Resenhas - Two Boys Kissing

Ariel 18/10/2013

Eu deveria virar para o lado e dormir, meu cérebro diz isso, mas é impossível depois de ler o que li. Levithan disse que há dez anos não poderia ter escrito um livro como esse, e eu acredito nisso. Boy Meets Boy, o livro que ele escreveu em 2003, já foi difícil por culpa da Infinite Darlene. Olha quanta diferença dez anos fazem! Quantos países e estados já legalizaram o casamento homoafetivo! Não consigo parar de pensar que era isso que Milk tinha em mente quando falava em esperança. A esperança está em ler dois livros, escritos em um intervalo de tempo tão pequeno, mas com tamanhas mudanças. Está em poder ver um casal gay andando de mãos dadas e não ter que olhar outra vez. Está em ler sobre dois garotos se beijando em comparação com a carta que Wilde escreveu a Bosie, com tanta vergonha das acusações de homossexualidade. Está em saber que tanta coisa muda, que o mundo gira, e que nossos "eus" futuros vão ter um lugar melhor para viver.

site: blogspot: collinscalling

RoSousaAlenc 09/04/2020

Minha primeira leitura em inglês. Me orgulho do feito, embora a história não seja das mais incríveis. Apesar disso, ainda é um pouco chocante ter um narrador que morreu em decorrência da epidemia de HIV conduzindo a história e mostrando o quanto devemos ser gratos pela luta e sacrifício da geração anterior.

ANDER CELES 08/06/2021

Um conjunto necessário de alegorias do jovem LGBT
Sempre ouvi falar muito bem desse livro por quem já tinha lido. Nunca, nunca nenhuma opinião negativa. Isso pode ser ruim pra mim, em particular, que não costumo gostar de títulos muito queridos (Me Chame pelo Seu Nome e O Conto da Aia)

Resolvi encarar a versão em inglês do livro, uma porque é um livro curto, ótima chance de aprimorar meu inglês e a capa brasileira é feia (rsrs)

O livro começa muito confuso, apresentando muitos personagens e sendo narrado na segunda pessoa. Ou seja, outra pessoa de fora da história conversa com vc, leitor, enquanto narra a história. Isso foi estranho no começo, não havia pego um livro assim antes, talvez A Menina que Roubava Livros.

Mas quando vc entende quem é quem na história e se acostuma com essa forma se narrar, tudo flui tranquilo. E o resto, é história. E quantas histórias! A gente acompanha histórias separadas e independentes nesse livro, mas todas tratam da mesma questão, ser um jovem gay.

Esse tema é abordado de diversos ângulos, mostrando muitas situações diferentes umas das outras. Situações de preconceito dentro da família, com estranhos, com conhecidos. Situações de aceitação e de autoaceitação. E cada personagem é muito único. Cada um com personalidades bem definidas, e muito identificáveis. E isso é um grande mérito do autor, que conseguiu isso em menos de 200 páginas.

E vendo o título e a capa do livro, vc pensa que os meninos vão ficar se beijando e ok. Mas não. Enquanto o beijo acontece, muita coisa acontece com eles e por conta deles. Sério, são muitas as questões abordadas só nessa situação, fora a história dos demais personagens.

Enfim, livro que merece ser lido mais de uma vez por qualquer pessoa e, principalmente, por adolescentes gays. Muita, muita coisa vai ser abstraída daí. Menos cabeçada para dar, kkkk.

lacklusterstarchild 31/03/2023

You?ve made it to another (gay) day
Yesterday i was reading Didion?s The White Album and between rich students alleging to the political student movement of the 60?s claiming to represent the Third Word Students, she pointed towards the ?aimlessness of the bourgeoisie?.

Two Boys Kissing encompasses the need for people, teenagers in this case, to latch onto something in order to find meaning and, therefore, their purpose in the world. It does this by presenting the story of the living through the eyes of the dead, drawing a parallel of differences and continuation. Their aim is happiness lived and shared.

Levithan?s writing feels like a warm hug and a ?You?ll be okay? reminder. It is so insightful and lyrical but still poignant and never boring, never aimless.

Beto 03/10/2016

"I can't stop now, I'm sorry"
"People like to say being gay isn't like skin color, isn't anything physical. They tell us we always have the option of hiding. But if that's true, why do they always find us?"

"Two boys kissing" ou "Dois garotos se beijando", livro do amado David Levithan é um livro único e diferente de todos do gênero que eu já li. Devo confessar que sempre postergava a leitura deste livro por ter a impressão de ser uma história superficial, fútil, talvez em razão do título. Mas eu não poderia estar mais enganado!!

A escrita maravilhosa do Levithan me emocionou diversas vezes. O livro é extremamente profundo e aborda temas como aceitação, preconceito e relacionamentos LGBT. Acompanhamos várias personagens: Craig e Harry, Peter e Neil, Avery e Ryan e Cooper. É muito fácil você se apegar a cada um desses personagens, cada um tem uma história, um drama diferente, e quando você se dá conta se apaixona, chora e sofre junto com cada um deles.

O mais surpreendente de "Dois garotos se beijando" é a narrativa. Foi fantástico ter como narrador homossexuais que perderam suas vidas em razão da AIDS. Não tenho palavras para descrever o quão sensacional é essa experiência, apenas posso dizer: LEIAM! Com certeza, 5 estrelas e favoritado da vida!!!

"It killed us, to be picked on, to be ridiculed for being something we weren't even allowed to be. So many of us first heard the word gay as an insult, an abomination. So many of us were called faggot before we even knew what that meant."

site: http://meulivrogay.blogspot.com.br/2016/10/two-boys-kissing.html

oikawaspet 21/03/2020

Two boys kissing
Chorei, ri, sorri e me senti representada nos medos, esperanças e felicidades dos personagens.
De maneira tocante, a narração em tom melancólico, traz realidades tristes que pessoas lgbtqia+ vivenciam. Mas o amor é o tema principal.
O amor de um ex casal que confiam tanto um no outro que passam 32 horas beijando-se.
O amor de um casal que apesar de terem experiências diferentes com suas famílias, se amam e por enquanto basta.
O amor que gostaríamos de receber dos pais quando contamos (ou acabamos por nos expondo sem querer) quem realmente somos.
O livro é maravilhoso e totalmente sensível. Amei a representação presente e sinto que preciso de mais livros assim.

bia prado 11/04/2015

Oh my fucking jesus onde fui me meter *O*
“Maravilhoso” será a primeira palavra desta resenha pois simplesmente, profundamente, amei DGSB.
A narrativa é feita por homossexuais que morreram em decorrência da AIDS e pode até soar estranho, mas esse ponto de vista diferente é escrito com tal maestria que torna o livro ainda mais único. Esses “fantasmas” contam histórias distintas que se conectam pelo fato de apresentarem assuntos comuns como amor, auto conhecimento e adaptação.
Com personagens muito bem desenvolvidos, todos são inesquecíveis, e acima de tudo, humanos. Ao passar das páginas é impossível não sentir que esse adolescentes - Harry, Craig, Cooper, Avery, Ryan, Neil, Peter - são pessoas reais. E esse é o ponto, eles são.
Ler esse lançamento só reforçou minha admiração e respeito por Levithan, tanto como pessoa (por apoiar os direitos gays) quanto como escritor (por me deixar emocionada e me dar uns tapas na cara). Ele realmente escreve com a alma e, em seus livros, é visível como coloca tudo que o sufoca para fora. Sendo assim, há uma crítica social bem explicita. Por exemplo sobre o padrão de beleza que nos é vendido, como pessoas LGBT conquistaram muito, mas como infelizmente ainda existe muito preconceito e discriminação, como esse jovens estão revolucionando o mundo simplesmente por terem coragem de serem eles mesmos, como a internet pode ser uma fuga da realidade, os rótulos, a rejeição dos pais etc.
Portanto, os problemas enfrentados pelos personagens são muito reais, eles acontecem todos os dias. E para enfrentar essas barreiras, o suporte dos amigos/familiares/estranhos é muito importante. Porque sempre haverá “haters” e pessoas que se opõem a forma como outros decidem ser felizes. Mas, entre todas as mensagens valiosas passadas, é importante que compreendamos que para todo ser querendo te derrubar, haverá o dobro disposto a te ajuda e a te reerguer de novo. Isso, em essência, é DGSB.
Para finalizar, esse não é um livro apenas sobre dois garotos querendo quebrar o recorde mundial de maior beijo. É um livro que retrata a juventude atual, com seus medos, ambições e imperfeições.
Não contei muito porque há pequenos detalhes/momentos encantadores que você deve descobrir por conta própria. Espero ter te deixado tentado rs. Não, ele não é para todos, mas dê-o uma chance. Pode ser que você se surpreenda assim como eu. SUPER recomendo!!!!!!
PS: Leiam Todo Dia, também do David Levithan, porque é incrível.

site: https://instagram.com/p/1WYy5BBbeP/?taken-by=trechosdelivros

Rafa 03/06/2016

Chorei!
Posso dizer que ao escrever isso eu ainda estou chorando com o final desse livro! David Levithan é um escritor incrível que conseguiu me surpreender de novo com mais um livro maravilhoso. Eu me conectei de todas as formas possíveis com todos os personagens! Fora que a escrita dele é simplesmente maravilhosa!!!!

Rouge 28/09/2018

Me deu vontade de sair distribuindo
Confesso que já li muitas histórias gays nessa vida, mas nenhuma como essa. A experiência LGBT na carne, com suas coisas ruins mas também com as coisas boas. Com a história, a diversidade de indivíduos num mesmo "grupo" (garotos gays, no caso), os mesmos dramas de todo mundo, os dramas de todos os LGBT+, os dramas de todos os adolescentes, e os dramas tão específicos dos garotos gays.

Para mim, mais do que a história, o que tocou fundo na alma foi a narração única. Nunca tinha visto um livro com esse ponto de vista, e até fiquei um pouco confusa nos primeiros minutos de leitura, mas valeu a pena. Às vezes é fácil esquecer as coisas que esse livro trás à tona. É fácil esquecer o que está para trás e também o que está pela frente.

Eu quis comprar mil exemplares desse livro e dar para todo o menino gay que encontrasse, pra que cada um deles pudesse se ver retratado de tantas formas nas páginas de um livro, e sentissem toda a importância de sua existência, assim como eu fiquei sentindo depois de terminar de ler.

PS: Esse livro tem tradução para o português?

Samara Baraúna 05/04/2022

lendo ele pela segunda vez e parece que é o primeiro contato. chorei igual ou pior do que na outra vez e foi um misto de sentimentos e identificações tão grande que nem sei.