Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin

Leti 11/01/2024

Quebrou minhas expectativas
Me decepcionei um pouco com esse livro. Pelo título parece que tudo gira em torno de Kevin mas não é bem assim que acontece. A história é contada por Eva, a mãe de Kevin, através de cartas para o marido, então a história fica oscilando entre passado e presente, ela intercala momentos da vida dela antes do nascimento de Kevin, momentos da infância dele e fala um pouco sobre o presente. Ou seja, o livro é sobre ela, sobre como a vida dela mudou e os impactos de Kevin sobre ela.
No início achei um pouco amarrado. Ela fala com muitos detalhes sobre um universo específico dentro da realidade dela, sobre as viagens que fazia, nomes de prédios, ruas e estabelecimentos... e na minha opinião essas são informações supérfluas e desnecessárias para a história. Queria saber mais sobre a mente de Kevin e como ele interpretava o mundo, mas o livro é todo a partir da ótica de Eva, e em forma de relatos na primeira pessoa, isso acaba sendo um pouco raso, não dá conta de transmitir toda a complexidade do enredo.
No mais, gostei da construção dos personagens, não deixa de ser interessante conhecer a perspectiva da mãe de Kevin, o relacionamento entre os personagens também é muito bom e foi um livro que me fez despertar para algumas coisas.

Tatiana.Rondelli 10/01/2024

Não sei nem o que dizer, só sentir
Coloquei esse livro na tbr desse mês para participar da maratona literaria de verão do Geek Freak, como parte do desafio de ler um livro com temática de relações familiares. Sempre tive uma curiosidade (talvez mórbida) de ler esse livro exatamente porque tratava do assunto de massacres escolares nos EUA (sou fortemente contra a posse de armas então esse tipo de coisa meio que atrai a atenção).
É bem da verdade que senti muita coisa por essa mãe, dó, pena, receio e até raiva (a parte do bichinho de estimação até agora me deixa com os cabelos em pé) mas ao final da leitura eu só consegui sentir uma dor muito forte por ela. Mesmo rotulando o Kevin como o próprio capeta muitas vezes ainda sim não pude deixar de sentir muita tristeza com o final. Com saber exatamente quantas vítimas ele fez. Foi uma baita leitura. Provavelmente vou entrar numa ressaca de leitura (o que não é conveniente porque estou participando da maratona) mas sei que esse livro ainda vai ficar comigo por muito tempo. Definitivamente um 5 estrelas.

Isabella1690 10/01/2024

Recomendo, mas é necessário ter paciência
O começo foi difícil. A história era lenta e muito descritiva, porém depois da página 120 a narrativa se torna mais dinâmica e passamos a acompanhar o crescimento de Kevin.

Em resumo, talvez dê uma vontade de abandonar a leitura no início, mas sinceramente vale muito a pena continuar porque esse livro é viciante.

Mel 07/01/2024

Perturbador
É um livro angustiante e perturbador, porém é muito fácil se colocar na história e sentir todas as emoções que a mãe do Kevin sentiu.

Lily114 07/01/2024

Terminei de ler e só consigo sentir a angústia e o desconforto, justamente aquilo que o Kevin gerava. Foi uma leitura muito interessante e pesada. Quando li, achei um pouco desconcertante como desde criança, ou se considerarmos a experiência da Eva, desde recém nascido, Kevin era alguém indecifrável, com um mundo na cabeça. Não conseguimos saber realmente se Kevin nasceu com a maldade, se esta foi aparecendo aos poucos, ou se sua mãe influenciou a narração com seu ponto de vista. No final do livro também ficamos sem algumas respostas, coisa que é natural, já que nunca saberemos os reais motivos do Kevin ou o que ele pensava. Recomendo muito e é um livro que vale muito a pena, já que, sim, precisamos falar sobre o Kevin.

cvscam 06/01/2024

Angustiante!
Acredito que a escrita de ?precisamos falar sobre o kevin? tinha a intenção justamente de causar angústia e reflexão a cada página. achei o início muito arrastado, mas depois de terminar a leitura faz sentido a autora ter feito isso pra conseguirmos ter uma intimidade maior com os pensamentos e achismos de eva. as relações entre mãe/filho, pai/filho, mãe/pai são muito bem construídas e te fazem pensar o tempo inteiro. seja sobre a quantidade massiva de massacres nos estados unidos, seja sobre a relação de eva com o primeiro filho, seja todas as suas perdas, seja a RAIVA DO PERSONAGEM DO FRANKLIN, seja o comportamento de kevin desde a sua infância. eu pensei muito depois que terminei sobre o que senti lendo, sobre qual seria minha opinião final sobre o livro, e posso falar que é uma leitura que vale MUITO à pena e acho que é imperdível!

Fernandes!! 05/01/2024

Um longo e incrível livro
Eu demorei um pouco pra ler pq a escrita era mt arrastada para o meu gosto, porém como eu queria entrar na história e a capa e as resenhas me chamaram a atenção então eu fui ler. E no início, eu fiz o que sempre faço: colocar a culpa inteiramente na figura paterna mas ele não era o único culpado.

Vejamos: Eva nunca quis ter um filho, porém a pressão por parte das pessoas ao seu redor e o desejo do seu marido de querer ser pai pesava bastante sobre seus ombros q a fez ceder e aceitar. Ela entrou nessa percebendo a furada q estava se envolvendo e quando engravidou e teve a criança, ela diz com suas palavras como não conseguia ter aquele sentimento q toda mãe tem ao segurar seu filho pela primeira vez. Ela deixa claro sua visão em relação ao Kevin, como ela antagoniza ele boa parte do livro e coloca a culpa em seus ombros.

Franklin tinha a noção q Eva odiava o filho e com a chegada da segunda filha do casal, q ai sim o ódio pelo filho pesou ainda mais no casamento d Franklin e Eva.

Mas indo para o menino. Kevin desde d pequeno já mostrava sinais questionáveis sobre sua natureza. Eva poderia sim ter errado em mt vezes rejeitar o próprio filho, Franklin errou em mt vezes em ter passado a mão na cabeça d Kevin ignorando todas as bagunças q o filho fazia. Mas não podemos culpa completamente os pais por algo q já era defeituoso. Kevin era um assassino, ele já estava planejando tudo aquilo, ent ao meu ver todos tem uma parcela d culpa sobre Kevin, principalmente o próprio Kevin!

NickBiel 05/01/2024

Difícil, Porém Válido.
Uma leitura difícil, com um tema angustiante. É sofrível a cada página. Tangível, seria a palavra certa para definir o ódio que Eva sentia por sua vida na maternidade.

Eva é a personagem mais intrigante do livro, consigo enxergá-la como a grande e estrela, e Kevin como coadjuvante. Franklin é no máximo um personagem completo. "O panaca sr Plástico" como diria Kevin.

As nuances do livro te faz querer entender aonde tudo vai dar, decepciona por ser arrastado e difícil de ler. Lionel adota uma escrita complexa, com bastantes detalhes (desinteressantes, eu diria.)

O livro te traz um certo desconforto, e uma reflexão bizarra. Ao todo, me sinto satisfeito.

deborat 04/01/2024

Incrível
Sério, Eva tem o meu respeito e também a minha raiva. Li o livro inteiro com base nessas duas emoções. A relação entre marido e esposa e depois, mãe e filho, pai e filho retratada no livro me deixa indignada como, em muitos casos, a falta de diálogo pode causar um estrago tão grande em uma família.

bibia 03/01/2024

Intrigante
Acompanhar o crescimento do Kevin e sua relação com a mãe foi no mínimo, intrigante. Posso dizer que é um relacionamento complexo e muito difícil de se entender, mas também muito boa de refletir e de se fazer uma análise psicológica.

sophia1527 01/01/2024

Nao precisamos falar sobre filhos
Esse livro me fez nunca querer ter filhos na vida. nunca. por ironia do acaso eu vi o filme antes de terminar o livro mas mesmo assim, o final Conseguiu me surpreender mesmo sabendo o que ia acontecer. do 🤬 #$%!&

isabel179 30/12/2023

A história é contada por Eva Khatchadourian, uma mulher que reflete sobre sua vida antes e depois de um evento traumático: o massacre cometido por seu filho, Kevin, em sua escola
A história é contada por Eva Khatchadourian, mãe de Kevin, que narra suas memórias e reflexões sobre a vida antes e depois de um evento terrível: seu filho adolescente, Kevin, comete um ato de violência devastador em sua escola, matando vários colegas e funcionários.
A narrativa não segue uma ordem cronológica linear, alternando entre diferentes momentos da vida de Eva, desde a gravidez até as consequências do ato de Kevin. Eva lida com um sentimento constante de culpa e questionamento sobre sua capacidade de ser uma boa mãe, enquanto tenta compreender se o comportamento de Kevin é resultado de sua criação ou de uma predisposição genética.
O livro examina profundamente a relação mãe-filho, explorando o impacto da maternidade na identidade de Eva, seu relacionamento difícil com Kevin e os desafios de lidar com um filho que parece distante e desafiador desde o início. Shriver apresenta questionamentos sobre a responsabilidade dos pais diante das ações de seus filhos e sobre como o amor materno é testado em circunstâncias extremas.
A narrativa é intensa e provoca reflexões sobre temas como natureza versus criação, culpa, redenção e os limites da empatia humana. Shriver escreve de maneira crua e direta, mergulhando nas profundezas emocionais dos personagens e desafiando os leitores a confrontarem dilemas morais complexos.
"Precisamos Falar sobre o Kevin" é uma leitura desafiadora e emocionalmente impactante, que não apenas conta uma história perturbadora, mas também levanta questões cruciais sobre a natureza humana e a complexidade das relações familiares. É uma obra que permanece na mente do leitor muito depois que as páginas foram viradas.

Roohmachado 30/12/2023

Fiquei de boca aberta!!
No começo, achei bem complicado acompanhar a autora, mas depois peguei o jeito. A leitura é lenta e bastante descritiva/detalhada, mas conforme os acontecimentos vão se desenrolando é impossível não devorar o livro de uma vez. A leitura torna-se ainda mais interessante por não haver chances do leitor confiar em qualquer personagem, muito menos na narradora (Eva) da história. Um verdadeiro Thriller Psicológico.

Ler este livro me faz refletir desde o inicio, sobre a maternidade compulsória, sobre o modelo de "família tradicional" e como é TUDO culpa da mãe as atitudes de uma criança claramente perturbada, mas fiquei com muitos questionamentos: a mãe de Kevin era paranoica/teve depressão pós parto quando ele era Bebê? Kevin já nasceu maquiavélico e cruel? O pai banana passando a mão na cabeça a todo momento do menino e criticando Eva contribuiu para isso? E as pessoas que os rodeavam, que sempre detestaram o menino? Acho que neste momento a gente percebe como é importante olhar para a CONJUNTURA da história e do espaço que essa família habitava e não procurar um culpado para as atitudes de Kevin (que, sem dúvida, tinha 100% de ciência do que estava fazendo)

"Precisamos falar sobre o Kevin" me deixou dilacerado, perturbado, com o psicológico abaladissimo etc. Eu tô morto por dentro desde que li a última carta ontem (as mãos suavam, fiquei todo arrepiado com o final e com o plot e, apesar de tudo, fiquei feliz (???) com a relação desenvolvida entre Kevin e sua mãe nas visitas na penitenciária. Acredito que ele a admirava bastante e tenha se arrependido do que fez. Talvez...

Mas sem dúvidas, o que mais vale nessa história é questionar o papel da mulher imposto pelo patriarcado/ "família tradicional". Eva teve que largar todas as coisas que amava fazer, deixar sua carreira bem sucedida em segundo plano etc. para cuidar de um filho que nunca quis ter por "pressão" do marido (banana e, como diz Kevin ou Eva, panaca). Além disso, levou TODA a culpa pelo comportamento de Kevin (apesar de sim, ela ter uma parcela de culpa pelo que ele é/se tornou - nao toda a culpa).

isaazm_ 28/12/2023

[...] Quem entesoura segredos culpados acaba inevitavelmente fascinado pelas aparências [...]
Esse livro é um relato visceral, absolutamente distante do politicamente correto, onde Eva, mãe de um adolescente sociopata, destrincha sua vida em correspondências para Franklin, seu ex-marido e pai de seu filho, como uma forma de tentar superar seus traumas. É um pouco chocante ler as coisas que ela diz, é quase sufocante na verdade.
Não esquecendo de que é um relato unilateral, acredito que independente dos erros deles na criação de Kevin, nada teria mudado esse destino trágico e é muito doido pensar que existem pessoas inerentemente más.
Acho que Lionel Shriver trás uma perspectiva pouco abordada sobre a maternidade, a rejeição de uma mãe a sua criança, mas ao contrário, a paternidade é retratada com perfeição. Enquanto Eva é massacrada pelo marido por não amar seu filho e todos os seus esforços são invalidados, Franklin é um excelente pai por fazer todas as vontades do filho e levá-lo a passeios.
Para mim, o autor capturou perfeitamente o inexplicável nas relações, o incoerente, o que torna se relacionar com outras pessoas um desafio, ao mesmo tempo assustador e belo.
Eu adoro livros nesse formato epistolar e gosto desses monólogos existenciais, mas tinha horas que eram exageradamente longas e não importava quantas horas eu lesse não rendia, mas foi em geral um excelente livro e me trouxe algumas reflexões bacanas sobre nossa cultura ocidental.

lenabeel 26/12/2023

Me destruiu (e foi um belo anticoncepcional)
Eu tava muito animada pra ler e confesso que desanimei no início, é bem arrastado e incessante,
mas conforme você vai lendo, vai ficando melhor (pra mim, comecei a me interessar de fato lá pela página 200)
valeu a pena, recomendo - principalmente pra quem tem força de vontade e não abandona facilmente livros com início chatinho. não tenho muito mais o que falar, foi realmente uma experiência ler esse livro.