O Inescrito

O Inescrito M. R. Carey




Resenhas - O Inescrito


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Jaqueline 25/01/2022

Ao contrário do primeiro volume, que era bem introdutório, aqui já surgem algumas pistas e indícios sobre onde a história pretende chegar. A primeira parte da hq não prendeu muito a minha atenção, mas a parte final trouxe reflexões interessantíssimas. O primeiro ponto alto para mim foi a história de Jud Süss e de como as pessoas transformam histórias para que elas atendam aos seus próprios propósitos, mesmo que isso descaracterize totalmente a obra original. O segundo foi o diálogo sobre a existência de um "espaço negativo" nas histórias:

"Toda história tem um espaço negativo, senhor Coelho. Coisas que não devem ser consideradas. Verdades que podemos concluir, ou pressupor, mas nunca são ditas. Um jeito de escrever para crianças - o jeito dela - é tentar ser ela mesma uma criança. E então, se fizer isso... O espaço negativo é enorme. Luto. Dor. Traição. Mortalidade. Você tem que fingir que não sabe. Tem que suprimir as coisas que você aprendeu quando adulto. Voltar a ser pequeno o suficiente para passar por baixo da porta. Mas você não pode fazer as coisas assustadoras sumirem. Você só pode trancá-las longe, onde ninguém as vê. (...)."

Talvez hoje já seja possível ver uma mudança nesse "espaço negativo" em histórias infantis. Questões como morte e perda já são retratados em contos para crianças, mas claro que com uma abordagem diferente. Fica uma questão para reflexão: será que estamos vivenciando um estreitamento desse espaço negativo? Se sim, qual o efeito disso no leitor?
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Marcos Faria 01/05/2013

"O Informante" (Panini, 2013), segundo volume de "O Inescrito", manteve o bom nível do primeiro. Mike Carey e Peter Gross continuam aproveitando muito bem o recurso de mostrar blogs, forums, Twitter e outras ferramentas online como parte da história, que assim incorpora as mudanças na forma como nos comunicamos (ou seja, como contamos histórias) e ao mesmo tempo reflete sobre as suas consequências na sociedade. Na segunda parte do encadernado, "Jud Süss", as cores de Chris Chuckry e Jeanne McGee ajudam a pintar o monstro do Nazismo como resultado da deformação de uma história, uma proposta que praticamente obriga ao diálogo com a discussão anterior sobre as distorções da verdade no mundo contemporâneo.

(Publicado originalmente no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2013/05/01/meninos-eu-li-34/)
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Yuri > @yurib19 04/06/2020

Está cansando
A história começou a ficar previsível demais e parece que vai demorar muito pra chegar a uma conclusão. Já não estou mais tão animado a continuar. Será que melhora?
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