LER ETERNO PRAZER 19/06/2020
Em "A quinta testemunha" vamos conhecer o advogado Mickey Haller da área criminal, que muda sua área de atuação por conta da crise econômica do país e passa atuar nas ações de execuçoes de hipotecas tentando ajudar pessoas que estavam prestes a perder suas moradias. Em um desses casos, Mickey acaba vendo uma de suas clientes, Lisa Trammel, ser presa sob a acusação de assassinato de um banqueiro, e, sendo ele um criminalista de coração, acaba envolvido nesta história, sendo o advogado de defesa de Lisa. A partir daí, vemos nosso protagonista voltar as suas raízes e correr para provar a inocência de sua cliente, em um caso que repercutiu na mídia nacional.
Narrado em primeira pessoa na voz de nosso protagonista Mickey Haller, acompanhamos todos os trâmites de um processo criminal e de toda a preparação de advogado de defesa à reunir tudo que for possível para provar a inicencia da ré. Mesmo em primeira pessoa temos uma narrativa fluida, rápida, gostosa de se acompanhar, não é cansativa em momento algum, mesmo em muitos momentos onde temos que acompanhar os diálogos que acorrem entre advogados e testemunhas em um julgamento. Dos thrillers policiais esse eu achei bem interessante posto que aqui, nos temos um crime e uma investigação, mas que não se torna o foco central do enredo, vamos sim, acompanhar a batalha judicial entre advogado de defesa e a promotoria. Acompanhamos todas as formas que os advogados, tanto de defesa, quanto de acusação, fazem para prova a inocência ou a culpabilidade da ré. Para leitores que apreciam esse tema e estilo, onde o enredo segui todos os trâmites de um processo judicial de um homicídio e não a investigação do caso, irá se envolver imensamente nessa história. Aqui nós não vamos acompanhar as investigações, não teremos detetives em busca do assassino e sim a busca de um advogado de defesa que não sua cliente matou e a promotoria tentando provar que sim, a ré matou, sim ela é culpado do crime. Até a bem próximo do desfecho fiquei con a sensação de que o autor iria me desepcionar com o final meia boca finalizando com fim do julgamento e não nos mostrando que realmente matou a vítima, e foi aí que nas suas urimas 5 páginas ele nos revela quem matou e uma coisinha mais que não posso relevar aqui, seria um spoiler daqueles que com certeza iria estragar a leitura. Um livro ótimo, se você, repito, gosta desse estilo de leitura.