A mulher na igreja e na política

A mulher na igreja e na política Maria Isabel da Cruz




Resenhas - A mulher na igreja e na política


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luisera 18/03/2020

Esperava mais
É um livro complicado. Essa seria a melhor definição.

Para a mulher crente que pretende ler, ele é raso. Poucos versículos, pouco enfoque espiritual e muito mais político.
Para a mulher crente e militante, é tendencioso. Os versículos que são abordados no livro são poucos, justamente os mais polêmicos, carecendo de uma interpretação mais profunda, levando em conta o contexto da época.
Para aquela que não é crente, é um livro que vai afastar a pessoa do Evangelho, uma vez que traz a Igreja numa visão machista, patriarcal e misógino (não estou aqui negando que a Igreja tem muitos problemas nessa área porque, de fato, tem). Fala-se muito da igreja instituição, repleta de pecadores e necessitados da Graça de Deus.
Claro que, o ponto do livro é trazer uma abordagem política, histórica e social mesmo, quanto à isso, não vejo problema. O meu problema está justamente na superficialidade e em algumas frases ????? que apresenta.
O livro tem um olhar mais histórico-social da relação mulher-igreja-política, faltando mais olhar espiritual mesmo. Ademais, senti que houve pouco embasamento teórico, poucas fontes, e quando essas foram inseridas, senti que houve uma análise bem superficial e tendenciosa, bem porca mesmo. Para se ter uma ideia, o primeiro versículo no texto só aparece no início do segundo capítulo, na página 33.
Parece muito que a ?fé? dessas mulheres é em alguma divindade/autoridade espiritual, e não no Deus da Bíblia mesmo. A visão de um Deus social e amor apenas, que se preocupa com a vida política e injustiças, quando na verdade, Deus tem mais coisa pra preocupar, além de ser justo.
Seu ponto positivo está justamente em trazer um levantamento histórico de como a igreja católica lidou com a figura da mulher em sua história, com documentos da época. Isso foi legal: o aporte histórico e sociólogo do livro, o background. Mas só isso. Para quem não é cristã mas se interessa dessa área, vai gostar, porquê não apresenta Jesus, o Evangelho real de pregação da palavra (o evangelho do livro é aquele da Teologia da Libertação), o Deus do amor e da justiça e uma visão completamente estereotipada da igreja.

Basicamente: só gostei do levantamento histórico e social; da trajetória política das mulheres na história.
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