Fantasmas na Biblioteca

Fantasmas na Biblioteca Jacques Bonnet




Resenhas - Fantasmas na Biblioteca


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Letícia 21/02/2020

Um livro sobre livros...
Esse pequeno livro nos fala sobre outros livros. E nos descreve bem. Nós leitores apaixonados pela leitura ou pelo objeto livro. E como sempre nos instiga a procurar pelos títulos citados ao longo da história. Uma história de alguém que vive cercado por livros, e que nem sempre serão lidos. Um trecho diz isso e representa com certeza muitos de nós. Me representou bastante, me senti contemplada e por assim dizer, compreendida nesse amor que temos pelos livros e pela leitura. Um amor que muitas vezes é difícil de explicar e fácil de sentir. Recomendo essa leitura deliciosa!
Guto 02/08/2023minha estante
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Aguinaldo 27/05/2013

Fantasmas na biblioteca
Interrompi um tanto minha divertida leitura de "La vida y las opiniones del caballero Tristram Shandy", de Laurence Sterne (e traduzido por Javier Marías, um mimo a mais para os sentidos) para assim conseguir postar registros dos vários livros ligeiros que li neste atribulado mês. E há tanta coisa ainda acumulada, já lida e esperando seu devido momento de aparecer. Logo veremos. "Fantasmas na biblioteca" pertence aquela categoria de livros que estimula a vaidade dos bibliófilos, dos acumuladores de livros, dos amantes da leitura. Qual de nós não gostaria de exibir suas preciosidades, contar suas histórias de encontros com os livros? Lemos com o mesmo prazer que encontramos nos livros de Alberto Manguel (como "A biblioteca à noite"), Umberto Eco (antes o instigante "Não contem com o fim do livro" que o aborrecido "A memória vegetal") ou José Mindlin (como "O mundo dos livros"), todos herdeiros de Ricardo de Bury (o autor do seminal "Philobiblon"). Jacques Bonnet é um grande colecionador, sua biblioteca reúne mais de trinta mil volumes. Entretanto mesmo o mais modesto dos colecionadores facilmente reconhece como parecidos com seus os comentários de Bonnet. Ele fala das ramificações infinitas que nossas bibliotecas adquirem com o tempo; da surpresa com as mudanças em nosso gosto literário; das inofensivas porém caras patologias, como a de não suportar falhas em nossas coleções; das facilidades que a internet (e a miríade de sebos à disposição pelo mundo) trouxe aos bibliófilos; conta divertidos - e também trágicos - causos sobre o mundo dos livros; reflete sobre o passado e o futuro deles; descreve a legião de habitantes imateriais de sua grande biblioteca. É sim um bom livro, que será recebido com cúmplice alegria em meus guardados, acolhido como um confrade que é reconhecido por outro, mesmo de longe. Evoé!
[início: 16/05/2013 - fim: 20/05/2013]
"Fantasmas na bilioteca: A arte de viver entre livros", Jacques Bonnet, tradução de Jorge Coli, Rio de Janeiro: editora Civilização Brasileira (José Olympio), 1a. edição (2013), brochura 14x21 cm., 158 págs., ISBN: 978-85-200-1000-6 [edição original: Des Bibliothèques Plines de Fantômes (Paris: Éditions Denoël) 2008]
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Alexandre Kovacs / Mundo de K 16/06/2013

Jacques Bonnet - Fantasmas na Biblioteca
Editora Civilização Brasileira - 160 páginas - Tradução de Jorge Coli - lançamento 2013.

Jacques Bonnet é um editor e tradutor francês, que convive com o doce problema de administrar uma biblioteca particular de dezenas de milhares de livros acumulados durante a vida. Na verdade, ele é um bibliófilo do tipo de José Mindlin, Umberto Eco ou Alberto Manguel, mas prefere se definir como um bibliomaníaco porque, como ele mesmo explica, o bibliófilo guarda volumes tão preciosos que seu proprietário nunca os abre com medo de estragá-los, enquanto, no caso dele, não existe a menor hesitação em escrever nos livros ou lê-los na banheira. A sua biblioteca não é especializada, ou antes, é especializada em tantos domínios, que se torna generalista.

O bibliomaníaco, ainda segundo Bonnet, pode ser dividido em dois gêneros principais: os colecionadores e os leitores obstinados. Os primeiros podem chegar a perder todo o limite quantitativo e mesmo a renunciar à leitura das obras acumuladas, como exemplo é citado o caso de Sir Richard Heber (1774 - 1833), em Christian Galantaris, Manual de Bibliofilia, que possuía 300 mil volumes repartidos em cinco bibliotecas diferentes na Inglaterra e no continente, cada uma tendo invadido cinco mansões ("os livros eram onipresentes e formavam verdadeiras florestas com alamedas, avenidas, bosques, caminhos, nos quais se tropeçava nas pilhas e nos montes que transbordavam das prateleiras, abarrotavam as mesas, os móveis, os assoalhos..."). Já os leitores obstinados têm uma compulsão de leitura e curiosidade incurável que os leva a guardar o objeto de leitura, mantê-lo à sua disposição, resultando daí um acúmulo de livros considerável.

O autor escreve com muita leveza e bom humor sobre os problemas relativos à classificação de livros que pode ser feita, em teoria, através de gênero, língua, cronologia etc. No entanto, como dividir a obra de um autor como Nabokov que escreveu em russo, francês e inglês? Deveríamos classificá-lo em uma única língua? Nesse caso, qual delas? O russo é a língua materna de Nabokov, mas seus livros mais importantes foram escritos em inglês. E sobre os escritores espanhóis, devemos classificá-los juntamente com os da América Latina? Mesmo desafio para a língua portuguesa entre Portugal e Brasil, sem falar nos escritores das antigas colônias africanas (Angola e Moçambique).

Um "livrinho", como o próprio autor o define, delicioso de se ler e indispensável para os amantes da instituição "livro" onde não poderia faltar, obviamente, as questões atuais sobre a comparação entre o livro impresso e virtual, a praticidade e velocidade da consulta em nossos tempos de Internet que parecem apontar, espero que não, para o desaparecimento das bibliotecas e bibliófilos. Destaco o trecho abaixo, onde Jacques Bonnet ao dar a sua opinião sobre o assunto, consegue expressar muito bem o pensamento dos seguidores dos livros tradicionais e a sua aparente irracionalidade de confraria:

"Curiosamente, a fonte infinita de informações que constitui a internet não tem para mim o mesmo estatuto mágico que a minha biblioteca. Estou diante de meu computador, graças ao qual posso chegar a todas as informações imagináveis, ainda mais mestre do tempo e do espaço, e, no entanto, falta aí o "divino". Talvez se trate de uma questão corporal: faço isso com a ponta dos dedos, e tudo permanece exterior, passando por uma máquina e uma tela. Nada a ver com minhas paredes atapetadas de livros que eu conheço — quase — de cor. De um lado, tenho a impressão de estar no comando de um braço articulado capaz de todas as performances no vazio sideral exterior, de outro, num útero cujas paredes são atapetadas de prateleiras cujo arquétipo romanesco poderia ser o Nautilus. Como se vê, a questão não é apenas de racionalidade."
Marta Skoober 16/06/2013minha estante
Sua resenha leva-me a questionamento: seria este mais um para uma "bibliomaníaca incurável"?




Graciela 04/04/2022

Bom livro
Esse é um livro que fala sobre livros. Tem algumas histórias e passagens bem interessantes, mas em algumas partes o excesso de citações de títulos, editoras e datas de publicação deixa a leitura lenta.
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