romulo mafra 03/10/2009
Lewis
esta semana (set/2009) terminei de ler o livro sobre a vida de Lewis Carroll, escrito por Morton N. Cohen, que vem pesquisando sobre o criador de “As Aventuras de Alice no País das Maravilhas” há décadas. terminei e tive ainda mais certeza de uma comparação que me chamou a atenção pela coincidência. a comparação reside no fato que, quando Michael Jackson morreu, pensei sobre ele ter morrido e continuado com a pecha de “pedófilo”, do qual foi acusado e inocentado, então, logo lembrei de Lewis Carroll (Charles Lutwidge Dodgson era seu nome verdadeiro), porém, eu já tinha comentado com meu amigo Seba sobre a “proximidade” dos dois. se não me engano, Seba estava lendo esta biografia (o livro que li é dele). dias atrás, conversando com o Enzo Pottel — que também leu o livro –, ele também citou que comparava Carroll a Michael Jackson!! e aí foi a coincidência. ou não seria coincidência?
apesar de nunca ter sido oficialmente acusado de pedófilo, Carroll foi, postumamente, estudado por muitos, onde alguns chegaram a este “veredito”. pronto, à posteridade, Lewis Carroll virou um pedófilo.
lembrando que, realmente ele teve uma amiga chamada Alice (Liddell) para quem contou a história “As Aventuras de Alice Embaixo da Terra” (Alice´s Adventures Under Ground — clicando no título, pode-se ler na íntegra o manuscrito original de Carroll) e que depois aumentou a história e colocou o título que hoje conhecemos (lembrando que ela cai embaixo da terra, na “toca do coelho”) e com a qual teve uma grande amizade, uma das maiores de sua vida. este biógrafo, assim como outros, têm quase como certo que Charles se apaixonou por Alice (então com seus 12 anos) e provavelmente insinuou que — um dia — queria casar com ela (ou, a outra opção, já que tudo sobre este assunto específico foi apagado tanto pelos Liddell como pelos Dodgson, que Alice disse que talvez um dia quisesse casar com Charles), e que este imbróglio acabou causando o fim da relação de amizade que Charles tinha com os filhos do casal Liddell (aliás, dia 4 de julho foi o dia em que Charles contou pela primeira vez a história para as três irmãs Liddell, durante um dos vários passeios de botes que faziam).
dessa história com os Liddell bem como com outras crianças, nasceram alguns boatos — ao qual Charles tinha conhecimento –, porém, nunca passaram de “alguns boatos”, e Charles driblou todos eles com a sua consciência — muito bem documentada em seus diários –, não sem sofrimentos, é claro, pois o escritor de Alice ainda por cima era Reverendo da igreja Anglicana, e não só por isso, mas por ser um homem com seus princípios bem definidos, que se punia até mesmo por pensamentos que supunha ser pecaminosos.
enfim, Charles L. Dodgson, ou simplesmente Lewis Carroll (as iniciais LC, em inglês, praticamente pronunciam o nome Alice em inglês também), um homem que merece ser lido, uma vida que merece ser conhecida, um trabalho que merece ser louvado. já tinha falado deste livro aqui no blog, e o livro que indiquei à época custava menos de dez reais, hoje já está em quase oitenta! se não me engano, meu amigo Seba comprou este exemplar na Livrarias Catarinense por um preço bem baixo também. não sei quanto está agora, porém, não custa tentar.
http://omeninoquenaomachuca.wordpress.com/2009/09/27/lewis-carroll/