Resenhas - Pelo Sangue e Pela Fé

Psychobooks 01/12/2011

O romance é dividido em três livros:

I - A Perda. Conta a história de Jonathan Devilla no exército do barão Gregório de Valdenan, sua ascensão a general e as lutas que tem contra os “terríveis” elfos. É aí que Jonathan descobre a verdadeira história da guerra e o que aconteceu com seu pai.

II – A Reconquista. Fugindo para não ser capturado pelas tropas do rei, Jonathan vai para o norte e refugia-se no templo de Arkânis, onde passa a viver e aprender seus segredos. Depois de um tempo Jonathan volta a viver no templo para se aperfeiçoar e se livrar do mal que havia provocado durante a guerra.

III – A Salvação. É hora de Jonathan cumprir seu destino. Precisa reunir as três pedras que contêm a salvação do reino. Na saída, ouve de Laikan, seu mestre:
“Não existem verdades supremas, Jonathan, pois elas são moldadas para servirem ao propósito de alguém ou algo.”
Página 378
Ao longo do restante da história, essa frase vai-se provando profética e os acontecimentos mostrarão que nem tudo é o que pensamos ser.

Alta fantasia é o que caracteriza esse romance de Cláudio Villa. O autor cria um mundo e nele coloca seres humanos ao lado de elfos, anões, orcs e, no meio dessa “salada”, consegue criar uma história verossímil e dinâmica. Contando a vida de Jonathan Devilla, o autor nos introduz no seu mundo ficcional e nas mudanças que o herói, ajudado por vários outros personagens, vai provocando nele. Todo o livro é narrado em terceira pessoa, o que nos deixa a possibilidade de enxergar a história por meio de várias visões.

Percebi a similaridade com os livros “O Senhor dos Anéis” em alguns aspectos:
- essa primeira história se trata de uma trilogia; são três livros, apesar de contidos num só;
- busca por objetos mágicos, que têm o poder de mudar o mundo;
- alta fantasia, com a presença de magos entre outros seres fantásticos.

No livro II, Jonathan conhece a lenda da construção de uma pirâmide, que concentraria o Mana (energia vital) e daria aos humanos o poder absoluto. No livro III essa lenda é retomada e posta em prática. Me lembrei bastante do episódio bíblico da Torre de Babel (Gênesis 11, 1 a 6) que trata da ambição dos seres humanos, os conhecimentos dos atos por parte do responsável e consequente castigo.

A constante luta entre o bem e o mal está presente durante toda o enredo. Gostei bastante da construção do personagem principal. Ele não é desses mocinhos que ficam estagnados; cresce durante a saga.

Como falei em minha caixa de correio, a revisão poderia ter sido feita com mais cuidado e atenção. Os dois primeiros livros têm muitos problemas, já o terceiro foi melhor revisado.

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