O Homem Demolido

O Homem Demolido Alfred Bester




Resenhas - O Homem Demolido


13 encontrados | exibindo 1 a 13


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preta velha 01/05/2024minha estante
amei a resenha e adicionei-o pelo elemento loucura.
parabéns, brujo!
um abraçaço!


Brujo 01/05/2024minha estante
Muito obrigado, Ana !




Nelson 26/09/2021

Must read para não ser demolido
Quando as expectativas sobre uma obra são atingidas, é sempre difícil encontrar as palavras para descrevê-la. Com O Homem Demolido, a sensação foi essa. O livro, que começa com uma cara de FC clássica, em poucas páginas toma novos ares numa incrível jornada de um homem a caminho da Demolição.

A escrita de Alfred Bester consegue fazer um rápido desenvolvimento de personagens de forma crível, notando-se claramente a diferença entre eles, ao mesmo tempo que nos apresenta um “show, don’t tell”, por assim dizer, fazendo com que o leitor aprenda sobre aquele mundo com raros momentos de didática em um livro curto. Fazer isso enquanto cria uma linha inteligente de crime e investigação, é o trunfo desse livro publicado em 1953.

A história começa acompanhando Ben Reich em sua missão de destruir uma corporação rival. É fácil gostar de Reich, ainda que suas motivações sejam escusas. Ao situar a história no futuro, Alfred Bester nos permite conhecer um mundo onde existem psicodiafanistas, em outras palavras, telepatas. Não simples telepatas, mas profissionais capazes de exercer uma profissão regulamentada e com código de ética, inclusive confidencialidade ao paciente. Isso acaba fazendo toda a diferença no livro, já que após certa parte passamos a acompanhar Powell, o intendente de polícia, que é também um psicodiafanista. Ao contrário de Reich, Powell tenta fazer tudo pela via correta. Esse dualismo acaba criando um pouco de ingenuidade em certas partes, como quase sempre acontece a uma história que se apega a arquétipos, mas não chega a ser prejudicial à trama. Vale lembrar nessa hora que, talvez, alguns tropos de hoje, não eram vistos da mesma maneira na década de 50.

O elemento mais surpreendente para mim, foi a maneira como Alfred Bester explora a investigação telepática nos momentos em que Powell “psicodiafaniza” a única testemunha que pode esclarecer o assassinato. Com um estilo ousado de escrita, somos bombardeados com diversas maneiras que esse elemento se apresenta. Algumas vezes explorando o consciente com certa sutileza, outras o complexo subconsciente e suas estranhas ligações não exatamente lógicas, ou então com termos bioquímicos. As figuras que descrevem esses momentos e outros também, como a conversa entre um grupo de psicodiafanistas, criam um universo que nos permite visualizá-lo com muita facilidade e, como já disse, fazendo um bom uso do “show, don’t tell”. Imagens são enviadas pelas mentes telepatas, informações são passadas de maneira muito mais ágil através da psicodiafanização.

Bester também faz uso de nomes para as invenções tecnológicas do século XXIV, época em que se passa a história. Nesse aspecto temos nossa maior sensação de lidar com uma obra de FC clássica, mas o elemento da sociedade telepata acaba roubando grande parte da questão fantástica/especulativa da obra. Ainda assim, em O Homem Demolido, temos viagens espaciais, colonização a outros planetas e até mesmo uma segunda Terra a bordo de um asteroide. As cenas de ação e perseguição, entretanto, não compartilham da mesma inventividade do restante da história. Assim como as personagens femininas, que estão lá apenas para fazer os masculinos se sentirem mais inteligentes, capazes e queridos. Exceto por Bárbara D’Courtney, que é desenvolvida a sua maneira, já que o trauma do crime a acompanha durante todo o livro.

Ao final da história, nos deparamos com um plot twist dentro da investigação e depois uma explicação acerca do funcionamento da Demolição, que por sua vez é quase outro plot twist, pois o temível processo é, na verdade, uma maneira bem cristã de se lidar com mentes criminosas. Isso deixa o fim do livro com o aspecto de se passar uma mensagem mais otimista sobre as relações humanas. Posso não ter adorado esse “final feliz”, porém conseguiu me surpreender. Também é interessante observar a ligação psicológica entre os personagens dentro de um contexto freudiano.

Minha edição da Editora Abril Cultural tem um bom acabamento. Apesar dos anos, continua inteira. Meu único pesar é a tinta utilizada que muitas vezes fica borrada ou apagada. Seria interessante ler a obra em uma nova edição que fizesse modificações ousadas no texto, mas pedir isso de uma obra premiada no Hugo Awards é complicado, talvez seja devaneio meu imaginar isso.
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Marcos Carvalho 09/08/2010

Ganhador do primeiro prêmio Hugo de FC em 1953. Livro pioneiro da ficção especulativa relacionado ao tema real-irreal, telepatia e Cyberpunk. Foi escrito cerca de dez anos antes dos livros mais famosos de Philip K. Dick e trinta anos antes de Neuromancer, de William Gibson. Entretanto, o livro é muito superior a esses, sobretudo pelo estilo mais bem desenvolvimento da linguagem, que estabelece uma narrativa crescente de imaginação, e possuidor de um enredo convincente de inúmeras atrações “visuais”.
O Homem Demolido é um romance policial, com uma caça de detetive-assassino em um futuro cheio de paranóia, desconfiança e seres humanos com habilidades extra-sensoriais de alterar e ler a mente. O assassino está disposto a cometar um crime em um mundo impossível em se cometer graves crimes, pois, devido a capacidade excessiva das pessoas com poderes de percepção extra-sensorial e telepatas, crime pré-meditado é uma coisa do passado, bem como a “privacidade” e “liberdade de pensamento”.
Aos leitores de FC, recomendo a leitura, pois mesmo escrito sessenta anos antes, continua a ser moderno e atualizado.
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Gabriel.Sansigolo 30/01/2023

Intrigante e pesado
Vencedor do primeiro Prémio Hugo em 1953, O Homem Demolido é uma ficção científica policial extremamente única. Nesse mundo século 24, é difundida a existência de espers (telepatas), com isso crimes comuns foram extintos. O livro narra a disputa entre Ben Reich e Powell, um empresário que acabará de cometer um assassinato e um detetive policial. O ás do conflito é tanto Reich quanto Powell são telepatas de nível 1 (nível mais alto entre os mesmos).
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Thiago.Santos 23/03/2021

Eu gostei do livro pois ele fala sobre o psicólogico do homem e sobre uma trama que é bem interessante, o começo pode parecer estranho porém é necessário e quando você chega na metade não quer mais soltar o livro eu recomendo.
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Davenir - Diário de Anarres 17/09/2019

Clássico da Ficção Científica abordando a mente humana
"O Homen Demolido" de Alfred Bester foi o primeiro vencedor do primeiro Prêmio Hugo (em 1953) e desde então tornou-se um clássico que influenciou vários autores como Philip K. Dick. Nesta obra temos uma perseguição policial frenética e inteligente, mas também uma antecipação do homem multifacetado dos tempos atuais. Na história, o futuro é tomado por telepatas chamados de Pexsen ou Psicodiafanistas. Graças ao trabalho de policiais telepatas há décadas ninguém é assassinado. Tudo começa quando Ben Reich, um rico empresário, concorrente de D'Courtney, planeja assassina-lo para acabar com a concorrência. Contudo Lincon Powell é um policial habilidoso que empreende uma caçada atrás de Reich, mas Reich também se preparou para lidar com policiais telepatas mas Reich não contava com uma testemunha: Barbara D'Coutrney, filha de Craye D'Coutrney vítima de Reich.

O livro tem apenas 200 páginas e com ritmo frenético, ágil e Bester consegue fazer com que algo relevante sempre esteja acontecendo, nada fica gratuito. A velocidade de comunicação dos telepatas também é bem escrita e um exercício de imaginação do futuro muito interessante e relevante, pois apesar de não existir telepatas no nosso presente, temos comunicação rápida e em tempo real influenciando diretamente as relações sociais. Contudo, o principal dessa obra é imaginar as várias camadas de personalidades emergindo e submergindo em conflito, dando profundidade aos personagens. O mundo criado por Bester influenciou bastante Philip K. Dick e as semelhanças para mim que já li bastante de PKD são bem aparentes: Telepatas (Pexsens/Precogs), homens atormentados e de identidade fraturada e ocupação avançada do Sistema Solar.

O livro não tenta pintar uma mudança drástica no futuro, nem para a utopia nem para distopia, tampouco com a tecnologia com a exceção dos computadores utilizando cartões perfurados. O resultado é um livro que envelhece muito bem, com uma leitura ágil e bem vinda.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2019/07/resenha-100-o-homem-demolido-alfred.html
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WallanS 09/12/2011

A história acontece numa sociedade futurística, onde o homem desenvolveu a capacidade de se comunicar telepaticamente. Dentre os capacitados há três tipos, os de 1º 2º e 3º graus. Os de 1º grau mais desenvolvidos e com maior capacidade telepatica que os outros, têm maior destaque na trama.

Temos também os normais - aqueles que não usufruem da capacidade telepática. Dentre esses, está nosso protagonista, que percorre um longo caminho, numa luta de gato e rato com um de 1º grau para esconder um crime de assassinato.

Um dos melhores livros de ficção científica que lí com um final espetacular.

Daria uma série de televisão estupenda.
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Nelson 29/12/2009

Um romance realmente instigante
Imagine que você está vivendo em uma sociedade na qual a elite das forças da LEI é constituída por telepatas treinados, que silenciosamente vigiam os pensamentos das pessoas: a polícia não tem crimes de premeditação para solucionar, pois os mesmos são percebidos, ainda na mente do criminoso, antes que ocorram!
Como você faria para planejar e executar um crime? Como você conseguiria matar alguém?
Partindo desta premissa, Alfred Bester cria um extraordinário enredo, levando o leitor a devorar o livro até o seu fascinante final.
Faz-nos refletir sobre as estruturas sociais em que vivemos atualmente e como seria, se fosse possível, monitorar e até controlar o temperamento criminoso.
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Ildo 28/05/2011

inesquecível
li este livro na infância e nunca esqueci do enredo. meu exemplar, no entanto, sumiu da minha vista...quando morava em São Paulo, anos depois, numa conversa com uma estagiária sobre livros, mencionei este título e ela disse que o pai dela tinha! ela me emprestou e reli: sensacional! muito bem bolado o enredo.realmente uma leitura inesquecível. RECOMENDO!
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Kleyton0 17/10/2013

Merece a leitura.
O tempo de Homem Demolido é pontuado há poucos séculos no futuro. A evolução tecnológica possibilitou o desenvolvimento do talento nato que alguns humanos possuem de ler mentes subtraindo informações dos pensamentos das outras pessoas, a Telepatia. O treino e a educação dos telepatas é feito em três níveis conforme o grau de sensibilidade de cada indivíduo para alcançar o consciente, subconsciente e inconsciente da mente. Com isso, o assassinato premeditado tornou-se um crime quase que extinto. Mesmo assim, o ambicioso dono de uma das duas empresas que comandam os negócios interplanetários, Ben Reich, decide assassinar o seu rival e concorrente para torna – se o homem mais poderoso do universo. A partir do momento que a vítima é morta começa uma perseguição com muita ação entre o policial telepata nível 1, Powell, para provar que Reich é o assassino e leva-lo a reiniciacão de sua psique (demolição) apagando todo o seu conteúdo.
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