Roubo de Espadas

Roubo de Espadas Michael J. Sullivan




Resenhas - Roubo de Espadas


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Yasmin 18/05/2013

Trama interessante, bem desenvolvida, que surpreende e tem bons personagens.

Desde que me entendo por leitores sou aficionada por fantasia, principalmente epic-fantasy e high-fantasy por isso foi com consternação que aceitei o fato de que se esperasse os livros saírem em português jamais leria grande coisa do gênero. Ano passado em meio aos meus devaneios descobri várias séries e trilogias maravilhosas do gênero, mas já as tinha colocado no patamar do jamais vou ler. Por isso quando vi o livro de Michael J. Sullivan dentre os lançamentos da editora Record quase não acreditei, estampei o sorriso na cara e aproveitei para solicitar o livro como o primeiro da parceria com a editora. Menos de dois dias de leitura e 602 páginas posso dizer que o autor consegue um universo bastante criativo, rico e inovador.

O maior problema das pessoas com fantasia é o medo e a impressão de que tudo descende (de uma forma ruim e repetitiva) daquelas duas séries famosas que vou eximir-me de dizer o nome. E nesse movimento acabam perdendo grandes leituras. Roubo de Espadas nos traz dois ladrões, que logo se pressupõe serem anti-heróis, como protagonistas da história, e que cativam o leitor com uma gama de personalidade única, conflitos interessantes e ações de constroem figuras cheia de segredos e mistérios, diferentes, mas iguais.

Royce e Hadrian estavam voltando do último trabalho quando se deparam com um sujeito que se apresentou como barão DeWitt. Ele queria que a dupla roubasse a espada de um adversário pois sabia que se o enfrentasse em um duelo morreria. Tinha olhado para a mulher errada e o Conde Pickering era conhecido no reino por não deixar barato. Todos tinham medo dos Pickering quando se tratava de espadas. E o conde só costumava vencer quando estava com sua misteriosa espada. Coisa simples à primeira vista não fosse pelo local e pelo evento que estava acontecendo. Royce não queria aceitar, mas Hadrian e sua mania de fazer boas ações o convenceu a aceitar. Ao chegarem no palácio no local indicado pelo barão Royce e Hadrian se viram no meio de uma armadilha, presos pela guarda real acusados de assassinar o rei de Melengar. Seria o fim dos famosos Riyria. Para surpresa de Hadrian e Royce no meio da noite presos em suas celas eles se viram diante da princesa Arista. Ela estava lhes oferecendo uma oportunidade de fuga, mas teriam de levar o príncipe irmão dela junto com eles. Arista suspeitava há dias que algo aconteceria e na tentativa de proteger Alric o quer longe da corte. Partindo pelo rio os dois desconfiam da proposta, mas sem opção melhor aceitam levar o príncipe e o anel do selo real que comprova sua identidade. A missão dos dois é levar o novo rei ao Cárcere da Gutaria, local que nem mesmos dois melhores ladrões dos reinos ouviu falar.

A partir daí a história se desenvolve e os elementos vão se unindo para formar a trama central por trás da história de Hadrian e Royce. Essa é a premissa da primeira parte do livro. Na segunda temos os eventos que se seguem após o término dessa história, por isso não posso dar detalhes da segunda parte sem soltar spoilers. São dois livros dentro de um que dão início aos meandros da busca pelo herdeiro de Novron. Achei interessante a ideia do autor de dividir o território entre monarquistas, nacionalistas e imperialistas. Cada um deles quer erguer um tipo de poder e estão dispostos a tudo para vencer. Por trás de cada grande rei e cada trama política encontra-se a Igreja de Novron que quer forjar a qualquer custo um herdeiro de Novron e impedir que encontrem o verdadeiro. Afinal o herdeiro verdadeiro não seria manipulado pela Igreja e poderia facilmente desmascarar os séculos de mentiras.

Ao lado de Royce e Hadrian temos vários personagens interessantes, cheio de segredos perigosos e segundas intenções. Gostei muito do modo como o autor se preocupa em amarrar todas as pontas da trama ao mesmo tempo em que introduzia peças do enredo. A narrativa é ágil e o ritmo constante, um daqueles raros livros que você tem vontade de ler de novo e de novo. É raro ver em livros de fantasia autores que acertam o equilíbrio entre o desenvolvimento dos personagens e do enredo central. A construção do mundo é criativo e o autor surpreende invertendo a ordem comum nos mundos de fantasia. Os elfos apesar da riqueza cultural e intelectual foram subjugados pelos humanos em uma guerra há quase um milênio, o antigo império caiu em um golpe e a paz reina hesitante. O eterno jogo político que impede a estrutura de ruir de uma só vez. Estou bastante curiosa para saber o que vem a seguir visto que ficaram perguntas interessantes no ar. Royce e Hadrian, ambos mais do que ninguém têm segredos a esconder, mas de que forma isso está ligado a trama central ainda estou tentando deduzir. E minha ansiedade ainda vai me matar. O que de tão grave pode separar esses dois no futuro?

Leitura rápida, instigante e viciante. Descrições acertadas, ambientação rica e um mundo com mitologia interessante e inovadora. Escrita fluída que encadeia elementos complexos com facilidade sem perder o ritmo. A edição da Record está ótima, fonte boa e tradução ótima. A princípio estranhei a capa, mas gostei. A história ficaria (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/05/resenha-roubo-de-espadas.html

Revelações de Riyria - Michael J. Sullivan
1- Roubo de Espadas
2- Rise Of Empire
3- Heir Of Novron

Igor Almeida 02/10/2013minha estante
só tem o primeiro traduzido??


Kaeru 11/10/2013minha estante
Realmente meus amigos, um livro sensacional.
Livro muito leve... me peguei rindo das discussões dos protagonistas o tempo todo.




Lucas.Costa 29/07/2020

Estranhamente dividido com um final anticlimático. Um convite a não continuar a série.
Comecei a leitura empolgado, de repente uma quebra e uma história quase nova, aproveitando somente os personagens se inicia, pro desespero do leitor.

ENREDO

Estava empolgado em ler fantasia, foram minhas ultimas leituras inclusive, mas esse livro me saturou. A primeira parte trás uma trama interessante, mas que se resolve muito rápido, eu estava o tempo todo me perguntando o que ia acontecer pra segurar esse livro por mais 400 páginas, eis que uma quebra chega, e uma quebra estranha demais. Foi como assistir a uma série onde cada episódio se resolve em si mesmo e no novo episódio apresenta um novo caso.
A segunda parte do livro é muito anticlimática. Não dá pra se importar com a trama nem mesmo com os personagens, bem desenvolvidos na primeira metade. Terminei o livro sem entender o que o autor quis com essa obra. Seria a primeira metade somente para apresentar os personagens? Se sim, desperdiçaram a melhor parte da história em função da pior.
Não entendam mal, a escrita é muito agradável, o problema aqui foi roteiro. Seria muito melhor se o autor tivesse desenvolvido melhor a primeira ideia e a transformasse no livro todo. O final é tão qualquer coisa, que dias depois de finalizar a leitura, eu não lembro como terminou (Juro!)

PERSONAGENS

Eu simpatizei com eles no começo, mas a segunda metade do livro tirou qualquer empolgação. Não se mostra o porque a dupla de protagonistas é tão especial, eles são tão famosos e conhecidos, mas não se justifica. Fica parecendo que essa genialidade toda é só um artifício de roteiro para criar situações. Acabou que nenhum personagem é marcante, termina-se o livro sem lembrar o nome de ninguém. O monstro final é tão mal construído que não merece mais que uma linha de comentários.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desperdício de ideia pro autor, desperdício de tempo pro leitor. Uma pena, havia muito potencial aqui pelo que foi escrito na primeira parte. As chances de prosseguir na série são nulas
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Anderson Tiago 19/11/2014

[RESENHA] Roubo de Espadas (Revelações de Riyria #1) - Michael J. Sullivan
Texto de Daniela Pereira para a sessão "Fique de Olho" do site INtocados: www.intocados.com.br

O começo da carreira de Michael J. Sullivan como autor foi um tanto atípico já que ele auto-publicou os seus primeiros trabalhos. Não que isso seja novidade, há diversos autores fazem o mesmo, no entanto, o que destacou Sullivan nessa categoria foi que ele decidiu auto-publicar a sua primeira saga, Revelações de Riyria, inteira - com um total de seis livros. A saga acabou sendo muito bem sucedida e chamou a atenção de editoras. Uma delas resolveu publicar a saga completa, colocando os seis livros em um formato de trilogia. E assim nasceu o Roubo de Espadas que inclui os dois primeiros livros da saga Revelações de Riyria: A Conspiração da Coroa e Avempartha.

Em A Conspiração da Coroa somos apresentados a dois anti-heróis: o ladrão mercenário Royce Melborn e seu parceiro Hadrian Blackwater. Os dois ganham a vida realizando missões perigosas para os nobres. A dupla - que é conhecida sob o nome Riyria - é muito famosa pelo que faz, já que conseguem realizar até as missões consideradas impossíveis. Por isso, quando uma missão supostamente fácil lhes é oferecida, a dupla não demora em aceitar. Eles veem ali uma oportunidade de obter um bom lucro sem qualquer tipo de complicação. Tudo o que precisam fazer é roubar uma espada que se encontra no castelo do rei de Melengar. Porém, os dois acabam envolvidos no assassinato do rei, presos e condenados à morte. Descobrem que essa não era uma fácil missão, mas sim uma armadilha, e que se tornaram peças de uma conspiração para derrubar a dinastia do reinado de Melengar. Sem muitas opções, Royce e Hadrian acabam tendo de confiar nos planos de Arista, a princesa de Melengar, para escapar da execução. Os dois, então, entram em uma grande aventura, em busca da verdade e salvação, que envolve um príncipe mimado, um monge que nunca havia visto cavalos e um mago misterioso com um nome impronunciável.

Passamos a perceber também que, apesar de Royce e Hadrian serem grandes amigos, eles possuem personalidades completamente opostas. Hadrian é o seu típico herói: aquela pessoa nobre que opta por fazer o que é certo, trata as pessoas com respeito e está sempre disposto a ajudar. Ele é o Sr. Músculo e extremamente habilidoso com a espada. Royce, por outro lado, pode ser considerado um verdadeiro antissocial. Não se interessa em ajudar o próximo, a não ser que a ajuda lhe traga algum tipo de lucro. É um assassino impiedoso e ainda possui outras habilidades que não são muito típicas para humanos. E, em geral, ele não gosta de pessoas. Há também indícios de que o passado de Royce é muito sombrio e violento. Juntos, os dois formam uma dupla inusitada, mas funcionam perfeitamente. A caracterização desses personagens e a interação entre eles fazem essa saga mais especial.

"Royce concordou.

— Invistam em bestas. Da próxima vez, fiquem escondidos e disparem algumas setas no peito dos alvos. Toda essa falação é bobagem.

— Royce! — repreendeu Hadrian.

— O que foi? Você sempre diz que eu devo ser mais gentil com as pessoas. Estou tentando ser prestativo."

A segunda parte do livro, Avempartha, começa em torno de um ano após o final dos eventos de A Conspiração da Coroa. Aqui Sullivan desenvolve melhor o seu mundo e nos mostra que a conspiração é, afinal, muito maior do que inicialmente imaginamos. O mundo atual de sua saga, que se chama Elan, provém de um antigo império, extinto milhares de anos atrás, e é dominado por uma religião que cultua o imperador Novron. É uma história um pouco mais complexa e cativante do que a primeira e dá indícios de que algo maior ainda estar por vir.

"No momento em que eles subiam em suas selas, Myron curvou a cabeça e orou em voz baixa.

— Pronto — disse Hadrian a Royce. — Agora temos Maribor ao nosso lado. Você pode relaxar.

— Na verdade — disse Myron com brandura —, eu estava rezando pelos cavalos. Mas, vou rezar por vocês também — acrescentou ele prontamente."

Criaturas mágicas, anões, elfos e magos fazem parte da trama. Sullivan apresenta diversas reviravoltas que deixarão os leitores intrigados até o final. O livro certamente não ganhará leitores por sua originalidade. Porém, o autor traz uma voz própria aos elementos tradicionais da fantasia épica, fazendo de Roubo de Espadas um livro extremamente divertido que irá agradar antigos e novos fãs do gênero fantástico.

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/408-resenha-roubo-de-espadas-michael-j-sullivan
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pedrogoncalvs 15/05/2021

Gostei, mas esperava mais
Os ladrões protagonistas da histórias são personagens ao mesmo tempo misteriosos e pessoas que você tem a sensação de que manteria por perto. O rei é bem tanto faz, acho que a pegada do livro é muito boa, a leitura é muito boa, o desenvolvimento é excelente, vemos todos evoluírem constantemente, mas falta alguma coisa, faltam algumas explicações, falta mais presença de personagens secundários, falta aprofundamento.
No mais acho que vale a leitura, pois apesar das faltas, que podem ser resolvidas no próximo volume, é um bom livro.
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Moonlight Books 26/05/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, http://www.moonlightbooks.net
Eu não acredito que já acabou. Sério, mesmo 600 páginas de aventura e fantasia não foram suficientes para saciar esta ávida leitora, eu preciso de mais Hadrian Blackwater e Royce Melborn.

Eu sou fã de livros de fantasias, quando vi este aqui entre os lançamentos da Editora Record já me programei para colocá- lo entre as leituras de maio, tem uma boa quantidade de páginas e como estava de férias teria tempo para ler com tranquilidade.

O livro todo foi uma grata surpresa, começando por ser um livro duplo, isso mesmo temos dois volumes em um só, duas histórias com finais conclusivos, mas que sempre deixam um gancho para seguirmos adiante na aventura.

A Conspiração Pela Coroa é o livro um, nela somos apresentados aos personagens que irão compor a série Revelações de Riyria, tendo como protagonistas a dupla de ladrões Royce e Hadrian. Os rapazes são contratado por um nobre para roubar uma espada, porém tudo não passa de uma armadilha para jogar a culpa do assassinato do rei de Melengar nas costas dos dois. Prestes a serem executados por um crime que não cometeram, Royce e Hadrian aceitam a proposta da princesa Arista de sequestrar o futuro rei, em troca de sua libertação, mas não é um simples rapto, eles devem levar o rapaz ao encontro de um mago preso há novecentos anos em uma prisão de pedra. Nesta viagem, eles não só lutarão pela vida, mas descobrirão o passado daquelas terras, tentarão salvar o reino da corrupção imposta pela Igreja e darão o primeiro passo na busca pelo herdeiro de toda uma nação, o descendente do Imperador, que era filho dos deuses.

No livro dois, Avempartha, os rapazes já saíram da confusão anterior, e passado dois anos, recebem um novo trabalho, um novo roubo de espada, mas como da vez anterior, não é um simples roubo, existe muito mais por trás de tudo. Eles reencontram os amigos, e também os inimigos da outra aventura, e agora enfrentarão uma criatura mágica, que está dizimando toda uma cidade, mais do que isso, novamente a Igreja está por trás de tudo, desta vez criando um falso herdeiro do Imperador para dominar e impor seu poder.

O tamanho do livro pode assustar, como a maioria das fantasia épicas faz, mas se levarmos em consideração que temos dois livros aqui, não é tão grande assim. A narrativa é em terceira pessoa, perfeita para nos apresentar todo este cenário espetacular. A trama passada na era medieval, mostra uma luta entre monarquia, imperialismo e nacionalismo, onde a Igreja tem papel fundamental, depondo e colocando soberanos no trono. Temos ainda a participação de deuses, elfos, anões, magos e a dupla de ladrões mais misteriosa e irreverente de todos os tempos.

Continue lendo http://www.moonlightbooks.net/2013/05/resenha-roubo-de-espadas.html#more
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José Leandro 06/06/2021

Adorei! Mas a trilogia não toda traduzida?
Gostei muito da trama, do universo e dos protagonistas! Mas para o meu desespero descobri que o terceiro livro não foi traduzido para o português!!!
Então muito provavelmente não lerei nem o próximo? uma pena mesmo!
Mas pra quem domina o inglês, recomendo demais!
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carmen.fogaca 30/11/2020

Surpreendente
A leitura me pegou e me feZ querer mais de Hadrian e Royce . O que será que eles vão aprontar no próximo volume ? Mais magia ? Dragões ? Ansiosa .
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Leitor da Montanha 05/05/2014

Viciante
Querendo escapar das Crônicas de Gelo e Fogo e um pouco abusado dos Senhor dos Anéis, li a sinopse do livro e resolvi compra-lo. História magnífica com personagens riquíssimos e com mistérios que envolvem cada capítulo num mar de descobertas. Dois ladrões, um mago, uma princesa, um anão... Uma bela equipe de RPG... Feras, elfos totalmente diferentes do que já vi. Realmente... Nunca fiquei tão ansioso para ver a continuação do segundo volume.
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Vagner46 24/07/2015

Desbravando Roubo de Espadas
Li Roubo de Espadas no começo de 2014 e (não lembro o porquê) acabei não fazendo resenha do mesmo, então resolvi deixar essa preguiça pra trás e trazer a minha opinião sobre esse bom livro.

"Roubo de Espadas" é dividido em duas partes, que primeiramente foram lançadas como livros únicos e depois algumas editoras começaram a juntá-las, como (felizmente) foi o caso da Record, pois o número de páginas, 602, não é relativamente grande, eliminando a necessidade de ter dois livros com 300 páginas cada. As duas partes chamam-se A conspiração pela coroa e Avempartha.

Os protagonistas? Uma dupla de ladrões em busca de trabalho.

Hadrian Blackwater é aquele típico cara fortão, boa parte, que, apesar de trabalhar com um ladrão, não deixa a honra em segundo plano, lutando pelo que lhe parece certo e seguidor dos códigos de um bom cavaleiro, potencializados com a sua grande habilidade com uma espada. Já Royce Melborn é totalmente o oposto disso, o importante para ele é ter lucro, escolher um trabalho que traga muitos frutos e dar o fora o mais rápido possível, de preferência para outro trabalho que lhe dê ainda mais dinheiro. E os dois juntos funcionam incrivelmente bem, por incrível que pareça. Ambos fazem parte de um grupo chamado Riyria, cujas informações não são muito precisas e devem estar sendo jogadas ao longo da trilogia, mas muitos detalhes do passado da dupla rendem bons momentos, mesmo que eu tenha ficado com aquele gosto de quero mais no final da leitura.

Encarregados de roubar uma espada que se encontra dentro do castelo do rei de Melengar, ambos acabam envolvidos no meio de uma trama política entre os partidos imperialistas, aqueles que desejam reunir a humanidade em torno de um líder e descendente direto do semideus Novron, os nacionalistas, que pretendem escolher um líder pelo povo, e os monarquistas, que desejam a manutenção do poder nas mãos dos seus monarcas, Hadrian e Royce terão que se desdobrar para sair vivos dessa enrascada, que mexe com os ânimos já exaltados de diversas nações de Elan. Esses são alguns dos fatos iniciais relatados na primeira parte desse livro, A conspiração pela coroa.

"Para os nobres, a vida era isto: um grande jogo de xadrez, com cavalos, reis e peões. Não existiam o bem e o mal, nem o certo e o errado. Tudo era questão de política. Um jogo dentro de um jogo, com as suas próprias regras e carente de valores."

Esse mundo, Elan, é o que sobrou de um antigo império extinto há muitos anos, atualmente dominado por religiosos que cultuam o imperador Novron. Algo grande está por vir, posso sentir.

Na segunda parte, Avempartha, Royce e Hadrian aceitam uma missão que consiste em adentrar uma torre e matar um monstro lá existente, ajudando a vila próxima que está sofrendo com os ataques. Alguns personagens aqui reaparecerem, como a princesa Arista, de Melengar, que agora é embaixadora e está atrás do Herdeiro de Novron, procurado pela Igreja e aguardado há tempos.

Mesmo que tenha parecido promissor, não gostei tanto desse livro. As cenas de batalhas não foram muito bem escritas, os personagens secundários deixaram a desejar, tirando 1 ou 2 deles. Se não fosse a dupla principal, acho que nem me importaria com os restantes. Praticamente só Hadrian e Royce funcionaram aqui, então espero ver algo melhor e mais bem explorado nos próximos livros, principalmente no que é relacionado à Arista, a princesa da nação Melengar, um respeitável reino.

Algumas criaturas mágicas, como magos, anões e elfos também estão presentes nessa obra e têm lá as suas características peculiares, mesmo que se pareçam com as das demais obras do gênero.

Apesar de ter achado Roubo de Espadas "um pouco mais do mesmo", essa série tem lá as suas características próprias e alguns aspectos que parecem interessantes, principalmente a questão da religião, o tal herdeiro de Novron que estão à procura e o dinamismo dos dois ladrões. Algum dia pretendo ler as sequências, pois as opiniões que vi por aí me deram um pouquinho de esperança.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/07/resenha-roubo-de-espadas-michael-j.html
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Anny F5 30/01/2023

Adorei
Estou.muito empolgada para ler o segundo livro. Gostei dos personagens, do ritmo, do enredo.....de tudo ?
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Nim 14/07/2020

Perfeito, mas não pra mim
Este livro é perfeitamente escrito, com ótimas prosa, ritmo, personagens e enredo. Apesar disso tudo, não é tão impactante. É bem leve, apesar de não se desviar de crueldade e violência. Apesar do enredo ser fechadinho e intrincado com viradas de enredo bem fundamentadas, não é surpreendente. Acho que é por que a história trata de eventos de pequena escala (com dicas de algo épico por trás) e tudo bem, só não é meu gosto pessoal. Para mim as melhores partes foram as de construção de mundo, em que se contou a história desse mundo e seu passado. Foram bem pensadas e épicas e me entristece um pouco que tenham sido apenas tangenciais à trama principal.
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Bianca 22/06/2020

Esse livro é incrível! Fazia tempo que eu não achava uma ficção medieval com personagens tão bons.
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Albarus Andreos 06/01/2014

Dois livros em um
Há algumas regrinhas que tiro aqui, da minha cabeça, para a missão de batizar uma obra: o título de um livro nem sempre (ou nunca) deve ser algo óbvio demais. Dentro do possível, deve insinuar algo da trama, revelar sem entregar muito. Deve ser criativo sem ser estrambólico. Mas também não pode ser deveras apagado de tal forma a evitar que já haja um monte de livros com nomes similares. Um título é um nome que batiza toda uma ideia original. Se não for também original, forte e, de alguma forma, criativo, acabará por transmitir essas fraquezas, de roldão, para o conteúdo. Roubo de Espadas (Editora Record, 602 páginas, R$ 55,00) foi escrito pelo norte americano Michael J. Sullivan, considerado, em 2012, um dos mais bem sucedidos escritores de sci-fi e fantasia da terra do Tio San, mas sequer isso ajuda e aqui está a prova que nem sempre se acerta na escolha de um título. Mas, quanto ao conteúdo...

Começamos essa fantasia medieval sendo apresentados a dois personagens principais, contratados para uma missão que seria suicida para alguém mais. Um é ladrão, assassino e exímio nas artes da dissimulação e invasão de propriedades alheias. Seu nome é Royce Melborn. Seu ambiente são as sombras, nas quais desaparece sempre como que por magia. É o cérebro por trás da dupla, conhecida por Riyria (e até o momento não sabemos de onde vem esse nome), não está para brincadeira e tem princípios que segue sempre à risca, como todo bom profissional. O outro é Hadrian Blackwater, este um espadachim habilidoso, um brutamontes que carrega três espadas como se uma só fosse pouco. Mas tem a técnica para isso, a arte do exímio espadachim, do guerreiro e do “carregador de pianos” que toda boa dupla deve ter. É muito mais coração que Royce (sinistro e circunspecto) e como é movido mais pela emoção, acaba por desprezar um dos princípios da dupla, rendendo-se ao brilho do ouro que os leva a aceitar um trabalho sem a devida ponderação e, assim, cair numa previsível armadilha. Carismáticos, contudo superficiais à beça.

O que me incomodou um bocado em Roubo de Espadas foram exatamente os personagens. Há intrigas religiosas, e os personagens religiosos são, convenientemente, todos unidimensionais, falsos, amorais e execráveis por natureza. Há políticos, e eles são antiéticos, ladrões e corruptos, e além desses exemplos a planura se alastra na amplidão das páginas, alimentando o ódio de todos aqueles que odeiam o clichê.

Royce é o cara "mal" da dupla, Hadrian o cara "bom". Arista, a princesa feiticeira, irmã de Alric Essendon, é o próprio estereótipo odiado pelas feministas, ficando na seara da mocinha incapaz de cuidar dos próprios problemas e que precisa ser salva por alguém. Alric, o príncipe herdeiro do rei Amrath Essendon, assassinado no princípio da trama, é impetuoso e meio que voluntarioso demais. aliás, o tratamento dispensado ao príncipe também me soou meio “fake”. Mesmo que Royce, ou qualquer um dos outros, tenha pouca consideração para com a realeza, por exemplo, ainda deveria haver certo deslumbramento, mesmo que negativo, diante do herdeiro da coroa. Pense você, diante da rainha da Inglaterra. Pode até achar a monarquia uma bobagem, mas estar diante da velhota, ou do papa, é alguma coisa inquietante, que dá uma bagunçada nas nossas tripas, ou não? Mas essa aflição intimidante, esse desconforto, não é ressaltado convenientemente no livro.

Outro personagem de destaque, por quem nos afeiçoamos, é o monge Myron, filho enjeitado de um nobre da trama. É enviado a um mosteiro aos quatro anos e jamais deixou o convívio dentro dos muros do estabelecimento. Quando o mosteiro é destruído, Royce, Hadrian e Alric o levam embora, e o descobrimento do mundo externo é sempre uma alegria, instilando boas chances de riso. Contudo, o motivo de invasores mascarados terem deixado Myron vivo é um pouco forçado e deixa dúvidas quanto ao valor desse argumento narrativo por parte do autor.

A inocência do personagem Myron contrasta com uma habilidade que ele possui, a da memória fotográfica, o que é simples oportunismo para a trama, já que o monge vira escada para Hadrian, por exemplo, uma conveniência para facilitar a vida do autor. Toda vez que alguém quer saber sobre algum fato, lá está Myron, como o robô C3PO de Star Wars, para esclarecer às coisas. Isso é ruim. Sullivam prefere contar ao invés de mostrar, como rezaria a boa técnica narrativa. Portanto, quando nos embrenhamos um pouco em alguns dos plots mais significativos, como os conflitos políticos em que se defrontam imperialistas, monarquistas e... (e o que mesmo?) fica tudo muito embolado, sem liga, a ponto de nos esquecermos de coisas que poderiam sem importantes.

O mais curioso, na minha opinião, é que alguns fatos, que deveriam ser do conhecimento geral dos personagens, não são. Tudo bem que eu, leitor, não saiba, mas Hadrian, Royce, Alric... deveriam saber sobre seus deuses, por exemplo. Ficar lá, Myron ou o mago Esrahaddon, sempre contando histórias para os outros não tem cabimento. Inadequado como conhecimento de mundo que se deveria esperar dos seus habitantes. É dessa forma que Sullivan vai adicionando algumas boas doses de mitologia, religião, magia e geografia ao seu mundo.Tudo bem, pelo menos o texto evolui e há substância, só acho que ele deveria ter mais habilidade para adicionar estes conteúdos.

Lá pelo meio do livro tenho uma surpresa: são dois livros em um! Sim, agora Roubo de Espadas, como título, começa a fazer sentido, já que do meio para frente temos um segundo livro que acontece cronologicamente dois anos depois do primeiro. Royce e Hadrian estão em uma cidade chamada Conora, procurando pistas sobre os verdadeiros motivos que levaram a morte do rei Amrath, de Melengar, e da traição que quase os levou a morte também.

Acabam por encontrar uma mocinha, Thrace, que veio de muito longe, de uma cidade chamada Dalhgren, no reino de Dunmore, que é assolada por um monstro. Lá ela perdeu quase toda sua família, com exceção do pai, que quer a todo custo achar e matar a criatura nefasta. Só que o pai de Thrace é um lavrador já velho e totalmente inábil com uma arma. A mocinha teme por sua vida e a notícia de que há uma torre construída por elfos e que abriga uma espada mágica, capaz de matar o monstro, veio “por acaso” aos seus ouvidos. Ela parte então para o sul atrás de Royce e Hadrian e os convence a ajudá-la.

Mas, por que ela acha que Royce e Hadrian podem ser seus heróis salvadores? Bem... “alguém” lhe disse, e se você leu a primeira parte do livro vai saber quem é. Depois de dois anos, esse “alguém” precisa de ladrões habilidosos, e os Ryiria são o que ele procura. É que após salvarem o rei Elric e impedirem um golpe de estado, tanto Hadrian quanto Royce ficaram famosos a ponto de haver atores mambembes encenando suas aventuras reino afora. E esse alguém, não é ninguém menos que o mago Esrahaddon, que eles libertaram da prisão, depois de mil anos trancafiado. A escrita de Sullivan tem dessas coisas. A libertação do mago veio com muito mais facilidade do que eu poderia admitir numa boa fantasia medieval. A trama carece de seriedade em algumas passagens, como essa revelando certa imaturidade, para não dizer inabilidade técnica do drama.

Na cidade de Dalhgren, às margens do rio Nidwalden, existe uma torre, Avempartha, onde uma vez o antigo imperador Nareion realizou um encontro diplomático com os elfos, séculos após a Grande Guerra dos Elfos, quando o herói Novron os derrotou. Só que não há entrada para a torre, que fica no meio de um rio, pendurada na borda de uma imensa catarata. Chegar lá é impossível e passamos a maior parte da segunda história com Hadrian, o guerreiro, ajudando a vila da mocinha contra o monstro, uma criatura mágica chamada Gilarabrywn, e Royce, o ladrão, tentando desvendar o mistério que permitirá a entrada na torre e o resgate da espada encantada, a única capaz de matar o monstro.

Myron e o rei Alric praticamente desaparecem na segunda parte, mas a história continua boa e há reviravoltas surpreendentes (ou previsíveis, imagino, para alguns) mas o traquejo narrativo de Sullivan melhorou muito, embora existam novamente as passagens em que personagens nos contam acontecimentos e mais do passado de Elan, o continente onde se passa a aventura. Sullivan ainda não consegue mostrar ao invés de contar, mas a história é divertida e, quase sempre, bem amarrada. Contudo, novamente o autor titubeia e algumas vezes arranja explicações ou desfechos fracos ou pouco convincentes para enigmas legais que insere no seu livro, e há mais um ou outro senão: como é que o imperador Nareion, mil anos antes, foi até a torre e entrou nela? Teve que usar o mesmo caminho que Royce acaba por descobrir com o anão Magnus (não vou contar porque é um spoilerzaço)? Não me parece plausível. E Arista? O que é que faltou para a princesa entender que a Igreja é a responsável pela morte de seu pai e, quase, da sua própria? E o final... seria ótimo se o que sugere não se confrontasse com o que vimos, quando Esra, Arista e Royce deixam a torre de Avempartha, após descobrirem quem é o Herdeiro (isso deveria ter ficado absolutamente claro. Fiquei extremamente decepcionado com a contradição que se configura na trama).

De maneira geral a obra não é nada genial, mas temos uma legítima aventura de fantasia, absorvente e relativamente bem urdida, bons diálogos, heróis cativantes e destemidos, com anões e elfos ao estilo tolkeniano, intrigas políticas, torres enfeitiçadas e bestas voadoras devastando vilarejos. E eu adoro tudo isso.

site: www.meninadabahia.com.br
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Lia 04/02/2024

Magia, personagens engraçados e extremamente interessantes, magos, anões, elfos. Ta aí a receita pra um livro perfeito.
Adorei essa história, do início ao fim! Ansiosa pelo segundo livro.
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