Fanny Hill

Fanny Hill John Cleland




Resenhas - Fanny Hill


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Cássia 25/02/2010

Apesar das suspeitas de que Fanny Hill possa ter sido escrito por várias pessoas... Acho que ele não perde o seu caráter de um bom livro. Erótico sem palavras chulas. Pelo contrário, até mesmo elegantes. E talvez um dos primeiros e poucos livros que falam de uma prostituta bem resolvida e sem um final trágico. Considero Fanny Hill um livro que tira um pouco do estigma da prostituição como algo degradante ou vergonhoso, ideias que foram "gentilmente" disseminadas, principalmente por religiões.
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Jazz 13/05/2023

"Na minha época não tinha isso" disse a senhora minha mãe.
"Senhora,
Pego da pena para dar-lhe prova irrefutável de que considero seus desejos ordens indispensáveis: portanto, por desagradável que possa ser essa tarefa, recordarei aqueles estágios escandalosos de minha vida"

Não sou boa em resenha e as vezes tão pouco tenho disposição para fazer as mesmas, no entanto, senti muita vontade de escrever sobre este livro.

Lendo hoje, com a cabeça de uma mulher bem desviada, não via muita coisa neste livro a não ser um leve desgosto pelas cenas absurdas de sexo, porém, ao lembrar- me do ano em que o livro foi escrito, tudo fica muito mais interessante, ler as vivências de uma prostituta do século 18 escrita no próprio século 18 nos trás uma visão incrível, já que podemos ler com toda a alma os sentimentos que levam a nossa querida Fanny Hill. Um livro que não mede esforços algum para dar humanidade a aquelas que, em sua época ? e até hoje. ? eram vistas como lixo, menos que nada. Não posso deixar de imaginar também, como este livro pode ter sido uma espécie de "denuncia", já que aqui a história conta muitos acontecimentos revoltantes que, por serem homens ricos, sempre saiam ilesos.

O livro tem uma escrita e até mesmo alguns pontos da história bem parecidos com Evelyn Hugo, para aqueles que gostaram, fica uma boa indicação.

E afinal, a pergunta que não quer calar, quem és tu, Senhora?

"Senhora,
Meus sinceros etc. etc. etc."
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Nath Nakaishi 28/02/2020

Altamente improvavel
Mas dá para distrair bem
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Cynthia 15/12/2011

Fanny Hill - sexo,censura e representação
Fanny Hill (ou Memórias de uma mulher de prazer) conta a história de uma jovem do interior que, órfã aos quinze anos de idade, tenta uma vida nova em Londres. No entanto, assim que chegou, percebeu que a vida não era assim tão fácil e, logo de cara, vai parar nas mãos de uma cafetina. Fanny Hill vive então suas primeiras experiências sexuais e a vida na prostituição, apaixona-se, conhece pessoas, por algum momento (logo no início) foge com o homem que ama, porém, após uma longa ausência do amado, volta a prostituir-se, tornando-se uma requisitada cortesã. O livro é narrado em primeira pessoa pela própria personagem, como uma carta ou um diário, e conta suas experiências, suas aventuras, seus desejos, pensamentos e, principalmente, sua vida que reflete e muito a situação de muitas mulheres na Londres do século XVIII.

A obra foi publicada pela primeira vez em 1748 e foi, durante muito tempo, considerada imoral e não possuía mérito literário. Colocado como o primeiro romance erótico publicado, John Cleland ultrapassou diversas barreiras do moralismo literário e social ao publicar algo que, por mais "baixo" que pudesse ser considerado pelas pessoas da época, retratava exatamente o que se passava nas ruas de Londres no século XVIII. Após a publicação do livro, não apenas John Cleland, mas também os editores e impressores foram presos sob a acusação de obscenidade e, em julgamento, Cleland teve de abjurar sua obra. Desde então, passaram a circular várias edições piratas do livro que, nos Estados Unidos, esteve proibido até o ano de 1966 (ou seja, mais de duzentos anos após sua primeira publicação). O livro é considerado um clássico justamente por, em diversos sentidos, ter aberto portas (e, por outro lado, fechado outras, já que teve muita dificuldade para ser aceito) para assuntos que por muitos anos foram considerados tabu e continuaram sendo vários anos depois, como a sexualidade e o erotismo. Mais do que um livro interessante, é uma peça fundamental na paródia política e filosofia sexual junto às novelas libertinas francesas.

Apesar do caráter sugestivo, o livro não é necessariamente pornográfico, mas posso dizer que tem muito erotismo. Muitas das cenas sexuais são descritas de uma maneira até poética, como se tudo fosse uma mistura completa de sensações, prazeres e desejos, com descrições bastante sutis dos momentos da relação sexual. No entanto, por mais que eu tenha gostado da narrativa e ter achado em muitos momentos até bem prazeroso (em vários sentidos), alguma coisa no livro não me agradou. Eu tenho um apreço muito grande por personagens femininas (por que será, né?), e sempre achei muito curioso reparar a forma como as atitudes e, principalmente, os pensamentos dessas personagens são colocados na narrativa pelo/a autor/a. No período em que foi publicado, a mulher ainda tinha dificuldades para se destacar na sociedade e poucas mulheres escreviam e eram publicadas. Ou seja: já era difícil encontrar escritoras, falando sobre sexo, então, mais difícil ainda (mesmo porque esse romance é considerado um dos primeiros romances eróticos).

John Cleland é homem. Sei que pode parecer um pouco exagerado da minha parte achar que é muito difícil para os homens, principalmente daquela época, escreverem sobre a essência de uma mulher, principalmente quando o livro é em primeira pessoa. Por mais que o livro seja bem escrito, por mais que a história prenda a atenção, me senti incomodada com o relato da maioria das experiências. Quando você lê um livro em primeira pessoa, a proximidade que você sente com a personagem é ainda maior e tudo o que é narrado e descrito parte dela mesma. Não é preciso ser nenhum gênio para perceber que a vida na prostituição não é fácil e, embora muito do que esteja no livro mostre como era a situação dos estabelecimentos que tinham o sexo como principal mercadoria, John Cleland faz parecer que não foi tão difícil para ela. O sexo sempre é uma coisa boa, prazerosa, como se houvesse um envolvimento, mesmo que indireto, mais profundo entre as mulheres e os clientes. A perda da virgindade se deu sem muitos problemas, o prazer estava sempre acima das outras coisas. Não sei vocês, mas creio que o sexo para as mulheres seja uma coisa diferente do que é para os homens. Claro que existem pessoas e pessoas, mas me estranha pensar que Fanny Hill nunca questionou suas relações sexuais, nunca sentiu asco enquanto estava com um homem. Tudo parece tão fantasioso e "prazeroso" para a mulher, as descrições e a narrativa tomam como foco algumas partes que eu não sei se realmente chegam a ser a atenção do sexo, que eu chego a pensar que só poderia ter sido escrito por um homem mesmo.

Mas o que torna a narrativa tão diferente feita por um homem da feita por uma mulher?

Eu, sinceramente, não sei responder. É algo que eu sinto, que eu percebo, mas não consigo explicar. Acho que mulheres também podem falar sobre sexo e escrever erotismo, e também podem sentir prazer em todas as relações sexuais mesmo que por dinheiro. Mas, por alguma razão, eu sinto que é uma questão, literalmente, de ponto de vista. Não meu, mas da narrativa. Imagino que, se fosse escrito por uma mulher, mesmo que abordasse exatamente os mesmos assuntos e as mesmas cenas, o livro teria um tom diferente.

Leia mais em: http://ninanoespelho.blogspot.com
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Dani.Stfn 11/03/2012

Link da resenha: http://spleen-juice.blogspot.com/2012/03/fanny-hill.html

A primeira coisa que você precisa saber sobre Fanny Hill é que é um livro erótico do século XVIII. Ou seja, muitas pessoas não vão gostar pelo tema e, por mais que já tenha passado muito tempo, sexo ainda é visto como tabu nos dias de hoje.
A história é sobre Fanny, uma garota de quinze anos que vive no interior da Inglaterra, bastante inocente e pura. Após perder seus pais, ela parte para Londres em busca de uma nova vida, ela só não sabia que seria tão corrompida no processo. Ela acaba encontrando emprego na casa de Mrs. Brown, uma cafetina, que acaba aliciando Fanny por causa da sua inocência. É assim que começa seu primeiro contato com a prostituição. Porém, ela não fica muito tempo com essa mulher, porque se apaixona por Charles, um belo rapaz, com quem ela foge. Mas nem por isso ela acaba evitando o destino que lhe foi traçado.
A narração é em primeira pessoa e é como se ela estivesse escrevendo uma carta para alguém, contando toda a sua vida. O engraçado é que o livro foi escrito por um homem, achei que algumas vezes ele retratou muito bem os pensamentos e ações femininas, porém, algumas vezes dava para ver que de fato o livro foi escrito por um indivíduo masculino que fala mais do prazer do que amor. Porque, convenhamos, acho que seria mais chocante do que foi se fosse escrito por uma mulher.
Mesmo assim, eu gostei bastante do livro. Até as cenas mais pesadas, foram escritas de forma tão rebuscadas e cheias de metáforas e comparações que não chegavam a ficar tão vulgar. E eram realmente bastantes cenas de sexo. Gostei também da personagem Fanny, dá para ver como no começo ela era realmente inocente e aos poucos foi aprendendo a ser mais esperta e astuta até não sobrar quase nada da menina do começo do livro. Também gostei muito do final, apesar de parecer meio irreal e coincidente.
O mais interessante era ver como eram as casas das cafetinas no século XVIII. De dia, pareciam realmente casas que pertenciam a alguém de boa índole e até as “moças” trabalhavam como boas jovens de família. Alguns bordéis escondiam tão bem sua natureza que só poucas pessoas o conheciam. O que me incomodou é que John Cleland faz a prostituição naquela época parecer algo bonito, como se a vida fosse um mar de rosas, o que de fato, não foi, não é e nem vai ser.
Particularmente, eu gostei da leitura. Não sou preconceituosa e realmente leio qualquer livro que parar em minha mão, até bula de remédio. E em questão de erotismo, já li livros até piores (livros que não possuíam esse enfoque, mas que tinham cenas um tanto chocantes). Para quem adora livros de época, eu indico. Acho que é um ponto de vista diferente que vale a pena ser lido.
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Lu 16/04/2015

Ah o prazer!
Não causa estranhamento que a obra tenha causado tanto rebuliço nos idos de 1749 uma vez que retrata de forma explícita a vida íntima de um grupo de mulheres nada honradas para a sociedade francesa. Certamente, ainda hoje, a obra deve ser negada pelos ditos paladinos da moral e bons costumes. No entanto, o autor consegue enxergar mulheres no mais recôndito de suas intimidades. A partir da personagem principal a intimidade de outras mulheres se revelam naquilo que as aproximam: o prazer. Este elemento ainda que culturalmente sufocado na mulher a acompanha desde o início de sua existência. As mulheres de "vida fácil" o viviam sem culpas enquanto as senhoras honradas eram vítimas da histeria, segundo Freud, por não realizá-los. Vivê-lo de forma plena escandaliza, ainda hoje, a muitos. Esse livro contribui, principalmente com as mulheres a viver o prazer que seu corpo pode proporcionar livre de culpas.
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Nena 28/02/2019

Fanny Hill, Memórias de Uma Mulher de Prazer, é um romance erótico lançado pelo jornalista John Cleland, em 1749. O livro narra na primeira pessoa a história da jovem órfã Fanny, q aos 15 anos perde seus pais, onde parte para Londres em busca de trabalho. Depara-se com uma aliciadora q a leva para sua casa de prostituição, onde começa sua trajetória glamourizada de prazer e luxúria. Além da morte dos pais e da partida de seu amado Charles, Fanny não se depara com nenhum outro "aperto" na vida, muito pelo contrário, é dotada de muita sorte, encontrando em seu caminho homens dispostos a mantê-la em vida relativamente confortável e até luxuriosa, onde conquista até uma polpuda herança, tornando-se rica em tenra idade. As descrições das cenas de sexo são detalhadas de forma bem elegante, sem palavreados chulos. Dá para se ter uma ideia da sociedade inglesa da década de XVIII com as descrições com q se vestiam e portavam socialmente. O desfecho é bem romantizado, digno de uma princesa Disney e o autor encerra até de uma forma contraditória ao q se apresenta ao longo da história. O livro divide-se em duas partes. Trata-se de duas cartas q são escritas por Fanny endereçadas a uma mulher q não tem a identidade revelada, onde conta toda sua trajetória. Particularmente não gostei (sou meio avessa a romances), mas não me furto a ler clássicos, por isso encarei mais esse. Porém não é um livro ruim, eu que não curto romances, ainda mais tão glamourizados como esse.
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Mrs Luna 12/01/2022

Um livro a frente de sua época
Fanny Hill conta a história da jovem Fanny que após a morte de seus pais e enganada por alguém que achava ser sua amiga vai para Londres, sendo abandonada pela mesma a própria sorte assim que chega a cidade, sendo jovem e nenhuma instrução ela vai atrás de emprego, onde acaba sendo enganada com uma oportunidade de emprego como criada em uma distinta casa, quando na verdade é levada para uma vida de prostituição.
A história de Fanny tem tudo para ser algo desastroso, mas por obra do destino a jovem consegue de certa forma viver a sua vida com certa dignidade, o máximo de dignidade que alguém em sua situação pode obter.
O livro tem muitas, muitas, muitas partes picantes, sendo considerado o primeiro livro erótico a ser lançado no mundo, com descrições de trabalhos que ela fez durante sua vida, não apenas dela como também de algumas colegas de profissão que surgem no decorrer da história.
Ainda assim, as descrições são feitas de forma poética pela narradora, motivo pelo qual torna essa obra de certa forma única.
Ao terminar a leitura entendo porque este é um dos 1001 livros para ler antes de morrer e sua importância que teve na época, apesar de não ser tão conhecido atualmente, já que o mesmo foi proibido em alguns países até o século XX.
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Talita 26/05/2011

Fanny Hill ou memórias de uma mulher de prazer
Esse livro é como o diário de uma prostituta de antigamente, nele ela conta desde o início como era sua vida e como acabou se tornando uma mulher da vida, tem cenas fortes e de abusos, homossexual e agressões. Não foi um livro que me agradou pois não é meu estilo de leitura sou mais chegada em romances.
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Horroshow 15/09/2015

Estilo e elegância
Resenha por Renato Fonseca

Também conhecida como: "Aventuras de miss Fanny Hill", "História de Fanny Hill" e "Memórias de Fanny Hill", é um romance escrito por John Cleland, em 1748 e lançado no ano seguinte. Cleland estava na prisão por dívidas contraídas em Londres, e produziu a obra neste período. O texto é considerado o primeiro romance erótico da modernidade, e tornou-se um sinônimo da batalha contra a censura da pornografia. Mais que isso, a obra reflete a sensibilidade de uma pessoa que se encanta com o próximo e que reflete de maneira doce a fluida natureza humana.

Ainda que seja considerado o primeiro romance erótico moderno, é também um dos grandes retratos da Europa do século XVIII. O livro é composto por cartas a um interlocutor não mencionado e narrado em primeira pessoa pela personagem: a doce, envolvente, simples e humana Fanny Hill. Um dos pontos marcantes na narração é a surpresa de momentos muitos sensuais, que refletem uma sensibilidade ao sexual que parece ser própria de um século, e que é ausente no nosso tempo ou embrutecida pela plasticidade e volatilidade de nossa época.

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2014/11/fanny-hill-de-john-cleland.html
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