Fê 15/07/2015Mais um livro da Richelle que vale mais para relaxar do que para outra coisa. Embora seja melhor que O Poder do Súcubo, também não é lá grande coisa, que prenda, como eu pelo menos sempre espero de Richelle Mead. E vou apontar os erros repetidos deste livro mais para a frente.
Georgina agora se vê às voltas com uma nova súcubo em Seattle. E ele tem que servir de mentora, ou seja, ensinar tudo o que sabe para a garota. Só que a menina é muito, mas muito ruim, e passa um tempão sem pegar ninguém. Georgie não tem muita paciência com ela, mas faz o que Jerome pede. Essa súcubo tem um porquê de estar ali, não vou dar spoilers, mas a maior parte do tempo, ela é completamente dispensável. E a personagem é irritante, sempre chorona. E superficial. Poderia ser cortada sem prejuízo algum.
E como se isso não fosse o suficiente para drenar Georgina de todas as suas energias, ela ainda tem que lidar com estranhos sonhos, muito reais, que acabam deixando Georgie drenada, mesmo depois de um “fix”. E a cada vez que ela sonha, o sonho vai progredindo, cada vez mais mostrando um pouquinho. E é um sonho que mexe muito com Georgina, não só pela perda de energia, mas porque o tema é muito pessoal para ela: maternidade. Agora, sendo súcubo, Georgina não pode ter filhos, e sendo assim, claro que isso é o que ela mais deseja. Além de ficar com Seth, óbvio (ou melhor dizendo, ela queria que ele fosse o pai de seus filhos). Mas, para nós que lemos VA, esses sonhos são extremamente previsíveis (lembram do colar da Rose? Aquele que Victor…bom, não vou falar mais nada). O mistério é: quem anda mandando esses sonhos a Georgina, e por quê? E isso sim prende um pouco.
Enquanto isso, a sinopse ali em cima, super legal, já deu mais um spoiler: a relação de Georgina com Seth está ameaçada por uma outra mulher. E mortal, no less. Mas, de boa, vocês achavam mesmo que ia ser tudo lindo e maravilhoso? E já estava passando da hora de Seth se dar bem também, vamocombiná. Esse negócio de só segurar as mãos, dar uns beijinhos inocentes…já está cansando, francamente. Em outras palavras, o namoro continua na mesma: sem graça.
E esse é um ponto que novamente me incomoda nesta série. Os personagens (neste, com exceção de Seth, que mostrou algum tipo de evolução), são muito fixos, não evoluem. Não gosto disso. Torna os acontecimentos previsíveis, e não deixa espaço para nenhuma análise. E limita o livro. Alguns outros personagens entram, e poderiam ser mais bem explorados, como o vidente Dante, ou os anjos Vincent e Yasmine.
O ponto mais ou menos forte deste é a narrativa. A história flui, e i enredo é um pouco melhor. Mas Richelle capaz de mais, a história continua fraquinha. E neste sim há um bom cliff-hanger para o próximo, mas não espere nada OMG!. Não é nada que deixe a gente com fome de ir para o próximo volume. No geral, este é melhor que o segundo, mas está bem longe de VA ou Bloodlines. Vale só mesmo para relaxar, como eu disse.
Trilha sonora
Mr Sandman, das Chordettes, é perfeita. Dream a little dream of me, The Mamas & The Papas e para fechar, Tainted Love, do Soft Cell (sorry, mas a única versão decente dessa música).
Se você gostou de O Sonho do Súcubo, pode gostar também de:
Vampire Academy – Richelle Mead;
Bloodlines – Richelle Mead;
Os Instrumentos Mortais – Cassandra Clare;
Ahmnat – Julien de Lucca;
Beautiful Creatures – Margareth Stohl e Kami Garcia;
House of Night – P.C. e Kristin Cast.
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