Lys Coimbra 28/02/2022O livreiro de Cabul, algoz de sua própria famíliaSempre que leio sobre o oriente médio e sua cultura, dói graças por ter nascido no ocidente, pois sendo mulher e vivendo todas as desigualdades de gênero e injustiças inerentes a elas, enxergo que que em outras sociedades a situação é ainda pior.
?O livreiro de Cabul? é mais um livro que corrobora a falta de importância com que as mulheres são tratadas nesses países, onde muitas vezes são escravas de suas famílias e de um sistema que lhes tolhe o poder de tomar as mais triviais decisões.
Esse livro mostra a realidade de uma família governada pela vontade soberana de seu patriarca, que insensível aos desejos e sofrimentos de seus próprios familiares, decide com pulso de ferro acerca de seus destinos sopesando única e exclusivamente seus próprios interesses.
?Mulheres jovens são, antes de mais nada, um objeto de troca e venda. Um casamento é um contrato entre famílias ou dentro de uma família. A vantagem que o casamento pode ter para o clã é o que determina tudo?
?Mulheres de burca são como cavalos com antolhos, só podem ver numa direção.?