Resenhas - Tarzan a volta do rei das selvas

z..... 05/11/2016

Adaptação em HQ do segundo livro de Edgar Rice Burroughs sobre o Tarzan, publicada nos anos 70 com a arte de Joe Kubert. A obra também traz cinco contos do rei da selva, igualmente inspirados nos livros de Edgar Rice.

Particularmente, gostei mais dos contos avulsos, que mostram o herói no cenário natural, a selva africana, em histórias onde o maior inimigo é a maldade humana, representada em perversos "tamarganis" (como dizem os gorilas sobre os humanos). Destaque para "O troféu" (sobre um caçador impiedoso) e "Os renegados" (onde uma turba de salteadores encontra o fim na própria cobiça).
Gostei porque preservam a concepção de Rice, com um Tarzan misterioso, avesso à injustiças e atirado à aventuras com sua singularidade guerreira.

A história principal divide-se em 5 partes e não foi muito empolgante na minha leitura. Ao contrário dos outros contos, o Tarzan é mostrado em Paris, tendo que lidar com espiões russos e então parte para a África, em uma trama envolvendo uma cidade perdida e uma tribo de homens selvagens que beiram a bestialidade. Na ocasião reencontra a Jane, sua amada, de quem estava separado por ela acreditar que estivesse morto (pior que isso, só o fato de estar envolvida com outro homem).

A HQ no todo tem seus exageros (como um leão negro, que sobe em árvores), mas para quem curte o rei das selvas é uma leitura interessante e divertida, principalmente pela adaptação de histórias clássicas.

Finalizando, gostei do anexo com informações do herói no mundo do cinema. Desfez alguns conceitos errôneos que tinha sobre a identidade como é conhecida. Esse negócio de macaca Cheeta, por exemplo, foi introduzido no cinema para dar um ar familiar carismático em oposição à imagem original mais séria. Fiquei curioso também em ver o Tarzan interpretado por Dennis Miller, considerado o pior doe todos (e olha que teve cada bagaça!). Dei uma conferida no YouTube e tem coisas realmente bizarras, tipo o grito do Tarzan antes dos filmes de Johnny Weissmuller. Hilário!