Resenhas - A CONQUISTA SOCIAL DA TERRA

Romeu Felix 22/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
Em "A Conquista Social da Terra", Edward O. Wilson discute a relação entre a evolução biológica e a evolução cultural dos seres humanos, e propõe uma nova síntese entre as ciências humanas e biológicas. Ele argumenta que a biologia fornece uma base para a compreensão das raízes da cultura e que a cultura é uma extensão da biologia humana.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira, Wilson discute a evolução humana e a relação entre biologia e cultura. Ele argumenta que a evolução biológica estabeleceu a base para a evolução cultural, e que as diferenças entre as culturas humanas são o resultado da adaptação ao ambiente. Wilson também discute a evolução dos sistemas de crenças e valores, e como eles evoluíram para permitir a cooperação entre os seres humanos.

Na segunda parte, Wilson aborda os problemas enfrentados pela humanidade no século XXI. Ele argumenta que a superpopulação e a degradação do meio ambiente são os principais desafios para a sobrevivência da espécie humana. Ele propõe a criação de uma nova ética baseada na sustentabilidade e na responsabilidade ecológica para resolver esses problemas.

Além disso, Wilson também discute a relação entre religião e ciência, e argumenta que a ciência pode fornecer uma base para uma nova ética que pode unir a humanidade em uma causa comum.

Opinião:
"A Conquista Social da Terra" é uma leitura essencial para quem busca entender a relação entre biologia e cultura, e como essa relação moldou a evolução humana. Wilson apresenta uma abordagem interdisciplinar que une ciências humanas e biológicas e argumenta que essa nova síntese pode fornecer uma base para uma nova ética que pode ajudar a humanidade a enfrentar os desafios do século XXI.

Wilson é um escritor habilidoso e apresenta seus argumentos de forma clara e acessível. O livro é bem estruturado e a divisão em duas partes ajuda a manter o foco no tema principal. Embora o livro tenha sido escrito em 2013, suas ideias ainda são relevantes e desafiadoras para os dias atuais.

Em suma, "A Conquista Social da Terra" é um livro instigante e provocador que desafia o leitor a repensar a relação entre biologia e cultura e a considerar uma nova ética baseada na sustentabilidade e na responsabilidade ecológica.
Por: Romeu Felix Menin Junior.

Ricardo 04/01/2022

A evolução da vida em sociedade
Nesse interessante livro o autor nos conduz pela história evolutiva de várias espécies explicando os possíveis fatores que promovem ou impedem o desenvolvimento da vida em sociedade. O autor é especialista no estudo das formigas e faz vários paralelos entre a organização social desses insetos e a de outras espécies, incluindo o homem.
Muito interessante para tentarmos entender algumas dinâmicas essenciais presentes em todos os animais (incluindo nós, humanos), bem como a nossa natureza sempre em conflito entre o egoísmo e a cooperação.
Segue link para meus trechos marcados.

site: https://docs.google.com/document/d/1eWjiw6yue9pVmiN_hTejSiL4wJBG0aErazR22vl7ylg/edit?usp=sharing

Ramalho 08/09/2021

A conquista social da terra nasceu assim...
Este é um livro que, se lido superficialmente, pode acabar gerando polêmicas. Wilson usa inumeras vezes seu conhecimento biológico de insetos (formigas) para explicar comportamentos humanos. Por mais louco que seja, com a teoria de Wilson isso se torna possível.
O fator mais importante para o autor é a eussocialidade, que seria uma construção grupal de vários animais formando comunidades autênticas e altruístas. Estas são compartilhações nossas com insetos sociais. De certa forma o principio ativo é o mesmo, e não aceitar as palavras de Wilson acaba nos colocando em um lugar de negação perante quem somos; afinal se Wilson estiver certo isso modifica quem pensamos ser. Aquilo que nos faz distantes, olhando de cima pode nos igualar ao invés de nos divergir. Política, religião, criatividade: compartilhamos isso com todos os seres humanos da terra, inclusive a cultura; logo, a cultura, para bem ou para o mal, faz parte de um aparato genético. A epigenética ainda por cima, explica que aquilo que pensamos ser unico de nós: nossos genes, são plásicos, ou seja, 97% deles são reguladores que direcionam o trabalho das proteínas do nosso corpo. A evolução por si só já acompanha essa ideia: de que nada na natureza é imutável, tudo se movimenta, e quanto mais plástico melhor. No entanto, ainda existe um estigma perante a biologia, de que ela é determinista, caminha para uma lógica matemática e superior (acredito que pelo trauma eugênico e positivista) e por isso ainda hoje as ciências humanas lutam para a explicação da sociedade em meios biológicos.
Esta fora uma parte importante do livro. No entanto, ele é complementar, funciona como um livro de escada para uma ideia que pode ser melhor desenvolvida em outros, nem toda ideia de Wilson eu vejo como valida; como por exemplo, colocar os fatores neuronais como explicativas e não como justificação, o que acho ser válido o questionamento, mas não o abandono da teoria.

Glauber 20/06/2021

Profundo
Um livro profundo, em que o autor concilia ciências naturais e ciências humanas, tentando entender, por meio do conhecimento científico, a natureza humana.

Biologia, Antropologia e Sociologia se fundem no raciocínio do autor, por meio de comparações dos pré-humanos e outros poucos animais que atingiram um nível mais complexo de organização coletiva, para pensar em como se deu a transição do homem pré-histórico para o homem histórico. E o que há de rastros do ancestral em nós.

Assim, acompanhamos um belo trabalho de reconstrução da nossa história, pautado nas indagações sobre quem somos, de onde viemos e para onde vamos, sob um ponto de vista sociobiológico e, portanto, mais amplo.

Antonio Cesar 05/01/2017

“... Os torcedores ficam empolgados vendo uniformes, símbolos e apetrechos de batalha do seu time, as taças de campeonatos e bandeiras, as garotas de torcida dançando em trajes sumários”. ...”

5º período a partir da posição 838 no formato MOBI

Uma obra ambiciosa que procura responder ou no mínimo lançar luzes sobre as grandes questões da humanidade De onde viemos? O que somos? Para onde vamos? Com uma visão evolucionista e estritamente materialista sobre a origem da humanidade, o autor discorre sobre a competição de nossos genes, parte deles, egoístas, focados em no nosso sucesso reprodutivo individual, e os altruístas, responsáveis pelo nosso desenvolvimento social o que tornou cada um de nós, “em parte santo e em parte pecador” (mobi pos 4275). O foco materialista da obra faz pensar e muito inclusive num dos pilares de nossa crença o livre arbítrio “Quanto mais os processos físicos da consciência foram definidos pela pesquisa científica, menos sobrou para qualquer fenômeno que possa ser intuitivamente rotulado como livre-arbítrio. Somos livres como seres independentes, mas nossas decisões não são livres de todos os processos orgânicos que criaram nosso cérebro e nossa mente. O livre-arbítrio, portanto parece ser na verdade biológico.” (mobi pos 4258). Imperdível, principalmente para quem leu O Gene egoísta de Richard Dawkins.

Dalmo 30/01/2016

Ciência e razão
O autor nos conduz, através do conhecimento biológico-evolutivo, à compreensão da evolução da espécie humana, comparando-a com outras espécies através da história e analisando nosso desenvolvimento como seres complexos e únicos. Sua abordagem excessivamente racional, desconsidera outros campos do conhecimento humano, como a filosofia e psicologia, por exemplo. Sua visão crítica das religiões, principalmente as abraâmicas, não é nem um pouco sutil. Apesar disso, o livro provoca e nos leva a pensar de onde viemos, o que somos e pra onde e como iremos.

Pilar11 10/07/2014

Interessante
O livro trata de maneira cientifica nossa origem. O leitor precisa estar familiarizado com os termos tecnicos.