? Ou se tornam?), porém com complexas reflexões sobre a vida. A autora é genial na escrita, a forma de detalhar é incrível. Recomendo!
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Ruberrys 20/04/2024

Lembro que fiquei perturbada com a inquietação que essa leitura me gerou
Um dos livros que quero reler um dia
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sasapotter 20/04/2024

Um esboço fidedigno da maternidade
Precisamos falar sobre o Kevin consagrou-se como uma das obras mais incômodas, complexas e fantásticas que já obtive o prazer de debruçar-me sobre.

O livro é narrado em formato de correspondências enviadas pela mãe de Kevin - Eva - a seu esposo. A progenitora realiza relatos excepcionalmente sufocantes, dubitáveis, e sobretudo comoventes. Eva confidência ocorrências pessoais, como o nascimento de seu filho primogênito até o instante em que ele encontra-se sentenciado e encarcerado pela execução de uma bárbara chacina ocorrida em sua escola.

Eva khatchadourian revela-se ser uma mulher independente, espirituosa e detentora de opiniões fortemente nítidas e defendidas. A moçoila jamais demonstrara uma inclinação favorável a maternidade, tanto que somente cogitara a probabilidade de transformar-se em mãe ao conhecer Franklin, seu marido. Para agradá-lo, optara abruptamente em gerar sua prole, porém sua gravidez fora firmada por sentimentos conflitantes e insatisfeitos, porquanto precisara ausentar-se da administração de sua empresa de viagens.

Kevin khatchadourian, concisamente, poderia ser descrito como uma persona taciturna, misteriosa e apática. Entretanto, o garoto porta uma nublagem abastada de indagações irrequietas que ressoam incessantemente, perdurando até o desfecho da trama. Por quais razões realizara o massacre? Negligência familiar? Descontentamento interno? Crueldade fomentada pela dispensa carinhosa de sua mãe?

Francamente, ao analisar as matizes internalizadas de Kevin, tornei-me extremamente convicta de que ele trajava um vazio tedioso e, por tal razão, sucumbido por um frenesi sedento em sentir-se verdadeiramente vivo e real, dizimara outras pessoas.

A relação discutível entre Kevin e Eva é desconfortável, claustrofóbica e crua. Vislumbro a indiferença conjuntamente compartilhada como uma similaridade palpável que ambos detinham. É demasiado irrisório como o par, cegados pela necessidade em retratar suas falhas adversas, se assemelhavam - no senso de superioridade em detrimento de indivíduos alheios - profusamente. Emoções cinzentas e turvas são nutridas, medo e ressentimento dominam o vínculo estabelecido desta mãe, ávida em perceber as obscuridades que sondam seu fruto e deprimida por sua incapacidade em conectar-se com seu filho, implacável e lacônico.

Comovera-me a maneira detalhada e realista em que a enxurrada de expectativas e a rachadura delas em torno da maternidade fora esboçada. O questionamento se os pais - especificamente a genitora - devem ser martirizados pelos atos cruéis dos filhos, continuará residindo em minha mente por longos períodos.

Ademais, este livro irrompe as entranhas em um esganiço lancinante, resseca o compadecimento, todavia aconchega o seio afável ao reconhecimento de que no fim, desconsiderando as nuances duradouras e os pensamentos odiosos e criticaveis, Eva e Kevin amavam-se, descomunal ou não, eles se amavam.
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KeniaCandido 19/04/2024

Sem Palavras...
Minha experiência com a história Precisamos Falar Sobre o Kevin começou através do filme. Já sabia da existência do livro, mas ainda não tinha adquirido. 99% dos livros que estão na minha estante e contém adaptações, eu conheci a história através dos filmes e depois eu fui conquistar a versão literária depois. Sei perfeitamente que, os livros costumam ser melhores e isso é fato inquestionável, no entanto ler a versão literária depois do foi nunca me atrapalhou. Estou explicando este detalhe, porque ao assistir Precisamos Falar Sobre o Kevin, eu fiquei com várias perguntas na mente e ao conhecer a versão literária, praticamente as respostas foram respondidas.

Em Precisamos falar sobre o Kevin, o leitor embarca no enredo já sabendo que Kevin Khatchadourian, um adolescente com quase 16 anos, é autor de uma chacina onde matou sete colegas, uma professora e um funcionário no ginásio de um ótimo colégio que estudava em Nova York. Essa informação não é spoiler, pois está na sinopse do livro e Eva Khatchadourian, mãe de Kevin, como ato de desabafo e confissão, escreve uma série de cartas ao ex-marido Franklin, para relembrar vários momentos de sua vida com o marido e especialmente com Kevin. Além de recordar sua trajetória com o filho, Eva também confidência suas visitas regularmente na prisão para menores, onde Kevin está detido após o crime.

Nas primeiras cartas, Eva deixou claro que nunca queria ter filhos e também, não escondia essa decisão à Franklin. Para Eva, ter filhos significava perder várias oportunidades que sua vida tinha para oferecer na área profissional onde tinha muito orgulho em administrar sua empresa especializada em indicar os restaurantes e as hospedagens mais baratas ao redor do mundo e Eva adorava suas incríveis viagens pelo exterior. Fazia pelo menos cinco viagens ao ano. Ao contrário de Eva, Franklin era um verdadeiro patriota. Amava os Estados Unidos, adorava as tradições americanas e não escondia a vontade de ter um filho para carregar seu sobrenome com muito orgulho.

Precisamos Falar Sobre o Kevin é um livro bastante doloroso, forte e pode ter certeza, é um livro para incomodar algumas pessoas, mas acho que deve ser lido em algum momento da vida. O leitor tem a oportunidade de vivenciar as memórias de Eva enquanto vários assuntos importantes são abordados. Assuntos como amor, amizade, consumismo, casamento, família, violência, solidão, arrependimento, culpa e principalmente, maternidade. Precisamos Falar Sobre o Kevin foi minha estreia com a escrita da Lionel Shriver e realmente desejo ler mais livros dela. Apesar da leitura ter sido lenta comigo, a narrativa foi muito profunda e questionadora. Várias vezes, eu precisei fechar o livro e dar uma pausa na leitura, mesmo com ela fluindo bem, para refletir o trecho que foi lido.

Em todas as cartas, o leitor consegue sentir como Eva tornou-se uma mulher destroçada por causa dos acontecimentos provocados pelo Kevin por vários anos. Depois do crime, Eva precisou enfrentar a falta de empatia e diversos discursos de ódio e crueldade das demais pessoas, essencialmente das pessoas que perderam seus entes queridos. Será que Eva também precisa ser culpada pela falta de empatia de Kevin, porque ela não sentiu aquela alegria de ser mãe como as pessoas mencionaram para ela? Será que a negligente e a ausência de afeto da mãe provocou ou nutriu o sentimento de ódio em Kevin e foi transformado em psicopatia desde a infância? Em cada momento relembrado por Eva, eu tive respostas conclusivas e também, manifestava outras perguntas na minha mente.

O que realmente não pode negar e a narrativa de Eva vai demonstrando ao leitor é que Kevin é muito mais parecido com Eva do que com Franklin. Kevin percebeu desde criança que não precisava fingir nenhum tipo de comportamento com a mãe. Ambos eram transparentes enquanto Franklin, não conhecia de fato, o próprio filho. Franklin não conseguiu enxergar os acontecimentos dentro de casa. Ele era um pai cego e não percebeu que Kevin era vingativo, irônico, antissocial e provocativo. Nós leitores, conseguimos enxergar claramente quem Kevin realmente é, os momentos onde Franklin deveria ter ficado ao lado de Eva e simplesmente, ficou do lado do Kevin. Esse comportamento de Franklin também ajudou corromper a personalidade de Kevin durante os anos ao ponto do adolescente abalar a sociedade com uma tragédia cruel?

Posso dizer que a leitura de Precisamos Falar Sobre o Kevin, não foi fácil. É aquele tipo de história que pode ser interpretada de maneiras diferentes por cada leitor que lê. Enfim, é um livro surpreendente e o final deixa uma sensação que tomei um soco no estômago. Então, só me resta recomendar Precisamos Falar Sobre o Kevin para todos os leitor. É uma história forte, mas vale a pena e com certeza, a escrita de Lionel é brilhante e brinca com a nossa mente ao entregar várias interpretações.

site: https://consumidoradehistorias.blogspot.com/2024/01/precisamos-falar-sobre-o-kevin-lionel.html
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Duda Jaques 18/04/2024

Esse livro não tem uma história linda, não é fácil de ler e não tem personagens pra se apegar. A história desse livro é triste e cruel, é muito difícil de ler e não vai te dizer de quem é a culpa ou se tem uma pessoa certa ou errada.

Fiquei a noite toda pensando nesse livro. E acordei pensando. E fui pra aula pensando. E ele ainda não saiu da minha cabeça (e nunca vai sair).

A história tem muitas camadas, muitas coisas pra analisar e é muito complexa. Mas me fugiram todas as palavras no final do livro. Acho que fiquei em choque. Quando comecei a ler jamais imaginei que seria tão forte, e que ia me marcar de uma forma que não sei nem como explicar.

"De modo que a aniquilação é uma espécie de preguiça. Mas, ainda assim, fornece as satisfações do agir: eu destruo, portanto eu sou. Além do mais, para a maior parte das pessoas, construir é um ato tenso, concentrado, compacto, ao passo que o vandalismo oferece liberação; é preciso ser um excelente artista para dar expressão positiva ao abandono. A destruição, além da intimidade, tem dono; é uma apropriação."
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Brenda 17/04/2024

Desculpe, mas... Eu gostei da Eva!
Li esse livro no final do ano passado e confesso que demorei um mês pra terminar, isso porque a forma como a autora descreve os sentimentos da protagonista, foi, pra mim, muito real, ela falava e eu sentia. Eu senti raiva da personagem em diversos momentos da narrativa, mas eu não consegui não gostar dela. Um retrato perfeito da maternidade compulsória e de como isso pode afetar a sociedade.
Ps: odiei o banana do marido da Eva e senti nojo do Kevin a cada página, repulsa mesmo. Amei a Celia!

"Os homens sempre deram seu sobrenome aos filhos, mas o trabalho que é bom eles nunca fizeram."
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Priscila 14/04/2024

Trágico
O livro conta a história de Kevin, um estudante autor de uma chacina no colégio.
Ficamos sabendo sobre os detalhes da tragédia, através das cartas que Eva, mãe do Kevin, envia a Franklin, pai do Kevin.
Vamos conhecendo o passado do Kevin e tentando descobrir e até mesmo decidir se os pais são culpados ou não, pelo comportamento do Kevin.
E achei muito difícil chegar a uma conclusão.
Achei a Eva muito egoísta em diversas situações, mas, me pareceu que ela ao menos se esforçava, tentava ser uma boa mãe.
Já o Franklin, me pareceu um fraco e foi muito difícil ter empatia por ele.
O começo do livro é meio cansativo, com alguns temas que parecem fugir um pouco da história e deixam o desenvolvimento um tanto enrolado. Mas, vale a pena persistir e do meio para o final é muito intenso.
Trata de temas bastantes espinhosos: ter ou não filhos, ter ou não culpa sobre os atos dos filhos, como educar, como lidar com cada filho, enfim?temas difíceis e que talvez por isso mesmo devessem ser mais retratados.
Não é uma leitura fácil, porém, vale a pena!
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Rafael1638 13/04/2024

Que tristeza!
Este é um livro trágico com uma história trágica e uma narração melancólica do início ao fim! Antes de iniciar a leitura eu já imaginava que seria assim, porém nutrir um pouco de sentimento de que teria pelo menos uma coisinha boa na história! O livro quebrou essa expectativa, mas isso não é algo ruim! Para mim foi uma leitura difícil de fazer, porém muito boa! É um livro muito reflexivo sobre o ponto de vista de uma mãe que se frustrou com as decisões erradas do filho e que não pode fazer nada para evitar uma tragédia!
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Sté 13/04/2024

Surreal
QUE LIVRO! Sou a primeira a admitir que o início da leitura foi bem arrastado e difícil. Mas do momento em que imergi na história, não consegui parar de pensar em Kevin e Eva. Alugou um triplex na minha cabeça! Que desenvolvimento foi esse, de deixar um nó na garganta. Escrita e história brutais, que nos faz repensar a maternidade/paternidade e a própria ideia do ?homem que nasce bom?. Surreal.
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Nicoly 13/04/2024

O meio define uma pessoa?
Aqui vemos a história decomposta minuciosamente em cartas desde a infância da mãe até os anos de prisão do filho que comete um assassinato em massa.
Essa leitura que comecei com muita dificuldade, pois me parecia monótona e desconectada da sinopse, me prendeu os olhos com o desenrolar e chegada ao final. Final esse que coloca o leitor em uma agonia pressentida a diversos capítulos, para enfim se concretizar e com o fato mais cruel que é até então, nos escondido.
Kevin é uma caixa misteriosa desde o nascimento. No começo do livro, tentava compreender a mãe e achar nela os traços que fariam o desenrolar da estória, mas a própria Eva se incumbe da tortura, que sentimos em nossa própria pele pela perfeição da escrita, de narrar todos os fatos e o próprio percurso de descobrimento da personalidade vil do próprio filho.
Ao meu ver, a riqueza em detalhes, nos faz crer que seriamos capazes de explicar a natureza de Kevin, mas é apenas uma ilusão, quando percebemos que assim como a protagonista e toda a familia, somos impotentes sobre o curso da vida, e aqui mais profundamente abordado, a maternidade/paternidade.
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Klaryssa.Hillary 12/04/2024

Realmente é um livro um pouco arrastado. Mas os assuntos abordados são de extrema importância. Além disso, existe um espelho entre o filho e a mãe, tênue e quase imperceptível. É necessário se atentar aos detalhes para conseguir entender os motivos do Kevin e os motivos da mãe.
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