Maísa Andreoli 15/01/2016
"Guia de uma Ciclista em Kashgar" narra, paralelamente, a história de Evangeline English, que se passa em 1923, e de Frieda, que se passa em Londres, nos dias atuais. Durante o decorrer da trama, o leitor irá descobrir qual é a ligação entre essas duas vidas.
Evangeline embarca com sua irmã, Lizzie, e com Millicent, para a antiga cidade de Kashgar. Embora Lizzie e Millicent estejam empreendendo essa viagem a fim de estabelecer uma missão cristã, Eva, secretamente, tem motivações aventureiras, e pretende relatar suas observações acerca da região através de um livro, um guia para ciclistas. As três mulheres irão viver grandes contratempos e atribulações.
Frieda, por outro lado, conhece Tayeb, que estava dormindo no corredor do prédio onde mora, em frente à sua porta. No dia seguinte, entretanto, ele não está mais lá, mas deixa na parede o desenho de um pássaro e uma frase escrita em árabe. Quando Frieda e Tayeb se reencontram, visto que o rapaz retorna à porta de Frieda, eles acabam unindo-se, pois Tayeb está em apuros e precisa de ajuda, e Frieda acaba de descobrir ser parente mais próxima de uma mulher que acabou de morrer, de quem ela nunca ouviu falar e cujo apartamento abandonado está repleto de coisas intrigantes.
As histórias dessas mulheres são narradas intercaladamente na obra, sendo que a de Evangeline é escrita em forma de diário, em primeira pessoa. Em contrapartida, a história de Frieda é uma narrativa comum, em terceira pessoa.
Surpreendi-me de forma positiva com a obra. O livro inicia-se um pouco enfadonho, mas, no decorrer dos capítulos, ganha requinte e dinamismo. A autora ligou as vidas das protagonistas de maneira inteligente e interessante, tornando a leitura, além de prazerosa, viciante e enriquecedora.
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