Visões Noturnas

Visões Noturnas Mauricio Caldeira




Resenhas - Visões Noturnas


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Fernanda 17/05/2013

Resenha: Visões Noturnas
LINK DA RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

http://www.segredosemlivros.com/2013/05/resenha-visoes-noturnas-mauricio.html

Resenha: Do que você tem medo? Em “Visões noturnas” o autor explora vários sentimentos obscuros e que podem integrar os maiores medos de uma pessoa. Muitos dizem que, assim como eu, adoram assistir a um bom filme de terror, porque com certeza prendem muito mais a atenção. Nos livros, esse gênero quando é abordado, acontece a mesma coisa, pois é impossível não intensificar a leitura até saber o desfecho da trama, já que é um assunto super interessante, adorado e hipnotizante. O enredo nos apresenta contos assustadores e ao mesmo tempo fascinantes. Tem como explicar isso? Nos deparamos com situações onde o medo é o principal vilão da história e sempre está relacionado ao terror, diante das formas mais estranhas. E sim, isso fascina e nos marca de um jeito inevitável. Posso dizer, que Maurício Caldeira conseguiu chegar ao seu objetivo, pelo menos comigo: me assustei em suas histórias e me perdi em sua narrativa.

“Mas, afinal, por que eu gosto de terror? Talvez porque o terror hipnotize. Porque impregna a alma. E o terror alcança o subconsciente em níveis em que as pessoas nem imaginam que poderiam existir. Mas, talvez, o principal motivo seja o mais simples de todos: o terror assusta. Causa medo.” Pg.15

E para comprovar o que estou dizendo, o livro já inicia repleto de mistérios e muito suspense. Sabe aquele caso que envolve uma aposta em uma cena bem macabra, tipo um cemitério? Esta é a situação. E Maurício Caldeira consegue retratar os fatos de uma maneira tão verídica, que assusta mesmo. E para mim, o conto “Royal Street Flash” foi um dos mais intrigantes, enquanto outros contos apresentaram emoções mais tocantes e intensas. Auriel é um conto que retrata o relacionamento de um homem com sua esposa e outros problemas em sua vida pessoal e profissional. O desfecho é tocante e surpreendente. Outro conto que me chamou bastante atenção foi “O Centenário” e deixou aquela sensação de reflexão: o quanto as pessoas são capazes de fazer para chegarem aos seus objetivos?

“O cenário estava montado. Dinheiro escondido no fundo de um cemitério. Uma pessoa entrando à meia noite no cemitério para buscar esse dinheiro. Outros três indo logo atrás para assustá-lo, para ganhar cem reais cada um. Era uma ideia de malucos. E, claro, não podia dar certo...” Pg.34

Todos os contos se passam em uma cidade chamada Monserrat, e olha que por tantos acontecimentos, esse local realmente aparenta ser bem mais macabra. “Visões noturnas” nos deixa com sentimentos de angústia, revolta, ansiedade e principalmente medo. O autor conseguiu elaborar histórias muito bem feitas e práticas, conseguindo ganhar totalmente a atenção do leitor, de um modo dinâmico e inovador.

“Eu não estava sonhando. É perfeitamente possível saber quando alguma coisa foi um sonho. E aquilo, definitivamente, não havia sido nenhum sonho. Tudo acontecera,ali, na minha frente.” Pg.243

Para os fãs do gênero de terror esse é um livro mais que recomendado. Você teria coragem de se aventurar nestas histórias?


LINK DA RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

http://www.segredosemlivros.com/2013/05/resenha-visoes-noturnas-mauricio.html
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Nanda 12/04/2013

Visões Noturnas - Maurício Caldeira
Resenha originalmente postada no blog Entrelinhas Casuais (http://www.entrelinhascasuais.com/2013/04/resenha-visoes-noturnas-mauricio.html), proibida cópia total ou parcial sem autorização prévia!


Eu morro de medo de filmes de terror, mas também adoro ver (vai entender né?) e também adoro ler livros de terror e suspense, acho que eles têm um algo a mais que faz com que o leitor prenda a atenção e não consiga parar de ler, mesmo que esteja morrendo de medo. Foi assim comigo, Maurício Caldeira escreve de uma forma que torna impossível parar de ler até chegar ao fim do conto, fato que eu só lia o livro durante o dia.

O livro já começa com um conto bombástico, Royal Street Flash, onde um grupo de amigos faz uma aposta bem macabra que tem as suas consequências. Um dos contos que eu mais gostei foi Auriel, acho que por conta da minha religião, o autor conseguiu passar a confusão mental em que um suicida se encontra.

Ficou evidente no livro o talento do autor em contar histórias de terror, daquelas típicas histórias contadas em fogueiras e acampamentos, sabe? Mas nem todos os contos do livro me assustaram, como por exemplo o conto A Casa da Infância, é um conto extremamente tocante e eu terminei de lê-lo com lágrimas nos olhos, não posso revelar muito o motivo, porque seria spoiler, mas é um dos contos que eu mais gostei no livro. Existem outros contos no livro que são bem descritivos (para não dizer nojentos rs), um exemplo é o conto Como Uma Pedra, que mostra a história entre um agiota e um devedor, bem assustador.

Outro conto com o qual eu me identifiquei foi O Elefante É O Pior que conta a história de um menino que fica assustado com seus bichos de pelúcia, segundo ele os bichos ganharam vida e estavam o ameaçando. Eu me identifiquei com o conto por um motivo bem simples: sempre tive bichos de pelúcia, mas quando criança cismava que eles queriam me pegar (fui da época em que soltaram boatos que a boneca da Eliana andava sozinha à noite).

O livro como um todo é muito bem escrito, na maior parte assustador, mas o autor conseguiu prender a minha atenção e eu acabei não ficando com tanto medo ao chegar no final, porque são só histórias né? Pelo menos eu espero que seja. Se você caro leitor tem medo de história de terror eu te convido a enfrentá-los, assim como eu enfrentei, e ler Visões Noturnas. Garanto que não vão se arrepender.
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Mauricio Brilli 05/09/2013

Então, eu li Visões Noturnas
Texto originalmente postado em Blog Meu Livro & Eu!

Bom, hoje trago minha mais nova leitura do ano. Um livro que conheci através do Skoob e alguns Blogs que sigo: Visões Noturnas do Mauricio Caldeira ( Meu chará... ou eu o dele! Rsrs). O que me chamaram a atenção de primeira foi, claro, essa capa linda e misteriosa, o título e a primícia da obra.

Em conversa com o autor, findamos uma parceria e eu, em um belo e ensolarado dia, recebi esse presentão enviado pelo mesmo, juntamente de um marcador costumismo do livro (se quiser dar uma espiada como eles são, dá uma olhada no post Caixa de Correio #2. Mostrei no vídeo do post).

Mas, vamos ao livro?!

Sobre o livro - Até onde vão seus medos? Uma aposta para saber se um dos integrantes de um grupo de amigos tem coragem suficiente para entrar em um cemitério à meia-noite. Um suicida que descobre, no último instante, que sua vida não é tão ruim assim. Bichos de pelúcia que ganham vida e passam a ameaçar seu dono. Uma dívida não paga e um agiota dando uma última chance ao devedor, que terá que passar por uma prova sombria. Uma antiga casa onde um bem-sucedido – porém infeliz – homem de negócios viveu sua infância, e que pode resolver todos os seus problemas. Visões Noturnas é uma coletânea de contos, na qual os personagens estão sempre prestes a descobrir que cada novo acontecimento possui sempre um outro lado, sombrio e assustador. Enfrente seus medos, dê as mãos ao autor e deixe-o guiá-lo por Monserrat, uma cidade onde tudo pode acontecer.

Meu olhar no livro - De primeira instância, eu pensei que o livro, com esse título, iria tratar apenas de algo "sobrenatural" voltado ao terror, mas na primeira parte do livro, o autor já quebrou isso, mostrando que o livro ia tratar de vários tipos de medo. Isso me deixou muito curioso, pois fiquei pensando como ele iria abordar essa temática de várias maneiras diferentes.

O livro é formado por 12 contos e todos eles abordam, de certa forma, a questão do medo, do terror. Ao ler o primeiro conto, Royal Street Flash, desanimei um pouco, pois não me agradou muito a história. Mas a partir do Auriel, segunda história do livro, fui me acostumando com a maneira de escrever do autor, ao assunto abordado do livro e com o enredo da história. Comecei a curtir o livro. E assim foi até o final. Como é um livro de contos, é indiscutível que preferi algumas histórias mais que outras, entretanto, o livro em si é muito legal.

Uma das histórias que me marcou foi Como uma Pedra, a qual lida com o medo de água, afogamento e essas coisas. (Tenho certa fobia disso por não saber nadar, então consegui sentir o mesmo medo e agonia da personagem! Tenso, o negócio! Rsrs...).

Alguns aspectos que vou destacar sobre o livro -

Histórias boas. Algumas mais envolventes que as outras, mas todas boas. Todas elas passam no mesmo local, na mesma cidade Montserrat. Achei isso muito interessante!

A escrita do autor é muito boa, possui um repertório "lexical" muito bom (A alma de acadêmico de Letras florescendo, rsrs...!). Ele é bem descritivo e calmo nas suas histórias; há uma grande contextualização na história para depois os fatos, ações, acontecerem. Gostei!

O trabalho de edição e revisão estão quase impecáveis. Encontrei apenas algumas faltas de travessões em algumas falas. Apenas isso.

(Um recado para o autor: Eu adorei O Arqueiro. Rsrs. Vocês, leitores, entenderão quando lerem o prólogo do livro. Rsrs.)

Por hoje é só pessoal, espero ter explicado tudinho que havia pensado, claramente.
Eu recomendo essa leitura, sim!
Mais um autor brasileiro que merece uma atenção maior do público em geral.
Leia e depois comente aqui o que achou da obra.

(Ah, mais um recadinho: No próximo post, provavelmente, falarei sobre um SORTEIO que realizarei juntamente de uma editora parceira. Fiquem ligadinhos aqui e lá no canal do YouTube. Para isso, se inscrevam aqui e lá para receber tudo na hora!)

Um forte abraço.

site: meulivroeeu.blogspot.com.br
Beatriz Góes 20/05/2014minha estante
tbm sou estudante de letras, e ri sobre o repertorio lexical. no sentido: é, sei bem a q te referes hahahahha >< qndo vc se da conta começa a falar com esse jargao hahah sobre o livro, gostei. Mas n me deu medo. .-. Os meus favoritos foram A Casa da Infância, Lado B e O Centenário




Lari 04/02/2017

[Resenha] Visões Noturnas, de Maurício Caldeira
Essa obra foi meu primeiro contato com livros de terror e suspense. Eu peguei esse livro e tinha nenhuma expectativa com relação a ele. Notei que faz parte do "Novos Talentos da Literatura Brasileira". Tenho nada contra os novos escritores brasileiros mas, graças a algumas decepções anteriores, fez eu esperar um pouco menos da história. Por isso foi com uma grande e feliz surpresa que me encontrei virando as páginas e não conseguindo largar o livro. Eu simplesmente amei todos os contos. Alguns me cativaram, outros me fizeram pensar, outros me assustaram e outros me deixaram com medo de comer hambúrgueres suspeitos.
Visões Noturnas possui vários contos macabros e sombrios, que mexem com o psicológico e as emoções humanas. Adorei o fato dos contos se interligarem entre si dando a sensação de continuidade. As histórias são tão completas que preciso fazer uma pequena resenha de cada uma:

1. Royal Street Flash
Quatro amigos colocam uma quantia em dinheiro num túmulo aleatório no fundo do cemitério da cidade e decidem fazer uma aposta assustadora: qual deles será o primeiro a conseguir achar essa quantia? Mas tem um detalhe, é a meia-noite, no silêncio total do cemitério. O que começa como uma brincadeira inocente entre amigos vira uma noite de tragédias para os quatro envolvidos.

2. Auriel
Esse foi um dos contos que mais me chocaram. O final dele foi muito surpreendente.
Conta a história de Robson, um cara que perdeu o emprego e decidiu se jogar de cima de um prédio. Quando ele está pronto para pular, aparece Auriel, um cara simpático que mostra ao Robson as coisas boas da vida, mostra quão bom é viver. O final foi chocante, com toda certeza.

3. A Casa da Infância
Conta sobre Joseph, um empresário rico e bem sucedido. Sua única companhia é a solidão. Ele tem mais dinheiro do que o necessário mas se sente infeliz e incompleto. Ele abriu mão do que realmente tem valor: a família. Eu adorei esse conto, onde o Joseph volta à casa da sua infância e ganha uma nova chance de escolha. Adorei o final.

4. A Viagem
Rogério teve uma experiência de pós morte e assim ficou acreditando na existência de espíritos.

5. Como uma Pedra
Esse conto foi bem tenso para mim. Eu, que não tenho medo d'água, fiquei desesperada imaginando uma situação daquelas. Conta a história de Cássio, um homem que pegou dinheiro com um agiota, o "Seu Renato", e não conseguiu pagar. Por causa disso, Renato irá lhe ensinar o que é ter hidrofobia.

6. Embaixo da Cama
Nesse, temos Luciana e Fernando. Um casal que mora numa casa bem longe da cidade. A casa era, literalmente, no meio do mato. Num dia, eles acordam e escutam um barulho muito estranho vindo debaixo da cama. Depois a cama passa a se mexer como se algo muito grande estivesse lá embaixo. Não vou contar o que tinha embaixo da cama para não dar spoiler, mas vou dizer que nesse conto me senti numa invasão alienígena sem ter para onde fugir. Eu senti o pânico dos personagens. Foi bem tenso!

7. Lado B
Nesse conto, não esperava o final que teve. Um boteco da cidade tem um sanduíche famoso por ser super saboroso. Vários querem saber o segredo do sanduíche mas só o dono da receita, o Beto, sabe.
Esse conto nos mostra que tudo tem o seu lado B, um lado oculto e obscuro, só esperando a hora certa de vir à superfície.

8. Alta
Raul está internado no hospital muito mal. Numa certa noite, ele acorda de madrugada e vê um médico levando seu vizinho de maca para fora da sala. No outro dia ele descobre que esse cara tinha morrido. Então, o que será que teria acontecido? Estaria o Raul delirando? Ou algo sobrenatural estava acontecendo?

9. O Centenário
O vovô Osvaldo está completando 100 anos e na sua festa de aniversário ele recebe uma visita inesperada. E essa visita não veio lhe dar um presente, ela veio cobrar uma dívida antiga. E a conta que irá ter que pagar é alta demais.

10. O Elefante é o Pior
Conta a história de Celso e seus bichinhos de pelúcia super fofos. Quando ele cresce, dá os bichinhos ao seu filho. O menino tem medo dos ursinhos, pois eles agem como se tivessem vontade própria. Esse conto, se eu fosse uma criança, me faria ter medo dos meus bichinhos de pelúcia. E ele prova que, sim, o elefante é o pior!!

11. O Arqueiro
Narra a história de um aspirante a arqueiro que, da janela do seu apartamento, atira flechas em pessoas que passam pela praça em frente ao edifício. O Afonso não rouba dos ricos para dar aos pobres como o famoso Robin Hood, ele prefere roubar a vida de inocentes desavisados e causar dor.

12. Força do Hábito
Nesse há mais experiência de pós morte. Um homem acorda de noite com uma grande dor de cabeça e desce para procurar algo para o enjoo. Lá embaixo encontra sua esposa com outro desconhecido e uma jovem menina, que chamam de filha.
Conta a história de um espírito que não aceita sua realidade e acaba fazendo em todas as noites sempre as mesmas coisas.

As sensações desse livro foram tão fortes que enquanto escrevia essa resenha podia senti-las de novo. É como se eu estivesse lendo novamente. Visões Noturnas, como o título já diz, conta sobre os nossos medos que viram monstros durante a noite prontos para nos devorar. Mostra que o medo não está só em seres sobrenaturais e horripilantes, mas sim, nos acontecimentos diários, numa situação corriqueira que pode acontecer com qualquer um de nós. A noite, as trevas, as sombras, a escuridão, o silêncio total. Tudo conspira para aflorar aquela sensação de pavor.
Essa resenha ficou muito grande, do mesmo tamanho que minha admiração por essa obra.

site: http://nomundodoleitor.blogspot.com.br/2017/02/resenha-visoes-noturnas-mauricio-caldeira.html
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Universo dos Le 30/09/2013

Visões Noturnas é o primeiro livro do escritor Maurício Caldeira e reúne doze contos de terror e suspense. No entanto, diferentemente de alguns livros e filmes sobre o assunto, que tentam impor o medo e a angústia com histórias forçadas e apelativas, o livro de Maurício assusta e surpreende pela forma singela com que foi escrito. O autor usa de palavras simples e de um texto extremamente bem construído - os cenários são descritos com inúmeros detalhes e as suas angústias e medos dos personagens são apresentadas aos poucos, o que além de contribuir para a riqueza da história, aumenta o suspense e a curiosidade do leitor.

Com narrativas em primeira e em terceira pessoa, todos os contos são igualmente envolventes. Uma questão interessante nesta coletânea é que vários temores foram abordados: cemitério, morte, suicídio, solidão, bichos de pelúcia etc. Esta diversidade de assuntos, além de comprovar a capacidade de criação do escritor, que não se limita a um contexto único em suas histórias, condiz com uma parte da introdução do livro, em que ele menciona que "o terror está em cada canto".

Entre todos os contos do livro, três despertaram a minha atenção de forma especial: "Alta", "A Casa da Infância" e "A Força do Hábito".

"Alta" conta a história de Raul, que aos 90 anos relembra a época em que ficou internado em um hospital com pneumonia dupla. Os fatos que ocorreram nos dias de internação, quando tinha apenas 20 anos de idade, mudaram a sua vida e a sua ideia da morte - assunto que até então nunca havia passado pela sua cabeça.

"A Casa da Infância" tem Joseph como personagem central. O homem, que sempre foi considerado burro pela família e que sempre tirou notas baixas na escola, foi o único entre os irmãos que conseguiu alcançar sucesso profissional e financeiro. No entanto, o custo desse sucesso foi alto: não casou, não conquistou amigos, e os seus irmãos se afastaram completamente em razão da inveja. Certo dia, em uma viagem à antiga casa em que viveu com os pais, Joseph tem visões estranhas do seu passado e começa a questionar a importância de tudo que alcançou. A partir desse momento, sua vida toma rumos inesperados e o que ele acredita ser a porta para um recomeço é, na verdade, o fim.

"A Força do Hábito" nos apresenta a história de um homem que acorda sem saber onde está e como chegou ali. A angústia, a dúvida, a necessidade de ser visto e o pior: a certeza que o outro dia seria da mesma forma. Como prezo muito pelo controle da vida e das situações que me rodeiam, a angústia desse personagem me tocou com muita intensidade.

Além desses contos, os demais títulos do livro são:

- Royal Street Flash
- Auriel
- A viagem
- Como uma pedra
- Embaixo da cama
- Lado B
- O centenário
- O elefante é o pior
- O arqueiro

Sem dúvida Maurício atingiu o seu objetivo principal: assustou, causou impacto. Confesso que algumas histórias, mesmo sendo fictícias, conseguiram colocar em xeque as minhas crenças e as minhas "certezas".

Destaques e passagens interessantes no blog:

site: http://www.universodosleitores.com/2013/09/visoes-noturnas-de-mauricio-caldeira.html
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Yonara 05/12/2013

Até onde vão seus medos?
Esse livro é uma coletânea de contos onde o autor tenta demonstrar e fazer com que o leitor sinta os diversos tipos de medo que podem assombrar a mente humana. Desde um bichinho de pelúcia no quarto de uma criança até assassinatos a sangue frio. Histórias envolvendo personagens reais e fantasiosos.
Todos os contos se passam na cidade de Monseratt.

ROYAL STREET FLASH: Quatro amigos decidem fazer uma aposta sob a mesa de um bar, uma aposta para testar até onde vai a coragem de um dos três amigos. Eles apostam trezentos reais que Rafael não consegue chegar até o final do cemitério em plena meia noite sem sentir medo. Mas o que os amigos não sabem é que essa aparente aposta irá tomar rumos inesperados que mudará para sempre a vida dos quatro.

AURIEL: Um homem que decide que sua vida não vale a pena ser continuada e decide que irá se jogar do terraço de um prédio, porém quando está quase soltando a mão da grande de proteção para se jogar a morte aparece um homem que tenta convence-lo que a morte não seria a solução.

A CASA DA INFÂNCIA: Esse conto conta a história de um homem bem sucedido em seu trabalho porém infeliz em sua vida pessoal, sem esposa, sem filhos e sua relação com seus irmãos havia sido cortada a muito tempo. Então em uma visita a sua antiga casa, onde poderia matar um pouco da saudade que tanto o consumia, uma serie de acontecimento estranhos acontecem.

A VIAGEM: Um homem está voltando para a sua cidade depois de uma reunião de trabalho, está caindo uma chuva intensa e a neblina está alta. Ele toma cuidado a viagem inteira, apenas se concentrando na esposa e na filha que irá ver dentre de algumas horas. Só que nem todos os motoristas estavam pensando daquela maneira, um caminhão acaba tombando na pista causando um terrível acidente, porém Rogério acaba escapando milagrosamente, e logo alguns metros depois do acidente encontra um homem na estrada e decide dar carona para ele.

COMO UMA PEDRA: Um pintor de quadros está devendo muito dinheiro a um famoso agiota da cidade, porém não consegue dinheiro para pagar essa dívida, e o agiota, Sr. Renato, tem sua própria maneira de acertar as contas em casos como esse.

EMBAIXO DA CAMA: Um casal descansa tranquilamente em sua cama quando são despertados por sua cama que começa a mexer compulsivamente, então o casal percebe que há algo sobrenatural embaixo dela.

LADO B: Um polícial cansado de sua rotina de trabalho vai a um bar tomar uma cerveja e comer um sanduíche. Obs: Não tem como eu resenhar mais sobre esse conto sem dar spoiler.

ALTA: Um homem de 20 anos é internado em um hospital devido a uma séria pneumonia, porém como a história se passa em 1938, sua melhora é longa e dificultosa, então o período que ele passa internado naquele hospital começa a ver coisas extraordinárias impossíveis de se acreditar.

O CENTENÁRIO: Um homem completa os seus 100 anos de vida, e depois de sua animada festa de aniversário vai se deitar e então seu passado, que até então tentava esquecer, vem à tona para assombrá-lo.

O ELEFANTE É O PIOR: Um menino ganha de presente de seu pai um urso e um elefante de pelúcia, porém os bichinhos não passam tranquilidade para o menino como deviam passar, muito pelo contrário.

O ARQUEIRO: Um homem entediado que decide treinar suas habilidades de arco e flecha de uma forma sombria.

A FORÇA DO HÁBITO: Um homem alcoólatra acorda depois de uma das suas costumeiras bebedeiras, porém está tudo muito diferente, e ele está muito tonto e com uma cede imensa, porém quando chega a sala de estar ele tem uma surpresa.

Minha opinião pessoal sobre o livro é a seguinte:
Achei alguns contos muito bons, outros bem fraquinhos, achei detalhista demais em partes desnecessárias, e isso deixou a leitura um pouco cansativa. Sei que o autor tentou retratar o medo de diversas formas no livro, ele explica isso incrivelmente bem no começo do livro, adorei a forma com que ele fala como nos sentimos perante o medo, e como mesmo assim instigamos ele. Mesmo assim, esperava ficar realmente com medo lendo os contos, mas não aconteceu, em alguns eu realmente fiquei curiosa e super ansiosa para saber o que iria acontecer com o personagem, mas aquele medo que surge quando lemos algo e que temos receio até de olhar para trás não aconteceu. Teve um conto em especial o "Como uma Pedra" que não me deu medo em si, de ler, mas sim agonia, esse realmente me deu calafrios de ler.
O conto que eu mais gostei foi "O elefante é o pior" é o tipo de terror que eu gosto, aquele que envolve objetos que não deveriam mas se tornam meio macabros.


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Kétrin 19/01/2014

Incríveel
Até onde vão seus medos?
Pra quem não sabe, eu sou totalmente apaixonada por filmes, séries, livros, que tenham como tema o terror ou suspense. Esse foi o primeiro livro de terror que eu li, e eu ADOREI.
O livro é dividido em 12 contos, muito rápidos de ler, principalmente porque a leitura te prende até que consiga terminar pelo menos um conto. Então vamos conhecer um pouquinho sobre cada um.

Royal street flash conta a história de quatro amigos, um jogo de pôquer e uma aposta. Toda sexta-feira eles se reuniam para uma jogadinha de pôquer, até que em um desses dias eles estavam conversando sobre medos, e um desses amigos alegou que não tinha medo de nada. E foi aí que entrou a aposta, apostaram entrar a meia noite em um cemitério, mas ele teria que entrar sozinho pra ganhar a aposta, mas os outros três amigos resolveram tirar com a cara dele, e eles iriam entrar escondidos juntos pra fazer barulhos e assustar ele... e foi aí que coisas bizarras começaram a acontecer...
... Uma simples e terrível aposta, que modificaria por completo o rumo de nossas vidas.

Auriel mostra a história de Robson, um homem rico, mas com o casamento infeliz, a esposa amava apenas o dinheiro dele. Robson se sentia um inútil, trabalhava tanto e quando chegava em casa só ganhava rejeição da esposa, até que um dia ele resolveu se jogar do alto de um prédio. Quando ele estava se preparando pra pular, apareceu um homem e começou a conversar com ele, querendo saber o porque dele se matar, e tentando fazê-lo mudar de ideia. Mas será que esse homem era um anjo, ou era a morte?
Pulo de costas ou de frente? , pensou. Mas que diabo, de que aquilo importava? De costas ou de frente, o objetivo era o mesmo: espatifar-se lá embaixo e ficar livre de tudo e de todos. Robson começou a irritar-se consigo mesmo. Não havia mais tempo a perder. Ou saltava logo ou seria capaz de desistir da ideia.

A casa da infância conta sobre Joseph, um homem que é dono de uma empresa de consultoria de negócios, tem muito dinheiro, mas nenhuma felicidade. Sua mãe havia morrido e seus irmãos o odiavam, por ele sempre ser o preferido, então ele era muito sozinho. Um dia ele passou em frente a sua antiga casa onde morou quando era criança, e estava com uma placa de vende-se, Joseph correu e comprou a casa. Quando ele começou a frequentá-la, visitando e relembrando da sua infância, coisas estranhas começaram a acontecer...
...A saudade é como um roedor, somente esperando que você o liberte para roer suas entranhas. Ele está lá, sempre lá, escondido, adormecido, porém nunca morto. Basta que seu cérebro dê a ordem que o liberte, para que ele comece a se alimentar do seu coração.

A viagem fala sobre Rogério, ele estava a caminho para uma cidade vizinha em função de uma reunião do serviço. E para o azar dele, estava chovendo muito, ele já estava começando a ficar com medo que algo ruim acontecesse, pois os carros corriam e ultrapassavam sem medo nenhum. Até que uma hora um caminhão que carregava combustível foi ultrapassar Rogério, e adivinhem? O caminhão tombou, o combustível do tanque explodiu e formou uma imensa bola de fogo. Rogério pensou que aquele seria seu fim, mas pra sua surpresa ele saiu ileso dessa. Logo ele parou o carro e viu todo o estrago que aconteceu, e se sentiu um sortudo por ter escapado dessa. Foi então que ele viu um homem ali sozinho e deu carona pra ele. Rogério percebeu que tinha algo estranho acontecendo, até que uma hora ele se lembrou de algumas lendas urbanas em que fantasmas pedem carona logo após um acidente. E ele se gelou todo, ainda mais depois que o homem pediu pra descer em frente ao cemitério, Rogério não se aguentou a foi atrás do homem pra ver o que ele faria, e foi aí que ele teve uma grande surpresa...
...Rogério sentiu um frio correndo pela espinha, que se espalhou, gélido, por cada ponto do seu corpo. Não havia muito a fazer. Segurou firmemente o volante, abaixou a cabeça e soltou a expressão clássica de quem vê a morte de frente: um puta que o pariu, praticamente soletrando letra a letra.

Como uma pedra conta sobre Cássio, que fez um empréstimo com um gângster conhecido como Seu Renato, que cobrava juros enormes depois, mas era o mais famoso por aquele local. Cássio já havia feito outros empréstimos antes com Seu Renato e pagou tudo certinho. Mas o último empréstimo que fez, ele se apertou e não conseguiu pagar. O que será que o Seu Renato fazia com quem não pagava? E quais seriam as consequências?
Quando se tem um inimigo, o mais prudente a fazer é conhecê-lo a fundo. É muito importante conhecê-lo em cada ponto, em cada detalhe, e estar sempre uma jogada a frente, em caso de haver necessidade de enfrentá-lo cara a cara. Isso tudo soa muito bonito, mas é praticamente uma regra o fato de que o inimigo parece estar sempre duas jogadas a nossa frente.

Embaixo da cama é sobre um casal, Fernando e Luciana, extremamente ricos e cheios de mordomia, gostavam de ficar sozinhos, sem barulho, e compraram uma casa que ficava praticamente no meio do nada, o único acesso era por uma pequena estrada de terra que saía na rodovia principal. Certa noite estavam dormindo, e Luciana acorda porque sente que a cama se ergueu, para surpresa dos dois, havia alguma coisa embaixo da cama, mas o que será que era? Uma pessoa? Um animal? Um alien? Eles não sabem, mas estão prestes a descobrir...
...A cama voltou a sacudir, novamente sendo levantada para o alto e largada logo em seguida. Parou por alguns instantes e recomeçou, sendo arrastada por alguns centímetros.

Lado B veremos que na cidade tem muitas pessoas desaparecendo misteriosamente, e claro que tem um assassino aí por trás, e vamos descobrir quem é. Ou melhor, será que realmente sabemos o que comemos fora de casa?
- Isso mesmo, existe um padrão no desaparecimento dessas pessoas, meu amigo. É assim que os assassinos em série atuam. Com um padrão. E esse padrão tem uma lógica que ainda não descobrimos. Mas, com certeza, para o criminoso, existe uma lógica.

Em Alta conhecemos a história de Raul, que estava muito doente e foi internado em um hospital, e durante esses dias em que ele estava lá, começou a ver coisas estranhas acontecendo com alguns dos pacientes. Basicamente nos mostra um ponto de vista de como que é a passagem para o outro lado, após a morte.
Sim, a morte é um mistério, o maior de todos os mistérios enfrentados pelo ser humano. E a única certeza é de que um dia, seja quando for esse dia, você a enfrentará. E não vencerá. Não há como ganhar. Ela sempre vence.

O centenário conta sobre Osvaldo, ele acaba de fazer cem anos, e bem no dia do seu aniversário ele é surpreendido com uma presença que faz com que ele se lembre de todos os erros que ele cometeu durante sua vida, e o seu passado começa a persegui-lo e ele precisa tomar uma decisão...
Sim, Osvaldo sabia que aqueles catorze anos existiram. Não podiam sem apagados. Mas estavam lá atrás, mortos em coma - , enterrados prontos para sair e ele não pretendia exumá-los de forma alguma. Mas os outros sim.

O elefante é o pior fala de Celso, e ele conta sobre a sua infância, a parte que marcou sua vida. Quando o pai dele compra dois animais de pelúcia, um urso e um elefante, mas quando ele toca no elefante, Celso jura que sentiu o seu coração bater. Isso mesmo, esses animais de pelúcia, não são nenhum brinquedo...
Ambos eram realmente bonitos, mas não me inspiravam confiança. Não sei como alguém pode não ter confiança em um bicho de pelúcia, mas era assim que eu me sentia. Tanto o urso quanto o elefante tinham olhares ameaçadores. Era como se estivessem em posição de ataque e vissem em mim uma presa fácil.

O arqueiro mostra Afonso, um velho que tinha aparência de um ogro. Ele mora sozinho em um apartamento, e um dia ele compra de índios um arco e flechas, e sabe o que acontece em seguida? O terror em uma praça próxima do apartamento, só se vê flechas em todo lugar, pessoas morrendo e muito sangue...
... Nova subida na escada, nova mira, nova flecha, novo tensionamento do arco, novo alvo...

Força do hábito... imagina você acordando em um lugar completamente diferente, onde não conhece ninguém, mas que por algum motivo essas pessoas não conseguem vê-lo. Em que toda vez que você acorda, parece que está bêbado e não se lembra do que aconteceu, sempre parecendo que você está vivendo um sonho, e quando tenta caminhar só consegue cambalear. Imagina todas as noites serem assim...
O sonho termina de ser montado na minha mente. Sinto que um sono pesado, muito mais forte do que eu, se aproxima. Ele vai me arrebatar e não há nada que eu possa fazer. Assim que isso acontecer, eu adormecerei profundamente. E voltarei a acordar naquela que penso ser minha cama.

Bem, esses contos me ganharam facilmente,eu recomendo para quem aprecia uma história de suspense, com certeza irá gostar dessa coletânia de contos.

site: http://keetring.blogspot.com.br/2014/01/resenha-visoes-noturnas.html
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carolina.trigo. 16/05/2015

Mais Um Brasileiro para A Lista - Visões Noturnas
"A felicidade vai sendo adiada, adiada e adiada, até que não haja mais tempo para encontrá-la. É quando as pessoas fazem, então, a felicidade dos vermes que roem suas frias carnes que para nada mais prestam, a não ser para adubar a terra ou para sujar os lençóis freáticos das cidades com o suco da decomposição. É a eterna e doce ilusão do ser humano de que sempre haverá um amanhã para consertar as besteiras feitas hoje. Talvez o mundo devesse ser devolvido aos macacos, para que, dessa vez, fizessem as coisas direito..." (Conto A Casa da Infância)

Visões Noturnas, do Maurício Caldeira, Editora Novo Século, é um livro de contos de suspense e terror.
Eu estava muito animada para lê-lo, mas tenho um sério problemas com contos, nunca consigo terminá-los. E para ser sincera, fiquei parada por volta do terceiro contos um bom tempo sem conseguir continuá-lo, e não era por não ser bom, e sim porque tenho dificuldades de continuar, não existe um ritmo ao longo do livro.
Mas depois de um tempo coloquei na minha cabeça que tinha que terminar, senão, não iria dormir sossegada, e posso afirmar que o livro e os contos são muito bons!
Tive alguns preferidos, que simplesmente amei! Outros não gostei tanto, mas mais por não ser muito meu estilo..., mas recomendo para todos.
Não tive medo em nenhum deles, pois são bem poucos que se tratam do medo paranormal. Quase todos tratam mais do medo psicológico, daqueles que você pensa antes de fazer algo para não ter aquela consequência no futuro.
Essa capa é fantástica, faz a gente se arrepiar. Ela é uma daquelas que a gente compra só por causa dela. O texto também é muito bem escrito e com frases e parágrafos muito inteligentes. Retirei vários momentos para anotar.
Todos os contos se passam na mesma cidade, Monserrat.

"- Denis, vou te dizer uma coisa. A verdadeira loucura está na total normalidade. Uma pessoa normal vê uma desajustada como louca, mas o contrário também acontece." (Conto A Casa da infância)

São 12 contos: Royal Street Flash - Auriel - A Casa da Infância - A viagem - Como uma Pedra - Embaixo da Cama - Lado B - Alta - O Centenário - O Elefante é o Pior - O Arqueiro - Força do Hábito.
Os que mais gostei foram: Auriel, A Casa da Infância, A Viagem, Lado B, O Centenário e Força de Hábito (bastante, mas fazer o que, não consigo escolher só um)
Fico muito feliz ao ver cada vez mais os autores nacionais ganhando mais credibilidade e crescendo.
Fica a dica, mais um para a lista!

Até o próximo e boa leitura!
Carol!

site: http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com.br/2015/03/mais-um-brasileiro-para-lista-visoes.html
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Augusto 24/06/2015

Narrativa contagiante.
Visões noturnas é um daqueles livros com início simples, arquitetado devagar, mais que acaba por surpreender e nos conduz ao centro da história com tamanha voracidade, assim como uma bala saindo do cano de um revólver. Pá pum. Quando você percebe, você está vivendo o que os personagens estão vivendo, sentindo as mesmas emoções e os mesmos medos.
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Nandes 10/10/2015

terror brazuca!!
Maurício Caldeiras nos apresenta mundos diferentes situados em uma única cidade: Monserrat. Na minha busca por um escritor de suspense e terror que não fosse Stephen King (Autor que sou muito fã) encontrei este livro brazuca. E o que eu descubro? Maurício é muito fã do Stephen K também. haha - Pude perceber isso em seus contos. A narrativa e alguns diálogos se assemelham ao monstro (no bom sentido) do suspense. Vi claramente a influência de Stephen King. Contudo, o livro é bem elaborado e interessante em alguns aspectos. Reparei que ele faz conexões entre as histórias, quem ler vai perceber isso. É um livro que assusta e encanta como no conto "A casa da infância" .. simplesmente fantástico. O primeiro conto não achei tao bom, pois ficou com um jeitão meio Cine Trash.. rs (se é que alguem sabe o que é isso ).. mas enfim, adorei ler o Livro e é uma motivação pra mim que também escrevo contos e histórias de terror. Leio o gênero terror/suspense há muitos anos e sou um pouco exigente. Não gostei de todo o livro mas alguns contos valeram pelos outros. A narrativa é bem detalhista (outra característica tipica do Stephen King) e os diálogos são interessantes em alguns contos e um pouco cansativos em outros. No fim das contas é um bom livro de terror e suspense. Vale a pena ser lido. O livro começa um pouco fraco nos dois primeiros contos mas amadurece e os contos vão ficando cada vez melhores. Alguns como "A casa da infância", "A viagem", "Lado B" ,"Como uma pedra", "Centenário " e "O elefante é pior" são bons exemplos de uma leitura que te faz ler e ler, e te prende até você chegar ao veredito final. Meus favoriros são: "A casa da infância" "Como uma pedra" e "O elefante e pior".
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Khrys Anjos 08/12/2015

Abrindo a visão para a vida
Em cada conto deste livro encontramos uma mensagem especial. São situações que podem acontecer na vida de qualquer um.

Mas a principal pergunta que fica no ar é: Seu medo é de algo real ou fruto da sua imaginação?

Quando lidamos com o medo de algo palpável fica mais fácil encontrar a coragem para enfrentá-lo. Já o medo criado pela nossa imaginação pode nos levar para o abismo.

No conto Royal Street Flash temos um grupo de amigos que resolve fazer uma aposta. O que parecia ser uma brincadeira de criança acaba se tornando o ponto da mudança trágica na vida desses 4 amigos. Luiz teve a chance de fazer a diferença no destino da estória mas não quis dar a devida atenção ao seu sonho.

Em Auriel o suicida Robson acaba percebendo que sua vida não era tão ruim quanto ele imaginava. Pena que não teve tempo para desfrutar desta descoberta.

Em A casa da infância temos a mensagem mais forte do livro. Joseph, um empresário rico que tem como companhia a solidão. Ele conseguiu acumular mais dinheiro do que o necessário para viver mas abriu mão do que realmente tem valor nesta vida: a família.

No conto A viagem conhecemos o Rogério que teve uma experiência pós morte para acreditar na existência dos espíritos.

Em Como uma pedra Cássio aprende uma dura lição do agiota "Seu Renato" do que significa hidrofobia (agora sei por que não aprendi a nadar).

No Embaixo da cama temos o casal Fernando e Luciana que descobrem que o quarto de dormir pode não ser um local tão seguro quanto imaginavam.

Em Lado B somos apresentados a uma possível realidade. Todos nós temos um lado que não mostramos ao mundo mas que está ali só aguardando a oportunidade de vir á tona (ainda bem que sou vegetariana e não corro o risco de experimentar esta "nova" modalidade de sanduíche).

No conto Alta conhecemos a estória de Raul que teve uma experiência com o médico que vem acompanhar os espíritos de quem faz a passagem para a além.

Em O centenário conhecemos o vô Osvaldo que na sua festa do centésimo aniversário recebe uma visitinha especial e acabe tendo que pagar uma antiga dívida.

Em O elefante é o pior conhecemos o Celso e seus "bichinhos de pelúcia" super fofos que fizeram parte da sua infância e mais tarde da infância do seu filho.

No conto O arqueiro temos o aspirante a Robin Hood o Afonso que não rouba dos ricos para dar aos pobres. Ele prefere roubar a vida dos distraídos de uma praça.

Em Força do hábito temos mais uma experiência de pós morte onde um espírito não aceita sua nova realidade e passa a fazer todas as noites sempre a mesma coisa.

Como vocês podem perceber são situações que podem acontecer com qualquer um de nós. Uma brincadeira que foge do controle e se transforma numa tragédia; A pessoa que resolve desistir da vida e descobre no último momento o grande erro que está para cometer; A descoberta do que realmente vale a pena nesta vida: o amor da sua família; Uma experiência que irá colocar nossas crenças em xeque mate: a existência da vida após a morte; Um agiota não é seu amigo por isto pense bem antes de procurá-lo ou poderá descobrir que sofre de hidrofobia; A imaginação humana não tem limites e pode transformar seu quarto de dormir no seu pior pesadelo; Todas as pessoas possuem um lado que não temos aceso e que devemos ter cautela ao lidar com as pessoas; Que até mesmo aquela pessoa super fofa pode ter um passado tenebroso a esconder; Algumas situações não têm explicação e seu filho pode estar dizendo a verdade quando diz que tem medo do bichinho de pelúcia que ganhou de presente; Uma pessoa pode surtar de uma hora para outra e resolver aprender uma técnica nova tipo acertar os vizinhos com uma flecha; E que se você não se preparar para a sua passagem para o outro lado da vida poderá passar a eternidade fazendo exatamente a mesma coisa.

São situações que colocam o leitor para refletir. Qual a verdadeira origem do meu medo? Posso superá-lo sozinho ou precisarei procurar ajuda de um amigo ou de um profissional?

O título do livro é sugestivo pois é exatamente durante a noite que nossos medos se transformam em monstros e vêm nos devorar. A escuridão, as sombras, as trevas. Tudo conspira para aflorar o pior lado do ser humano.

Mas só é feliz aquele que consegue superar o seu medo. Não adianta fugir e se esconder. Por mais horrível que seja devemos encará-lo de frente e mostrar a nossa força interior.


site: http://minhamontanharussadeemocoes.blogspot.com.br/2014/01/resenha-visoes-noturnas-mauricio.html
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