O Livreiro de Cabul

O Livreiro de Cabul Åsne Seierstad




Resenhas - O Livreiro de Cabul


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Lucikelly.Oliveira 22/03/2022

Promete mas não entrega
Achei o personagem principal horrível. História do livreiro de Cabul não passa de uma história de um homem abusivo e agressivo com filhos, mãe e esposas. Não é uma leitura que eu recomendaria!
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Juli.ana 28/02/2013

O livro é interessante, acho que mostra coisas relevantes da cultura afegã, nos faz entender melhor como as coisas se desenvolveram e como é a vida dessas pessoas tão oprimidas pelas misérias da guerra.
No entanto, achei que a autora o escreveu com um olhar superior, arrogante, quando ela julga as festividades ou o estilo de vida deles: feio, pobre, em nenhum momento vejo ela se colocando no lugar daquele povo que tanto sofreu. Além disso, fiquei em dúvida constante se o livro era uma ficção ou uma obra real. Acho que muito dele é ficcional.
Terrível a situação da mulher, terrível a falta de liberdade e tudo mais... São como pássaros engaiolados que nunca alçaram voo, pássaros engaiolados não voam nem com a gaiola aberta.
Mas o livro é bacana, me fez viajar a Cabul e conhecer um lugar Árido, com pessoas fortes e peculiares.
Jeze 11/12/2014minha estante
Concordo com seu posicionamento sobre a obra.
A autora menospreza aquelas pessoas da qual conviveu com ela. Já em referencia a história é mesmo muito triste ver uma cultura tão primitiva e jogada nas mãos de minorias que detêm armas e poder.




Rafaela.Cruz 20/08/2021

Aprendizados.
Atualmente acontece coisas muito surreais no Afeganistão, principalmente em Cabul. Resolvi seguir a dica da Isabela do Ler Antes de Morrer e gostei bastante. Supriu minhas expectativas, considerando que procurava mais informações acerca desse tema.
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Bicalho 03/12/2021

Retrata a vida no Afeganistão
Livro bom pra ver como é a vida no Afeganistão e as desigualdades sociais enfrentadas no país,também vemos como sucessivos regimes ditatoriais destruíram o país
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Graci 09/09/2021

A vida das mulheres afegãs
O que mais me chamou atenção no livro foi a vida das mulheres afegãs. Não há como não se comover com o sofrimento de mulheres obrigadas a casar, aos dezesseis anos, com um velho, ou com a escravidão das irmãs mais novas ou com o pesar dos pais e mães quando do nascimento das meninas? Enfim, vale a leitura para compreender um pouco mais sobre a cultura afegã.
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Maike 28/05/2009

Durante a leitura, muitas vezes me deparei torcendo pelos personagens como se fosse um romance, no entanto "O LIVREIRO DE CABUL" é uma reportagem sobre a vida afegã após a queda do regime Talibã;sobre a rotina; as leis impostas, principalmente, às mulheres...É um livro que nos emociona.
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Andreia Santana 15/11/2011

Um livro-reportagem para ler como a um romance
O livreiro de Cabul é um livro-reportagem narrado por uma hábil escritora. Não se trata meramente de mais “um olhar humanizado sobre a matéria”, máxima que muitos jornalistas escutam nas redações na hora de contar aos seus leitores os dramas humanos. A obra de Asne Seierstad vai além do jornalismo literário convencional. É pura literatura, romântica e não piegas, com pinceladas de bom jornalismo.

O livro remete às crônicas de viagem do século XIX, pois traz seu quinhão de pitoresco e exótico na narrativa do cotidiano de uma família afegã, mas sem cair na esteriotipação que nasce dos preconceitos. Asne é uma estrangeira em meio a uma cultura mal-compreendida e estranha ao ocidente, por isso o encanto e a surpresa do olhar forasteiro estão lá, mas ela se permite viver a rotina de seus anfitriões e olhá-los com o máximo de isenção, sem contudo perder o calor da tão buscada “humanização da notícia”.

Tanto cuidado não impediu no entanto, que a família que serviu de modelo para a obra de Asne, processasse a escritora e pedisse compensações financeiras por "transtornos causados devido às revelações feitas na obra". O resultado do julgamento foi a doação de uma parte dos direitos autorais para uma fundação que visa promover a literatura afegã, sugestão da própria autora.

No livro, o personagem principal, Sultan Khan, é inspirado em um livreiro de carne e osso, que enfrentou poucas e boas para garantir o funcionamento de suas livrarias durante o Talibã. Embora tivesse um comportamento liberal e progressista na área da cultura, Sultan Khan dirigia a família com mão de ferro, seguindo os preceitos do fundamentalismo islâmico no trato com as esposas e filhos.

Sem fazer concessões, mas tampouco tecer juízos de valor, a autora não esconde a admiração que aprendeu a sentir pelo patriarca do clã que a hospeda na tumultuada Cabul de muitas guerras civis e invasões. Mesmo admitindo que algumas ações de seu anfitrião são condenáveis sob o ponto de vista da sociedade na qual foi educada, Asne não deixa de mostrar um outro ponto de observação pelo qual o leitor pode tecer suas próprias considerações.

A escritora parece compreender com bastante clareza o fato dos seres humanos serem luz e sombra ao mesmo tempo. Mais que isso, boa parte das ações humanas se origina na zona cinzenta que faz o ponto de intersecção entre a luz e a sombra. Pena que a família do livreiro não gostou do resultado, ou se arrependeu de deixar alguém devassar sua intimidade.

Sem esconder a opressão vivida pelas mulheres afegãs, tema largamente explorado na literatura e amplamente mostrado na mídia, ela investe em esmiuçar outro ângulo da mesma questão, revelando que as relações de gênero no Afeganistão são bem mais complexas do que sonha a vã filosofia maniqueísta da cultura ocidental. Os homens de lá também vivem oprimidos, tanto por regimes que cerceiam as liberdades civis, quanto pelo peso da tradição.

O livreiro de Cabul não chega a ter a qualidade literária e documental do primoroso Enterrem-me em pé, obra de Isabel Fonseca sobre os ciganos do Leste Europeu, mas ainda assim é uma excelente leitura tanto para quem admira uma história bem contada, quanto para os que defendem um jornalismo bem feito, isento, mas nem por isso destituído de inteligência e... humanidade.
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Mavi Faria 29/10/2021

Quanto julgamos e quanto sabemos?
O livreiro de Cabul é uma obra de arte. Acho que marquei notas e destaquei partes em praticamente todas as páginas. fiquei revoltada mais vezes do que consigo explicar. não só pela condição das mulheres, mas por tudo. Assisti um vídeo esses dias de Amós Os, um escritor judeo falando de fanatismo e terrorismo e é isso que vi em muitas partes do livro. Paquistaneses desejando ter o Talibã. Ou uma parte do Talibã pq acham que seria bom. Bom pra quem? A que ponto a pessoa chega pra ter o que ela acha que é certo? Mas a condição das mulheres.. dói. eu tentei MUITO não ler com os olhos e com os julgamentos ocidentais, tentei entender a cultura. respeito a decisão de cada mulher desde que ela esteja tomando por vontade própria. mas a verdade nao é essa. a história da Leila me matou muito. ela tem quase a minha idade e nenhuma das chances e oportunidades que eu tenho. poderia ser eu ali, o que eu faria? como pode um livreiro tão progressista, que quer que as mulheres deixem de usar burca, que quer que as escolas voltem e que tudo que o talibã arruinou volte, ser tao tirano e carrasco com a própria família, com os filhos? como pode o filho ser tao arrogante, ter o rei na barriga e tratar a mãe como lixo? óbvio que aqui isso tmb existe, mas as mães tem a chance de revidar, lá nao. vi que, quanto mais progressista a casca, mais egoísta é o cerne. nada de muito diferente daqui, mas as consequências que isso tem na vida dos outros.... dói.
Annanda 29/10/2021minha estante
Eu amo esse livro! ?




Ma_ah 22/05/2010

Deprimente
O livro de Asne Seierstad relata a uma triste realialidade afegã. Um pais onde a lei islamica de uma sociedade fundamentalista, dita as regras que devem ser severamentes cumpridas. Um lugar onde principalmete as MULHERES não são gente, são tratadas como escravas, proibidas de pensar, de estudar, de ter gostos proprios, proibidas de querer. Elas não tem direito a nada, são criadas para servir o homem, são vendidas pelos pais para se tornarem esposas de homens bem mais velhos que elas, muitos até já casados com filhos e netos, passam a ser 2º ou 3º esposa, não podem andar nas ruas sem companhia de outra mulher ou homem da familia e muito menos sem usar a famosa BURCA. Em casa quem come carne é o homem as mulheres não porque não trabalham para ganhar dinheiro e nunca vão trabalhar porque são proibidas. A probreza reina em todos os lugares. Comparo aquele lugar a um inferno, pobre coitado de quem nascer naquele país, por mais que muita coisa tenha mudado, as raizes indescente de um regime autoritário e machista levará seculos para serem eliminadas.

Foi vivendo numa casa afegã que a reporte Asne relatou a vida deprimente no Afeganistão e o chefe da família nada mais era que o Livreiro de Cabul.
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Erich 12/04/2024

Um livro sobre o Afeganistão escrito por uma norueguesa. Ela tenta contar a história sem interferir nela, mas naturalmente temos sua opinião e seu modo de ver o mundo dentro da narrativa.Um livro sobre o Afeganistão escrito por uma norueguesa. Ela tenta contar a história sem interferir nela, mas naturalmente temos sua opinião e seu modo de ver o mundo dentro da narrativa, é difícil escapar disto.

Ao longo do livro acompanhamos as contradições (segundo um olhar ocidental) inerentes à sociedade afegã e presentes na família que foi acompanhada. Um livreiro que não dá oportunidade para os filhos crescerem como independentes. Mulheres letradas que são impedidas de usarem suas capacidades. Acompanhamos as contradições inerentes à sociedade muçulmana, como colocar a família e o clã como prioridade e - simultaneamente - não ver problema em expulsar da família ou matar alguém por questões bobas. Ao mesmo tempo que vemos comportamentos que classificaríamos como absurdos, como pedofilia e estupro, sendo encarados com normalidade.

Parte disto, pela região e pela religião, eu já esperava. O que me chamou atenção aqui foram alguns outros relatos.

Primeiro, sobre a opinião das mulheres. Pois vemos um pouco melhor a visão delas, o desejo de se ver livre da burca, (apesar de que eu fico na dúvida até que ponto isso são as mulheres ou a autora falando), o desejo por uma independência (trabalhar, não ser obrigada a se casar, não ser escrava da família) e - principalmente - a rebeldia escondida. A rebeldia está presente, por exemplo, no simples ato de pintar as unhas quando isso é completamente proibido pelo talibã. E de modo mais poderoso, em poesia que é passada de mulher a mulher, de escrava a escrava.

Pessoas cruéis veem um velhinho
a caminho da minha cama
e ainda me perguntam por que choro e arranco os cabelos

Meu Deus! De novo me mandastes a noite escura
e de novo tremo da cabeça aos pés
por ter que subir na cama que odeio.



Segundo, o homem como escravo do homem. Apesar disso ser uma prisão muito menor, vemos a trajetória de Mansur, filho de Sultan, que é impedido de fazer o que deseja e precisa seguir a vida escolhida pelo pai. E, além disto, acompanhamos uma "jornada de redenção" do Mansur, quando aparentemente ele desperta para a religiosidade.


A água diz ao impuro? 'Venha cá.' / O impuro respode 'Tenho vergonha.' / A água replica: 'Como poderá se purificar dos seus pecados sem mim?'


Finalmente, pela visão de transformação da sociedade afegã. Que antes de se afundar em guerras sonhava com um futuro próspero. Isso é tocado em pequenas partes da narrativa, ao comentar da paisagem do país antes das tragédias.
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Ronaldo 05/04/2013

Vida doméstica afegã
A autora retrata a vida doméstica do povo afegã com clareza, simplicidade e esclarecimento.
O cotidiano afegã foi apresentado diante das dificuldades, alegrias, tristezas, sonhos, costumes...
Ótima oportunidade para conhecer o povo do afeganistão.

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Tani 09/05/2013

Esse livro me trás excelentes recordações. Li em uma viagem de ônibus de Israel ao Egito (leia-se 15hs de viagem.. tudo bem, não li durante 15hs ~ pausa pra ver a paisagem.. pausa pq escureceu.. pausa pra dormir.. pra ouvir música)muito cansativa. Conclui na viagem de volta (+ 15hs, ufa!).

Esse livro é a história real de uma experiência de uma européia (não me lembro agora se foi uma holandesa ou inglesa.. enfim..) que ficou hospedada na casa de um livreiro, em Cabul, e relatou o cotidiano daquela família. Choca a realidade daquelas mulheres, que dividem o marido, que são submissas, excluídas da sociedade.. e que usam aquelas burcas terríveis em um calor absurdo. Inclusive a autora do livro usou tmb pra poder relatar melhor o que se passava ali dentro. Tmb é explorado no livro as condições higiênico sanitárias, a guerra.. Vale muito a pena a leitura. Mas se prepare pra chorar.. pq a realidade é cruel como em O caçador de Pipas.

Voltando a minha experiência.. nunca irei esquecer esse livro pq o que eu tava lendo se concretizava diante dos meus olhos. No Egito eu me deparei com essas mulheres que usam burca e simplesmente pirei.. meu coração acelerava.. eu tinha vontade de ir lá falar com elas.. foi incrível. Basta dizer que qdo dei de cara com as famosas Pirâmides de Gizé, elas ficaram em segundo plano pq lá estava uma mulher de burca. Fiquei descontrolada, saquei a máquina fotográfica, sai correndo.. fingi que tava tirando foto do meu marido.. e dei um zoom bem na mulher.. uma pena que na foto a gente pensa que ela tá de costas.. aliás se não fosse o posicionamento das mãos não saberíamos onde é a frente e as costas.. a tela que fica na parte dos olhos tmb é preta. Coitadas.. elas levam uma vida muito difícil.
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Janaina Vieira - Escritora 02/02/2014

E tudo isso é verdade...
Ler esse livro é entrar em contato com uma realidade tão distante, tão diferente e tão estranha à nossa, que chega a ser uma visita a outro planeta, com a diferença, porém, de que tal lugar existe e tal realidade - a retratada no livro - aconteceu há menos de dez anos, ali do outro lado do mundo, neste mesmo planeta.

Viver no Afeganistão é algo inimaginável para mim. E as histórias retratadas pela autora, uma jornalista norueguesa, tocam profundamente a sensibilidade de qualquer pessoa que tem olhos para ver e ouvidos para ouvir. Porém, é necessário ter a mente aberta para compreender tantas diferenças culturais, que são chocantes, claro, mas também são parte da realidade.

O que mais me chocou? A posição da mulher nessa sociedade... que não significa nada. Simples assim. As mulheres afegãs ainda vivem um dia a dia onde não cabem palavras, opiniões, perguntas ou reivindicações. Quem manda é o homem e a mulher aceita isso, pois nunca conheceu uma vida diferente. E o domínio do Talibã deixou marcas e devastou não somente as cidades, mas a alma dessas mulheres, que ainda hoje se calam, em sua maioria.

Além disso, ao conhecermos um pouco da realidade desse país, é possível perceber o quanto reclamamos o tempo todo e em excesso, quando na verdade temos tudo que eles não têm. Ou seja, escolas, hospitais, universidades, empregos, lazer, leis mais justas. Nada disso existe por lá e o pouco que existe em nada se aproxima da realidade do Ocidente. Cada cultura é única em si mesma, com certeza, e não se pode compará-las com base em juízo de valor. Ainda assim é impossível não pensar e tentar compreender o por que de existirem tantas diferenças absurdas num mesmo planeta, habitado pela mesma humanidade.

Esse livro é um chute no estômago. É forte, doloroso e emocionante. Recomendadíssimo!

Valtair 03/02/2014minha estante
Eu vi ele no wal-mart , nao imaginava que seria interessante dessa forma . Depois dessa ótima resenha me despertou curiosidade para ler. Vou adquirir um exemplar p/mim !




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