A mulher independente

A mulher independente Simone de Beauvoir




Resenhas - A mulher independente


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Cris Lasaitis 28/12/2010

http://cristinalasaitis.wordpress.com/2009/02/01/leituras-janeiro2009/

A Mulher Independente é um excerto do livro O Segundo Sexo. De certo modo, foi a releitura de uma obra que havia me dado muito o que pensar. Partindo da pergunta: “o que é uma mulher?”, Simone de Beauvoir disserta sobre a condição feminina e sua longa história de submissão, pontuando suas possíveis razões e tecendo paralelos com outros conflitos de grupo, como o racismo e o antissemitismo. Ela discute a crucial conquista que a mulher, tradicionalmente tratada como objeto, tem empreendido ao passar a se posicionar como sujeito, abdicando de seu status passivo e adquirindo um papel ativo ao aceitar responsabilidades e tomar nas próprias mãos os rumos da sua vida.

Foi uma obra que “veio a calhar” com a fase final do meu mestrado, que é um estudo sobre a homofobia na população brasileira. Chama minha atenção o fato de que as culturas mais homofóbicas costumam ser igualmente muito sexistas, parece haver uma correlação direta entre os conflitos de gênero nas culturas tradicionalmente patriarcais, possivelmente em virtude do status social ser fortemente vinculado a um ideal de masculinadade. Enfim, não vou me alongar…
JAssica.Morgana 08/12/2018minha estante
gostaria de saber quais são os capítulos retirados de O segundo Sexo que são trazidos neste livro?




Potterish 19/06/2012

Fêmea, feminilidade, feminismo… mulher
Resenhado por Sheila Vieira

As mulheres hoje têm praticamente os mesmos direitos na lei que os homens. A grande questão que ainda explicita as diferenças entre elas e eles são os salários completamente desproporcionais. Atualmente, o termo feminismo não é muito bem visto por muitos, pois pressupõe um estereótipo de mulher ressentida e revoltada. Valorizadas são as ‘perfeitas’ mães, profissionais, atraentes, inteligentes, carinhosas, simpáticas, em forma, ou seja, praticamente máquinas. Se há uma autora que nos permite entender o caminho que o “segundo sexo” percorreu desde os tempos de extrema desigualdade até hoje, ela se chama Simone de Beauvoir.

“A mulher independente” é um livro que traz o capítulo mais marcante de “O segundo sexo”, além da introdução e da conclusão da obra principal da escritora, lançada em 1949. Nesse momento, todas as pessoas do gênero feminino tinham suas vidas traçadas desde que nasciam. É a supressão da individualidade. Beauvoir afirma que a primeira maneira de romper esse ciclo é a busca pela autonomia intelectual. Através do conhecimento, trabalhar e sustentar-se financeiramente.

Segundo a autora, as mulheres deviam reconhecer que a tal feminilidade, um estado de espírito diferenciado, só existe sociologicamente. Para Beauvoir, a diferença inicial para um homem era estritamente biológica, ou seja, o que difere um macho de uma fêmea. Qualquer outra característica é fruto de uma civilização que rotula, como fez com judeus e negros, por exemplo, tratando-os como naturalmente inferiores.


PARA LER A RESENHA COMPLETA ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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melmelmelmel 06/09/2023

"Tenho medo"
A escrita desse livro é surreal de boa, deliciosa do começo ao fim, em cada vírgula, cada ponto, cada frase, é tudo tão equilibrado, tão bem escrito. Pouquíssimos livros me fizeram sentir tudo que eu consegui sentir nessa leitura, eu fiquei em profundo estado de melancolia, agonia, tranquilidade e um conjunto de outras emoções opostas.

A genialidade dessa mulher pra escrever me deixou de boca aberta, os três contos são protagonizados por mulheres "velhas", que chegaram em um estado de sua vida onde não enxergam mais propósito, onde seus filhos já cresceram, seus maridos não às compreendem mais, onde tudo que resta é sobreviver. Apesar desse tipo de objetivo ser bem delicado e difícil de atingir satisfatoriamente, Simone conseguiu expressar muito bem como aconteceria na vida real (e mesmo eu sendo bem nova deu pra sentir a dor de cada uma dessas mulheres).

As protagonistas me deixaram em profunda agonia em boa parte da leitura, não negativamente mas por causa da forma como a vida delas era, o único propósito que elas tem, e foram incentivadas a ter, se relaciona muito com essa questão familiar, casar e ter filhos. Quando esses filhos crescem, quando os maridos cansam, quando elas estão "velhas demais" para serem suficientes, não resta mais nada, não há mais propósito e tudo que elas podem fazer é viver na sombra do que foram um dia.

Esses contos trazem um sentimento de incômodo justamente por isso, mesmo vivendo em um momento muito mais livre ainda existem pessoas que enxergam as mulheres como um objeto de prazer e estética, um troféu, e somos moldadas para uma vida do lar, filhos e casamento. Não que haja algo de errado em querer uma vida caseira, porém muitas vezes esses esteriótipos limitam muito do que podemos oferecer para o mundo e para nós mesmas. Ver o desfecho da história dessas mulheres causa medo, medo de acabarmos iguais a elas.

Menção honrosa último conto "a mulher desiludida" porque eu realmente fiquei surtada do começo ao fim, o marido dela simplesmente traiu ela, ainda pretendia continuar com a outra e queria que ela conseguisse aceitar isso numa boa, passou o conto todo fazendo ela de maníaca pirada surtada e ainda vinha com esse papinho de que amava ela, fiquei torcendo o tempo todo pra ela largar ele e arrumar outro também.
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