jungesartur 12/09/2023
"Aguardo Deus com gula"
É meu xará (tirando o H), era um rebelde (idem), tem firmeza limitada (eu também), vestia-se com roupas estranhas (eu um pouco menos, mas também), e inaugurou o trajeto da poesia livre, moderna (agradeço, pois eu sigo essa clareira, essa porta aberta, esse trilho), também se interessou pelo oculto e o não oculto, a alma e o corpo, tem suas queixas contra a ciência, o paradigma dos dados, das provas (tudo isso fui extraindo na leitura que fiz hoje cedo do livro), teve um relacionamento homossexual com Verlaine, e morreu aos 37 (estou ainda nos 28 e espero que minha perna não gangrene), de tantas coincidências e semelhanças, cheguei a pensar agora a pouco que eu devo ser uma reencarnação do Arthur Rimbaud! Hahaha piada/só que não, porque ele foi precoce, aos 12 13 anos já manjava do latim, escrevia, nascido na França moderna e eu no Brasil do século XXI (tanta coisa errada/vidinha de merda).
Me encantou a leitura, apesar de lendo também ter pensado que é um pouco datado (somos todos datados, a data de hoje por exemplo é 12 se setembro).
Não saquei ainda qual é a do Rimbaud, talvez porque ele é um poeta, e não estava preocupado em defender um ideal, um tema, mas a abarcar uma profusão deles, em gerar seu idioma, a partir das suas experiência (de Deus, de mundo, de natureza), e deixou-nos belos fantasmas de cortesia.
Dei 4,5 porque não sei, é curto, talvez eu já não entenda tudo por uma diferença de época, mas é um trabalho louvável, grifei muitas coisas.
Salve Rimbaud.