Na pele de um dalit

Na pele de um dalit Marc Boulet




Resenhas - Na pele de um dalit


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cid 15/09/2009

Cumpra o dever com a sua casta e renasça melhor numa proxima vida
Apesar de abolido, pela constituição da India independente, o sistema de castas é uma realidade inegável na vida do hindu. O autor, jornalista, escureceu a pele , vestiu-se adequadamente, e com a identidade de um aborígene intocável mendiga nas ruas de Benares.Tudo como preparação para o novo livro, que escreverá retratando a vida de um mendigo intocável. O fundo do poço da sociedade hindu.Mas, Marc Boulet é preconceituoso demais, olha a India com a pretensa superioridade dos europeus.E várias vezes repete a frase : " Tenho vergonha de ser indiano", Como assim ???? E ele , que pensa saber tudo, declara que o Hinduismo é o culpado do sistema de castas. Mas, os indianos não conseguem ver isso... Se o autor olhasse a India com olhos mais lúcidos, e fosse mais sincero nas suas colocações faria um trabalho melhor. Chega a disputar lugar junto ao Ganges para mendigar, e acaba odiando os mendigos velhos , que o mandam trabalhar...Mas, existem bons momentos no livro. Gostei quando descreve a vida e o templo de Ravidas, o santo intocável que viveu no seculo XV e lutou por uma sociedade mais igualitária. Fala sobre Ambedkar o lider intocável do seculo XX que lutou toda a sua vida pela justiça social e acabou se convertendo ao Budismo , que ele considerava uma religião igualitária.E é claro criticou Gandhi que com seu apego ao Hinduísmo, acabou fortalecendo o sistema de castas, embora combatesse a intocabilidade.
Aprendi um pouco mais sobre a India, e esse povo tão antigo,e é triste acreditar que tantas pessoas se consideram inferiores, e vivem toda esta vida na miséria, na esperança de um nascimento melhor numa próxima vida.
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Nana 13/07/2009

Uma viagem a Índia!
A história real de um jornalista francês que viveu a experiência de ser mendigo por algumas semanas na Índia.
Um testemunho chocante sobre um país que vive em uma grande miséria, imundo e fedorento, com total falta de respeito com os seres humanos.
O autor relata que o povo é egoísta, intolerante, bruto e fanáticos pela religião, o hinduísmo, e que este fanatismo os torna cruéis e discriminadores.
Os estrangeiros são tratados como pessoas sujas e as mulheres para eles não tem o mínimo valor.
Apesar de ser uma leitura pesada e triste, eu gostei bastante do livro, pois é muito bem escrito, com detalhes e informações que faz com que o leitor se sinta como se estivesse lá.
Recomendo para quem gosta de aprender sobre a cultura de outros povos e seus costumes!
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Erica 05/05/2014

O jornalista M. Boulet, corajosamente fez um mergulho no grau mais baixo da sociedade indiana, sentindo na pele toda humilhação e opressão vividos pelos intocáveis. A separação por castas legalmente não existe, foi abolida da constituição, porém o preconceito imperceptível a primeira vista, está lá presente na vida diária dos dalits.
Boulet viveu por algum tempo como intocável descrevendo o dia a dia deles, fez um retrato fiel da triste realidade dessa fatia da sociedade. A tradução não é perfeita, mas à quem se interessar em conhecer um pouco mais sobre a cultura da India, vale a pena a leitura. Recomendo.
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Luis Netto 06/06/2011

Na Pele de um Dalit
A India é um pais com uma das maiores maiores concentração humana do mundo e onde existe os maiores índices de discriminação para os habitantes, onde a população é dividida por sistema de castas, onde caracteriza o mais ricos como brâmanes e os que vivem na extrema miséria como dalit.
E foi baseado nesses fatos que resolvi escrever sobre a obra de Marc Boulet, "Na Pele de um Dalit". Este livro relata uma reportagem real vivida pela autor, um francês nascido em 1959, formado em jornalismo e línguas orientais.
Marc Boulet, para dar veracidade a sua historia, faz um projeto onde ele passa a viver como um nativo Dalit e consegue extrair desta experiencia dados para contar uma bela historia, que classifico de imperdivel para todos os leitores que apreciam uma boa leitura. Marc Boulet é poliglota e fala albanês, inglês, chinês, coreano, hindi e italiano, mas para escrever “Na Pele de um Dalit”, Marc Boulet teve que usar muito a língua hindi,a mais usada pelos dalits.
Para tornar seu livro mais completo e real, resolveu estudar os dalits, e ao “decorar” todos os seus costumes, decidiu se tornar um, para isso, teve que escurecer a pele, deixar crescer o bigode e vestir-se com uma roupa suja fedendo urina foi morar e viver de esmolas como a maioria dos indianos desta casta.
Mudou seu nome para Ram Munda, e com estas características foi encarar a vida do povo visto na India como os intocáveis, os impuros, aqueles dos quais toda população tem nojo, o Mundo Dalit.
Os dalits, também conhecidos como párias, são todos aqueles que violaram o sistema de castas por meio da infração de alguma regra social. Em conseqüência, realizam trabalhos considerados desprezíveis, como a limpeza de esgotos, o recolhimento do lixo e o manejo com os mortos. Uma vez rebaixado como dalit, a pessoa coloca todos seus descendentes nesta mesma posição.

Os “impuros” são normalmente expulsos de suas aldeias, para que não venham a contaminar as outras castas. Não podem nem mesmo utilizar os potes de água ou entrar nos templos.
Nas escolas, em certas cidades, não podem entrar nas salas de aula, devendo se manter do lado de fora. E naquelas em que lhes é permitido entrar, devem ocupar os últimos lugares.
São os conhecidos Dalits.
A palavra indiana Dalit significa “quebrado/pisado/oprimido”.
Em Bombaim, cidade conhecida mundialmente pela sujeira, a grande maioria deles está instalada em numerosas favelas, buscando refúgio nas ruelas e calçadas atulhadas de lixo e cães vadios, ou pedindo esmola aos turistas, no centro da cidade.
No tocante à religião, não possuem acesso aos templos. E só se dão conta do fosso em que vivem, quando se convertem ao islamismo ou cristianismo, pois o hinduísmo legitima o sistema de castas, a ponto de os Dalits acharem que é correto viver dessa maneira. É assim deve ser, sem questionamento ou reclamação.
No plano político, embora correspondam a um numero significativo da população indiana, não são ouvidos pelos dirigentes do país. Não possuem voz.
No plano econômico, mesmo que os governos tentem garantir-lhes o direito de posse de algumas terras, os proprietários rurais das aldeias usam de todo tipo de violência para humilhá-los e assim expulsá-los das terras.
Á vida do povo excluído e oprimido na Índia, é sufocado pelo poder tecnológico, econômico, político ou religioso que predomina no país.
Os Dalits são vítimas de uma humilhação múltipla.
Se formos analisar a situação hoje em dia percebemos que enquanto a Índia cresce cada vez mais, tanto no campo economico, como populacional, ainda prevalece na maioria do Pais, o mesmo pensamento preconceituoso de todos os tempos, mantendo aquela discriminação inconseqüente diante do povo pobre, no qual, Marc Boulet, viveu durante algum tempo.

Os Dalits na Índia são excluídos de todo o bem comum e suas mulheres são violentadas e obrigadas a se prostituírem. São consideradas piores de que um cão, que vive na rua.
Entre os Dalits, a maioria são analfabetos e a mortalidade infantil chega a 10%.
Foi esta a vida que Marc Boulet vivenciou nos momentos que era Dalit, nos momentos em que era excluído da sociedade indiana, era oprimido, humilhado, pisado.
Ele confessa ter sido muito difícil agüentar tal discriminação, mas sua vontade de mostra ao mundo um pouco do sofrimento desse povo, venceu e deu-lhe força para continuar e escrever esta bela obra.
Um livro fantástico.
Recomendo a todos.
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Tania Capel 27/12/2013

"Em Na Pele de um Dalit, o jornalista francês Marc Boulet faz um relato de sua experiência, quando ficou, durante várias semanas, infiltrado no grupo social mais discriminado da Índia. Para que seu personagem fosse convincente, Marc estudou os costumes do povo, aprendeu o idioma hindi e metamorfoseou-se em um nativo: cabelo despenteado, roupa velha e pele escurecida com tintura para cabelo e nitrato de prata. Sob o nome de Ram Munda, Marc sentiu na pele o que é viver no grau mais baixo de miséria. Durante o período em que esteve misturado aos intocáveis de Benares, ele mendigou, compartilhou sua condição de vida e sofreu as mesmas humilhações. "

O que me atraiu nesse livro foi a coragem do jornalista/ator... criar um personagem e vivê-lo integralmente, sentindo na pele sua pesquisa? Me encantei com a proposta. Comprei o livro!

Não gostei muito da linguagem do jornalista e a tradução também não é nota 10... mas, indico a leitura que é impactante! O trabalho de Marc Boulet também é louvável... se o texto não está bem escrito, ele está bem vivido! Bom refletir sobre outras sociedades e ver como, apesar de todas as críticas, construímos igualdade e respeito! Viva nossa cultura brasileiríssima!!
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Boure 19/11/2014

UM RETRATO ORGÂNICO
O livro é o relato de Marc sobre o mundo hindu, melhor dizendo, um hindu pobre, sujo, um intocável. Estive na Índia, posso dizer que até mesmo um turista incauto ou meio burro cairia na minha, graças as aventuras de Marc Boulet. Senti a pele indiana, o cheiro, miséria, mesquinhez. Vi pelos olhos de RamMunda, o aborígine no qual Marc se Metamorfoseia, a insana, bela e humana India. Com seu inflexível sistema de castas. Os seus deuses e deusas, suas vacas, suas ruas imundas, seu templos incontáveis, sua abluções, sua pureza insalubre, seus pobres felizes, viajei sobre uma narrativa documental, sem exageros, um relato idôneo sobre um mundo estranho, distante de n´so orientais, que somos para eles intocáveis imundos embora gostem do dinheiro que os ocidentais os leva. No mais digo que sai desse livro com a sensação de ter passado pela India e isso se deve pela maneira em que Marc conduziu sua experiência, deixando vivo sua vivência intima com o mundo real que os turistas não veem. Senti-me mais conhecedor e mais afortunado que muitos turistas e no mais nem o livro comprei. Isso sim é um negócio da India . Leiam.

site: http://www.designdoescritor.com/
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Natyspaiva 06/03/2019

A Índia vivenciada na pele de um Intocável
Apesar do sistema de castas ter sido abolido da Constituição desde a independência da Índia, em 1947, ele permanece vivo na cultura do país e direciona todos os aspectos da vida indiana, sendo reforçado pela religião dominante no país: o Hinduísmo. Diferente da segregação em classes sociais existente na maioria dos países capitalistas do mundo, o sistema de castas vincula a condição do ser humano, a forma que deve ser tratado e o papel que ele deve exercer na sociedade a partir do nascimento, sem qualquer possibilidade de ascensão social. De acordo com o Hinduísmo, a casta de reencarnação do indivíduo é determinada por suas ações na vida passada e, por isso, justificada. Neste livro, na pele de Ram Munda, Marc Boulet, jornalista francês, nos mostra a miséria humana, a dura realidade do sistema de castas e as maiores contradições da sociedade e da religiosidade indiana. Como Ram Munda, "Filho de Deus", intocável, aborígene e mendigo, Boulet nos faz sentir os cheiros e as texturas da Índia, o "zoo" em torno do Ganges e o tratamento desumano dado aos intocáveis. Os relatos do livro são viscerais e são muito mais profundos que qualquer turismo poderia nos revelar sobre a Índia, pois foram vivenciados na pele de um homem.
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