Pseudo emo 09/09/2023
Um quebra cabeça minuciosamente desenvolvido
O início desse livro pode ser um pouco cansativo, mas ele definitivamente vale a leitura.
Os três núcleos; político, familiar e policial são muito desenvolvidos, fazendo o leitor imergir na história, nos personagens e na vida de Nanna. Tem quem ame jogo de poder, o que não é meu caso, então o núcleo de Hartmann na prefeitura me desafiou a terminar a leitura, muito enrolado, muito chato e no final muito irrelevante.
A família de Nanna sofre muito ao longo do livro, as vezes é frustrante de ver as reações deles com as situações, mas é uma boa alegoria das diferentes formas de luto, como cada perfil lida com algo tão forte quanto perder uma filha assim.
Por fim, o enredo policial é sem dúvidas o melhor. Claro, se levar em conta a quantidade de caminhos que eles levaram até o final e todas as repercussões que as investigações tiveram, é de se ter raiva da polícia. Mas a Lund cativa muito com a esperteza e a forma que, mesmo obcecada e maluca ela é a única que realmente se importa com o caso, fazendo de tudo pra descobrir a verdade.
Quando tudo se desdobra fica um gosto amargo na boca, fiquei pensando sobre o quanto a verdade realmente importava, o quanto ela mudaria as coisas, o quanto ela ajudaria e o quanto tornaria ainda mais difícil de digerir. O sentimento final de Lund é passado pro leitor, então terminei o livro muito reflexiva e inevitavelmente triste.
Como demorei muito pra ler esse livro desde o dia que comprei, decidi fazer a resenha, mas não podia deixar de destacar as coisas bobas que me deixaram maluca durante a leitura
- a descrição repetitiva dos personagens (pernille sempre com o caso caqui, Lund com o blusão preto e branco, Thein como "homenzarrao")
- descrição exagerada da cena nos primeiros capítulos
- a demora pra engatar em caminhos acertivos e de sair de caminhos óbvios que não levavam a lugar nenhum, as vezes sinto q enrolaram demais nas diferentes buscas.