O filho eterno

O filho eterno Cristovão Tezza




Resenhas - O Filho Eterno


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Ariana Pereira 29/03/2024

A vida real
Um relato cru sobre a paternidade atípica que perpassa qualquer parentalidade: o filho que me nasceu não é o filho sonhado. A jornada de um pai para integrar à sua existência o filho com deficiência. A leitura chega a ser incômoda em muitos momentos pois o pai não poupa ninguém da viagem ao seu interior.
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deniferreira 05/03/2024

Um início bem incômodo com o choque inicial do protagonista após o nascimento do filho com síndrome de Down. Mas esse espanto vai se dissolvendo em meio ao amor que cresce ao longo das páginas. Achei o paralelo com a vida de expatriado meio "sobrando" na história. Mas lindo, lindo!
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@darlanjs 17/02/2024

Pai e filho, Filho e pai.
Um livro sobre a relação entre um pai (escritor, em construção) e um filho (com síndrome de Down, também em construção). Mas, acima de tudo, uma relação que permeia a autobiografia e a aceitação do estado "pai". Um livro forte e essencial como relato (talvez, ficcional em alguns momentos) emocional das possíveis vivências entre pai e filho e filho e pai.
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Tatiane140 09/02/2024

Surprendente
Não esperava menos de um livro que ganhou o prêmio Jabuti, amei a forma como o autor abordou a história de uma forma como ela realmente foi de início, o preconceito com a síndrome, o impasse de amar o filho e como isso foi sendo construído ao longo da leitura,
Li por obrigação de uma matéria de literatura brasileira, e leria novamente
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sabren 27/01/2024

Esse é o 1/5 leituras para a disciplina de literatura brasileira iv. me surpreendi bastante, comecei a ler sem esperar nada, apenas por ser obrigatório pra disciplina, mas é um livro muito bom. acompanhamos a trajetória de um escritor perdido na vida, a forma da narrativa é bem singular, o fluxo dos pensamentos está entrelaçado com os acontecimentos, algo bem existencialista; é incrível o quanto o amor de pai e filho é capaz de transformar uma pessoa. por fim, não deixa de ser uma história bonita, mostra o lado bom e o não tão bom.
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Camila 21/01/2024

A criança eterna de Tezza
"Filho Eterno", de Cristóvão Tezza, é uma viagem literária que transcende as fronteiras da paternidade, explorando a essência da experiência humana. O autor nos conduz por uma narrativa meticulosamente construída, onde sua jornada como pai de um filho com síndrome de Down se desenrola diante de nós com uma sinceridade visceral. Por vezes, a narrativa nos desperta raiva do pai preconceituoso.

Tezza desvenda camadas profundas de emoção ao compartilhar os desafios, alegrias e descobertas que permeiam sua trajetória como pai. Sua prosa habilidosa mergulha nas complexidades do amor paternal, enquanto confronta questões universais de aceitação e compreensão.

Cada página revela nuances da vida cotidiana, transformando momentos aparentemente comuns em epifanias poéticas. O autor não apenas compartilha sua história pessoal, mas também tece uma tapeçaria emocional que ressoa em todos os leitores, independentemente de suas experiências individuais.

A habilidade de Tezza em capturar a complexidade da relação pai-filho é notável, e sua escrita sensível nos convida a repensar nossas próprias preconcepções e preconceitos. O livro não apenas aborda a deficiência, mas transcende rótulos, oferecendo uma visão profunda sobre a diversidade humana e a beleza que reside na aceitação incondicional.
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Lilian 13/01/2024

Estrondoso!
"O filho eterno" é uma obra que transcende as fronteiras do tema específico da síndrome de Down, oferecendo uma narrativa tocante que toca a todos os leitores, independentemente de suas experiências pessoais. Cristovão Tezza não apenas compartilha sua jornada íntima, mas também desafia os leitores a refletirem sobre suas próprias concepções de normalidade, felicidade e paternidade.

Em suma, "O filho eterno" é uma obra-prima literária que vai além da condição especial de seu personagem central, capturando a essência da experiência humana e oferecendo uma visão profundamente comovente e perspicaz sobre o que significa ser pai.


site: https://lilianfreitas.com/
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Eduardha 10/01/2024

É uma leitura emocional e ao mesmo tempo bem dura. Logo no início você já percebe que o autor não vai florear os pensamentos, nao vai poupar comentários capacitistas até ele crescer e por fim aceitar o Felipe! Foi uma leitura que me emocionou muito
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myhtuck 12/12/2023

O filho eterno
"Aclamado pela crítica e pelo público, O filho eterno conta a história do nascimento de uma criança com síndrome de Down coincidindo com o momento de ruptura na vida dos pais. Um filho desejado, mas diferente: nas palavras do pai, na tímida tentativa de explicar para os conhecidos, nos primeiro meses, uma criança com “um pequeno problema”. De início, tudo é estranhamento, e o pai assume que a urgência não é resolver o tal problema do menino – haveria algo a ser resolvido? –, mas o espaço que o filho ocupará, para sempre, na vida do casal."

Nota: 4/5
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MatheusPetris 04/12/2023

O livro mais conhecido de Tezza, O Filho Eterno, é o mais atípico de sua poética. O romancista defende que, quanto mais o autor se afastar subjetivamente de sua produção literária, melhor será sua literatura; se faz necessário dialogar com outras vozes. No geral, ele sempre evitou se colocar subjetivamente nos livros, todavia, O Filho Eterno faz a direção inversa, pois se relata autobiográficamente. No romance, o protagonista, um escritor frustrado que se considera um fracasso, que “tem dificuldade de preencher o espaço da profissão” (TEZZA, 2010, p. 11) em fichas simples, que é sustentado pela mulher há anos, se vê atônito diante da notícia que será pai. Após o nascimento do filho, desconfia-se que o mesmo possui a Síndrome de Down, antes chamada pejorativamente de mongolismo. O pai, desesperado, nutre esperanças que sabem vãs de que o diagnóstico esteja errado; obviamente, não estava. Felipe, o filho, é o nome do filho de Cristovão Tezza, e o escritor é o próprio em um passado um tanto distante. Embora seja uma relativa pessoal, biográfica, “não tem pretensão de ser a verdade” (ALMEIDA, 2009, p. 274). Isso posto, podemos pensar, inclusive, nas epígrafes que abrem o livro. A epígrafe de Bernhard atesta para a impossibilidade da linguagem alcançar a verdade, além de ser como uma chave para ler o livro na esteira autoficcional, isto é, o próprio romance é o afastamento da verdade. Assim, nos direcionamos à hipótese deste breve ensaio: a realidade é ficcionalizada por meio do tempo narrativo.

Apesar de uma profunda distância (temporal, formal e estilística) que separa Gustave Flaubert de Cristóvão Tezza, é possível tecer considerações aproximativas entre os autores. Flaubert (2005, p. 93) que dizia que “tudo se deve fazer a frio, calculadamente”, defendia a tese de que só deve se escrever sobre algo pensado, vivido, sentido, quando isso estiver distante, ou seja, só deve se escrever sobre o amor por alguém quando não estiver mais amando. Mas de que forma Tezza faz isso? Ao escolher um narrador onisciente em 3º pessoa, o autor veste uma “máscara ficcional” (RÜCKERT, 2016, p.164), é como se possibilitasse ao autor se auto ficcionalizar, falar de questões que até então estavam omissas. Entretanto, no bojo do romance, às vozes se confundem, autor, narrador e protagonista servem à ficção e não à verdade. Em determinado momento do romance, o narrador afirma que a Síndrome de Down nunca teve espaço em sua literatura, era impossível domesticá-la “numa representação literária” (TEZZA, 2010, p. 26). Porém, quando o narrador afirma essa impossibilidade, ele se refere a um passado daquele presente do escritor enquanto personagem, essa voz que ecoa (e se multiplica), é uma voz onisciente que faz justamente o inverso, transforma uma vivência em objeto literário. Quando Tezza fez isso? Quando já havia superado essa situação, o que revelou em entrevista: já não se tratava de questões emocionais, os problemas pessoais estavam resolvidos, agora se tratava de tornar tudo isso em literatura. Voltemos ao Flaubert para concluir esse primeiro raciocínio. Em uma carta a Louise Colet, poeta francesa, uma de suas paixões, Flaubert escreve que iria a um enterro da esposa de um velho amigo de seu pai. Sabendo disso, se prepara para “aproveitar tudo”, o que significa que deseja extrair desse doloroso evento, matéria prima para Madame Bovary… Para alguns isso pode soar maléfico, mas ele discorda, tendo inclusive diversos materiais angustiantes sobre si próprio. É ele quem diz na mesma carta: “Eu mesmo me dissequei ao vivo em momentos pouco alegres” (FLAUBERT, 2005, p. 109). Tanto para Tezza quanto para Flaubert, é como se fosse possível exprimir um evento, um acontecimento, apenas quanto menos senti-lo.

Quando o narrador fala que, “em nenhum momento, ao longo de mais de vinte anos, a síndrome de Down entrará em seu texto. Esse é um problema seu [do escritor-personagem], ele repete, não dos outros, e você terá que resolvê-lo sozinho” (TEZZA, 2010, p. 63), é como se tivesse atestando para o mencionado acima. Se o personagem-escritor decidisse por escrever um livro sobre a paternidade, era como se tivesse tentando resolver a questão pela via da literatura, utilizando ela como um meio e não como um fim em si mesma, o que seria uma contradição com a visão literária do personagem. Essa relação entre ficção e realidade parece estar imbricada num artifício temporal da construção narrativa. Sendo um narrador onisciente, esse narrador em terceira pessoa está localizado no futuro do personagem escritor. Entretanto, muitas vezes, a voz do presente do escritor-personagem parece ultrapassar a onisciência. O narrador, apesar de estar falando do futuro sobre acontecimentos passados, em diversos momentos, intercala diferentes tempos verbais. Fala quase sempre no indicativo alternando entre o Pretérito Perfeito e o próprio Presente, como se tudo se confundisse: "O filho finalmente subiu no banco do lado do motorista" (TEZZA, 2010, p. 133), era a comemoração de um avanço milimétrico, mas que para o garoto era muito. Logo em seguida, reflete sobre sua própria vida, agora no presente: "Sente cansaço, mas ainda tem energia de sobra aos 30 anos — é preciso decidir o que fazer da vida e se sente dolorosamente incapaz de sobrevivência (TEZZA, 2010, 133). Se uma das características da síndrome de Down é a impossibilidade de abstração do tempo, se Felipe vive um eterno presente, essa ferramenta narratológica de construção do texto não se relaciona exatamente com isso?

A relação entre pai e filho, ficção e realidade, não é apenas formal, mas conteudística. A outra epígrafe também nos conduz a essa reflexão. O narrador afirma que o "filho é a imagem mais próxima da ideia de destino, daquilo de que você não escapa", e Kierkegaard que o filho "é como um espelho no qual o pai se vê", não é exatamente o que ocorre com o personagem-escritor do romance? Marina Barbosa de Almeida (2009, p. 276) chamou atenção para isso: "O treinamento neurológico nos primeiros anos de vida do filho é contrastado com o treinamento do pai em relação às tentativas de publicar seus livros e as recusas das editoras". Nas partes finais do romance, o personagem que chegou a desejar a morte do filho, que parecia comemorar com uma baixa expectativa de vida, parece, enfim, amadurecer e compreender o enorme amor que sente pelo filho. Mas não nos enganemos, não é como se o romance tivesse uma linearidade narrativa, como se fosse uma resolução geral de tudo, como se fosse um simples final feliz, ainda — e a cena final revela isso — há muitos progressos que o pai deseja que Felipe alcance. Quando começa a entender o calendário por meio do futebol e eles criam um ritual em torno do clube do coração deles, é como um abraço entre pai e filho, uma aceitação. O personagem-escritor tão refém da linguagem, que incrédulo em como o filho não desenvolverá a nossa maior capacidade cognitiva, o que nos faz diferente dos animais, que nos permite estratificar a vida de maneira complexa, parece compreender que Felipe pode ser sujeito do modo dele. E mesmo em um eterno presente. Se Maurice Merleau-Ponty nos dizia que nossa existência não está no tempo, mas é o próprio tempo, ele também está falando que “o tempo — passado, presente, futuro — é, dessa forma, o próprio meio de existência como sujeito” (MATTHEWS, 2010, p. 128). Concluímos, então, que a passagem da realidade para a ficção, para a constituição de um objeto ficcional, não constitui uma resolução da vida real, mas apenas uma forma de transformá-la em literatura, produzir efeitos com ela. E não como domesticação, mas como superação, como afastamento. Um filho é eterno e o tempo também.
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Daniela.Paropato 06/09/2023

O tema que o livro aborda é interessante, porém a forma como ele é escrito não me agradou, não prendeu minha atenção.
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Érica 25/08/2023

A escrita é chata, beira o pedantismo. Foi difícil concluir.
Sendo mãe achei muito difícil ler sobre esse pai que se nega a acreditar na realidade da paternidade atípica. Nem quando ele tenta ser bom ele não consegue.
Dani 12/09/2023minha estante
Desse modo, O filho eterno parece ser o melhor título para esse livro, rsrs




Bruna 12/08/2023

Cristovão Tezza conta sua própria história através do nascimento no filho Felipe, que traz uma angústia e mudança de visão para a família.
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debinha 21/07/2023

Cru e direto
Biografia inicialmente pesada de realidade que achei genuína e relevante, não acho que teria outra forma de retratar os sentimentos pessoais do autor.
de acordo com o desenvolvimento do livro, a maturidade do Tezza me surpreendeu e achei tudo muito necessário, exceto pelos throwbacks da vida dele que chegavam do nada no meio de algum parágrafo e bagunçavam meu foco.
mesmo assim, maravilha.
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