Annalisa 26/09/2021Simplesmente Ana
É praticamente impossível ler Simplesmente Ana sem fazer associações com O Diário da Princesa, até a própria Ana faz essa analogia dentro da sua história.
Temos aqui novamente a história da até então desconhecida adolescente que cresceu sem pai, e de uma hora para outra ela reencontra esse pai, descobre que ele é rei de um país distante e minúsculo e de quebra ainda ela é a única herdeira. Para completar o enredo temos o enteado do pai que inicialmente possui um personalidade duvidosa, criando um cenário de "disputa" entre eles, porém nada mais é do que o nosso querido enemies to lovers...
Misturando um pouco de comédia e romance, a história é bem simples, calma e linear. Não temos grandes surpresas ou revelações durante a leitura, a grande vilã da história nem faz jus a esse papel, bem desinteressante.
Acompanhamos o dia a dia da rotina da Ana em seu novo país, porém com muito drama adolescente para uma mulher de 21 anos, em boa parte da história suas atitudes e pensamentos são de 12 a 14 anos, deixando a história um pouco "infantilizada". Sinceramente nada realmente acontece, não temos nenhum vislumbre da cultura e costumes do país, Ana não sente dificuldade nenhuma em se socializar, foi bem fácil e simples para ela mudar de país, rotina e família. Magicamente todo mundo fala inglês, já que é a única escapatória da história para conseguirem se comunicar.
É um livro de uma sentada só para curtir um fim de semana, bem levinho e descontraído, recomendo mesmo para passar o tempo em um romance bem docinho e vislumbrar um pouco da escrita nacional.
Tiveram duas coisas que me incomodaram um pouco: primeiro, a insistência da escrita nacional em não escrever histórias que se passem no Brasil, parece que sempre querem "elevar" a cultura estrangeira em prol da nacional. Custava nada a história realmente se passar no Brasil. Estou um pouco cansada de buscar livros nacionais e eles sempre darem um jeito de todo o enredo se passar fora, sempre vangloriando a cultura de outros países.
E segundo, sei que o livro é de 2013 ou até um pouco antes, mas uma mulher de 21 anos anos, estar escrevendo no computador e utilizando gírias como "naum", é uma tristeza só ein haha